Saúde

Tireoidite (Hashimoto, subaguda, autoimune): o que causa?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 12/04/2019Última atualização: 06/10/2020
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 12/04/2019Última atualização: 06/10/2020
Foto de capa do artigo
Crescer, ganhar ou perder peso, manter a concentração, lembrar onde deixou as chaves e ter o humor estável são coisas que, a princípio, parecem não ter muita relação entre si.Se incluir o ritmo dos batimentos cardíacos, o funcionamento intestinal, a qualidade do sono e a disposição nesta lista, parece ainda mais difícil estabelecer um vínculo.Mas todas essas ações e funções têm uma coisa em comum: a ação da tireoide. Uma glândula localizada no pescoço, que é pequena, mas extremamente importante para o corpo.Por isso, qualquer alteração pode gerar grandes disfunções, como a tireoidite.Índice – neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
  1. O que é tireoidite?
  2. Como funciona a tireoide?
  3. Tipos de tireoidite
  4. O que pode causar a tireoidite?
  5. Fatores de risco
  6. Sintomas e sinais
  7. Exames: como é feito o diagnóstico?
  8. Tem cura?
  9. Qual o tratamento?
  10. Medicamentos
  11. Convivendo
  12. Prognóstico
  13. Complicações
  14. Tireoidite de Hashimoto pode virar câncer?
  15. Como prevenir as tireoidites?
  16. Perguntas frequentes
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O que é tireoidite?

A tireoidite é um termo amplo, usado popularmente para definir situações que levam a uma inflamação da tireoide — glândula localizada no pescoço.Ou seja, não é apenas uma doença ou disfunção, mas sim um grupo de doenças que acometem a tireoide, desencadeadas por processos inflamatórios ou infecciosos.Há vários tipos, entre eles: o tipo agudo, subagudo, pós-parto, silencioso, crônico e fibrótico.  Cada um possui sintomas e evolução característicos, requerendo avaliação e tratamento individualizados.Enquanto alguns casos podem fazer com que o paciente tenha dores, cansaço, mal-estar ou uma ampla variedade de sintomas, outros podem ser brandos, leves ou assintomáticos.Algumas doenças podem ser autolimitadas, ou seja, terão uma duração curta e podem se resolver com o uso temporário de medicamentos, ou até mesmo de forma espontânea — quando o próprio organismo consegue restabelecer-se sem tratamento específico.No entanto, há casos em que o corpo não consegue voltar ao funcionamento normal, fazendo com que a alteração seja persistente.A maioria dos casos persistentes é tratada com a reposição hormonal ou medicamentos que inibem a secreção de hormônios (antitireoidianos).No CID-10, a condição pode ser encontrada sob os códigos:
  • E060 — Tireoidite aguda;
  • E061 — Tireoidite subaguda;
  • E062 — Tireoidite crônica com tireotoxicose transitória;
  • E063 — Tireoidite autoimune;
  • E064 — Tireoidite induzida por droga;
  • E065 — Outras tireoidites crônicas;
  • E069 — Tireoidite não especificada;
  • O905 — Tireoidite do pós-parto.
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Como funciona a tireoide?

A tireoide é uma glândula localizada no pescoço, que tem um papel importante em diversos sistemas do corpo, pois regula a produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que agem em praticamente todas as nossas células.Eles contribuem com o bom funcionamento do coração, cérebro, rins e fígado, fazendo com que o corpo trabalhe equilibradamente.Na verdade, apesar de parecer pequena — pesando apenas 25 gramas —, é uma das maiores glândulas do corpo.Os hormônios, depois de produzidos, são liberados na corrente sanguínea e participam da regulação do metabolismo, ritmo cardíaco, temperatura do corpo e diversas outras funções.Além disso, agem no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes.A função de produção e liberação de T3 e T4 é guiada pela hipófise, uma glândula localizada no cérebro.Ela produz o TSH, hormônio que estimula a tireoide a aumentar a produção hormonal.Quando há uma baixa produção hormonal, a condição é chamada de hipotireoidismo, e nos casos de excesso de atividade, a condição é chamada de hipertireoidismo.Leia mais: Como acontecem as disfunções na tireoide?
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Tipos de tireoidite

O termo tireoidite envolve um conjunto de condições inflamatórias ou infecciosas que afeta a tireoide, podendo ou não levar a alterações no seu funcionamento.As mais comuns são, normalmente, tratadas com medicamentos orais, com ação anti-inflamatória ou com o objetivo de suprir a falta ou interromper o aumento da produção hormonal pela glândula.No entanto, cada um tem uma especificidade:

