Você sabia que 1 a cada 8 adultos em todo o planeta é obeso? Esse foi o dado divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no ano de 2018. Estima-se que até o ano de 2025, cerca de 2,3 bilhões de pessoas estejam com excesso de peso.
Esse aumento de peso vai afetar não só aos adultos, mas também as crianças que podem chegar a 75 milhões de casos de obesidade e sobrepeso, até 2025.
São dados preocupantes, pois além de ser perigoso à saúde, outras doenças podem ser propícias a surgir em decorrência da obesidade.
O primeiro passo para mudar essa história é buscando ajuda de especialistas e se informando o suficiente para conseguir alterar hábitos de vida, para que esse quadro previsto para 2025 não se concretize.
Vamos conhecer melhor sobre a obesidade e saber como podemos levar uma vida saudável?
Índice – neste artigo você encontrará as seguintes informações:
A obesidade é uma doença que se caracteriza pelo acúmulo de gordura corporal e que pode ser causada por diferentes motivos, como hábitos alimentares ruins, falta de atividade física, alta ingestão de alimentos calóricos e herança genética.
Ela também pode provocar complicações na saúde em longo prazo, causando alterações respiratórias, problemas de locomoção e até afetando o bom funcionamento do metabolismo.
Usa-se o Índice de Massa Corporal (IMC) para estabelecer os parâmetros da obesidade, em que por meio da altura e peso é gerado um número que determina se o paciente encontra-se no peso ideal a sua estatura.
É considerado obesidade quando o resultado do IMC dá em um valor igual ou superior a 30 kg/m2.
Existem três graus para a obesidade, são eles: obesidade grau I, obesidade grau II (severa), obesidade III (mórbida).
Também pode ser caracterizada pelo local em que a gordura se acumula no corpo, podendo ser homogênea, abdominal ou periférica.
A obesidade é um problema que preocupa não só os adultos, mas também as crianças que estão cada vez mais com sobrepeso e necessitam de mudanças de hábitos para reverterem esse quadro.
O tratamento pode variar a partir do grau da condição em que o paciente se encontra. Mas é comum de ser recomendado a prática de exercícios físicos para perda de gordura, alimentação balanceada, uso de medicamentos e em alguns casos a realização de cirurgia bariátrica.
Quando a obesidade não é tratada pode gerar complicações e propiciar o desenvolvimento de outras doenças, como diabetes, colesterol alto, problemas no coração, doenças respiratórias, como apneia do sono, e até câncer.
Há tratamentos e modos de prevenção, mas por ser uma doença do tipo multifatorial, ela envolve a mudança em vários pontos e não só a diminuição da ingestão de alimentos.
Alterar o estilo de vida, adotar exercícios físicos, reduzir o estresse e levar uma vida mais saudável é o foco do acompanhamento da obesidade.
Na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), a obesidade pode ser encontrada pelo código:
O índice de massa corporal popularmente conhecido como IMC, consiste em em um método que calcula se a pessoa está com o peso ideal ou não.
Essa é uma forma simples para detectar o peso em excesso, mas é necessário a realização de exames com um especialista para conseguir obter mais informações de como a gordura está distribuída pelo organismo e como está a saúde em geral do paciente.
Nesse cálculo do IMC leva-se em conta a altura do indivíduo (calculada em metros) e o peso (em quilogramas), então o peso é dividido pela altura da pessoa elevado ao quadrado.
Por exemplo, se uma pessoa tem 1,70m de altura e pesa 56kG a conta fica assim:
Nesse caso o IMC do indivíduo é de 19,37.
Após obter esse número, é preciso procurar na tabela para saber em qual grau ele se encontra:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) utiliza o IMC como um cálculo padrão internacional para referência e indicativo do estado de saúde das pessoas. Esse método é antigo, datado do fim do século XIX, criado pelo belga Lambert Quételet.
Apesar de ser, muitas vezes, usados, os termos obeso e obesa podem gerar um sentido inadequado ao se referirem aos pacientes.
Quando a condição de obesidade — ou qualquer outra doença — é colocada como adjetivo, pode (ou seja, falar que alguém é doente em vez de estar com alguma doença), pode reforçar a noção de estigmatização da condição.
Para evitar essa definição do paciente como sendo a sua doença ou condição, é sempre preferível utilizar a terminologia como parte da pessoa, mas não somente isso.
Assim, quando se utiliza termo “pessoa com obesidade”, evita-se a redução do paciente somente ao seu peso ou alteração metabólica. Isso age como uma produção de sentido em respeito e valorização da pessoa e não da doença.
