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Viagra (genérico, natural, feminino): efeitos e como tomar

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 06/04/2019Última atualização: 18/10/2021
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 06/04/2019Última atualização: 18/10/2021
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Em 28 de março de 1998, o Viagra começou a circular pelos EUA, devidamente autorizado. Rapidamente, a comercialização atingiu índices altos, sobretudo para a época: em cerca de 2 semanas, mais de 150 mil receitas saíram dos consultórios médicos e chegaram às farmácias.

Não demorou muito para o medicamento chegar ao Brasil, pois após 2 meses, em junho de 1998, o Viagra já podia ser encontrado em farmácias daqui. Um levantamento estimou que, até junho de 1999, quase 14 mil pílulas foram compradas por dia no Brasil. Isso equivale a mais ou menos 5 milhões apenas no 1º ano.

E o efeito não foi só imediato, pois nessas 2 décadas o medicamento continua em pauta, ainda que agora haja outras opções para diminuir a disfunção erétil.

O que é Viagra? 

Viagra é um medicamento que contém a substância Citrato de Sildenafila, usado para combater a disfunção erétil, melhorando a capacidade de ereção e a saúde sexual masculina.

Há outros nomes, um pouco mais informais, como pílula ou remédio azul.

O uso é, em geral, bastante popular. Ainda que, inicialmente, fossem os homens acima dos 60 anos o público-alvo, agora adultos jovens e até adolescentes buscam o remédio para melhorar o desempenho sexual.

No entanto, o Viagra só tem indicação quando há o diagnóstico de disfunção erétil.

Como afirma o urologista Dr. Mark Neumaier, "o uso do medicamento por pessoas que não têm disfunção erétil não trará benefício". Isso porque a substância não tem influência no tempo para atingir o orgasmo ou em qualquer outro aspecto da função sexual.

Após ingerido, leva entre 30 minutos e 1 hora para o Viagra fazer efeito. Mas, ainda assim, é preciso haver estímulo sexual — ou seja, o medicamento não causa uma ereção espontânea.

Seu uso pode trazer riscos e, portanto, deve sempre ser orientado por um profissional. Por exemplo, alergias, dor de cabeça, palpitações e distúrbios de visão podem ocorrer.

Apesar de as farmácias não reterem a receita, é importante a prescrição médica pois há alguns casos em que não se deve fazer o uso, como pacientes que tomam medicamentos vasodilatadores ou que sofrem com câncer.

Se necessário e bem orientado, o uso do medicamento promove melhorias à vida sexual do paciente.

Seguindo as recomendações da bula, o Viagra é, em geral, seguro e pode ser usado frequentemente, desde que não ultrapasse a dosagem de 1 comprimido diário.

A popularidade do medicamento é grande entre consumidores e comerciantes, tanto que uma análise indicou que o medicamento está no topo da lista dos mais falsificados, sendo vendido sobretudo pela internet.

Vale destacar que, além de não ter a ação na ereção, várias substâncias tóxicas podem estar presentes na pílula falsa, como estimulantes anfetamínicos e até tinta de caneta, para dar a característica coloração azul ao Viagra.

Leia mais: Sono de qualidade: sexo antes de dormir pode ajudar

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História: qual a origem do Viagra?

A descoberta do Citrato de Sildenafila para a disfunção erétil foi um tanto ao acaso.

O princípio ativo, patenteado pelo laboratório Pfizer em 1996, começou a ser estudado para outras finalidades, um pouco mais distantes da saúde sexual.

Inicialmente, ela foi relatada como um efeito colateral dos testes que buscavam tratamentos para hipertensão pulmonar (aumento da pressão sanguínea que leva à sobrecarga do coração) e angina (dor no peito devido ao enfraquecimento cardíaco).

O efeito colateral afetava todos os participantes do estudo, causando uma dilatação dos vasos sanguíneos do pênis. Ou seja, mais sangue era impulsionado para a região e, como consequência, havia mais facilidade em ter e manter uma ereção.

Com mais estudos, o medicamento ganhou os certificados de eficácia e começou a ser comercializado nos Estados Unidos. Em pouco tempo, homens do mundo todo contavam com o recurso medicamentoso para tratar alterações sexuais.

