Poderíamos dizer que todo mundo, ou quase todo mundo, tem um chá ou planta medicinal preferido. Aquele remédio caseiro passado de geração à geração como a solução para vários problemas de saúde.
Com comprovação científica ou apenas como efeito placebo, eles são capazes de espantar o mal-estar e de diminuir os sintomas de uma gripe ou resfriado, por exemplo.
O sucesso dessas plantas medicinais ou de medicamentos fitoterápicos está em ascensão no país. De acordo com o Ministério da Saúde, durante os anos de 2013 e 2015, a busca por tratamentos com medicamentos naturais mais que dobrou, tendo um crescimento de 161%.
Podemos entender esses dados como uma característica muito presente na cultura e na forma das pessoas se prevenirem, pois cada vez mais buscam métodos alternativos de manter a saúde em dia.
Embora essas plantas não tenham o papel de substituir um tratamento e diagnóstico tradicional feito por um médico especialista, são interessantes para o auxílio na prevenção de muitas doenças, além do uso para fins estéticos.
O hibisco ou a flor do hibisco está dentro desse time e cada vez mais se torna popular entre os brasileiros. Por prometer ajudar na eliminação das gordurinhas a mais e a diminuir o inchaço, a planta virou um ingrediente indispensável para as pessoas que querem emagrecer ou manter o peso.
O chá é a forma mais popular de ingestão, que se tornou um queridinho também de algumas celebridades, tais como Fernanda Souza e Bruna Marquezine.
Pensando nisso, no artigo a seguir, iremos entender como o hibisco pode ajudar as pessoas, trazendo vários benefícios, e entender quando o consumo em excesso faz mal. Boa leitura!
Índice – neste artigo você encontrará as seguintes informações:
O hibisco, de nome científico Hibiscus sabdariffa, é uma planta medicinal bastante consumida por quem quer perder peso.
Possui substâncias como flavonoides e ácidos orgânicos, que ajudam ativamente à saúde e auxiliam no emagrecimento.
A parte utilizada da planta é o seu cálice, que possui grande ação diurética e antioxidante, fazendo com que o hibisco seja bastante conhecido por ajudar a diminuir a retenção de líquido.
A planta também pode ser conhecida pelos nomes de hibiscus, pampola, pampulha vinagreira, chá-da-jamaica, azedinha e papoula. Em Hindu, o hibisco pode ser conhecido como Gongura, em Árabe por Pulicha Keerai.
Essa é uma planta de subarbusto ereto e de caule arroxeado. Possui, normalmente, de 80cm a 140cm de altura e pertence à família Malvaceae.
Sua origem se deu na África Oriental, sendo introduzida no Brasil pelos escravos. Na Europa, foi levada somente no final do século XX, mas não se tornou muito popular no continente devido à sua forte coloração avermelhada.
Contudo, não demorou muito para que os europeus se rendessem aos benefícios, sabor e cor do hibisco. Atualmente, a planta está presente na fórmula da maioria dos chás aromáticos consumidos por lá.
O chá, a forma mais comum do consumo do hibisco, se dá pela infusão do cálice seco da flor na água. É importante ressaltar que se trata de um tipo de hibisco diferente dos que são encontrados normalmente em jardins, que também pertencem ao gênero Hibiscus, mas que de espécies diferentes (Hibiscus rosa-sinensis e Hibiscus-syriacus).
Esses hibiscos não comestíveis, normalmente, possuem flores de cor mais amarelada ou rosada. O hibisco usado em chás e em outros pratos, por outro lado, apresenta um cálice de cor vermelha vibrante, flor branca e a planta possui frutos semelhantes a pequenos quiabos.
Além de sua utilização no auxílio ao emagrecimento, o hibisco também é consumido por conter propriedades que, possivelmente, reduzem o colesterol, melhora na saúde do coração, do cérebro, dos rins e do intestino.
Em alguns casos, o consumo é contraindicado. Em excesso, a planta também pode trazer riscos à saúde.
