Saúde

Convulsão: o que fazer, causas, sintomas, pode matar?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 30/06/2017Última atualização: 22/03/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 30/06/2017Última atualização: 22/03/2023
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convulsão é resultado da atividade elétrica exagerada do cérebro em áreas específicas. Essa ação leva a espasmos intensos pelo corpo, assim como sintomas de perda da consciência, rigidez muscular e movimentação repetitiva do corpo.

O distúrbio pode ser considerado generalizado quando uma descarga de impulsos elétricos elevados atinge os dois lados do cérebro. Nesse caso, é possível que a pessoa afetada pelo problema não traga consigo sintomas aparentes da convulsão, porém, é possível perceber o olhar perdido e a desatenção.

Para saber mais sobre convulsão, causas, gatilhos e qual a diferença de epilepsia e convulsão, continue acompanhando o artigo!

Índice — Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que causa convulsão?
  2. Tipos
  3. Sintomas
  4. Diagnóstico
  5. Convulsão em bebês
  6. Primeiros socorros
  7. Tratamentos para convulsão

O que causa convulsão?

Uma série de fatores pode desencadear episódios de convulsão. Alguns deles são:

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Tipos

Existem diversos tipos de convulsão generalizada. Entretanto, os mais comuns são os com episódios de ausência, tônico-clônica e focal (parcial). A seguir, você confere um pouco mais sobre cada um deles:

Episódios de ausência

Caracterizada pelo olhar perdido e a falta de resposta do(a) paciente, que pode durar alguns segundos e vir acompanhado de tremores nos lábios.

Convulsão tônico-clônica

Ocorre perda rápida de consciência, acompanhada de rigidez muscular em várias partes do corpo e também aparência azulada do rosto. Contrações rítmicas e excesso de salivação, além de sangramento — ocasionado pelas mordidas na língua — também podem ocorrer.

Convulsão focal (ou parcial)

Afeta especificamente apenas um dos hemisférios cerebrais. Nas crises parciais, pode haver perda ou diminuição da consciência, além dos espasmos e alterações nos cinco sentidos. Também é possível que haja também momentos de delírios e alucinações.

Leia maisO que é Encefalite, tipos, tratamento, prevenção, tem cura? 

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Sintomas

Existem alguns sintomas mais comuns que ocorrem durante uma convulsão, entre eles estão: 

  • Perda da consciência;
  • Desmaio;
  • Respiração alterada;
  • Contração muscular;
  • Perda do controle dos esfíncteres;
  • Confusão mental;
  • Agitação;
  • Fraqueza muscular;
  • Desorientação;
  • Alucinações;
  • Dor de cabeça;
  • Fala arrastada;
  • Perda da memória.

laço roxo em cima de um resultado de exame neurológico.

Diagnóstico

O diagnóstico será revisado pelo(a) médico(a), que avaliará os sintomas e o histórico de saúde. O(a) profissional também pode solicitar exames para entender as causas da convulsão e avaliar se há a possibilidade de um novo episódio. Alguns exames podem incluir os seguintes testes:

Se você identificou alguns dos sintomas listados acima, procure ajuda médica imediatamente!

Sintomas antes de uma convulsão

Os sintomas antes de uma convulsão podem variar, mas geralmente incluem alguns ou todos listados abaixo:

  • Confusão mental;
  • Alterações de humor;
  • Alteração na consciência;
  • Amnésia;
  • Visão turva;
  • Descoordenação;
  • Tremores;
  • Espasmos musculares;
  • Náuseas e vômitos;
  • Sonolência;
  • Cheiro forte;
  • Ver luzes.

Nesse caso, a busca por ajuda médica imediata também é essencial caso alguns desses sintomas sejam identificados.

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Convulsão em bebês

A convulsão em bebês pode ser chamada de parcial simples, também conhecida como focal-perceptiva, ou então com comprometimento perceptivo, ou psicomotor.

É necessário registrar detalhadamente o episódio, pois isso ajudará o(a) médico(a) na identificação e no tratamento. Portanto, ao presenciar uma convulsão, é preciso observar quando aconteceu, quanto tempo durou, o que aconteceu antes e o que aconteceu no momento e depois da crise.

