Diarreia, vômitos, mal-estar. Tudo isso depois de uma comidinha que não caiu muito bem. Ou talvez seja seu filho que, depois de um longo dia brincando, agora apresenta esses sintomas.
Você pode estar lidando com uma gastroenterite, uma doença infecciosa que pode ser perigosa.
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Índice – neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
A gastroenterite é uma inflamação que afeta o intestino delgado e o estômago. Apesar de não ter relação com a gripe, às vezes é chamada de gripe intestinal.
Ela é causada por uma infecção que pode ser viral, fúngica ou bacteriana, mas o mais frequente é que o agente causador seja um vírus.
Uma inflamação é a reação do organismo à dano ou infecção do tecido. A região afetada fica avermelhada, quente, com um fluxo aumentado de sangue e frequentemente dolorida.
Células do sistema imunológico são enviadas à região para sua proteção e o corpo começa a se regenerar.
Dependendo da região afetada e da intensidade, uma inflamação pode causar sintomas variados, que vão desde dores de cabeça e febres a vômitos e diarreias.
A gastroenterite é um caso de inflamação que pode ou não ser causada por um agente externo.
Essa é uma das doenças mais comuns no mundo, afetando milhões de pessoas múltiplas vezes e causando inúmeras mortes anualmente.
Crianças de menos de dois anos, em alguns países, podem contrair a gastroenterite seis vezes ou mais em um único ano. Isso faz com que o número de infecções anuais da doença alcance mais de 2 bilhões, contando com as repetições.
A doença é mais rara em adultos já que o sistema imunológico costuma ser mais desenvolvido, mas ela também pode afetá-los.
O código CID-10 da gastroenterite é o K52.
A gastroenterite pode ser dividida em alguns tipos diferentes. Entre eles estão:
A gastroenterite viral é a mais comum, frequentemente afetando crianças. É causada pela infecção por vírus que afetam o sistema digestivo. O mais comum causador desse tipo de gastroenterite é o rotavírus.
A gastroenterite bacteriana é causada por bactérias. Esse tipo é mais frequente em adultos do que a forma viral porque, nessa fase da vida, normalmente as pessoas já desenvolveram imunidade às principais infecções virais causadoras da gastroenterite.
Costuma ser contraída por meio de alimentos contaminados, frequentemente pela E. coli, apesar de essa não ser a única bactéria capaz de causar a doença.
A gastroenterite hemorrágica tem como principal característica o sangramento do intestino. Em humanos, costuma ser causada pela forma bacterial, especificamente por conta da bactéria E. coli.
Esse tipo da doença costuma ser mais comum em cães. A gastroenterite hemorrágica canina pode ser causada por parvovirose, hepatite infecciosa, coronavirose, cinomose e outras doenças que podem afetar o animal.
Não se limita a infecções bacterianas ou virais, podendo ser iniciada, também, por parasitas.
A versão eosinofílica da gastroenterite é rara, sendo definida pela penetração de células eosinofílicas no tecido do intestino.
Essas células fazem parte do sistema imunológico e costumam estar presentes na mucosa intestinal, mas normalmente, quando está em tecido mais profundo, indica uma doença.
A célula imunológica causa inflamação, o que é normal caso haja uma bactéria ou vírus, mas no caso da gastroenterite eosinofílica não há infecção.
A gastroenterite é causada por uma infecção que afeta o estômago e o intestino delgado. Os agentes causadores são principalmente os vírus, mas bactérias e fungos, além de parasitas, também têm a capacidade de causar a gastroenterite.
Existem alguns casos em que ela pode ser causada mesmo sem um agente infeccioso, mas isso é raro.
Na maior parte dos casos, a gastroenterite é causada pelos seguintes agentes:
Rotavírus, norovírus, adenovírus e astrovírus são os tipos de vírus capazes de causar a gastroenterite, cada um com diversas espécies diferentes.
Os vírus são causadores de 70% dos casos de gastroenterite, sendo as 8 diferentes espécies de rotavírus os maiores causadores da doença em crianças.
Acredita-se que quase todas as crianças com 5 anos já tenham sido expostas ao menos uma vez a algum rotavírus.
Os norovírus são os mais frequentes causadores de gastroenterite em adultos já que normalmente uma pessoa adquire imunidade ao rotavírus no decorrer da infância.
Em segundo lugar entre os principais responsáveis pela gastroenterite estão as bactérias. Nesse grupo, o mais comum dos agentes causadores da doença são as Campylobacter.