Conheça um pouco mais sobre o hibisco decorativo (ou ornamental) e comestível (ou medicinal):
O hibisco tem, entre outras características, rápido desabrochar e abundância de flores. As espécies de uso ornamental podem se apresentar nos seguintes tipos:
Apesar de ser a mesma planta, o hibisco medicinal conta com apresentações diferentes, que podem ser:
O hibisco promove benefícios por suas propriedades com efeito diurético e antioxidante, ajudando a combater a ação dos radicais livres, contribuindo para a saúde e para o emagrecimento. Pode ser usado em bebidas quentes e frias, na culinária, como planta medicinal ou ornamental.
O cálice, parte da planta usada no preparo do chá, pode ser utilizado em diversas apresentações. Em alguns pratos, ela assume um papel mais decorativo, mas está presente também na produção de alguns doces, xaropes, geleias, vinagres, vinhos e outros alimentos.
Além desses usos, devido à ação anti-inflamatória e antibactericida, a planta é empregada na alimentação para fins terapêuticos, pois ajuda a fortalecer o sistema imunológico contra possíveis inflamações e infecções.
Também possui efeito demulcente, o que significa que ajuda a proteger as membranas mucosas, auxiliando em casos de constipação e irritação das vias respiratórias.
O hibisco é uma planta que possui propriedades com ação antioxidante, anti-hipertensiva, diurética, anti-inflamatória, relaxante, digestiva e calmante. Ao consumir o chá, pode-se ingerir proteínas, carboidratos, fibras, potássio, vitaminas, fósforo, cálcio, ferro e magnésio.
Os benefícios antioxidantes do hibisco são atribuídos à presença de substâncias solúveis em água, bioativas, antocianinas, flavonoides, betacaroteno e ácidos fenólicos.
Conheça um pouco mais sobre alguns dos principais nutrientes da planta:
Assim como a vitamina B1, a vitamina A está presente nas folhas do hibisco. No corpo humano, apresenta um importante papel na manutenção da saúde dos olhos, sistema imunológico, ossos, pele e órgãos reprodutivos.
A vitamina B1, conhecida também por tiamina, faz parte das vitaminas do complexo B, e está envolvida em uma série de processos enzimáticos. É importante para que o organismo consiga metabolizar aminoácidos e carboidratos.
Essa vitamina também está presente influenciando no apetite e regulando os gastos energéticos do organismo.
No hibisco, essa propriedade está em maior concentração nas folhas, que podem ser consumidas cruas ou cozidas, em saladas ou pratos quentes.
A vitamina B2 (riboflavina), presente na flor de hibisco, está associada a benefícios como a manutenção da saúde dos ossos, cabelos e pele. Também atua na produção de energia e no funcionamento das hemácias do sangue, responsáveis pelo transporte de oxigênio.
A Vitamina C é famosa por sua ação antioxidante, responsável por ajudar na proteção do organismo, fortalecendo o sistema de defesa e auxiliando na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento, devido à inibição da ação dos radicais livres.
Segundo alguns estudos, acredita-se que o hibisco possui concentrações de vitamina C superiores às que são encontradas em frutas como a manga e a laranja.
O cálcio é um mineral fundamental para a saúde dos dentes e dos ossos, pois ajuda a prevenir doenças como a osteoporose.
Apresenta um papel importante também na comunicação dos neurônios entre si, na contração muscular e, junto à ação da vitamina K, atua na dilatação dos vasos sanguíneos.
Exerce um importante papel no transporte de oxigênio no organismo, pois atua na produção das hemoglobinas, células responsáveis por essa função.
Outros efeitos associados a esse mineral são os benefícios que proporciona aos músculos, para o cérebro, cabelos, unhas e para o sono.
O magnésio desempenha diversas funções no organismo, sendo fundamental para os nervos, músculos, ossos e sistema sanguíneo. Uma dieta rica nesse mineral ajuda a prevenir problemas de má digestão, azia, diabetes, doenças cardíacas, pressão alta e osteoporose.
O licopeno é um pigmento de cor vermelha presente em alimentos como o tomate e o hibisco. Possui ação antioxidante, ajudando a preservar a saúde dos órgãos e inibindo o crescimento de células cancerígenas.
As antocianinas também são pigmentos naturais das plantas e são responsáveis pela cor vermelha do cálice do hibisco.
É uma substância antioxidante, importante no combate aos radicais livres. Está associada à prevenção de doenças crônicas, alguns tipos de câncer e problemas cardiovasculares.
