Saúde

Diarreia: veja os tipos, cuidados e remédio caseiro

Publicado em: 23/01/2019Última atualização: 23/10/2020
Publicado em: 23/01/2019Última atualização: 23/10/2020
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O saneamento básico é um dos direitos que possuímos como cidadãos, mas infelizmente várias regiões do país não possuem esse serviço. Água suja, lixo e esgoto a céu aberto são responsáveis por proliferar bactérias e outros microrganismos.

Pessoas que vivem nessas localidades estão mais suscetíveis a sofrer com infecções e contaminações, que entre outros sintomas podem causar a diarreia.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 88% das mortes infantis por diarreia são causadas pelo saneamento inadequado.

Além de ser também a segunda maior causa de mortes em menores de 5 anos, 84% das vítimas são crianças.

Mas vale lembrar que os microrganismos infecciosos podem estar presentes em vários alimentos e, por isso, a má higienização no preparo de refeições ou o consumo de produtos estragados também podem afetar o intestino.

Entenda melhor sobre as causas e consequências da diarreia, e saiba como se prevenir!

O que é a diarreia?

A diarreia é bastante comum e tem como característica principal a evacuação de fezes líquidas (perda da consistência) com frequência e sem controle, raras vezes misturadas com sangue.

A condição pode apresentar-se tanto na forma aguda quanto na crônica dependendo do tempo de duração dos sintomas.

Muitos dos casos de diarreia têm a duração de alguns dias, mas quando ocorre por semanas a doença costuma causar desidratação do tipo grave nas pessoas, reduzindo a quantidade de sódio e potássio no corpo de forma drástica.

Alguns dos sinais de desidratação são a boca seca, lábios rachados, letargia (sono profundo), confusão mental e diminuição da urina.

No geral, os quadros de diarreia podem ser curados com a reposição de líquidos e remédios que tratam do funcionamento da flora intestinal.

Logo no primeiro sintoma é recomendado consultar um médico para avaliar se o caso está sendo provocado por condições como síndrome do intestino irritável, infecções, entre outros, para então indicar o melhor tratamento.

A diarreia pode ser classificada, no CID-10, pelos códigos:

  • A07.9 - Doença intestinal não especificada por protozoários;
  • A09 - Diarreia e gastroenterite de origem infecciosa presumível;
  • K52.9 - Gastroenterite e colite não-infecciosas, não especificadas.
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Quais são os tipos de diarreia?

As diarreias podem ser classificadas em dois tipos: diarreia aguda, quando a duração é menor do que 14 dias, e diarreia crônica, quando a duração é maior do que 14 dias. Saiba mais:

Diarreia aguda (comum)

Este tipo se caracteriza por provocar 3 ou mais evacuações, de fezes soltas e aguadas, em um período de 24h, mas é um quadro autolimitado — ou seja, não persiste por muito tempo.

A condição é comum em crianças sobretudo devido ao hábito de levar as mãos à boca sem a correta higienização.

Nos adultos, pode ser associada a estresse, remédios e alimentos, como excesso de cafeína e gordura e até mesmo ansiedade diante de algum momento importante.

Diarreia crônica (constante)

A diarreia constante ou crônica também se caracteriza pelo aumento no número de evacuações (mais de 3 evacuações) durante o dia e a alteração na consistência das fezes. Porém, diferente do tipo agudo, a diarreia crônica é prolongada e pode durar semanas ou meses, dependendo da causa.

Febre, perda de energia e de apetite podem ser alguns sintomas relacionados com a diarreia crônica.

A condição pode ser causada, entre outras coisas, por infecções, doenças que afetam sistema gastrointestinal, como a síndrome do intestino irritável e doença Celíaca, e tumores.

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O que causa a diarreia?

Existem diferentes causas para que ocorra a diarreia, como intolerâncias alimentares, bactérias e até medicação. Entre os causadores mais comuns estão:

Diarreia aguda

Uma das causas mais recorrentes de diarreia aguda são os agentes infecciosos, que podem entrar em contato com o organismo pelos alimentos estragados ou mal higienizados, ou pelo contato com superfícies contaminadas ou saliva de pessoas doentes.

Os vírus norovírus e rotavírus (causadores da  gastroenterite), estão entre os que mais causam diarreia em crianças e adultos.

Entre as bactérias, as principais causadoras são as Campylobacter (causadora da colite), Salmonella (causadora da Salmonelose), Shigella (causadora da Shigelose) e Escherichia coli (causadora de infecção intestinal).