Tireoidite aguda

A condição é bastante rara e consiste em uma infecção da glândula, geralmente por bactérias.Também chamada de supurativa ou piogênica, o tipo agudo é mais comum em pacientes que já têm uma outra doença ou alteração tireoidiana, além de pessoas que sofrem com deficiência do sistema imune (por exemplo, pacientes imunodeprimidos devido ao HIV ou tratamento antineoplásico).A tireoidite aguda pode ser decorrente de alguma infecção presente no corpo, que se espalha pelo sangue e chega à glândula, ou por uma invasão direta na região.Praticamente qualquer bactéria pode infectar a tireoide. Entre elas podemos citar o Sthaphylococcus aureus, Streptococcus pyogenes e Streptococcus pneumoniae.Apesar das infecções serem predominantemente causadas por bactérias, há fungos e parasitas que também podem desencadear a infecção da tireoide.O principal sintoma é a dor na região anterior do pescoço, onde está localizada a glândula tireoide, que pode apresentar aumento de volume, e ficar quente e sensível ao toque.Em geral o paciente não consegue estender o pescoço, que fica flexionado para aliviar a pressão na tireoide. Existe dor para engolir. Podem haver sinais de infecção em estruturas próximas à tireoide, aumento de linfonodos (“ínguas”), assim como febre e calafrios.

Tireoidite subaguda ou de Quervain

O tipo subagudo costuma ser um quadro autolimitado, ou seja, tende a durar pouco tempo (semanas a meses), e geralmente acomete pessoas entre 20 e 40 anos.Entre os pacientes, identifica-se que são as mulheres as mais acometidas, sendo cerca de 5 vezes mais comum nelas do que nos homens.Em geral, uma causa não pode ser estabelecida, mas a tendência de ocorrer após infecções do trato respiratório superior, ou após dores de garganta, leva a pensar que exista uma forte influência de infecções virais, como a caxumba, sarampo, mononucleose infecciosa e gripe.Também foi demonstrado que a susceptibilidade à tireoidite subaguda é influenciada geneticamente.Até porque a caxumba e o sarampo são infecções mais comuns no verão, parece haver  uma maior incidência da tireoidite subaguda durante essa estação, em que a circulação destes vírus é maior.Em geral, o paciente apresenta dor intensa na região da tireoide, que pode se iniciar após sintomatologia viral.A tireoide costuma aumentar em até 3 vezes seu volume normal. A dor pode se irradiar para o maxilar e para os ouvidos. Pode haver ainda dificuldade para engolir, mal-estar, cansaço, dores musculares e articulares, febre e sudorese.Quando ocorre a tireoidite, gera-se uma inflamação da glândula e metade dos pacientes pode apresentar sintomas típicos de tireotoxicose, condição decorrente da liberação aumentada de hormônios na circulação.Os níveis hormonais ficam temporariamente alterados, podendo levar a palpitações, tremores e intolerância ao calor, entre outros.À medida que o processo inflamatório melhora, a secreção de hormônios diminui e um quarto dos pacientes experimenta uma fase de hipotireoidismo.Em algumas semanas, a maior parte dos pacientes recupera a função glandular normal, enquanto cerca de 10% deles evolui com hipotireoidismo permanente. necessitando de terapia de reposição hormonal por tempo indeterminado.Essa é uma condição autolimitada. Alguns pacientes não precisam de nenhum tratamento, enquanto outros se beneficiarão de agentes analgésicos e/ou anti-inflamatórios na fase aguda da doença.

Tireoidite pós-parto

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, entre 5% e 10% das gestantes podem desenvolver quadros de disfunção tireoidiana, com elevação hormonal leve ou moderada após o parto.As causas para a tireoidite, ou outras condições autoimunes, ocorrerem após o parto ainda são, em geral, desconhecidas, apesar de haver algumas teorias e indicações.Um dos fatores apontados por estudos é que, durante a gravidez, o corpo da mãe reduz substâncias relacionadas à defesa do organismo, aumentando a tolerância imune, para evitar a rejeição do bebê.Após o parto, essa tolerância cai e alterações autoimunes podem ocorrer.O curso típico é caracterizado por 3 fases sequenciais: a tireotóxica, a hipotireoidiana e a fase de recuperação.A fase tireotóxica (decorrente da liberação de hormônios tireoidianos na circulação) ocorre 1 a 3 meses após o bebê nascer e dura alguns meses, seguida de hipotireoidismo aos 3-6 meses após o parto.Finalmente, a função tireoidiana normal é geralmente alcançada em um ano.A maioria das pacientes tem recuperação completa, mas algumas desenvolvem hipotireoidismo persistente.Quando há disfunção permanente, é necessário realizar tratamento.Todas as pacientes devem ser monitoradas quanto aos testes de função tireoidiana na próxima gravidez, parto e pós-parto.Leia mais: O que não é normal durante a gravidez?