Entretanto, é frequente que outras bactérias também levem à reação inflamatória do sistema digestivo, como:
Alguns parasitas são capazes de causar a inflamação do estômago e do intestino delgado. É o caso da giárdia, um protozoário que estabelece no duodeno, o início do intestino delgado, e pode causar gastroenterite.
Existem inúmeras causas não relacionadas diretamente a microorganismos. A gastroenterite é uma inflamação intestinal que pode ser causada por intolerância à lactose, intolerância ao glúten, doença de Crohn, medicamentos anti-inflamatórios não esteroides e até mesmo diversas toxinas.
A gastroenterite é uma doença com diversas causas que podem variar do tóxico ao infeccioso ou, simplesmente, uma reação exagerada do organismo.
As crianças são as mais afetadas pela gastroenterite. Especialmente em países em desenvolvimento, existem casos de reinfecção diversas vezes ao ano.
Os principais causadores da gastroenterite são os vírus, principalmente os rotavírus. Normalmente, depois de exposto, o sistema imunológico adquire resistência. Isso quer dizer que o mesmo vírus não é capaz de causar a doença novamente.
As crianças ainda não foram expostas a tantos vírus quanto um adulto, o que quer dizer que são muito mais vulneráveis. É por isso que a maior parte dos casos de gastroenterite afeta crianças.
Os métodos de cuidado para com as crianças, assim como os sintomas, são os mesmos que para os adultos.
Hidratação e repouso são essenciais. Se a criança tiver menos de 2 anos de idade, a amamentação é importante e levar ao médico é recomendado.
Como os agentes causadores da gastroenterite são inúmeros, a transmissão da doença acontece de diversas formas. Entre elas:
A água contaminada é uma das principais maneiras de transmissão da gastroenterite já que diversos microrganismos causadores da doença podem viver na água. Parasitas e bactérias podem entrar em contato com humanos dessa forma.
Um alimento lavado com água contaminada também pode causar a doença.
Especialmente quando o paciente tem uma versão viral da doença — o que é a situação mais comum, especialmente para crianças — o vírus pode ser transmitido através do vômito e fezes do paciente.
Um meio de transmissão frequente é a contaminação da comida.
A utilização de água com bactérias, parasitas ou vírus para cozinhar ou lavar alimentos pode fazer com que alimentos lavados com ela transmitam a doença.
Existe também a possibilidade de o alimento ter os microrganismos em si desde a plantação e os procedimentos de higiene não serem tomados.
É possível, ainda, que alguém contaminado com um vírus que cause a gastroenterite, ao cozinhar, contamine a comida. Isso é especialmente comum se não houver higienização adequada das mãos.
Algumas bactérias, como a E. coli e a Salmonella, causam intoxicação alimentar e, nesses casos, isso pode levar à gastroenterite. É importante que a procedência dos alimentos seja adequadamente conhecida para garantir que uma intoxicação alimentar não irá acontecer.
Apesar de todos poderem contrair uma gastroenterite, alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa contrair a doença. São eles:
Crianças possuem o sistema imunológico fraco quando comparado ao de um adulto pois elas ainda não foram expostas a tantos patógenos, o que significa que não desenvolveram a resistência ainda.
Por isso, crianças são a maioria dos pacientes de gastroenterite.
O maior causador da doença são os rotavírus. Ao mesmo tempo, a maior parte dos adultos é imune às variedades mais comum dos rotavírus justamente porque foram expostas nos primeiros anos de vida.
Isso significa que uma criança tem muito mais chance de desenvolver a doença ao ser exposta ao vírus do que um adulto.
Normalmente, pessoas mais velhas são mais afetadas por bactérias, que não são transmitidas tão facilmente.
A falta de saneamento básico facilita a contaminação da água e de alimentos por parasitas e bactérias que podem causar a gastroenterite, já que água usada tanto para a irrigação dos alimentos quanto para sua lavagem não necessariamente está descontaminada.
Pessoas que não lavam as mãos ou os alimentos estão muito mais suscetíveis à contaminação por agentes causadores da gastroenterite. Eles também podem transmitir a doença com maior facilidade para outras pessoas.
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Os sintomas da gastroenterite são causados diretamente pela inflamação do intestino e do estômago. É possível que a doença se apresente assintomática, ou seja, sem sintomas, especialmente quando afeta adultos.