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Citrato de Sildenafila é Viagra?

Sim. O citrato de sildenafila é o princípio ativo do Viagra, que age facilitando a ereção, usado no tratamento da disfunção erétil.

Para entender essa relação é preciso pensar que o nome da substância que age no corpo — ou seja, promove a ereção — é o citrato de Sildenafila.

Mas, para que ela chegue até ao consumidores, os laboratórios precisam registrar o direito de vendê-la às farmácias. Para isso, usam um nome comercial — no caso, o laboratório Pfizer registrou como Viagra.

Como foi o primeiro nome comercial da substância, popularmente, o medicamento é conhecido como Viagra.

Mas hoje é possível achar outras marcas que vendem o medicamento, incluindo opções genéricas e similares.

Ou seja, você pode encontrar medicamentos com a mesma substância que o viagra, porém com outros nomes.

Para que serve o Viagra?

O princípio ativo do Viagra, citrato de sildenafila, é indicado para pacientes com disfunção erétil.

Ele atua no relaxamento da musculatura do pênis, mais especificamente no músculo liso dos corpos cavernosos, que é a estrutura principal do pênis erétil.

Junto disso, o medicamento promove a dilatação das artérias que conduzem o sangue até o órgão. Isso faz com que mais sangue migre para a região e, com isso, a ereção seja facilitada.

Ou seja, o medicamento age favorecendo a ereção e, portanto, é usado no tratamento da disfunção erétil.

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Anatomia sexual: o que é a disfunção erétil?

A disfunção erétil é definida como uma dificuldade ou incapacidade de ter uma ereção.

Mas não basta um episódio esporádico, é preciso que a dificuldade seja persistente, geralmente estando presente por ao menos 6 meses.

As causas da disfunção podem ser bem diversas, mas em geral são divididas entre as orgânicas e as emocionais.

No primeiro grupo estão aquelas relacionadas às patologias ou alterações do corpo, como:

  • Câncer de próstata;
  • Problemas vasculares;
  • Baixa produção de testosterona;
  • Complicações neurológicas (geralmente relacionadas a quadros de diabetes ou abuso de álcool);
  • Uso de medicamentos que afetam o desempenho sexual.

Mas há alguns episódios relacionados ao emocional, que são a causa da maioria dos diagnósticos de disfunção erétil, como:

  • Estresse;
  • Depressão;
  • Baixa autoestima;
  • Estresse pós-traumático;
  • Ansiedade.

Impotência emocional

Os quadros psicológicos e o desempenho sexual masculino estão diretamente relacionados:

O pênis é formado por estruturas eréteis, ou seja, que são capazes de se encherem do sangue.

Mas a ereção começa bem distante do pênis. Por isso que problemas emocionais ou psicológicos podem interferir na saúde sexual.

Ainda no cérebro, um sinal estimulante é enviado para a medula espinhal, percorrendo a medula espinhal até a região pélvica. Quando o sinal chega aos tecidos do pênis, provoca um relaxamento e dilatação dos vasos sanguíneos.

Com isso, mais sangue chega ao órgão, circulando até 50 vezes mais rápido do que o normal. Um complexo sistema integrado começa a funcionar: veias que deveriam drenar o fluido se fecham, contendo o sangue no local.

O líquido preenche a estrutura do pênis e aumenta a pressão, fazendo com que o órgão fique ereto.

Após a relação sexual, os mecanismos que enviam sinais aos nervos penianos cessam e fazem a ereção parar.

Quando algum desses mecanismos falha, provocando a dificuldade em começar ou manter uma ereção, o quadro é denominado disfunção erétil.

Leia mais: Pílula anticoncepcional masculina apresenta testes iniciais positivos

Como funciona o Viagra?

Como a ereção depende do aumento do fluxo sanguíneo para o pênis, o mecanismo do Viagra — ou do citrato de sildenafila — é exatamente esse: permitir a chegada de mais sangue no pênis.

Mas vale destacar que ele não funciona se não houver estímulo sexual. Sozinho, o Viagra não provoca uma ereção.