Tireoidite silenciosa

A tireoidite silenciosa, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, é uma condição bastante semelhante à pós-parto.Há uma alteração, ainda sem causas completamente esclarecidas, da função da glândula, porém sem estar relacionada à gestação e sem haver dor ou sensibilidade no local — por isso é chamada de silenciosa.O curso clínico da doença segue duas fases: a elevação da secreção hormonal (tireotoxicose) seguida pela queda (hipotireoidismo). Porém, apenas 1/3 dos pacientes passa pelas duas fases.Em média, a elevação da produção hormonal dura entre 1 e 3 meses, enquanto o hipotireoidismo dura cerca de 3 meses, podendo persistir por até 1 ano.Ou seja, após detectada a alteração, leva, em média, 12 a 18 meses para que a função da glândula seja normalizada.

Tireoidite crônica ou de Hashimoto

A tireoidite crônica ou de Hashimoto é uma condição autoimune.Altos títulos de anticorpos contra tireoglobulina (TG) e tireoperoxidase (TPO) estão presentes na maioria dos pacientes e participam do processo que leva ao dano das células tireoidianas.Aos poucos essas células são destruídas, o que pode resultar em alterações na produção hormonal.Há uma série de mecanismos que podem estar envolvidos na manifestação da doença, como fatores genéticos e ambientais.Assim, junto com a predisposição genética, a ingestão exagerada de iodo (presente no sal de cozinha e alimentos industrializados), pode contribuir para danos à função tireoidiana.É importante destacar que a doença é caracterizada pelo ataque às células saudáveis da tireoide, mas isso nem sempre gera sinais. Ou seja, durante muito tempo, a glândula pode continuar funcionando normalmente.Por isso, a doença pode ter um curso lento e manifestar sinais brandos, e nesses casos muitos pacientes nem sabem que apresentam o problema. Em outros casos a deficiência hormonal pode se manifestar clinicamente, levando o paciente à busca pelo diagnóstico.Os sintomas são muito variáveis e dependem do estágio da doença. Os pacientes podem apresentar aumento (bócio) ou redução (atrofia) do volume da glândula.A tireoidite de Hashimoto pode estar associada a outros distúrbios autoimunes, como diabetes tipo 1 ou doença celíaca, por exemplo.

Tireoidite de Riedel ou fibrótica

É uma condição rara que se caracteriza pela substituição do tecido tireoidiano por processo inflamatório, que pode a invadir estruturas adjacentes como paratireoides, músculos, nervos, vasos sanguíneos, traqueia e esôfago.A inflamação gera uma massa endurecida composta de células inflamatórias, com acúmulo de tecido fibroesclerosante (ou seja, cicatrização capaz de danificar as funções do tecido).A fibrose pode ficar estável ou progredir, gerando, inclusive, compressão na região. Essa condição pode levar a alterações na respiração, dificuldade de deglutição, rouquidão e alteração da voz, com danos aos nervos da laringe e vasos sanguíneos cervicais.O diagnóstico é complexo. A condição é rara e pode ser confundida até mesmo com a tireoidite de Hashimoto em casos mais leves.Por isso, o diagnóstico é confirmado com a realização de exames de histopatologia ou biópsia, que são capazes de detectar a inflamação típica dessa patologia.

Tireoidite induzida por drogas e radiação

Em alguns casos, as inflamações na tireoide podem ser resultado do uso de medicamentos ou radiação. Tanto a alta quanto a baixa atividade glandular podem manifestar-se.Em geral, são condições passageiras, que se estabilizam quando o paciente para de utilizar o medicamento. Entre os agentes capazes de afetar a função da tireoide estão o lítio e a amiodarona.Porém, alguns tratamentos com radiação podem afetar permanentemente a glândula. Nesses casos, é preciso realizar tratamento de reposição hormonal.

O que pode causar a tireoidite?