Quando presentes, as manifestações costumam aparecer de 12 a 72 horas após a contaminação e podem ser as seguintes:
As cólicas abdominais e dores de barriga, especialmente quando muito intensas, costumam estar associadas a uma causa bacteriana da doença.
Vômitos são um dos principais sintomas da gastroenterite. A inflamação do estômago e do intestino pode fazer com que o paciente sinta ânsias que culminam em vômitos intensos. Em raros casos, esse é o único sintoma apresentado.
A diarreia, junto dos vômitos, é um dos principais sintomas relacionados à gastroenterite.
As regiões do intestino que estão inflamadas não conseguem cumprir sua função e o bolo fecal passa direto por elas, levando líquido demais que escapa em forma de diarreia, que costuma durar em torno de 5 a 7 dias.
Normalmente, o sintoma está acompanhado pelos vômitos e é raro que uma gastroenterite se apresente com apenas um deles.
Nos casos em que a doença é causada pela bactéria E. coli, é comum que haja sangue misturado às fezes.
A febre é uma reação do corpo relacionada com o processo inflamatório. Normalmente esse sintoma se apresenta apenas nos casos em que a infecção é viral.
A febre pode causar problemas, como convulsões e desidratação, se for ignorada.
Da mesma forma que a febre, normalmente a dor de cabeça e a dor nos músculos se apresentam relacionadas às causas virais.
O diagnóstico da gastroenterite é feito por meio de avaliação clínica e exames de fezes, além do diagnóstico diferencial, que é a eliminação de outras condições com sintomas parecidos.
A apendicite, a colecistite e a colite ulcerativa devem ser excluídas antes da confirmação da gastroenterite.
O médico que faz o diagnóstico de uma gastroenterite é o clínico geral e o gastroenterologista.
Na avaliação clínica o médico conversa com o paciente sobre os sintomas. Em alguns casos, é possível que a lista de sintomas seja o bastante para que o médico realize o diagnóstico de gastroenterite.
Entretanto, como o tratamento da doença pode variar conforme a causa, outros exames podem ser necessários para descobri-la.
É possível que seja necessário um exame de toque retal, que pode revelar sangue e feridas intestinais.
O exame de fezes é feito para confirmar o tipo de infecção que está causando a gastroenterite.
Na amostra fecal, podem ser realizados testes rápidos para vírus, como o rotavírus ou o adenovírus, assim como pode ser realizada a cultura bacteriana, que permite a observação e avaliação delas no microscópio.
Também na amostra fecal é possível realizar um exame imunológico, que pode revelar os ovos de parasitas que possam estar causando a doença.
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Sim. É frequente que o paciente se cure sozinho da doença. Especialmente nos casos virais, o sistema imunológico — mesmo o das crianças — tende a se adaptar e vencer o vírus depressa.
Em alguns casos, como os envolvendo parasitas ou bactérias, certos medicamentos específicos podem ser usados para combater a infecção.
Na maioria dos casos, o chamado tratamento de suporte é o bastante. Ele visa proteger o corpo de complicações até que o sistema imunológico elimine a infecção.
No caso da gastroenterite, garantir que o paciente está bem hidratado pode ser o bastante para que em poucos dias ele se recupere.
Em casos específicos, medicamentos podem ser utilizados, que podem ser antibióticos, antiparasitários, antidiarreicos, entre outros.
A doença costuma ter um ciclo de aproximadamente duas semanas, variando um pouco de acordo com o tipo de infecção.
Os antibióticos são medicamentos focados na eliminação de bactérias. Normalmente não são indicados para o tratamento da gastroenterite já que, na maioria dos casos, o sistema imunológico pode lidar com a doença e existem efeitos colaterais.
Por exemplo, pacientes infectados por E. coli, quando tratados com antibióticos, podem desenvolver a síndrome hemolítico-urêmica, uma doença grave que causa insuficiência renal.
A E. coli é um dos principais causadores da gastroenterite, portanto, sem que haja a confirmação pelo exame de fezes de que se trata de uma infecção por uma bactéria que exija este tipo de tratamento, como uma Campylobacter ou a Shigella, os antibióticos não são recomendados.
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Os medicamentos antiparasitários visam a eliminação de parasitas. É o tratamento empregado para casos como a giardíase, infecção causada pelo parasita Giárdia.
Também podem ser usados para tratar outras infecções parasitárias que possam causar a gastroenterite.
Os medicamentos antidiarreicos são usados para reduzir a diarreia causada pela doença. É importante lembrar que antidiarreicos são uma possível causa de piora da gastroenterite quando ela é causada pela bactéria E. coli.