Protozoários também são responsáveis por causar a diarreia, desenvolvendo casos de amebíase e giardíase, que podem causar sintomas como dor de estômago, flatulência, febre, prisão de ventre, debilidade física e fezes aguadas com manchas de sangue.

Diarreia crônica

Entre as causas mais comuns de diarreia crônica estão:

Sensibilidades alimentares

O organismo pode ter dificuldades em digerir algum nutriente ou componente dos alimentos, causando sintomas toda vez que o produto é ingerido.

Geralmente as pessoas que possuem intolerância à lactose apresentam diarreia depois de comerem produtos lácteos, pois seu organismo não consegue digerir corretamente, ocasionando a evacuação.

Assim como a intolerância à lactose, a frutose (açúcar das frutas) e alguns adoçantes artificiais como o sorbitol e o manitol, encontrados nas gomas de mascar e produtos sem açúcar, também podem causar diarreia em algumas pessoas com sensibilidade.

Medicamentos

Alguns medicamentos podem gerar diarreia, como os antibióticos.

Responsáveis por destruir as bactérias ruins (que causam doenças), esses medicamentos também podem afetar as bactérias boas e naturalmente presentes em nosso organismo (por exemplo, lactobacilos, que fazem o intestino funcionar).

Com o uso dos medicamentos, o funcionamento do intestino pode ser afetado e causar a diarreia.

Além dos antibióticos, o uso prolongado de alguns remédios como anti-inflamatórios não esteroides (AINE), inibidores seletivos da recaptação da serotonina (usados para transtornos emocionais), estatinas (medicamentos redutores de colesterol) e laxantes, também podem afetar o fluxo intestinal.

Pós cirúrgico

Ao passar por cirurgias na região abdominal, envolvendo regiões do apêndice, vesícula biliar, intestinos, fígado, baço e estômago, podem ocorrer diarreia.

As causas variam de acordo com o tipo de cirurgia. Por exemplo, a retirada da vesícula biliar afeta na digestão de gorduras e pode desencadear diarreia até que o organismo se adapte.

Já cirurgias no intestino, como a colectomia, podem causar as evacuações frequentes devido à retirada de parte do órgão.

Tratamentos contra o câncer

Tratamentos para o câncer, como a quimioterapia, radioterapia ou hormonioterapia, podem utilizar diversos tipos de medicamentos capazes de gerar efeitos colaterais diversos. Entre eles, a diarreia.

É importante comunicar o médico que realiza o tratamento para acompanhar e dizer se o caso exige maiores cuidados ou não.

Doença celíaca

Esta condição faz com que o organismo do paciente não consiga absorver uma proteína presente no trigo, centeio e cevada: o glúten. Entre os sintomas mais comuns está a diarreia persistente.

Doença de Crohn

A doença de Crohn consiste em uma inflamação crônica no intestino delgado, que afeta o trato digestivo. Seu sintoma mais comum é a diarreia crônica, durando semanas e podendo haver presença de sangue.

Síndrome do Intestino Irritável (SII)

A síndrome do intestino irritável não tem exatamente uma causa, mas se sabe que as pessoas que sofrem desse mal possuem um intestino mais sensível que o normal, podendo ser agravado pelo estresse e alguns alimentos. Entre os sintomas, a diarreia e a cólica são os mais comuns.

Retocolite ulcerativa

A retocolite ulcerativa (condição inflamatória intestinal) é responsável por causar inflamação no intestino. Como o revestimento do órgão fica mais sensível, ele perde a capacidade de absorver água dos resíduos que passam pelo cólon, o que acaba causando diarreia em grande quantidade.

Estresse e fatores emocionais

Nosso intestino possui relação com o cérebro, por isso, quando estamos estressados, ansiosos ou preocupados, o fluxo intestinal é afetado, podendo provocar reações como prisão de ventre, diarreia ou cólica.

Diarreia na gravidez

Ter diarreia na gravidez pode ser uma condição bem frequente. A gestação pode causar mudanças no trânsito intestinal, porém, geralmente é a prisão de ventre que ocorre. As diarreias, na maioria dos casos, é causada por condições secundárias, como infecção alimentar ou virose.

Se a paciente tiver diagnóstico de Síndrome do Intestino Irritável, por exemplo, a gravidez pode acentuar a sensibilidade do organismo, já que a manifestação da doença pode ser estimulada por fatores emocionais, como a ansiedade da gravidez.

Para evitar os riscos, o ideal durante o período da gravidez é optar por alimentos leves, frutas, verduras e legumes, que facilitam a digestão e melhoram a imunidade, reduzindo riscos de infecções virais.