As tireoidites podem ser causadas por fatores variáveis, de acordo com cada tipo. Algumas têm interferência do sistema imunológico, e não se sabe exatamente o que leva o corpo a atacar as células saudáveis da tireoide.Os mecanismos exatos que desencadeiam os diversos tipos de tireoidite ainda não foram totalmente esclarecidos, mas se acredita que as possíveis causas sejam:
  • Aguda: infecciosa;
  • Subaguda ou de Quervain: infecciosa/inflamatória;
  • Pós-parto: autoimune;
  • Silenciosa: autoimune;
  • Crônica ou de Hashimoto: autoimune;
  • Riedel ou fibrótica: inflamatória;
  • Induzida por drogas e radiação: uso de medicamentos ou radiação.
Saiba mais sobre cada um dos principais fatores:

Autoimunidade

Doenças autoimunes ocorrem quando os anticorpos, que participam dos mecanismos de defesa do organismo, passam a promover um ataque a determinadas células saudáveis do corpo.Em geral, os fatores genéticos têm uma grande participação, mas não são os únicos responsáveis.Cada vez mais os fatores ambientais ou externos são considerados como relevantes na manifestação de doenças autoimunes.Acredita-se que fatores como o estresse, má alimentação, tabagismo e algumas infecções que o paciente sofre podem influenciar no processo que gera a tireoidite, especialmente quando houver predisposição genética.

Agentes infecciosos

Há 2 tipos de tireoidites relacionadas às infecções: a aguda e a subaguda (ou de Quervain).Apesar de haver diversos agentes capazes de desencadear a inflamação da tireoide, no caso da tireoidite aguda, são as bactérias os mais frequentes.Nesses casos, a condição costuma ocorrer em pacientes imunodeprimidos ou em portadores de fístulas (aberturas) em estruturas próximas à tireoide.Os agentes bacterianos mais observados são:
  • Staphylococcus aureus;
  • Streptococcus pyogenes;
  • Streptococcus epidermidis;
  • Streptococcus pneumoniae;
  • E. Coli.
Raramente, alguns fungos e até mesmo parasitas podem ser causadores de tireoidite aguda.Também podem ocorrer inflamações no local decorrentes de infecções virais, por exemplo, pelo Paramyxovirus (causador da caxumba).

Medicamentos ou radiação

O uso de determinadas substâncias ou a exposição à radiação podem ser fatores capazes de interferir na função tireoidiana.Quando a tireoidite é decorrente do uso de medicamentos, o quadro tende a voltar ao normal após a suspensão da droga, sendo algumas vezes rapidamente estabilizado.Entre os medicamentos mais associados à alteração estão:
  • Lítio (usado para transtornos emocionais);
  • Interferon (atua no combate a infecções);
  • Citocinas (agem no sistema imune);
  • Amiodarona (usado para arritmias cardíacas).
Já a radiação (usada em tratamentos para câncer) e o iodo radioativo podem afetar permanentemente a glândula, fazendo com que o quadro não se reverta.
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Fatores de risco

Alguns fatores de risco estão relacionados ao aumento da incidência de determinados tipos de tireoidite. A autoimunidade está frequentemente associada a esse distúrbio glandular.Conheça um pouco sobre os principais fatores. Entre eles podemos citar:

Genética

Ter parentes próximos com alguma doença autoimune é um fator de risco.Os mecanismos de hereditariedade (ou herança genética) ainda não são bem conhecidos, mas sabe-se que as doenças autoimunes, sejam quais forem, representam aumento do  risco quando estão presentes na família.

Doenças autoimunes

Tanto ser portador de alguma doença autoimune como ter um parente próximo com a condição aumentam as chances de desenvolver alguma tireoidite.É esperado que pacientes com esse tipo de patologia, que inclui diabetes tipo 1, doença celíaca e artrite reumatoide, por exemplo, tenham tendência a desenvolver outras disfunções autoimunes.

Exposição à radiação

Terapias com radiação, como as usadas no tratamento de tumores de cabeça e pescoço, podem afetar o bom funcionamento da tireoide.Em geral, são sobretudo as crianças e adolescentes os que apresentam maior incidência de danos à função tireoidiana.Mas, além da radiação devido ao tratamento de patologias, há também outras formas de se expor, muitas vezes sem perceber. Entre elas estão a realização de exames de raio-X e até mesmo vôos de avião — ainda que essas sejam situações de exposição extremamente baixa.

Uso de medicamentos

O uso de algumas drogas pode afetar o funcionamento da tireoide. Por isso, terapias medicamentosas ou o uso inadequado de remédios pode fazer com que haja mudanças na produção hormonal.

Consumo excessivo de iodo

O iodo é um elemento importante para manter o bom funcionamento da tireoide e evitar quedas na secreção de hormônios tireoidianos.No entanto, o consumo excessivo tem sido relacionado a disfunções da glândula, bem como a um maior risco de tireoidites autoimunes, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia.Para a Organização Mundial de Saúde (OMS), o consumo equilibrado fica em aproximadamente 100µg a 150µg por dia, para a população em geral.Em média, 1g de sal contém 25µg. Considerando que 1 colher de sopa rasa contém cerca de 5g de sal, basta apenas 1 colher para atingir as taxas indicadas (125µg).Leia mais: Conheça os perigos do sódio em excesso na dietaMas é importante lembrar que outros alimentos também contêm iodo, como frutos do mar, leite e industrializados. Por isso, o melhor é controlar o sal na hora de cozinhar, além de conferir a tabela nutricional contida nas embalagens.