O mecanismo de ação é por meio do bloqueio de uma substância capaz de inibir a ereção. Ou seja, ele não age diretamente na produção da ereção, mas sim na inibição da substância que a prejudica.

É como se ele evitasse que a ereção fosse impedida de ocorrer. Isso gera uma dilatação dos vasos sanguíneos do pênis, possibilitando que mais sangue consiga chegar até o local.

Quanto tempo dura o efeito do Viagra?

Em média, depois de ingerido, o Viagra começa a agir entre 30 e 60 minutos, podendo ter efeitos por cerca de 4 horas. Ou seja, nessas horas após a ingestão, será mais fácil ter uma ereção quando houver um estímulo.

Isso não significa que haverá uma ereção extremamente longa nesse tempo todo.

Quando ocorre um estímulo externo, os mecanismos de ação sexual são acionados.

O cérebro envia sinais aos nervos do pênis e, como os mecanismos que iriam dificultar a ereção estão bloqueados, o processo ocorre normalmente.

O que acontece se tomar Viagra e não fazer sexo?

No geral, não fazer sexo após tomar o medicamento não traz nenhum problema. O que acontece é que, na falta de estímulo sexual, a ereção não ocorre.

Podem surgir apenas alguns efeitos colaterais, como dor de cabeça, rubor facial, congestão nasal etc. Contudo, o urologista Dr. Mark Neumaier alerta:

"Se a ereção ocorrer mesmo sem estímulo, e dure mais de 3 horas, procure um pronto atendimento".

Viagra precisa de receita?

A farmácia não retém a receita do Viagra, mas a prescrição médica é sim necessária para a compra.

Vale lembrar que o Viagra é um medicamento e que seu uso pode trazer uma série de efeitos colaterais.

Além disso, a substância não é um estimulante sexual ou um afrodisíaco, como muitos pensam. Ela é usada nos casos de disfunção erétil que necessitam de tratamento, após o diagnóstico médico, feito comumente por um urologista.

Como tomar?

O comprimido, segundo a bula, deve ser ingerido oralmente, em dose única, cerca de 1 horas antes da relação sexual.

Lembrando que a dosagem deve ser avaliada pelo profissional, que considera quadros clínicos e estado de saúde do paciente para determinar os miligramas.

Mas, segundo a bula, pode-se iniciar com doses de 50mG, ajustando para, no máximo 100mG ou diminuindo conforme necessidade.

Preferencialmente, deve-se tomá-lo com água e sem aproveitar para engolir outro medicamento junto, pois pode haver interferência na absorção.

Apesar da bula do Viagra indicar que o uso de álcool não afeta a ação esperada, é importante destacar que alguns homens podem sofrer alterações motoras ou sensitivas ao consumir bebidas alcoólicas.

Ou seja, o álcool pode interferir de maneira geral no organismo, deixando o homem mais sonolento ou disperso. Isso acaba, indiretamente, prejudicando o desempenho sexual.

O uso máximo permitido é de 1 comprimido ao dia.

Viagra faz mal?

Depende. O Viagra é um medicamento, por isso, o uso pode ser bastante benéfico a quem sofre com disfunção erétil ou pode ser prejudicial se tomado sem orientação médica e sem necessidade.

De acordo com o urologista Dr. Mark Neumaier, o uso frequente não traz riscos quando há avaliação médica.

"Há indicações de uso diário para pacientes em recuperação de uma cirurgia para 'retirada da próstata' por câncer, por exemplo", afirma.

Mas cada organismo reage diferente às substâncias, por isso, sempre vale o reforço de só usar algum remédio com acompanhamento do especialista, pois efeitos colaterais podem ocorrer.

Todo medicamentos pode trazer efeitos adversos, que incluem desde sintomas brandos, como dor de cabeça, até arritmias cardíacas.

Efeitos colaterais

Em geral, o Viagra é bem tolerado pelo organismo, mas alguns efeitos colaterais podem ocorrer.

É comum que sintomas como dor de cabeça surjam. Mais de 10% dos pacientes relatam algum grau de cefaleia.