Por isso, eles não devem ser utilizados quando existe sangue misturado às fezes e nem antes da confirmação diagnóstica do agente causador.
No caso de causas não infecciosas, como as doenças crônicas que causam a gastroenterite (doença de Crohn, por exemplo), o tratamento costuma ser focado na causa.
Evitar os gatilhos das doenças — como evitar leite caso a pessoa seja intolerante à lactose — é a maneira mais efetiva de tratar e prevenir a gastroenterite não infecciosa.
Normalmente não existe a necessidade de intervenção medicamentosa para o tratamento da gastroenterite. Entretanto, quando necessário, estes são os medicamentos utilizados:
Antibióticos são medicamentos indicados para a eliminação de bactérias. Nos casos de gastroenterite, raramente são recomendados, mas existem situações em que o médico pode receitá-los.
Os principais antibióticos usados são:
Antiparasitários são medicamentos usados para a eliminação de parasitas do organismo.
Alguns dos que podem ser indicados para tratar infecções parasitárias causadoras de gastroenterite são:
Antidiarreicos são medicamentos indicados para reduzir a diarreia no paciente. Não são indicados quando a condição é causada pela E. coli, mas em alguns outros casos podem ser usados para reduzir o sintoma.
Entre eles há o Saccharomyces Boulardii (Repoflor).
Estes medicamentos são usados para reduzir os sintomas, tanto das versões infecciosas da gastroenterite, quando de condições inflamatórias que possam estar causando a doença. São eles:
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
A gastroenterite é uma doença que pode ser perigosa, portanto alguns cuidados são importantes para garantir que o paciente fique bem enquanto se recupera. São eles:
O repouso é essencial para que pacientes de gastroenterite se recuperem com saúde. Especialmente quando afeta crianças pequenas, a condição pode deixá-las cansadas e o descanso pode ajudar a manter o sistema imunológico forte o bastante para vencer a infecção.
Um dos cuidados mais importantes quando se está lidando com a gastroenterite é a hidratação, especialmente quando se fala de crianças.
A diarreia e os vômitos podem causar desidratação, que quando fica severa pode causar a morte do paciente.
O paciente deve beber bastante água e, se necessário, soro caseiro. No caso de bebês que ainda não comem sólidos, o indicado é que a mãe beba muita água e não descuide da amamentação.
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O diagnóstico feito pelo médico pode indicar se a condição precisa ou não de um tratamento medicamentoso. É importante que o paciente de gastroenterite se consulte para tratar a doença e receber as instruções necessárias e adequadas.
A dieta não precisa ser mudada por causa da gastroenterite. A alimentação é importante para manter a energia do corpo e, por isso, períodos acima de 4 horas sem ingestão alimentar não são recomendados, podendo debilitar o corpo.
Também não se deve fazer mudanças para dietas especiais, como retirar a lactose caso você não tenha intolerância.
Entretanto, nos casos em que existe intolerância a algum alimento, caso ele esteja presente na dieta, é recomendado retirá-lo.
Se você tem intolerância à lactose mas ingere derivados do leite, isso pode ser uma possível causa da gastroenterite. O mesmo se aplica à doença celíaca e outras sensibilidades.
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Apesar de ser uma doença que causa um grande número de mortes anualmente, o prognóstico dela costuma ser positivo e na grande maioria dos casos, o paciente se recupera bem depois de algumas semanas.
É importante que o tratamento seja seguido adequadamente, que o paciente repouse e se hidrate bem para evitar qualquer complicação.
Apesar de a gastroenterite ser uma doença com um prognóstico positivo na maioria das vezes, existem algumas possíveis complicações que devem ser observadas. São elas:
A desidratação é a complicação mais comum da gastroenterite e, normalmente, é o que causa a morte do paciente quando não há o cuidado adequado. É importante que a pessoa com a doença se hidrate já que a perda de água é alta através dos vômitos e diarreia.
A síndrome de Guillain-Barré é uma doença imunitária que faz com que haja grande fraqueza muscular, o que em alguns casos pode afetar músculos respiratórios e causar riscos à vida do paciente.
Aproximadamente 0,1% dos casos de gastroenterite causada por bactérias Campylobacter desenvolvem a doença.
Da mesma forma que as bactérias Campylobacter podem causar a síndrome de Guillain-Barré, elas também pode levar à artrite reativa, uma inflamação das articulações causada pelo sistema imunológico.