A obesidade possui tipos, que são caracterizados pelo local em que ocorre o acúmulo de gordura:
Nesse tipo de obesidade, a gordura é distribuída em todo o corpo, de forma que fica em uma proporção igual.
A gordura é distribuída predominantemente na região do abdômen (barriga) e na cintura, popularmente conhecida como “pochete”.
Caracteriza-se obesidade periférica quando a gordura fica nas regiões como coxas, quadris e nádegas. É um tipo comum de ocorrer, principalmente com o sexo feminino.
A obesidade apresenta três graus diferentes que possuem suas características e cuidados, são eles:
Quando o IMC do paciente é calculado e ele se encaixa como obesidade grau I, o tratamento consiste em estabelecer um dieta saudável aliada à prática de exercícios físicos, para que ocorra a perda de peso controlada e com supervisão médica.
Dependendo de cada pessoa, o médico pode recomendar a cirurgia bariátrica (redução de peso feita por cirurgia). Isso se houver incidência de outras doenças graves, e se a dieta junto aos exercícios não gerarem resultados.
Normalmente a obesidade de grau I pode ocasionar o surgimento de doenças como as cardiovasculares (infarto, AVC), hipertensão, diabetes e em casos mais raros até câncer.
Por isso quanto mais rápido o início do tratamento com a dieta e exercícios, é possível diminuir os riscos na incidência dessas outras doenças junto à obesidade.
Se o IMC foi realizado e o resultado deu obesidade grau II, os cuidados são os mesmos que o grau I, o diferencial é que exige mais atenção pelos riscos serem de maiores probabilidades no desenvolvimento de outras doenças.
Recomenda-se a dieta aliada aos exercícios físicos, dependendo do paciente também pode ser indicado tratamento psicológico, quando a condição passa a influenciar o bem-estar e autoestima do indivíduo.
Se mesmo seguindo as recomendações não for possível obter êxito no tratamento, pode ser considerada a realização da cirurgia bariátrica. Mas, como é um grau severo, a cirurgia pode ocasionar alguns riscos ao paciente, como trombose, sangramentos e problemas vasculares.
Então depende de como está o caso e da avaliação médica para determinar a realização ou não de uma cirurgia desse tipo.
Quando o paciente é diagnosticado com obesidade de grau III, chamada de obesidade mórbida, o caso é grave pois pode afetar as expectativas de vida do paciente.
Geralmente, quando ocorre o diagnóstico desse tipo de caso há também outras doenças em conjunto, as mais comuns são dermatites, osteoporose, hipertensão, distúrbios hormonais, problemas cardíacos, doenças do sangue como anemia, podendo levar até à morte súbita.
Nesse caso é recomendado o acompanhamento médico, que irá cuidar da alimentação e prescrição de exercícios e também terapia psicológica, devido aos casos de obesidades poderem ocasionar o desenvolvimento de depressão, ansiedade, entre outros.
É aconselhável a cirurgia de redução de estômago, para que haja um controle de peso e de estabilidade na saúde do paciente. Após a realização da cirurgia e recuperação da mesma, são recomendados exercícios para manter a saúde em equilíbrio.
As causas envolvem desde hábitos que prejudicam a alimentação, falta de realização de atividade física, mudanças de vida, fator emocional entre outros:
Dependendo de cada pessoa o metabolismo funciona de um jeito, às vezes mais rápido e, outras, mais lentamente.
No entanto, o fator bioquímico que integra o metabolismo e a obesidade é o desequilíbrio calórico. Ou seja, para manter o peso, o corpo precisa gastar uma quantidade de calorias adequada ao que ingere.
Se a ingestão for maior do que o processo metabólico precisa, essa energia se acumula em forma de gordura.
Nossa educação, cultura, hábitos e relações podem influenciar no estilo de vida que adotamos.
Hábitos alimentares ruins, sedentarismo, consumo excessivo de produtos industrializados e rotinas estressante são alguns fatores externos que podem interferir e levar à obesidade.
A obesidade se desenvolve a partir de hábitos alimentares ruins, como não incluir frutas e verduras na alimentação, ingerir muita comida industrializada, ricas em açúcares e gordura.
Também pode se desenvolver pelo hábito de não cozinhar em casa e comer mais do que o necessário fora. Beber muito álcool também influencia, adicionar molhos e condimentos calóricos, além de distúrbios alimentares (por exemplo, comer como forma de conforto em situações estressantes).