Priapismo

O priapismo como efeito colateral do Viagra é bastante raro. Caracterizado por uma ereção bastante prolongada (mais de 4 horas) e bastante dolorosa, o quadro é de urgência.

Além da dor intensa, se não houver intervenção emergencial, podem ocorrer trombose e isquemia no pênis (redução da circulação sanguínea no local).

Em geral, o quadro associado ao Viagra acontece quando usado sem indicação médica, por homens mais jovens e  junto de outras drogas sintéticas, como anfetaminas e cocaína.

Alergias e coceira

Podem ocorrer, em cerca de até 10% dos pacientes, manifestação de placas avermelhadas na pele, decorrentes de processos alérgicos ou sensibilidade ao medicamento.

Como resposta, podem surgir coceira, irritação cutânea, sensibilidade e saliência na superfície do tecido.

Náuseas e vômitos

Podem ocorrer enjoos, náuseas e vômitos após a ingestão do Viagra. O quadro tende a ser agravado se houver distúrbios gástricos ou refluxo.

Queda de pressão e palpitação

É possível que tonturas, ritmo acelerado do coração, palpitações e queda de pressão afetem até 10% dos pacientes.

Devido à taquicardia (aceleração do coração) e à pressão baixa, podem ocorrer desmaios, palidez, suor frio ou mal-estar.

Alterações de visão

Além da distorção de visão, que pode afetar cerca de 10% dos pacientes, outras alterações menos frequentes podem ocorrer.

Dor nos olhos, sensibilidade à luz (fotofobia), fotopsia (enxergar luzes ou cores cintilantes), alteração da percepção das cores, irritação nos olhos, vermelhidão e ofuscamento visual podem ocorrer entre 1% e 10% dos pacientes.

Contraindicações

Em geral, homens acima de 18 anos, que sofram com disfunção erétil podem tomar o Viagra. Porém, há algumas contraindicações.

Quem faz uso de medicações que contenham óxido nítrico, nitratos orgânicos ou nitritos orgânicos, é contraindicado ao uso.

Essas substâncias estão contidas, geralmente, em medicamentos vasodilatadores, como os usados para hipertensão pulmonar ou angina, pois pode haver uma exacerbação dos efeitos, provocando uma queda perigosa de pressão.

Um exemplo são os medicamentos à base de nitroprusseto de sódio, indicado para alterações cardíacas.

Além disso, quem tem alergia ou sensibilidade à sildenafila, menores de 18 anos e mulheres também não podem usar.

Ainda é importante que homens com falta de ar, dores no peito ao praticar atividades também sejam contraindicados ao uso.

Em alguns países, como no Reino Unido, a lista de restrição é um pouco mais extensa.

Por isso, vale sempre a recomendação médica para o uso caso o paciente sofra com:

  • Problemas do fígado;
  • Alterações no coração;
  • Casos recentes de derrame;
  • Hipotensão;
  • Presença de úlceras estomacais;
  • Hemofilia;
  • Cânceres;
  • Anemia falciforme.
  • Presença de retinite pigmentosa.

Quem tem pressão alta pode tomar Viagra?

Depende. Há alguns fatores que proíbem ou permitem um paciente com pressão alta de usar Viagra. Somente um médico, com uma avaliação individual, poderá determinar de forma segura se o uso é indicado.

Mas, em geral, se o paciente não tem a pressão controlada ou faz uso de medicamentos com nitratos, o Viagra é contraindicado.

Isso porque os nitratos agem exatamente dilatando os vasos sanguíneos (vasodilatação), fazendo-os relaxar e diminuindo a pressão sanguínea.

O Viagra acentua esse efeito, o que pode causar quedas graves de pressão e até infarto. Mas se o paciente usa outra classe de medicamentos, controla a pressão e não se inclui em outros grupos de risco, o médico pode receitar o Viagra.

Viagra causa dependência?

Química, não. Mas pode ocorrer um vício emocional.

Ou seja, nenhuma substância presente no medicamento é capaz de causar dependência química ou agravar o quadro de disfunção erétil.

No entanto, o paciente pode entrar em um ciclo psicológico, em que o medo de não ter uma ereção o impede de tentar fazer sexo sem tomar o medicamento.