São substâncias antioxidantes importantes para a prevenção de doenças degenerativas, causadas pelo envelhecimento e pela ação dos radicais livres.
O consumo de alimentos ricos em polifenóis pode contribuir para o aumento de energia e disposição no dia a dia.
Assim como o cálcio, o fósforo também é um nutriente importante para os ossos e os dentes. Alimentos ricos em ferro ajudam o organismo em processos de restauração celular, aumento de energia e prevenção de doenças degenerativas.
O potássio é um mineral que está presente nas células e no sangue. É responsável pelo metabolismo celular e pelo balanço ácido-básico (níveis de pH, dióxido de carbono e bicarbonato no sangue), sendo importante para o coração, sistema nervoso e músculos.
É um mineral que está presente na produção de hormônios, enzimas antioxidantes e células sanguíneas. Por não ser produzido naturalmente pelo organismo, precisa ser adquirido por meio da alimentação.
Além do hibisco, alimentos como o cacau em pó, aveia, amêndoa, brócolis e farinha de soja são boas fontes de cobre. O consumo desse mineral é importante para a saúde da pele, do cérebro e para fortalecer o sistema imunológico.
O hibisco é muito usado e conhecido por seus benefícios. Não só na flor, mas também no cálice e folhas da planta, estão presentes vários nutrientes e substâncias importantes para preservar a saúde e se prevenir de algumas doenças.
Conheça alguns dos principais benefícios do seu consumo:
Quando um alimento ou bebida tem ação diurética, isso quer dizer que ele age diretamente nos rins, aumentando o volume e o fluxo urinário. Dessa forma, ajudam na eliminação de sódio, potássio e cloreto.
Isso é importante para pessoas que estão em busca da perda de peso, pois ajuda a reduzir a retenção de líquido, promovendo o desinchaço.
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Segundo um estudo publicado pelo periódico Journal of Ethnopharmacology, da Sociedade Internacional de Etnofarmacologia, o efeito diurético do hibisco pode estar relacionado à ação da quercetina, um dos antioxidantes presentes na planta.
Esse benefício também pode estar associado a interferência que o chá de hibisco provoca na ação do aldosterona, um hormônio secretado pelas glândulas suprarrenais, responsável pela regulação do balanço eletrolítico do organismo.
O hibisco ajuda a evitar o acúmulo de gordura na região abdominal e no quadril, pois está relacionado à redução da adipogênese , que é um processo de maturação celular, em que células pré-adiposas são convertidas em células de gordura que podem se acumular no corpo.
Em consequência disso, quem consome o chá pode acabar tendo uma redução no volume dessa gordurinha acumulada.
Contudo, embora exista essa relação entre o consumo do hibisco e a redução do adipogênese, não se sabe ao certo qual substância em específico é responsável por esse efeito. Acredita-se que a presença das substâncias antioxidantes, como a antocianina e quercetina, podem estar envolvidas nesse processo de redução de gordura.
É um benefício associado à ação das antocianinas, polifenois, vitamina C, licopeno, beta-caroteno e outros antioxidantes.
A presença desses componentes faz do hibisco um forte aliado no combate aos radicais livres, moléculas responsáveis pelo desenvolvimento de doenças crônicas, doenças cardiovasculares, problemas oftalmológicos e doenças cardíacas.
As sementes e o cálice do hibisco apresentam quantidades superiores de substâncias antioxidantes quando comparados às flores e ao caule, sendo no cálice a maior concentração de antocianinas, responsáveis pela cor vermelha.
Alguns estudos realizados a partir do extrato do hibisco sugerem que a planta possui também ação antibactericida. Esse benefício ocorre devido aos mecanismos de defesa que a planta possui para se proteger contra predadores, insetos e outros microorganismos.
Por isso, o extrato do hibisco pode ajudar na proteção contra algumas bactérias que provocam infecções hospitalares e urinárias, tais como a Klebsiella pneumoniae, Serratia marcescens e Escherichia coli.
Em um estudo feito a respeito da ação do chá de hibisco, observou-se que a planta teve grande influência na redução dos níveis de colesterol ruim (LDL) e no aumento do colesterol bom (HDL).
Os resultados indicaram que a bebida foi responsável por aumentar em 16,7% o HDL, e a reduzir em até 8% o LDL.