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O que pode causar diarreia em bebês?

As causas mais comuns de diarreia em bebês são as infecções virais ou bacterianas que são facilitadas pelo hábito das crianças em colocar a mão na boca e, em alguns casos, pela imunidade baixa.

Na infância, o tratamento da diarreia consiste em reposição de líquidos, como soro, e uma dieta leve, indicada pelo pediatra.

Crianças pequenas, menores de 2 anos, geralmente não devem usar medicamentos, salvo orientação expressa do profissional.

Quando devidamente acompanhada e tratada, o quadro tende a ser resolvido sem complicações.

Porém, quando o sintoma é persistente é preciso atenção à possibilidade de doenças intestinais, como a Celíaca, ou intolerâncias alimentares.

Diarreia é contagiosa?

Algumas vezes, sim! A diarreia é contagiosa quando sua origem é infecciosa, ou seja, causada por vírus ou bactérias. Em outros casos, como quando é provocada por intestino irritado ou reação a algum medicamento, ela não é transmissível.

Fatores de risco

Alguns pontos podem influenciar para que ocorra um quadro de diarreia, são eles:

  • Consumo exagerado de cafeína;
  • Contato com água ou alimentos contaminados;
  • Hábito de fumar;
  • Viajar para lugares que não tenham um bom saneamento de água;
  • Exagero ao consumir bebidas alcoólicas;
  • Baixa imunidade;
  • Alimentação rica em gorduras, açúcares e industrializados.

Sintomas

A principal característica desta condição são as fezes aquosas e soltas, mas é comum ocorrer também os seguintes sintomas:

  • Cólicas abdominais;
  • Dor abdominal;
  • Febre;
  • Inchaço;
  • Náusea;
  • Necessidade urgente de evacuar;
  • Sangue nas fezes.

Diarreia amarela

Quando ocorre diarreia amarela é sinal de que há gorduras nas fezes, geralmente indicando intoxicação alimentar ou má absorção dos nutrientes.

A coloração amarela pode ser por doenças que impedem a correta absorção das gorduras pelo intestino, fazendo com elas sejam eliminadas nas fezes. Também pode ser devido à baixa concentração de bile (suco digestivo) nas fezes, decorrente de alterações no fígado.

Nesse caso é preciso redobrar a atenção e consumo de água, para hidratação, além de evitar comer alimentos muito gordurosos, conforme recomendação médica.

Diarreia e dor de estômago

Quando ocorre um quadro de diarreia acompanhado de dor de estômago, há indícios de uma intoxicação alimentar ou infecção gastrointestinal.

A atenção com a hidratação precisa ser dobrada para repor os líquidos perdidos, além de evitar alimentos apimentados e gordurosos que fazem o organismo ficar pior.

Se os sintomas persistirem e houver também febre, é aconselhável procurar um médico para avaliação do quadro.

Diarreia com sangue

Constatar a presença de sangue nas fezes assusta e pode ser um sinal de alerta. Entre as causas mais comuns estão:

  • Hemorroidas;
  • Contaminação por bactérias, vírus ou fungos;
  • Fissura anal;
  • Realização de exame, como a colonoscopia;
  • Vermes intestinais;
  • Diverticulite;
  • Doença de Crohn;
  • Câncer no intestino;
  • Colite Ulcerativa.

Cada condição precisa de tratamentos específicos, que podem envolver o uso de antibióticos, medicamentos para recuperar a flora intestinal ou apenas mudanças alimentares.

Vômito e diarreia

Quando a diarreia vem acompanhando de vômito, geralmente é um caso de intoxicação alimentar.

Pode ser causada pelo consumo de alimentos estragados ou contaminados que foram expostos a bactérias, passaram da data de validade ou foram armazenados em condições incorretas.

Entre outros sintomas além de vômitos e diarreias, estão:

  • Sangue nas fezes;
  • Extrema dor ou cólicas abdominais severas;
  • Febre acima de 38 °C;
  • Sede excessiva;
  • Boca seca;
  • Fraqueza e tonturas.

É aconselhável procurar um médico, para avaliação do quadro e recomendação os medicamentos certos para o tratamento.

Diagnóstico

Um clínico geral é capaz de identificar a condição e indicar qual melhor tratamento para o caso, o próprio paciente também consegue identificar o quadro a partir da observação das fezes. Alguns exames podem ser solicitados para identificar as causas do problema, como:

Exames de sangue

O exame de sangue consegue ir a fundo para procurar problemas metabólicos, que podem estar causando a diarreia.