Por isso, o homem faz uso de Viagra mesmo sem necessidade.

Cialis ou Viagra?

Os 2 são medicamentos para tratar a disfunção erétil e que, em geral, agem de maneira semelhante. A principal diferença está no tempo de ação.

O Viagra foi o primeiro tratamento medicamentoso comercializado para a dificuldade de ereção, isso em 1998. Já o Cialis é mais recente, lançado em 2003 pelo laboratório Eli Lilly.

Formulado a partir da Tadalafila, o Cialis começa a agir cerca de 30 minutos depois de ingerido, mas sua ação dura por até 36 horas (tempo maior do que o do Viagra, de 4 horas).

Nesse sentido, o Cialis é, inclusive, chamado de pílula do fim de semana.

No organismo, a substância tem o mesmo mecanismo de ação que a Sildenafila, facilitando a ereção ao aumentar o fluxo sanguíneo no pênis a partir. Também é preciso haver estímulo sexual.

Em geral, as principais diferenças estão no tempo de ação, nos efeitos colaterais (menores no Cialis) e no preço (Cialis tem menor custo).

Para escolher o tratamento, é preciso uma avaliação médica. Possíveis alergias ou sensibilidade podem ocorrer (por exemplo, efeitos colaterais), o que serve como parâmetro para a manutenção ou troca do tratamento.

Genérico do Viagra

Em 2010, o mercado farmacêutico brasileiro recebeu 2 opções ao Viagra, marca referência da substância citrato de Sildenafila.

Atualmente, há várias opções para quem quer uma alternativa ao Viagra. Apesar de não serem azuis, como a marca referência, a aceitabilidade do público é grande. O preço varia, em média, entre R$ 2 e R$ 12.

Entre as marcas estão:

Preço e como comprar

É possível comparar preços do Viagra em buscadores como o Consulta Remédios.

O medicamento está disponível em caixas com 1, 2 e 4 comprimidos, nas dosagens de 25mG, 50mG e 100mG.

Confira a média de preços:

Mas vale o alerta para os cuidados na compra do Viagra. Considerado um dos medicamentos mais falsificados, diversos anúncios na internet podem ofertar produtos que colocam em risco a saúde de quem os consome.

Por isso, a busca e compra de medicamentos deve sempre ser feito por sites e portais licenciados.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Viagra feminino

Os problemas relacionados à sexualidade da mulher não são recentes e geram bastante debate.

Não é de hoje que a indústria farmacêutica investe em medicamentos e pesquisas para ajudar na saúde e satisfação sexual feminina.

Em meio às opções lançadas no mercado nos últimos anos, o Viagra feminino ganhou destaque.

Devido ao nome popularmente atribuído à flibanserina, acredita-se que a substância teria a capacidade de resolver problemas e disfunções sexuais. Mas não é bem assim.

Em pronunciamentos recentes, a fabricante Addyi, nome comercial do medicamento, disse que o termo “Viagra” é empregado incorretamente, pois a flibanserina não age da mesma forma.

Por volta de 2016, a substância foi aprovada nos EUA. No Brasil, ainda não foi liberada para a comercialização.

Leia mais: Pompoarismo: o que é, como fazer, exercícios, técnicas, bolinhas

A pílula rosa funciona?

Quando lançado, o fabricante apostou na popularização do medicamento flibanserina denominando-o pílula rosa — o que seria, supostamente, uma versão feminina da pílula azul.

Mas chamar de Viagra já é outra história.

Isso porque o Viagra é indicado para a disfunção erétil, uma alteração na capacidade do sangue preencher o tecido do pênis adequadamente.

Ou seja, um homem que sofra com alterações patológicas de ereção vai apresentar melhorias. Isso já não ocorre com o Viagra feminino.

O Flibanserina, na verdade, tem uma indicação muito mais voltada ao tratamento do baixo desejo sexual. Assim, é um uso associado mais à terapia psicológica do que à disfunção sexual.

Basicamente, se a paciente tiver, de fato, alguma alteração patológica, não vai resolver muita coisa.