A ação do chá de hibisco, quando comparado a outros chás que possuem esse mesmo benefício, como o chá preto, se mostrou mais significante. Isso porque o hibisco demonstrou ser benéfico para equilibrar os níveis dos dois tipos de colesterol, enquanto o preto demonstra ação apenas na redução do LDL.
Dessa forma, o consumo da planta é recomendado para pessoas que estão com níveis elevados de colesterol ruim, pois podem encontrar no hibisco uma forma saudável de controlar as taxas e a prevenir complicações cardiovasculares.
Esse benefício está relacionado à ação dos flavonoides no organismo, especialmente pela presença das antocianinas, que interferem nas enzimas responsáveis por regular a pressão arterial.
A planta também pode ajudar a baixar as taxas de pressão alta por seu efeito diurético, já que contribui para a eliminação de eletrólitos como o sódio.
O hibisco possui vitaminas que fazem parte do complexo B, como as vitaminas B1 e B2.
Esses nutrientes ajudam o organismo na captação de energia nas células e na manutenção de diversas funções, tais como o metabolismo do oxigênio e da glicose, principais fontes de energia celular.
Assim, o consumo dessas vitaminas acaba interferindo na ação dos neurônios, na comunicação dessas células entre si e com o resto do corpo.
Alguns estudos mostram que os flavonoides presentes no hibisco apresentam efeitos cardioprotetor e vasodilatador, o que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, reduz o LDL (colesterol ruim) e os triglicerídeos.
Um dos principais atrativos do hibisco, mais especificamente do seu chá, está no fato dele ajudar a emagrecer. Isso acontece devido ao seu poder antioxidante e diurético.
Por esses motivos, o hibisco ajuda a impedir a retenção de líquidos, reduzindo o inchaço na região do abdome.
A redução de gordura acontece porque o hibisco é capaz de diminuir a adipogênese, processo no qual ocorre a maturação das células pré-adipócitas. Essas células são convertidas em adipócitos maduros capazes de acumular lipídios, ou seja, gorduras.
Portanto, essas células maduras são responsáveis por provocar as famosas gordurinhas localizadas no corpo.
No entanto, vale lembrar que para um emagrecimento saudável, só o consumo do chá de hibisco não é o suficiente, pois a ingestão da bebida não é milagrosa.
Ela pode trazer vários benefícios para a saúde, mas para a perda de peso é necessário manter uma boa alimentação e exercícios regularmente.
O consumo de hibisco não deve ser feito em algumas condições, pois ele pode causar algumas interações medicamentosas ou agravar determinadas condições clínicas. Veja em quais situações o consumo deve ser evitado:
Pessoas que possuem doenças cardíacas graves devem ter um consumo mais limitado do hibisco, pois a planta pode provocar a eliminação de eletrólitos.
Os eletrólitos são macrominerais que o organismo precisa em grandes quantidades para funcionar perfeitamente, presentes na corrente sanguínea.
Nos rins, esses macrominerais são filtrados, parte é devolvida para o sangue e outra parte é eliminada pela urina.
O hibisco interfere nisso por ser diurético, assim a pessoa pode acabar eliminando uma quantidade superior à necessária, causando desequilíbrio de eletrólitos que pode provocar alguns distúrbios, como os problemas cardíacos, além de desidratação ou hiper hidratação,, e disfunções no rim e no fígado.
O hibisco deve ser evitado por gestantes devido ao fato de possuir hidrocarbonetos policíclicos aromáticos, que estão associados a malformações congênitas e ao câncer.
Outro risco associado ao uso do hibisco durante a gestação está na possibilidade de suas flores estimularem a menstruação, elevando os riscos de aborto.
Além disso, também não é recomendado para mulheres que sofrem muitas alterações hormonais durante o ciclo menstrual, especialmente para aquelas que possuem uma TPM mais intensa, pois os sintomas podem ser mais agravados.
O hibisco, por seu efeito anti-hipertensivo, é capaz de favorecer, em conjunto, a ação diurética e a redução da pressão arterial. Apesar de ser algo benéfico quando acontece de forma equilibrada, pode acabar causando uma queda muito grande em pessoas que apresentam hipotensão (pressão baixa).
Por isso, o uso de hibisco deve ser evitado por pacientes que apresentam essa condição.