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Muitas pessoas costumam comer bastante e não praticam exercícios físicos, ou seja, não gastam a energia consumida. Quando percebem, estão com sobrepeso devido ao acúmulo calórico que se torna gordura.
As pessoas que não praticam nenhum tipo de atividade física são classificadas como sedentárias e precisam estar atentas à saúde. Esse grupo tem mais facilidade em ganhar peso, além de sofrer com os riscos da inatividade.
Algumas doenças que mexem com os hormônios podem influenciar o desenvolvimento da obesidade, são casos raros de acontecer, mas há possibilidades.
Geralmente são doenças como hipotireoidismo, síndrome dos ovários policísticos, deficiência de hormônios do crescimento entre outros.
Os genes podem influenciar na maneira em que a gordura corporal é armazenada e distribuída pelo corpo.
Uma proteína chamada leptina possaui a função de avisar quando nos sentimos satisfeitos após a alimentação, ela também atua secundariamente no processo de queima das calorias ingeridas.
A liberação da leptina está, possivelmente, relacionada a fatores genéticos também. Por isso, algumas pessoas podem demorar mais para se sentirem satisfeitas (o que faz com que comam mais).
Há, também, outros hormônios e enzimas que participam da regulação do apetite e gasto energético podem sofrer influências da genética.
A herança genética é algo complexo, muitas pesquisas são realizadas para tentar descobrir os efeitos dos genes nas pessoas e se há a possibilidade de revertê-los.
A obesidade pode ocorrer em crianças, geralmente os casos são influenciados pela genética e pelos hábitos alimentares, adquiridos nos ambientes em que essa criança vive.
É comum que crianças gostem de comer doces, salgadinhos, sucos e bebidas lácteas industrializadas. Por isso, é necessário que haja um equilíbrio, não proibindo a criança de comer esses alimentos, mas sabendo regular e oferecer pratos saudáveis, com frutas e verduras é fundamental.
Além disso, o exemplo dos pais ou familiares é essencial. Ou seja, é importante que toda a família tenha uma alimentação balanceada.
Casos de obesidade em crianças podem ocasionar o surgimento de outras doenças futuramente, como: hipertensão arterial (elevada pressão sanguínea nas artérias), colesterol alto, diabetes tipo 2, entre outros.
Além disso, também pode trazer problemas que necessitem de auxílio psicológico, gerando quadros de ansiedade, depressão e baixa autoestima.
A obesidade pode ser facilitada na adolescência por múltiplos fatores, como o desenvolvimento do organismo (mudanças hormonais) e os hábitos alimentares ruins.
Se o aumento de peso não for cuidado durante a adolescência, a possibilidade de se tornar um adulto acima do peso é grande, o que acaba influenciando no desenvolvimento de outras doenças.
Recomenda-se seguir uma alimentação balanceada, rica em verduras, legumes e frutas, sempre acompanhando um nutricionista, que pode auxiliar na mudança de cardápio, além de endocrinologistas e psicólogos.
Estabelecer hábitos saudáveis ainda nessa fase, ajustando um comportamento alimentar e uma boa relação com a comida faz com que hábitos saudáveis futuros (na vida adulta) sejam mais fáceis de serem seguidos e mantidos.
O Ministério da Saúde divulgou em 2018 a pesquisa intitulada Vigilância de Fatores de Risco e Proteção de Doenças Crônicas, que trouxe dados sobre como está o nível de obesidade no país.
Essa pesquisa demonstrou que 18,9% dos brasileiros estão com obesidade e que 54% da população já atinge o sobrepeso, que afeta principalmente os mais jovens, entre 25 a 34 anos.
Esses aumentos demonstrados pela pesquisa também estão relacionados com o surgimento de outras doenças que acabam propiciando o ganho de peso, como a pressão alta, menopausa, hipotireoidismo, entre outros.
Também foram captados dados referentes aos hábitos alimentares dos brasileiros, que demonstraram estar se alimentando menos dos alimentos básicos (feijão, arroz).
Para se ter uma ideia, no ano de 2012 o consumo do feijão era de 67,5%, em 2018 esse número diminuiu para 61,3%.
Em relação ao consumo de frutas, verduras e legumes, houve um saldo positivo de crescimento de 5% nos pratos dos brasileiros.
Mas o público feminino é o responsável em grande parte por esse resultado — 40% das mulheres consomem hortaliças e frutas, enquanto apenas 27,8% dos homens realizam o consumo.