Feitos com uma coleta simples de sangue, os exames são solicitados para diagnósticos específicos como anemia, níveis de vitaminas, de ureia e de creatinina.

Eles também conseguem identificar alguns tipos de alergia alimentar.

Estudo de fezes

Por meio de uma amostra de fezes, o laboratório consegue verificar se há alguma bactéria diferente no organismo, além de conseguir pesquisar a presença de rotavírus, adenovírus e norovírus nas fezes .

Esse exame também pode ser solicitado para observar a presença de gordura ou sangue nas fezes, que podem indicar de intolerâncias alimentares ou doenças crônicas intestinais.

Exames de imagem

Apesar de pouco comuns, os exames de imagem podem ser indicados para compor o diagnóstico.

Em geral, servem para analisar a saúde dos órgãos, podendo identificar uma possível anormalidade anatômica na região abdominal.

Entre eles, a ultrassonografia ou tomografia abdominal, que são exames não invasivos.

Colonoscopia

Este tipo de exame é utilizado para analisar o comprimento do intestino grosso, ajudando a verificar algum crescimento anormal no órgão, tecido inchado ou vermelho, sangramento e feridas.

É realizado por meio de uma microcâmera que é introduzida no ânus, chegando até o intestino delgado.

Durante o exame, pode ser realizada a biópsia, que consiste na retirada de uma pequena amostra de tecido intestinal para ser enviada às análises.

Sigmoidoscopia

A sigmoidoscopia é utilizada para verificar o interior de parte do intestino grosso. Nela, um tubo sopra ar no intestino, para facilitar a visão e avaliação interna do médico.

É recomendado em casos de diarreias crônicas, com suspeita de pólipo ou câncer, por exemplo.

Tem cura?

Sim, em alguns casos, basta manter a hidratação e cuidar da alimentação para que a diarreia pare e o organismo retome o ritmo normal. No entanto, quando as causas incluem infecções parasitárias ou doenças crônicas, intestinais e autoimunes, é necessário tratar a origem do problema para eliminar o sintoma.

Qual o tratamento da diarreia?

Como a diarreia faz com que muito líquido seja perdido do corpo, o principal tratamento é evitar a desidratação e adotar uma alimentação leve. Além disso, é fundamental reconhecer a causa do problema e a necessidade de tratamentos auxiliares, como medicamentos ou mudanças alimentares.

Junto com os alimentos, é fundamental manter uma boa ingestão de líquidos. Como a diarreia causa muitas evacuações ao longo do dia, a chance de se desenvolver uma desidratação é maior.

O Sistema único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente nas unidades o soro de reidratação, para ajudar no tratamento, o mesmo também é vendido em farmácias.

Em casos extremos de desidratação, o médico poderá recomendar o consumo de líquidos por via intravenosa (soro ingerido pela veia).

Medicamentos

O soro é geralmente indicado para repor os líquidos e evitar a desidratação, mas outros medicamentos podem auxiliar na reposição de líquidos, recomposição da flora intestinal ou redução da frequência de evacuação.

Entre eles:

Quando causada por agentes infecciosos, a diarreia pode ser tratada com o uso de medicamentos como azitromicina ou doxiciclina.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Existe medicamento para diarreia crônica?

Pode ser que o(a) paciente receba orientação médica para tratar a diarreia crônica com medicamentos. Nem todas as condições ou doenças que causam diarreia crônica precisam de tratamento medicamentoso. Por exemplo, algumas condições, como doença celíaca, podem necessitar somente de dieta.

Por isso, o uso de remédios vai depender das causas da diarreia.

Convivendo

Algumas dicas são importantes para conviver com a condição até que haja uma melhora no quadro do indivíduo, são elas:

  • Evitar usar laxantes;
  • Lavar as mãos antes de iniciar qualquer refeição;
  • Evitar o consumo de alimentos lácteos;
  • Ingerir líquidos;
  • Evitar comidas gordurosas.

Mudanças alimentares

Alguns alimentos ajudam a equilibrar a flora intestinal e fazem com que o organismo funcione normalmente. Comer alimentos de fácil digestão e leves ajuda muito, como:

  • Cereais integrais, como arroz;
  • Frutas e verduras;
  • Sopas.

Há algumas bebidas e alimentos que precisar ser evitados, pois podem agravar o quadro de diarreia, evite:

  • Café;
  • Chá preto;
  • Bebidas alcoólicas no geral;
  • Leite;
  • Molhos industrializados;
  • Chocolate;
  • Queijos;
  • Frituras.