O mesmo vale para pacientes com pressão alta (hipertensão), mas pela possibilidade de interação medicamentosa. Pois, ao consumir o hibisco junto aos remédios pode haver o uma queda de pressão exagerada.
O hibisco pode provocar interações medicamentosas, como quando consumido com o acetaminofeno (paracetamol). Por ser diurético, o chá pode acabar eliminando mais rapidamente o medicamento do organismo, prejudicando a ação.
Se consumido durante o tratamento com antivirais, o hibisco pode causar um efeito viciante na pessoa que está ingerindo.
Em outros casos, como em pacientes em tratamento para a malária, o hibisco pode alterar o efeito dos medicamentos administrados.
Diante do uso de remédios anti-inflamatórios, o recomendado é que o paciente espere por pelo menos 2 semanas para retomar o consumo do chá de hibisco, para evitar efeitos colaterais.
Caso esteja fazendo o uso de qualquer medicamento de modo contínuo ou não, consulte com o médico a possibilidade de continuar o consumo do chá ou da planta. Caso seja necessário interromper o uso, respeite as orientações para evitar complicações.
O hibisco pode acabar provocando alguns efeitos colaterais quando consumido de forma excessiva, por grupos contraindicados e até mesmo quando utilizado na dose recomenda ou por pessoas que não estão entre os contraindicados, mas tenham alguma sensibilidade às substâncias da planta
Alguns dos efeitos adversos conhecidos são:
Por sua ação diurética, quando consumido em excesso, o hibisco pode acabar provocando desidratação. Dessa forma, o que seria um benefício, pode acabar se tornando um efeito colateral.
A diurese provocada pelo hibisco é colocada sempre como um benefício, porque ajuda a diminuir a retenção de líquidos. Contudo, quando é exagerada, causa a desidratação e perda excessiva de eletrólitos, como sódio e potássio.
Além de mal-estar, pode acabar provocando problemas como tontura, fraqueza, desmaio e problemas na contração muscular.
O consumo contínuo e em grandes quantidades pode provocar certa interferência nos níveis de estrogênio, hormônio responsável pela ovulação. A longo tempo, o hibisco pode acabar interferindo na fertilidade da mulher, de forma passageira.
O chá de hibisco, quando consumido em excesso, pode acabar provocando alterações hormonais e na musculatura uterina. Por isso, é contraindicado para gestantes, pois pode provocar abortos espontâneo, causando riscos à mãe ou ao bebê.
O chá de hibisco é a forma mais famosa de consumo dessa planta, podendo ser preparado e consumido de diferentes formas.
O objetivo das pessoas ao tomar o chá de hibisco mudou de acordo com o tempo, sendo diferente também em cada região. Por exemplo, quando usado por faraós egípcios, o chá de hibisco servia para refrescar e controlar a temperatura corporal. No Irã, a planta é mais utilizada como calmante e para melhorar distúrbios do sono.
Atualmente, o hibisco é mais usado por seus benefícios antioxidantes e diuréticos, consumido mais para fins estéticos, como emagrecimento e redução de inchaço.
A bebida pode ser feita com a planta in natura, encontrada em lojas de produtos naturais, mas também com os chás de saquinhos, vendidos em lojas de conveniências, farmácias e supermercados.
Leia mais: Chá Verde: para que serve, benefícios, como fazer, emagrece?
Algumas dicas simples podem deixar o seu chá de hibisco mais agradável, tornando a absorção de seus benefícios ainda maior. Por exemplo, a proporção do extrato seco da planta e a quantidade de água são importantes.
A porção recomendada é de 1 colher de sopa para cada 1 litro de água. É importante tomar cuidado com a temperatura, pois o hibisco, de preferência, não deve ser colocado na água fervendo.
Por isso, após ferver a água, desligue o fogo e depois adicione o hibisco. Algumas pessoas preferem seguir uma ordem diferente, colocando o hibisco em um recipiente e por cima a água, o que é algo opcional e que pouco interfere no resultado do chá.
Deixe por 5 minutos em infusão e, para consumir, recomenda-se coar, sendo da escolha de cada um adoçar ou não.
Para quem quer emagrecer, o ideal é não colocar açúcar, mas se não houver o costume de ingerir chá sem açúcar, o adoçante ou mel são opções melhores.