A obesidade pode surgir em qualquer pessoa devido a alguns fatores externos e internos, são eles:
Os fatores internos ocorrem no nosso organismo, afetando o peso:
Ter obesidade não significa possuir falta de vontade de perder peso, pois uma das causas da desta doença pode estar relacionada ao fator genético, em que os genes passados por pai ou mãe influenciam na forma do ganho e também perda de peso.
Por isso, algumas pessoas conseguem engordar sem precisar comer muito, enquanto outras comem e não conseguem engordar.
Quando há obesidade na família, o risco de outra pessoa dentro do círculo familiar desenvolver a obesidade é de 20 a 30%. Eles podem ter impacto nos modos como a gordura se deposita, na saciedade e no gasto energético.
Quando algumas pessoas ficam ansiosas, estressadas ou tristes, podem descontar as emoções nos alimentos, comendo de forma exagerada. Não só pela fome, mas pela sensação de sentir-se bem ao comer determinado alimento.
Geralmente quando isso acontece é preciso da ajuda de um profissional como psicólogo para auxiliar na administração destes sentimentos para que não prejudique o peso e o bem-estar da pessoa.
Segundo uma pesquisa publicada pela revista Science Translational Medicine, dormir pouco prejudica a saúde, podendo favorecer a obesidade.
Isso ocorre devido ao relógio biológico que fica alterado, ocorrendo uma diminuição no metabolismo o que pode causar o ganho de peso, além de alterar as noções da fome e saciedade — fazendo com que a ingestão de calorias possa ser maior.
É cada vez maior a presença das opções de alimentos prontos e industrializados, mas junto da praticidade vem a má qualidade. Esses alimentos possuem muita gordura, conservantes sal e açúcar, o que pode prejudicar a saúde.
Por ser uma opção barata e rápida, os alimentos industrializados passaram a serem mais consumidos, mas infelizmente essas comidas são pobres em nutrientes para nosso organismo podendo gerar impactos negativos sobre ele, como a obesidade.
Durante o uso de alguns medicamentos pode acontecer a retenção de líquido, provocando ganho de peso.
Alguns dos medicamentos que podem causar esse aumento de peso, são: corticoides, tibolona, alguns antidepressivos chamados triciclos (como imipramina), entre outros.
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A partir dos 30 anos o metabolismo passa a ficar mais lento. Essa diminuição faz com que a queima de calorias seja mais lenta, o que pode influenciar no ganho de peso, sobretudo se a alimentação não for regulada.
A gravidez é um fator natural para o ganho de peso. Após o parto é possível retornar ao peso antes da gravidez, mas é um processo que ocorre aos poucos.
Porém, as mudanças alimentares do período de gestação podem influenciar no ganho de peso e dificultar o processo de emagrecimento.
Os ambientes que frequentamos, costumes familiares e até nosso estilo de vida são fatores externos que podem influenciar no ganho de peso:
Há uma diferença de preço entre os alimentos frescos e saudáveis em relação aos alimentos industrializados, que acontece, sobretudo, devido à carga tributária imposta nesses alimentos, que acabam privilegiando os alimentos industrializados.
Por isso, muitas pessoas não conseguem equilibrar a dieta por causa dos preços.
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Possuir um estilo de vida sedentário não faz bem à saúde em geral, favorecendo a aparição ou desenvolvimento de outras doenças (como diabetes ou hipertensão), além de dificultar o equilíbrio energético.
A obesidade também está relacionada à cultura local. Alguns países ou cidades têm hábitos alimentares ou rotinas de vida que favorecem o ganho de peso.
Esse aspecto é presente em diversas comunidades e é, também, favorecido pelo desenvolvimento. Por exemplo, trabalhar sentido, usar mais carro, estar em regiões mais urbanizadas (fazendo com que seja preciso caminhar menos).
Todos esses aspectos externos são parte da cultura e acabam impactando também no modo com que gastamos energia.
Entre os sintomas da obesidade costumam aparecer alguns, como:
Em pessoas com obesidade, os hormônios relacionados à fome reagem de forma diferente em comparação com as pessoas com peso saudável.
Os níveis dos hormônios responsáveis pela sensação de saciedade são liberadas com menos intensidade em pessoas acima do peso, fazendo com que elas precisem comer mais para se sentirem satisfeitas.
Devido ao aumento do peso, algumas pessoas podem apresentar dificuldades de locomoção. Desde o ato de caminhar, até para vestir uma roupa, abaixar-se, caminhar etc.
Quando ocorre o aumento no peso, o cansaço acaba aparecendo com certa frequência, mesmo em atividades que não exigem muito esforço, como após limpar a casa, caminhar por 5 minutos, entre outros.