Aproximadamente 1% dos pacientes afetados por gastroenterite causada por essa bactéria desenvolve a artrite reativa.
A doença de Crohn é uma condição inflamatória do sistema digestivo. Ela pode ser tanto uma causa da gastroenterite quanto uma consequência, já que em alguns casos ela pode ser desenvolvida a partir de infecções intestinais.
É uma doença crônica que não tem cura e exige tratamento prolongado.
A prevenção da gastroenterite é possível. Apesar de existir uma quantidade grande de agentes capazes de causar a doença, os mais comuns podem ser evitados. Os principais métodos de prevenção são:
Existe vacina contra o rotavírus, o maior causador da gastroenterite. Vacinar as crianças faz com que a contaminação por esse vírus seja prevenida, permitindo que o sistema imunológico aprenda a lidar com o contaminante sem ter que lidar com a doença.
A higiene é um dos mais importantes passos para prevenir esta doença. Lavar bem as mãos é essencial, especialmente, mas não apenas, depois de usar o banheiro.
Uma higienização adequada dos alimentos também é recomendada.
Se sua região não tem água tratada, você pode fervê-la antes de usá-la para lavar alimentos, o que elimina microrganismos.
Caso esteja doente, evite cozinhar, já que isso pode transmitir a doença para outras pessoas.
Manter alimentos em ambiente adequado também é importante para evitar que eles comecem a apodrecer e que insetos se aproximem. A refrigeração é essencial e nenhum alimento cru deve ficar fora da geladeira por mais de 2 horas.
O saneamento básico é uma forma de prevenção da gastroenterite pois impede que muitos agentes causadores da doença entrem em contato com a comunidade da região. Esse método de prevenção é de responsabilidade das autoridades.
Crianças com menos de 2 anos de idade devem alimentar-se de leite materno. Isso é relevante para a prevenção da gastroenterite já que a amamentação é uma maneira de fortalecer o sistema imunológico da criança.
Isso pode garantir algum nível de proteção contra a doença.
Não são apenas humanos que podem sofrer com a inflamação intestinal. Nossos pets também. Os cães frequentemente passam por isso.
Da mesma forma que em humanos, a gastroenterite em cães pode causar vômitos e diarreias. É importante manter os potes de água e comida do animal bem limpos, para impedir que bactérias e se reproduzam neles e causem estrago na saúde do animalzinho.
Normalmente, a doença se cura sozinha em aproximadamente 2 dias. Nesse meio tempo, é importante hidratar bem o cão e não alimentá-lo durante aproximadamente 24 horas.
Lembre-se de retirar apenas a comida. A água perdida durante a gastroenterite precisa ser reposta.
Você deve levar seu cão ao veterinário em algumas situações. Se ele for um filhote, se houver sangue nas fezes ou no vômito ou se a condição durar mais do que 2 dias, especialmente se o animal não estiver comendo depois desse tempo.
Quando um cão com gastroenterite apresenta sangue nas fezes ou no vômito, é possível que se esteja lidando com uma versão hemorrágica da doença.
É importante levá-lo ao veterinário, já que isso pode causar sérios riscos à vida do cachorro.
A duração da doença é variável, dependendo da causa. No geral, as gastroenterites virais duram de 7 a 10 dias.
Normalmente, o pico de sintomas acontece durante aproximadamente 2 a 4 dias, em qualquer uma das variantes, mas pode ser mais extenso caso a situação de tratamento seja precária.
Sim. A gastroenterite pode ser transmitida através do vômito e das fezes. Uma maneira de transmissão comum é através da comida. Um paciente que não lavou as mãos direito pode cozinhar, contaminando todo o alimento, por exemplo.
A higienização é essencial para impedir que a gastroenterite se espalhe.
A diarreia do viajante é a gastroenterite, mas recebe esse nome por acometer pessoas que estão viajando. Ela não é diferente de uma gastroenterite comum.
Normalmente acontece quando um viajante ingere água ou alimentos contaminados em uma região desconhecida e, por causa disso, a doença se instala, causando diarreia.
Não existe diferença entre a diarreia do viajante e uma gastroenterite comum.
A gastroenterite é uma doença comum, mas que pode ser perigosa caso ignorada. Lembre-se de se hidratar bem e cuidar com a higiene de alimentos e do seu dia a dia.
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Publicado originalmente em: 29/06/2017 | Última atualização: 07/04/2019
Rafaela Sarturi Sitiniki
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