Não é necessário consumir a bebida na hora, pois ela pode ser tomada ao longo do dia, em até 24 horas do preparo. Pode ser tomada gelada ou junto a outros sucos e ingredientes, como canela e gengibre.
O chá de hibisco com gengibre é uma bebida bastante funcional, pois une dois ingredientes importantes para prevenção de doenças e manutenção da saúde.
O gengibre é termogênico, o que pode contribuir ainda mais para quem quer emagrecer, pois ajuda a queimar mais calorias. Além disso, o gengibre também é anti-inflamatório, bactericida e antioxidante.
Para fazer esse chá é necessário:
Para preparar, primeiramente, aqueça a água por 8 a 10 minutos, tomando cuidado para não deixar que ela ferva. Quando estiver quente, adicione o gengibre, tampe e deixe por 5 minutos.
Na sequência, coloque o hibisco e deixe por mais 5 minutos. Depois é só coar e servir com o mel, na quantidade suficiente para adoçar.
Assim como o chá de hibisco com gengibre, a versão com canela também é diurética e termogênica. Dessa forma ajuda a desinchar e a acelerar o metabolismo, efeitos desejados por quem está de dieta. Os ingredientes são:
Leve a água para ferver e quando estiver bem quente, desligue. Acrescente então a flor de hibisco, a canela em pau e deixe tampado por 5 minutos em infusão. Depois, basta coar e consumir, quente ou morno.
A dosagem diária de hibisco pode variar de acordo com cada pessoa e depende de qual o objetivo do consumo.
A quantidade pode variar também de acordo com o modo como o hibisco é consumido. Por infusão da flor seca, por exemplo, é recomendado 1 colher de sobremesa por dia, algo entre 4g a 6g, para um copo de 200ml. Considerando o chá de saquinho, isso seria o equivalente a 2 ou 3 sachês por dia.
Quando se trata do extrato seco em cápsulas, a dosagem deve ser de 1g a 4g, ingerindo no máximo 3 vezes ao dia, antes das refeições principais.
O hibisco em pó pode ser consumido na quantidade de 1g a 6g, de 1 a 3 vezes ao dia, também antes das refeições principais.
Certamente que essas quantidades são genéricas e não se aplicam a casos especiais, principalmente nos grupos que são mais contraindicados. Por isso, para saber a dosagem ideal para cada pessoa, o mais recomendado é buscar orientação médica ou de um nutricionista.
O extrato seco da flor de hibisco pode ser encontrado em lojas de produtos naturais, vendidos a granel ou em pacotes fechados. O preço pode variar de acordo com a quantidade e da região onde foi comprado, geralmente entre R$ 15 e R$ 20.
Quando vendido em chás prontos, pode ser encontrado em supermercados e farmácias físicas e online — compare os preços no Consulta Remédios!
É a forma mais prática de consumo, mas não é a que mais as maiores concentrações de nutrientes. Nesses casos, o preço por caixinha tem um custo a partir de R$ 4.
Além dessas opções do hibisco puro, é possível encontrar chás que misturam mais de um ingrediente. Algumas opções de produtos são as seguintes:
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Existem outras formas de consumir o hibisco, além do chá. Para quem quer variar um pouco a ingestão da planta, algumas receitas podem ser interessantes:
O hibisco também pode estar presente em sobremesas, como nesta receita de mousse. Para preparar é necessário os seguintes ingredientes:
Para fazer esse mousse, coloque em uma tigela o hibisco e a água fervente. Deixe descansar por cerca de 20 minutos, tampado. Após esse tempo, coe e adoce com 3 colheres de sopa de açúcar demerara, e deixe esfriar.
Em outro recipiente, dissolva e hidrate a gelatina de acordo com as instruções da embalagem. Em sequência, misture a gelatina à infusão de hibisco e leve para gelar por 40 minutos.
Durante esse tempo, retire algumas vezes a mistura da geladeira e mexa um pouco, até que a consistência se aproxime do aspecto da clara de ovo crua.
Em uma batedeira, bata as claras e o açúcar até que fiquem em ponto de neve. Em outro recipiente, bata o creme de leite até que fique com o aspecto parecido com o das claras.
Depois, basta misturar o creme de leite ao merengue de claras. Em seguida, acrescente a gelatina de hibisco, reservando ½ xícara da gelatina.