O peso do corpo, as limitações que são impostas ao organismo e a falta de condicionamento físico podem favorecer a sensação de fadiga.
O ganho de peso faz com que, aos poucos, acumule-se gordura também no pescoço, o que reduz o diâmetro da faringe e do tórax.
Isso faz com que seja preciso um maior esforço para respirar, gerando a apneia do sono (distúrbio em que a respiração para e retorna durante o sono).
Assim como ocorre com a apneia do sono, a obesidade causa dificuldades respiratórias. As estruturas da faringe, nesse caso, precisam se estender, e isso faz com que a musculatura vibre e produza o ronco.
Logo após iniciar alguma atividade, seja ela um exercício ou até algo rotineiro, como lavar roupa, pode ocorrer cansaço e falta de ar.
Isso ocorre devido ao ganho de peso, que mexe com a capacidade do músculo respiratório, diminuindo-o e tornando a respiração mais difícil.
Além disso, em casos de obesidade grave, os sinais emitidos ao cérebro tendem a mudar, provocando alterações sem causa mecânica à respiração.
O ganho de peso pode gerar um estresse nas articulações do corpo, por não estar acostumado com a quantidade de peso. O que pode ocasionar, durante o dia ou à noite, dores no corpo.
Além disso, o excesso de gordura está relacionado com maiores níveis de inflamação do corpo. Ou seja, há liberação de substâncias inflamatórias que podem provocar ou aumentar as dores.
Todos os profissionais da saúde podem diagnosticar a obesidade e, por ser uma condição que afeta todo o corpo, ela deve ser acompanhada por especialistas de diversas áreas.
Mas, no geral, um médico clínico geral, endocrinologista ou um nutricionista são os principais médicos relacionados ao acompanhamento.
O endocrinologista cuida do funcionamento das glândulas do corpo e de alguns tecidos associados, como o intestino, o estômago e a gordura.
A nutricionista, além de também participar do diagnóstico, pode auxiliar na escolha da alimentação para mudar o quadro do paciente.
O diagnóstico pode ser feito com base no cálculo do IMC, avaliando os hábitos alimentares e identificando outras doenças decorrentes do peso (comorbidades).
Em alguns casos, podem ser solicitado outros exames pelo especialista, como de coleta de sangue para colesterol, glicemia, triglicerídeos, além de exames cardíacos e outros.
Esses exames são fundamentais para determinar como está a saúde em geral do paciente e quais são as mudanças alimentares mais importantes para o tratamento.
O tratamento em caso de obesidade exige mudanças no estilo de vida para alcançar a saúde, reduzindo o peso de modo adequado, por meio de atividades físicas, alimentação rica em nutrientes, redução de hábitos danosos (como álcool ou cigarro).
Em alguns casos, a possibilidade do uso de medicamentos e até cirurgia é avaliada.
Durante o tratamento é preciso praticar uma atividade física para que o corpo comece a ficar ativo e a gordura passe a ser queimada.
Escolha o exercício que mais lhe agrada e converse com seu médico sobre a escolha. Incluir atividades físicas no cotidiano vai ajudar também a aumentar sua força, resistência e melhorar o funcionamento do metabolismo.
Em conjunto com os cuidados médicos, a alimentação é muito importante, por isso uma opção é consultar um nutricionista. Ele será o especialista que vai ajudar a mudar seu cardápio do cotidiano, incluindo frutas, verduras e legumes de acordo com sua preferência.
O nutricionista também vai indicar os alimentos de acordo com as calorias necessárias para seu tipo de corpo, além das vitaminas e minerais.
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Existem cirurgias bariátricas que reduzem o tamanho de estômago do paciente. Nessa modalidade, há três variações para essa cirurgia:
Além disso, há um 2º tipo cirúrgico em que não há tanta limitação do estômago. Chamada de cirurgia bariátrica disabsortiva ou de scopinaro, o estômago é mantido com cerca de ⅔, do seu tamanho.
Há pessoas que precisam realizar algum tipo de terapia comportamental devido ao estresse, ansiedade e baixa autoestima decorrentes ou associadas à obesidade.
A terapia também pode auxiliar nas escolhas para uma vida saudável, trabalhando a confiança e mudanças de hábitos como mastigar devagar, evitar comer besteiras fora de casa etc.
O uso de medicamentos nos casos de obesidade precisa ter acompanhamento médico, junto à prática de exercícios e de uma dieta balanceada para ser efetivo e produzir efeito.
O medicamento utilizado sozinho não terá o poder de emagrecer, é preciso que haja um plano feito com orientação médica para gerar resultados satisfatórios.