Sintomas e sinais

Alguns sinais e sintomas podem indicar que há alterações na função tireoidiana, mas nem sempre eles são muito claros para indicar o tipo de tireoidite.Alguns tipos têm manifestações mais específicas, como a tireoidite aguda, enquanto outras são bastante brandas e de difícil diagnóstico, como a silenciosa.Veja alguns dos principais sinais:

Sintomas infecciosos

Algumas tireoidites podem decorrer ou estar associadas às infecções virais, bacterianas, fúngicas ou parasitárias.Nesses casos, é comum que o paciente apresente sinais típicos de outras doenças infecciosas, como febre, secreção nasal, dor de cabeça, mal-estar, cansaço e erupções na pele, dependendo do agente causador.

Dor cervical

Em alguns casos de tireoidite, é possível que o paciente sinta dores cervicais (região do pescoço) que começam subitamente. Geralmente, o sintoma se localiza em apenas um dos lados (unilateral) e tende a ser intenso.

Inchaço tireoidiano

Entre as manifestações mais características das tireoidites está o aumento de volume na região da glândula. Nesse caso, há um inchaço que pode ser completo ou irregular no local.Alguns tipos são acompanhados de dor, enquanto outros apenas apresentam o aumento do volume na região do pescoço (como o tipo silencioso).

Dor no local da tireoide

Alguns tipos de tireoidite, como o subagudo, podem ser acompanhados de dor e sensibilidade no local, geralmente, relacionados à inflamação.

Bócio

O bócio é popularmente chamado de papo. Ele se caracteriza por uma deformação ou surgimento de massa, nódulo ou saliência na região que corresponde à tireoide.Pode ser que apenas algumas alterações pequenas surjam, sendo imperceptíveis.Mas, em alguns casos, pode haver uma aumento expressivo na região da glândula, que pode interferir no ato de engolir e até de respirar, causando tosse, rouquidão ou até mesmo  dilatação das veias da região.

Sinais típicos de hipotireoidismo

Muitos pacientes que desenvolvem tireoidite podem apresentar, de forma transitória ou permanente, a diminuição da atividade tireoidiana.Com isso, há uma queda na secreção hormonal de T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), fazendo com que os sintomas clássicos da doença se manifestem.Entre os mais comuns estão:
  • Cansaço;
  • Sonolência;
  • Indisposição;
  • Intolerância ao frio;
  • Ressecamento da pele;
  • Alterações de humor;
  • Mudanças no ciclo menstrual;
  • Dificuldade em manter o peso;
  • Queda de cabelos e unhas descamativas.

Sinais típicos de hipertireoidismo

Muitas vezes, antes de chegar à queda ou estabilização da produção hormonal, o paciente passa por estágios em que há uma alta liberação de hormônios tireoidianos na circulação.Ainda que passageiro, na maioria dos casos, esse período pode manifestar os sintomas típicos da hiperatividade, que são:
  • Agitação;
  • Fraqueza;
  • Tremores;
  • Ansiedade e nervosismo;
  • Insônia ou dificuldade para dormir;
  • Aceleração cardíaca;
  • Olhos saltados;
  • Mudanças de apetite;
  • Perda de peso.

Exames: como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico das tireoidites consiste na avaliação clínica e histórico do paciente. Inicialmente, as suspeitas são levantadas após os relatos do paciente.Em seguida, é por meio de exames que detectam e descartam outras condições, que o diagnóstico é fechado.Os profissionais mais capacitados para acompanhar e avaliar o paciente são o clínico geral e o endocrinologista.

Exame de T3, T4 e TSH

Os exames que medem as taxas hormonais de T3, T4 e TSH são importantes para avaliar o curso da doença. Lembrando que alguns tipos de tireoidite podem ter fases de hipo e hiperatividade, os exames são sempre um complemento no diagnóstico.Esses testes são feitos com uma coleta de sangue e não exigem jejum.Deve-se observar que na fase de tireotoxicose (elevação da secreção hormonal), os resultados de T3 e T4 tendem a estar altos, sendo que o T4 está, geralmente, mais elevado do que o T3. Já o TSH tende a estar baixo.Quando o paciente entra na fase hipoativa, o T4 tende a baixar, enquanto o TSH tende a subir.

Exames específicos de anticorpos

Exames de sangue podem ser usados para detectar anticorpos específicos, como os antitireoidianos anti-TPO e antitireoglobulina, a exemplo da tireoidite de Hashimoto.As análises são feitas por meio de coletas de sangue comuns.