Em 8 taças, distribua a gelatina reservada e por cima coloque o mousse. Leve para gelar por 3 horas e depois estará pronto para servir.
É uma receita mais simples e prática de fazer, podendo ser uma opção para consumir no café da manhã ou antes de praticar exercícios. Os ingredientes necessários são os seguintes:
Para preparar, é necessário adicionar a colher de flor de hibisco em 1 litro de água e deixar de um dia para o outro. Após isso, basta colocar uma xícara desta água no liquidificador com os outros ingredientes e bater. O shake deve ser consumido em seguida, preferencialmente.
Para quem está procurando uma receita para usar como lanche da tarde, por exemplo, esse bolo pode ser uma boa opção. São necessários os seguintes ingredientes:
Para a massa
Para a calda
Para a massa, é necessário primeiro picar a laranja com a casca e bater no liquidificador junto com a água. Em sequência, coe.
Depois de coado, leve esse suco para o liquidificador e acrescente a linhaça, o açúcar, o óleo vegetal e o hibisco. Bata bem todos esses ingredientes e, em outra tigela, coloque as farinhas e o fermento. Despeje por cima o líquido e misture bem.
Unte e enfarinhe uma forma com um furo no meio e despeje a massa. Leve para assar em forno médio, pré-aquecido, por 30 minutos aproximadamente ou até que se espete um palito e ele saia limpo do bolo.
Para a calda, misture o suco de laranja e o açúcar em uma panela e deixe cozinhar por 5 minutos em fogo baixo. Enquanto isso, dilua a farinha de trigo em 3 colheres de sopa de água, adicione o óleo e coloque na panela, misturando até engrossar. Após esfriar, espalhe a calda sobre o bolo e sirva.
Para os dias frios, o quentão de hibisco pode ser uma opção de bebida agradável. Por não conter álcool, pode ser consumido sem grandes riscos.
Os ingredientes são:
Para preparar, basta adicionar os ingredientes na água fervente e deixar por 15 minutos.
O uso do hibisco é contraindicado durante a gestação, pois contém substâncias que podem ser prejudiciais ao bebê. Durante a amamentação, ele também deve ser evitado, pois pouco se sabe sobre os efeitos que provoca durante esse período.
Para esclarecer os riscos dessa e de outras plantas durante a amamentação, o mais recomendado é conversar com o médico ou com um nutricionista.
Não! Existem várias espécies de plantas que pertencem ao gênero Hibiscus L. e, de um modo genérico, a maioria são chamadas de hibisco. Contudo, isso não significa que todas são comestíveis.
A espécie utilizada para fazer o chá é a Hibiscus sabdariffa. Para ter certeza de que está consumindo a planta certa, o mais indicado é procurar o hibisco em lojas especializadas em produtos naturais.
Alguns hibiscos comuns em jardins não são comestíveis e por isso podem provocar efeitos adversos graves, devido à toxicidade pouco conhecida.
Sim. O plantio do hibisco em casa é possível, mas exige determinadas condições. Essa é uma planta que se adapta bem em lugares mais quentes, onde as temperaturas se mantém acima dos 20ºC.
Em regiões onde o frio é mais intenso, as chances da espécie crescer são menores.
Outros cuidados que a planta precisa são exposição ao sol, irrigação e solo fértil.
O hibisco pode ser plantado pela semente ou pelo plantio do caule, folhas ou raízes, método chamado de estaquia.
Não existe um consenso em relação a isso. Sabe-se que a planta pode aumentar o efeito diurético de determinados medicamentos, o pode afetar a absorção e ação do remédio.
Contudo, não existem evidências científicas que afirmem que a planta provoca interação com este método contraceptivo. De qualquer forma, é sempre válido conversar com um médico especialista para verificar os riscos.
Por ser antioxidante e diurético, o hibisco acaba sendo uma planta cheia de atrativos para a saúde e para a estética. O seu chá, portanto, além de apresentar uma cor e um sabor atrativos para os fãs da bebida, também promove benefícios como desinchaço e a queima de gordura.
De que forma você consome o hibisco e como ele te ajuda na sua saúde? Conte-nos em nosso espaço de comentários. Obrigada pela leitura!.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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