Alguns dos medicamentos mais comuns de serem utilizados são separados pelo mecanismo de ação:
Esse tipo de medicamento consegue diminuir a fome do paciente, mas podem causar efeitos colaterais como insônia, prisão de ventre, taquicardia entre outros.
Pessoas que possuem hipertensão arterial, doenças cardíacas ou que sofreram derrames não devem fazer uso deste tipo de fármaco. Entre as opções estão:
O cloridrato de sibutramina consegue promover a sensação de saciedade ao organismo, fazendo com que o sujeito não sinta fome após comer uma pequena porção de alimento.
Sua ação consegue levar à perda de cerca de 5% a 8% do peso.
Entre os efeitos colaterais está a possibilidade de infarto ou acidente vascular cerebral.
Devido a esses fatos, o ramo farmacêutico da Europa e EUA retirou a substância de seu mercado, no Brasil ainda estão caminhando estudos para que decisões sejam tomadas a respeito.
O Orlistat é um medicamento que reduz a digestão ao se conectar em uma enzima do pâncreas (lipase), agindo na diminuição de sua ação e, consequentemente, na digestão e absorção das gorduras.
Esse fármaco pode causar efeitos colaterais, como incontinência fecal e redução na absorção de vitaminas, por isso seu uso deve ser supervisionado junto ao médico.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Algumas pessoas possuem predisposição à obesidade e, mesmo seguindo os tratamentos, nem sempre é fácil conseguir manter-se no foco para a perda de peso, além do processo ocorrer devagar dependendo de cada organismo.
Algumas medidas podem ser adotadas para facilitar o tratamento:
O círculo familiar e de amizade é muito importante para nossa vida, principalmente nos momentos que precisamos de apoio.
Por isso prefira ter como companhia pessoas que te aceitem como você é, apoiem suas escolhas e ajudem quando for preciso. Reveja quem te põe para baixo, prejudica sua autoestima e não auxilia na sua evolução.
Algumas pessoas tomam medidas para mudar de vida, aderem a dietas, exercícios e seguem essa programação na linha, mas não conseguem obter êxito. Isso não é motivo para cobranças ou sentimento de culpa, nosso organismo demora para reconhecer a perda de peso como algo benéfico.
Estabelecendo metas mais simples, como reduzir 10% do peso, é suficiente para conseguir inúmeros benefícios, além de ser um caminho mais fácil, evitando frustrações que podem piorar ou dificultar o emagrecimento.
É difícil não se comparar a outras pessoas durante o processo de tratamento e perda de peso, mas compreenda que cada indivíduo possui um corpo diferente e nem por isso é ruim ou feio.
Comece a observar suas qualidades, o que te agrada no seu corpo, o que pretende melhorar e trabalhe como você pode sentir-se bem consigo mesmo seja na roupa, aparência ou atitudes.
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Sabe aquelas dietas que prometem emagrecer 5kG em uma semana? Fuja delas, essas dietas imediatistas e da moda, ao invés de realmente ajudar na perda de peso, pode fazer o efeito contrário e influenciar no ganho de peso.
Além de não fazer bem para sua saúde, você pode desenvolver problemas no organismo, podendo prejudicar a atividade do fígado e rim.
Um quadro de obesidade pode preocupar, mas é possível reverter a situação e conseguir estabilidade nesses casos. A grande maioria dos pacientes com obesidade retornam ao peso de antes, por isso é necessário comprometimento no tratamento para gerar resultados.
O acompanhamento é sempre contínuo, fazendo com que as mudanças de comportamento e alimentação sejam levadas por toda a vida.
Em geral, perder entre 5% e 10% do peso já configura uma expressiva melhora da qualidade de vida.
Uma pesquisa do New England Journal of Medicine revelou que 4 milhões de pessoas morreram em 2015, tendo como a obesidade um dos fatores associados, grande parte das vítimas possuía o IMC maior que 35.
Esse número é preocupante, pois é considerado a segunda principal causa de morte no mundo, maior que aquelas por Alzheimer e acidente de carro, em que possuem um número também expressivo em comparação.
Entre esses 4 milhões, a predominância era de mulheres na faixa de 50 a 64 anos, enquanto a média dos homens foi de 35 a 50 anos. Mas esses números podem ser mudados ao buscar tratamento e tratar a causa.
Doenças cardiovasculares, cânceres e diabetes tipo 2 são algumas das condições que comprometem a saúde do paciente e que, quando a obesidade está presente, agrava seriamente os riscos de morte.