Ultrassonografia

Alterações na glândula tireoide podem ser observadas pelo exame de ultrassom. O procedimento é bastante importante para identificar, por exemplo, a tireoidite de Hashimoto, que apresenta áreas heterogêneas causadas pelo ataque do sistema imune.O procedimento consiste em um exame de imagem não invasivo, rápido e indolor.Para realizá-lo, o médico aplica uma camada de gel lubrificante na região do pescoço e, em seguida, percorre a superfície da pele, próxima à glândula, com um transdutor — um equipamento que usa ondas sonoras para gerar as imagens.

Tem cura?

Depende da doença. Quando a doença é autolimitada, como acontece em grande parte dos casos de tireoidite pós-parto, pode ser que o próprio organismo consiga restabelecer a normalidade tireoidiana.Com isso, não há necessidade de tratar ou controlar as taxas hormonais.Porém, se houver permanência da alteração, é preciso iniciar tratamento medicamentoso que, em alguns casos, é necessário para o resto da vida.

Qual o tratamento?

O tratamento para a maioria das tireoidites consiste no uso temporário de medicamentos com ação anti-inflamatória, para reposição hormonal, ou para suprimir a ação dos hormônios da tireoide. No entanto, alguns tipos específicos podem necessitar de intervenções diferentes.As principais formas de tratamento incluem:

Medicamentos

A indicação de medicamentos é bastante comum no tratamento das tireoidites, mas vai depender sobretudo do subtipo da doença.Os mais comuns envolvem medicações para tratamento dos sintomas (controle da dor e da inflamação), ou para repor a deficiência hormonal que costuma ser transitória.Em casos específicos, pode ser necessário combater agentes infecciosos.

Cirugias

Nos casos em que o bócio (aumento da glândula da tireoide) é muito expressivo, comprimindo ou afetando as estruturas da garganta, a cirurgia pode ser necessária.Mais raramente, em casos de tireoidite bacteriana, podem ser necessárias pequenas incisões para drenar secreções do local.

Medicamentos

O uso de medicamentos vai depender do tipo de tireoidite.Alguns casos têm resolução espontânea, em que o próprio organismo consegue restabelecer o funcionamento adequado — ainda assim, pode ser necessário o uso de remédios para controlar a dor, por exemplo.Porém, quando o hipotireoidismo se instalar, uma parte dos pacientes terá que fazer uso de medicamentos por toda a vida.Os medicamentos mais utilizados são:

Betabloqueadores

Medicamentos como o propranolol podem ser indicados quando o paciente está na fase de tireotoxicose e apresenta tremores e alterações cardíacas significativas.

Anti-inflamatórios

Medicamentos como prednisona podem ser indicados no tratamento de tireoidites que sejam acompanhadas de dores cervicais. O uso é controlado e temporário, devendo ser suspenso ou descontinuado progressivamente, de acordo com orientação médica, assim que as dores forem amenizadas.

Levotiroxina

O medicamento é indicado em casos de hipoatividade da tireoide. Esse é o tratamento indicado para os casos em que o organismo não consegue restabelecer o correto funcionamento da glândula.Os comprimidos devem ser tomados diariamente. Entre as opções estão: Euthyrox, Puran T4, Synthroid e Levoid.

Antibióticos

Nos casos em que se detecta a presença de bactérias associadas à tireoidite, é preciso fazer uso de antibióticos específicos.Nesses casos, o medicamento pode ser determinado com base em exames capazes de  identificar o agente causador.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Convivendo

Há duas experiências que os pacientes com tireoidite podem vivenciar: a doença autolimitada e a doença que se prolonga.Em geral, a condição autolimitada não dura muito tempo, levando cerca de 1 ano para que o organismo consiga se equilibrar.Porém, alguns pacientes desenvolvem alterações permanentes da tireoide, sendo necessário fazer uso de medicamentos continuamente.Em ambos o casos, há opções que podem facilitar o tratamento e aliviar possíveis desconfortos:

Consulte o médico regularmente

Manter visitas regulares ao médico e realizar os exames indicados é fundamental para acompanhar o curso da doença. Sobretudo nos casos que a tireoidite ainda está em curso, é preciso dar atenção à possível queda permanente da atividade tireoidiana (hipotireoidismo).

Controle o iodo na dieta

O iodo está presente em alimentos industrializados e no sal de cozinha. O ideal é controlar  a ingestão, evitando ultrapassar a recomendação da OMS. O limite tolerável é de até 1.100mcg/dia.Mas a atenção vale para a ausência da substância também. Sem iodo, a tireoide pode ter sua função afetada.Para a maioria das pessoas, é necessário ingerir pelo menos 150µg por dia (cerca de 1 colher de chá de sal de cozinha).