Além disso, entrevistas com médicas(os) e pacientes têm apontado que, geralmente, os riscos e efeitos colaterais não compensam os benefícios.

Dores de cabeça, náuseas, taquicardia e queda de pressão são alguns sintomas relatados pelas pacientes.

Para quem tem problemas no fígado ou usa outros medicamentos, como esteroides, a droga se mostrou ainda mais prejudicial, podendo acarretar em danos à saúde.

Assim, a substância é indicada quando, devido às quedas e variações hormonais, a mulher ainda queira ter relações sexuais, mas não consegue manifestar desejo.

Como essa queda da libido é bastante comum na perimenopausa (meses que antecedem a chegada da menopausa), o medicamento é especialmente indicado nessa fase.

Na bula, o mecanismo de ação da substância é por meio do estímulo de regiões cerebrais, promovendo a maior liberação dos hormônios dopamina e noradrenalina, além de reduzir a serotonina, que está relacionada à queda da libido.

Mulher pode tomar Viagra masculino?

Se uma mulher tomar Viagra, os riscos envolvidos são os mesmos daqueles possíveis para os homens. Ou seja, em si, o medicamento não faz mais mal ou tem mais riscos para elas.

No entanto, o Viagra é pensado para atuar no sistema sexual masculino, que é bem diferente dos mecanismos estimulantes femininos.

Isso significa que, basicamente, apesar de poderem tomar Viagra, ele não terá grande efeito nelas, como explica o urologista Dr. Sérgio Bassi:

"O viagra é um medicamento para aumentar a circulação em tecido erétil. No caso da mulher, o tecido erétil está no clitóris, que com o uso do Viagra terá mais rigidez e maior sensibilidade, porém este fato não é condição essencial para consumar o ato sexual, penetração".

Alguns estudos já fizeram análises dos efeitos do comprimidos nas mulheres, mas os resultados não trazem muitos indicativos positivos.

Em geral, pode haver uma melhora do fluxo sanguíneo na região clitoriana, o que pode promover mais satisfação sexual devido à maior sensibilidade.

Mas o prazer da mulher envolve outros mecanismos bem mais complexos, também bastante atrelados ao estado emocional.

É por isso que o Viagra feminino é um medicamento voltado ao quadro mental e emocional da paciente.

Vale lembrar que o Viagra não é um estimulante sexual.

Por isso, apesar de haver uma melhora do fluxo sanguíneo na região da vagina, a satisfação sexual da mulher não sofre grandes alterações, pois não é preciso haver ereção.

Leia mais: O que é masturbação: feminina, masculina, infantil, anal, é sexo?

Viagra natural

A saúde sexual é um dos temas que sempre estão em alta.

A prova disso é que os alimentos ou produtos afrodisíacos são bastante buscados por quem deseja dar uma forcinha na libido e na disposição sexual.

Pode até ser que eles não tenham muita eficácia em patologias como a disfunção erétil, mas há opções para auxiliar o apetite sexual e muitas delas são investigadas em pesquisas científicas.

Muitos estudos sugerem que os alimentos podem sim ser integrados à rotina e fortalecer a saúde (física e sexual).

Daí muito se fala de efeitos afrodisíacos. Alimentos, chás, aromas. Afinal, há um Viagra natural? Com a mesma potência e efeito do medicamento produzido em laboratório, não.

Para analisar então a ação dos famosos estimulantes sexuais, um estudo feito pela Universidade Guelph avaliou os feitos de afrodisíacos vegetais e animais. Ou seja, os que costumamos chamar de naturais.

As opções caseiras ou naturais que podem dar uma ajudinha incluem:

Ginseng

Indicado para dar mais disposição, aliviar a fadiga, reduzir o cansaço e o estresse,  ginseng é uma erva famosa na medicina oriental e que há anos carrega o título de afrodisíaca.

Muitos dizem que realmente funciona, mas alguns defendem que o consumo ajuda a dar mais disposição e, por isso, melhora o desempenho sexual.

Açafrão

A raiz tem várias propriedades funcionais, sendo uma boa aliada para reduzir a inflamação e melhorar a circulação. Mas alguns a utilizam como potencializador sexual e estimulante da libido.