A obesidade quando não tratada pode gerar complicações à vida do paciente, gerando consequências em longo prazo. Independente do tipo de obesidade, é preciso ficar atento porque essa condição aumenta o risco de outras doenças, como:
Quando estamos obesos, nosso organismo aumenta a necessidade de insulina, nisso passamos a consumir mais açúcares e alimentos refinados, o que aos poucos vai gerando um acúmulo de gordura.
Esse acúmulo intensifica a resistência à insulina, o que propicia o desenvolvimento da diabetes de tipo 2.
Ao ganharmos peso não aumentamos apenas o número na balança, em nosso organismo ocorre o aumento da insulina (responsável por metabolizar o açúcar no sangue).
Isso acaba facilitando os rins a absorver o sódio, o que gera um aumento no volume do sangue que está circulando, provocando assim a pressão alta.
A síndrome metabólica é uma condição em que o paciente possui maiores chances de desenvolver doenças cardiovasculares e diabetes, isso se deve aos fatores que atuam em conjunto e favorecem o surgimento dessas doenças.
Entre os fatores estão: excesso de peso, herança genética e a falta da prática de atividades físicas.
O que caracteriza a síndrome metabólica é que quem a possui tem uma resistência à insulina (hormônio que regula a glicose).
Ou seja, o pâncreas precisa produzir mais insulina para conseguir utilizá-la nos tecidos. Mas a glicemia sofre elevações e, por isso, a saúde é prejudicada.
Quando estamos com obesidade, ocorrem mudanças no organismo, uma delas é na estrutura do coração que aumenta seu tamanho ao se esforçar demais para funcionar.
Ao aumentar de tamanho, esse órgão produz mais esforço para bombear sangue, o que em longo prazo pode propiciar o desenvolvimento de insuficiências cardíacas.
Com a obesidade, há maior proporção de gordura que pode afetar a atividade das artérias (vasos que levam sangue ao coração).
A gordura em excesso pode entupir as artérias, provocando um acidente vascular cerebral, pois o sangue não consegue chegar até o cérebro pela interrupção das artérias.
A obesidade pode favorecer o desenvolvimento de um câncer, isso ocorre porque a gordura acumulada no corpo estimula as células a se multiplicares de maneira que tumores podem ser formados, em decorrência da ação conjunta dos hormônios.
O excesso de peso faz com que a gordura se acumule em diferentes partes do corpo, como na região do pescoço, causando a diminuição do tamanho das vias aéreas.
Nesse caso, elas precisam fazer um maior esforço para permitir a correta passagem de ar. Como o esforço se torna maior, pode propiciar distúrbios referentes à respiração, sendo o mais comum o ronco e a apneia do sono.
A vesícula biliar é a responsável por armazenar a bile (uma espécie de líquido que atua na digestão de alimentos), que é produzida no fígado.
Quanto mais se consome alimentos gordurosos mais a vesícula biliar precisa trabalhar, o que acaba propiciando a formação de cálculos (parecidos com pedras), que causam inflamação e muita dor.
As mulheres com obesidade têm propensão a problemas ginecológicos, como os ovulatórios que resultam em uma taxa ruim de fertilidade.
Quando a mulher consegue enfim engravidar, precisa ter cuidados com o feto pois a obesidade propicia maior risco de malformação e prematuridade.
Um dos problemas da obesidade é em relação à saúde sexual, pois há o desequilíbrio dos hormônios tantos dos homens quanto das mulheres, diminuindo a libido e a ereção nos homens.
Nas mulheres, a circulação sanguínea sofre alterações que afetam o fluxo nos órgãos genitais, dificultando a excitação no ato sexual.
A osteoartrite se caracteriza pelo desgaste nas articulações do corpo, ela ocorre devido a uma sobrecarga de peso, em que as articulações precisam realizar mais força para movimentar o corpo. É comum que a osteoartrite aparece no quadril e joelho.
Um estudo realizado pelo International Journal of Epidemiology mostrou que a obesidade não influencia apenas nas doenças cardiovasculares, mas também nas doenças emocionais como a depressão.
Os mesmos genes responsáveis pelo aumento de peso são associados a doenças como a diabetes (também com a pessoas obesas) e ao desenvolvimento de depressão.
Muitas pessoas com obesidade se preocupam com a aparência e, ao comer algo, sente-se culpadas e com vergonha de seus corpos. O que também mexe com a autoestima e as relações pessoais. Grande parte disso acaba sendo prejudicial durante o tratamento.