Remédio caseiro: o que é bom para diarreia?

Algumas medidas naturais e remédios caseiros para diarreia podem auxiliar o corpo a se recuperar mais rapidamente.

Xarope caseiro

Utilizando maçã, cenoura e mel é possível preparar um xarope que fortifica o organismo e reduz os efeitos da diarreia:

  • 1/2 cenoura ralada;
  • 1/2 maçã raspada;
  • 1/4 xícara de mel.

Junte todos os ingredientes em uma panela, deixando-os ferver em banho maria por 30 minutos, em fogo baixo. Após dar o tempo, desligue e espere esfriar.

Você pode tomar duas colheres do xarope por dia para ajudar na recuperação do organismo sem deixar de seguir as recomendações médicas.

O tempo de conservação e utilização do xarope é de no máximo 1 mês.

Chá

As plantas são ótimas aliadas para auxiliar a recuperação do organismo. Para auxiliar no intestino, você pode preparar uma bebida com:

  • 2 colheres de camomila;
  • 3 folhas de goiabeira.

Junte os ingredientes com 100ml de água e ferva. Após fervida, abafe a bebida por 10 minutos e beba.

Soro caseiro

O soro caseiro é ótimo para ajudar na reidratação e pode ser feito em casa, sempre conforme recomendação médica:

  • 1 litro de água mineral;
  • 1 colher de café de sal;
  • 1 colher de sopa de açúcar.

Misture o sal e açúcar em um litro de água mineral, após misturar beba durante o dia, seguindo as orientações.

Leia mais: Para que serve o soro caseiro?

Complicações

Se a diarreia não for tratada, pode causar desidratação grave. Por isso é preciso atenção aos sintomas que podem se manifestar também, como:

  • Febre acima de 39 ºC;
  • Sonolência, falta de resposta ou irritabilidade;
  • Fraqueza;
  • Tontura;
  • Olhos ressecados;
  • Boca seca;
  • Palidez;
  • Desmaios.

Prognóstico

Alguns problemas de saúde que o paciente já tem também podem influenciar para que a diarreia dure mais ou continue retornando.

Nesses casos, pode ser Doença Inflamatória do Intestino ou Síndrome do Intestino Irritável as responsáveis por isso.

Na maioria dos casos, a diarreia é um problema de curto prazo, durando dias. Mas se ela persistir por mais tempo nas crianças e adultos, é recomendável procurar um médico imediatamente.

Prevenção

Para reduzir os riscos de diarreia, algumas medidas podem ser adotadas, como:

Higienização das mãos

O ideal é lavar bem as mãos e usar álcool gel, sobretudo antes de comer ou após ir ao banheiro.

Ambientes compartilhados, como transportes públicos ou salas de aula, podem facilitar a transmissão de agentes infecciosos, por isso os cuidados com a higiene devem ser constantes.

Cuidados ao viajar

Quando estiver viajando, prefira beber água engarrafada e opte por alimentos cozidos, evitando o consumo de carnes cruas e laticínios, que têm maiores riscos de contaminação.

Dependendo do local em que for viajar, certifique-se a necessidade de tomar alguma vacina.

Cuide da alimentação

Dê preferência a alimentos saudáveis, como legumes, frutas e verduras. Evite frituras e comidas mais gordurosas, sobretudo se houver o costume de comer fora de casa.

Ao preparar alimentos, cuide da higienização e do armazenamento.

Mantenha a vacinação em dia

Fique de olho na carteirinha de vacinação para ver se todas as doses estão tomadas. Caso não, o problema pode ser resolvido facilmente indo a um posto ou unidade de saúde.

Mantenha a hidratação

O ideal é consumir cerca de 2 litros de água por dia para que nosso organismo funcione corretamente.

Portanto, atenção na hidratação, principalmente em dias mais quentes em que acabamos perdendo líquidos por meio do suor. Água, sucos, água de coco e isotônico são algumas das opções.

Reduza o estresse

Pratique exercícios físicos, durma o suficiente, assista seus programas preferidos, leia, planeje e realize viagens. Essas são algumas dicas de como reduzir o estresse no seu dia a dia, aproveitar melhor a vida e prevenir doenças.


Você conhece alguém que sofre de diarreia? Compartilhe o texto para ajudar a pessoa a descobrir as causas e tratamentos para esse mal.

Publicado originalmente em: 29/06/2017 | Última atualização: 23/01/2019

Fontes consultadas

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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