Muirapuama

A muirapuama é uma planta nativa da Amazônia. Entre os povos indígenas, ela é usada como afrodisíaco com alta capacidade de estimular a libido. Alguns estudos indicam que o consumo pode sim dar uma ajudinha na disposição e apetite sexual.

Maca peruana

Originária das Cordilheiras dos Andes, a Maca peruana ganhou espaço nos últimos anos devido às propriedades funcionais.

Por ser fonte de algumas vitaminas, o produto auxilia a fortalecer o organismo. Mas os efeitos afrodisíacos são bastante buscados pelos consumidores.

Os adeptos indicam que a Maca pode aumentar a libido, dar mais disposição e melhorar até a concentração de sêmen.

Viagra caseiro: é possível?

Nem sempre dá para fazer um Viagra caseiro. Há quem não veja muitos benefícios nas plantas ou prefira algo mais natural. Nesse caso, muitos especialistas dão uma dica valiosa: afeto e paixão.

O sexo está bastante atrelado à afetividade, à proximidade e à intimidade.

Leia mais: Sexo na menopausa: 5 dicas para combater a redução da libido

Por isso, uma boa dica para ajudar no desempenho sexual é sentir-se confortável e feliz ao lado do parceiro ou parceira. Para isso, aposte em comportamentos como:

Mude a rotina

O cansaço e a rotina não vão, necessariamente, causar problemas sexuais ou afetar na qualidade do sexo, mas eles podem sim impactar o prazer a na satisfação.

Por isso, uma boa medida para lidar com a falta de interesse no sexo é mudar a rotina, desestressar e entender que o fator emocional pesa bastante na satisfação.

Converse

Expressar sentimentos, medos e frustrações pode ser a melhor maneira de melhorar a rotina sexual. Em geral, a maioria dos casos de disfunção erétil está associado a fatores emocionais ou psicológicos.

Por isso, conversar e manter laços afetivos pode ser o suficiente para reduzir ou melhorar a satisfação sexual.

Leia mais: Sexólogo: o que é, online, curso, perguntas, dicas, quando ir?

Descubra novos estímulos

Mesmo que o homem tome o Viagra, ainda é necessário que haja estímulo sexual. Isso significa que tão importante quanto o funcionamento do corpo, é a percepção sensitiva.

Ou seja, olfato, visão, tato e paladar são meios de perceber os estímulos e despertar o desejo sexual.

Usar desses sentidos e explorar novas sensações é uma forma de encontrar mais prazer e lidar com o baixo interesse sexual.


Visando amenizar os impactos que as alterações funcionais ou patologias geram na rotina dos pacientes, a indústria farmacêutica investe em pesquisas e avanços medicamentosos.

O Viagra, por exemplo, é um medicamento que auxilia a melhorar a rotina sexual por meio do tratamento da disfunção erétil, que pode ter grandes impactos no bem-estar e na saúde emocional do paciente.

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Fontes consultadas

  • Dr. Sérgio Bassi (CRM/PR 10673), Médico Cirurgião Urologista. Mestre e Doutor pela Universidade de Paris – Sorbonne. Ex Fellow da Mayo Clinic (USA), Cleveland Clinic (USA) e Detroit Medical Center (USA). Membro da Sociedade Americana de Urologia (AUA), Sociedade Europeia de Urologia (EAU), Sociedade Internacional de Urologia (SIU) e Sociedade Francesa de Urologia. Diretor da Clínica Griffon;
  • Dr. Mark Neumaier (CRM 26297), graduado em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Residência médica em Cirurgia Geral e em Urologia. Mestre em Ciências da Saúde pelo Hospital Sírio Libanês. Membro da Sociedade Americana de Urologia (AUA) e Sociedade Europeia de Urologia (EAU). Urologista do Hospital Marcelino Champagnat;
  • Afrodisíacos de Origem Vegetal e Animal, Universidade Guelph;
  • Bula do Viagra, Consulta Remédios.
Imagem do profissional Sérgio Bassi
Este artigo foi escrito por:

Dr. Sérgio Bassi

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