Comum de ocorrer na infância, crianças que possuem obesidade podem ser motivos de brincadeiras e apelidos entre os colegas, a reação ao acontecer isso é da criança se isolar e estar sempre sozinha.
Esse comportamento pode ocorrer também na adolescência e vida adulta, pelo sentimento de vergonha do próprio corpo.
Uma pesquisa feita pela consultoria Maplecroft mostrou que o Brasil é o 7º país em que a obesidade mais influencia no baixo desempenho no mercado de trabalho.
Segundo a pesquisa, isso ocorre devido à necessidade dos funcionários frequentarem mais médicos e possuírem dificuldade de realizar tarefas que precisem de esforço físico.
Há formas de se prevenir a obesidade e conseguir ter uma boa qualidade de vida, algumas dicas para isso são:
Praticar exercícios não vai apenas auxiliar na prevenção da obesidade, mas também proporcionar melhorias à saúde, como estimular o sistema imunológico a ficar mais forte, aumentar a disposição, controlar a hipertensão, regular a qualidade de sono, reduzir o colesterol ruim, entre outros.
O recomendado é praticar exercícios pelo menos em 2 dias por semana. As atividades preferenciais são as aeróbicas que consistem em um bom gasto calórico como corrida, ginástica, natação, entre outros.
Acrescente na sua alimentação frutas, verduras e legumes de acordo com a sua preferência.
Dê uma chance e adicione grãos como chia e linhaça, para potencializar os pratos com fibras. Monte porções menores de comida, mas cuidado para não passar fome, estabeleça um bom limite para seu prato.
Evite os refrigerantes e opte pelos sucos naturais, faça 3 boas refeições no dia para que o organismo se sinta saciado e não corra o perigo de ficar “beliscando” outros alimentos no decorrer do dia.
Isso não quer dizer que está proibido doces e alimentos gordurosos, pode consumir desde que haja moderação e consciência. Experimente cozinhar mais, pois isso pode reduzir a ingestão de industrializados.
Tente sempre manter um peso saudável à sua altura e tipo físico.
Fique atento ao seu comportamento, se às vezes você não está comendo demais devido a alguma questão emocional, por exemplo.
Avalie o que pode ser substituído na alimentação por uma opção menos calórica, perceba se você não está tendo o “olho maior que a barriga”, tudo pode ser controlado a partir da atenção nas escolhas alimentares.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura no corpo. O diagnóstico da doença é realizado por meio do índice de massa corporal (IMC), por meio da altura e peso é obtido um número, se o resultado for acima de 30 o indivíduo é considerado obeso.
A obesidade pode ser classificada em três graus, dependendo do resultado do IMC: de 30 a 34 é obesidade I, de 35 a 39 é obesidade II (severa) e acima de 40 é obesidade III (mórbida).
A obesidade, dependendo do grau, apresenta riscos diferentes, mas há alguns pontos em comum que a doença pode propiciar. Ela pode ocasionar o desenvolvimento de diabetes, pressão alta, doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral, doença renal, cegueira e até levar o paciente a óbito.
O uso de remédios é necessário em casos quando não há sucesso na perda de peso por meios não farmacológicos. como reeducação alimentar e prática de atividades físicas.
Porém, é necessário sempre avaliação médica, levando em consideração fatores associados à obesidade e à dificuldade de redução de peso.
A cirurgia bariátrica é indicada nos casos em que os pacientes são diagnosticados com obesidade de grau 2 (severo), quando o paciente apresenta IMC acima de 35 Kg/m² com alguma doença associada (como diabetes) ou, ainda, quando o IMC é maior que 40 Kg/m² e o tratamento prescrito não é eficaz.
Porém, a possibilidade da cirurgia deve sempre ser avaliada por um profissional, levando em consideração o quadro do paciente e buscando sempre o bem-estar.
A obesidade pode surgir devido a alguns fatores, como más escolhas na alimentação ao optar por fast-foods, alimentos industrializados e pobres em nutrientes, pela falta da prática de exercícios físicos, consumo alto de calorias e genética.
Também pode ocorrer o ganho de peso em excesso por influência de outras doenças, como diabetes, hipotireoidismo, menopausa, entre outras. A obesidade pode ser causada por fatores emocionais, como depressão e ansiedade, em que o ato de comer produz a sensação de bem-estar ao indivíduo.
Ou seja, é uma condição multifatorial, favorecida por fatores do organismo, do comportamento e do ambiente externo.
A obesidade é uma doença comum ao redor do mundo, que deve ser tratada para garantir uma qualidade de vida melhor ao paciente.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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