Cuide da saúde em geral

Os cuidados com a saúde e o funcionamento do organismo devem sempre fazer parte da rotina das pessoas.No entanto, é importante dar mais atenção quando uma doença autoimune se manifesta, pois há maiores chances de outras, também autoimunes, ocorrerem em associação.Isso significa que mesmo que a tireoidite se estabilize e não seja necessário manter o uso de medicamentos, há riscos de, algum tempo depois, ela retornar.E, além dela, outras condições têm mais chances de ocorrer, como diabetes tipo 1.Por isso, os cuidados constantes são importantes para diagnosticar precocemente qualquer alteração do organismo.Leia mais: Alimentação Saudável: o que é, benefícios, como ter, cardápio, dicas

Prognóstico

O prognóstico das tireoidites é, em geral, bom.Ainda que uma parte dos pacientes que começam com uma condição potencialmente autolimitada possa evoluir para o hipotireoidismo permanente, a doença costuma ser facilmente controlada com o uso de medicamentos.Em geral, a evolução das doenças pode ser controlada e elas não tendem a causar limitações, desde que o tratamento seja devidamente realizado.

Complicações

Algumas complicações podem ocorrer, mas como o curso da maioria das tireoidites é lento, os casos costumam ser pouco comuns. Entre os principais estão:

Hipotireoidismo

A queda na produção hormonal é a complicação mais comum dos casos de tireoidite.Alguns pacientes podem apresentar melhora espontânea da disfunção da glândula, mas uma parte deles desenvolve deficiência hormonal.O quadro é tratado com uso de medicamentos orais e pode não ser reversível.

Bócio

O bócio é o aumento da glândula, que pode ocorrer de forma acentuada comprometendo a respiração e o ato de engolir.Em casos graves, que são raros, e sem tratamento adequado, o bócio pode causar obstrução das vias aéreas.

Problemas cardíacos

Algumas tireoidites, como a de Hashimoto, podem provocar alterações no colesterol e afetar a saúde do coração.Nos casos em que ocorre tireotoxicose (aumento da liberação hormonal) pode haver aumento da frequência cardíaca e arritmias.Se essas alterações não forem tratadas, pode desenvolver-se um quadro de insuficiência cardíaca.

Alterações emocionais

Diversas alterações emocionais podem ocorrer ou agravar-se, como a depressão, a baixa autoestima e a desmotivação.Os sintomas podem levar a casos críticos de isolamento e limitação social, impactando a vida do paciente.

Alterações cognitivas

A memória, capacidade de raciocínio e aprendizado podem ser afetados pelas alterações da tireoide. Se não tratadas, as tireoidites que se prolongam podem levar a declínios cognitivos.

Tireoidite de Hashimoto pode virar câncer?

Estudos de revisão, publicados pelo Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por imagem, apontam que não há nenhuma relação direta entre o tireoidite de Hashimoto e a manifestação do câncer.Apesar de ambas as condições estarem, nos últimos anos, ocorrendo de modo associado com mais frequência, não foi observada a relação direta. Mas é sempre importante manter o acompanhamento dos quadros e ficar atento ao curso da doença.Leia mais: Tomar chá muito quente pode aumentar o risco de câncer de esôfago

Como prevenir as tireoidites?

Como a maior parte das tireoidites está associada a disfunções autoimunes, não se sabe ainda um modo efetivo de prevení-las.O que pode ser feito é manter uma rotina saudável e acompanhamento médico frequente, que auxilie no diagnóstico precoce da doença.

Faça atividades físicas

Não é nenhuma novidade que as atividades físicas são fundamentais para a saúde. Elas ajudam a manter o peso, melhoram a saúde do coração e dão mais disposição.Manter o corpo em movimento não previne, efetivamente, a tireoidite, mas pode reduzir o risco de obesidade, colesterol alto ou hipertensão, apenas para citar alguns exemplos.Com isso, o organismo fica mais saudável e, se houver alguma predisposição genética às condições autoimunes, você estará mais apto a controlá-lo.

Cuide da alimentação

A alimentação é um importante fator na prevenção de doenças em geral.Manter uma dieta balanceada, ou seja, rica em nutrientes e com menos produtos industrializados, ajuda a manter o organismo funcionando corretamente.Da mesma forma que os exercícios, a alimentação não tem um impacto direto na prevenção da tireoidite, mas pode ajudar a manter o organismo mais resistente às infecções. O que, nesse caso, reduz a possibilidade de uma tireoidite associada a agentes infecciosos, por exemplo.

Dê atenção ao iodo

O iodo está relacionado com o bom funcionamento da tireoide, desde que ingerido na quantidade correta. Tanto a falta quanto o excesso podem provocar alterações da glândula.Desde a década de 50 é obrigatória a iodação de todo o sal destinado ao consumo humano. O que vem ocorrendo, desde então, são adequações à legislação para atender melhor à população na prevenção dos distúrbios causados pela deficiência ou excesso de iodo.O consumo moderado de sal e de alimentos ricos em sódio é importante para minimizar os riscos associados ao desequilíbrio da substância, capaz de  levar ao desenvolvimento de distúrbios tireoidianos.

Evite o estresse

Reduzir o estresse atua como um importante fator na prevenção de inúmeras condições.As causas das doenças autoimunes em geral não são completamente conhecidas, mas se sabe que, além da predisposição, há também fatores externos capazes de precipitar as manifestações clínicas desse grupo de doenças.Por isso, reduzir o estresse pode ter um papel na sua prevenção.Leia mais: Contato com a natureza reduz o estresse em 20 minutos

Perguntas frequentes

Tireoidite de Hashimoto engorda?

Não necessariamente. É importante saber que muitos pacientes com tireoidite de Hashimoto passam por diferentes fases na evolução da doença.Alguns apresentam, num primeiro momento, um aumento da liberação hormonal (fase de tireotoxicose), evoluindo depois com queda da atividade glandular (ou seja, hipotireoidismo).Nesse caso, o paciente pode ter a manifestação clássica da baixa atividade hormonal, com sintomas como cansaço e sonolência, além de diminuição da atividade metabólica.Quando a condição não é tratada adequadamente, contribui com o aumento de peso — especialmente se estiver associado a maus hábitos alimentares e sedentarismo.Porém o principal responsável pelo aumento dos números na balança, por ocasião do hipotireoidismo, é o edema (inchaço).É importante ressaltar que o ganho de peso secundário ao hipotireoidismo, quando existe, é discreto. O tratamento adequado é capaz de reverter o problema.

Tireoidite de Hashimoto é perigosa?

A tireoidite de Hashimoto é uma disfunção tireoidiana que pode ter um grande impacto na rotina do paciente, o que não ocorre quando é diagnosticada e tratada adequadamente. Ela tende a ser facilmente controlada e não gera mais danos à saúde.Porém, sem tratamento, a doença pode afetar outros sistemas do corpo e gerar prejuízos ao paciente.

Tireoidite de Hashimoto pode matar?

O risco de morte pode ocorrer raramente, apenas em casos muito graves de hipotireoidismo não tratado, o que pode levar à disfunção progressiva de múltiplos órgãos e sistemas.O mais comum é que a doença, se não tratada, cause complicações à saúde e bem-estar geral do paciente. Aos poucos, os órgãos podem ser afetados causando prejuízos severos ao organismo.

Há alguma dieta especial para quem tem tireoidite?

Não. Em geral, a alimentação deve seguir as recomendações comuns: equilíbrio e diversidade de nutrientes.É importante dar atenção ao consumo de sal, devido à presença de iodo. Porém, a moderação da ingestão de sal é recomendada a todas as pessoas.

Controlei meus exames de tireoide. Posso parar com os medicamentos?

Não. Quando o hipotireoidismo se desenvolve de forma definitiva os medicamentos deverão ser mantidos para o resto da vida, sendo importante usá-los corretamente, conforme orientação médica.Vale lembrar que nenhum uso de medicamento deve ser iniciado ou interrompido sem orientação médica.
Uma série de doenças e condições podem acometer a tireoide, uma importante glândula endócrina.Com isso, vários sistemas do organismo são afetados, podendo desencadear alterações orgânicas e mentais nos pacientes.Fique de olho no Minuto Saudável e conheça mais sobre saúde e qualidade de vida!Publicado originalmente em: 29/06/2017 | Última atualização: 12/04/2019

Fontes consultadas

Dra. Daniele Tokars Zaninelli (CRM 16876), especialista em endocrinologia e metabologia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), da Sociedade Brasileira para o Estudo da Obesidade (ABESO) e da Endocrine Society.
  • Arquivos Brasileiros de Endocrinologia, Associação Médica Brasileira;
  • Endocrinology, Endotext;
  • Tireoidite, Endocrino.org.
  • Imagem do profissional Daniele Zaninelli
    Este artigo foi escrito por:

    Dra. Daniele Zaninelli

    CRM/PR: 16876Especialista em Endocrinologia e Metabologia Leia mais artigos de Dra. Daniele
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