Primeiros socorros

Os primeiros socorros se baseiam em tomar precauções com a pessoa que está passando por uma convulsão. Portanto, caso presencie um episódio, é preciso ter os seguintes cuidados:

  • Dê espaço e mantenha outras pessoas afastadas;
  • Afaste objetos que podem ferir;
  • Coloque uma almofada abaixo da cabeça;
  • Afrouxe a roupa;
  • Não segure a pessoa;
  • Não interrompa os movimentos;
  • Não coloque nada na boca, como líquidos, pois há o risco de engasgo com a língua;
  • Vire a cabeça para o lado;
  • Identifique o horário do início da convulsão;
  • Depois que movimentos pararem, coloque a pessoa de lado;
  • Não deixe a pessoa sozinha até que ela esteja completamente consciente;
  • Não dê nada para a pessoa beber ou comer até que ela esteja completamente recuperado(a).

Tratamento

Algo importante sobre a convulsão, é que nem toda pessoa com o primeiro episódio poderá ter outros. Contudo, é necessário encontrar melhores tratamentos e interromper as crises de convulsões, assim como, reduzir os efeitos colaterais.

Tratamento medicamentoso

O tratamento para as convulsões envolve medicamentos anticonvulsivantes, sendo um dos mais eficazes o canabidiol. O ativo foi aprovado pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador do país, para o tratamento em pessoas a partir de 2 anos.

Portanto, o objetivo do uso dos medicamentos é encontrar um que reduzida os efeitos colaterais e com uma dosagem apropriada para as necessidades da pessoa.

Terapia dietética

Muitas vezes, seguir dietas cetogênicas, ricas em gordura e pobres em carboidratos, podem auxiliar no controle das convulsões. Contudo, se tratar de uma dieta rigorosa que, eventualmente, pode ser difícil de seguir, pois são poucos alimentos permitidos.

Cirurgia

Em situações em que nenhum outro tratamento foi eficaz, será considerado realizar cirurgia para impedir que as convulsões continuem. Contudo, essa forma de tratamento só eficaz em pessoas que tem a origem da convulsão em um local (convulsão focal) no cérebro. Existem alguns tipos de cirurgia, confira:

  • Lobectomia: os cirurgiões removem área do cérebro onde as convulsões se originam;
  • Transecção subpial múltipla: corresponde a vários cortes no cérebro para evitar as condições. É indicado quando as áreas onde se iniciam as convulsões não podem ser removidas com segurança;
  • Calosotomia de corpo: corta a rede de conexões entre os neurônios da metade direita e esquerda do cérebro. Porém, as convulsões podem continuar no lado do cérebro onde começam;
  • Hemisferectomia: essa cirurgia remove metade da camada externa do cérebro, e pode causar perdas de habilidades funcionais, contudo, crianças podem recuperar significativamente.
  • Terapia térmica intersticial a laser: é um procedimento menos invasivo que concentra a energia em um alvo específico no cérebro e destrói as células cerebrais responsáveis pelas convulsões.

Estimulação elétrica

Esse tipo de tratamento envolve procedimentos que aliviam as convulsões, sendo elas:

  • Estimulação do nervo vago: é implantado um dispositivo na pele do peito que estimula o nervo vago do pescoço, responsável por enviar sinais que inibem as convulsões;
  • Neuroestimulação responsiva: é um dispositivo implantado na superfície cerebral ou no tecido capaz de detectar e interromper a convulsão;
  • Estimulação cerebral profunda: são implantados eletrodos em algumas áreas do cérebro que produzem impulsos elétricos, regulando assim a atividade que causa convulsões.

Leia tambémPotencial terapêutico do canabidiol no tratamento de ansiedade 


A convulsão é resultado de atividades elétricas acontecendo em áreas específicas do cérebro que aumentam e causam espasmos intensos pelo corpo.

Se você ou alguém que você conhece apresenta esses sinais, procure ajuda médica quanto antes para evitar possíveis sequelas e consequências!

Para mais conteúdos sobre saúde, continue acompanhando o site e redes sociais do Minuto Saudável!


Imagem do profissional Thayna Rose
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Este artigo foi escrito por:

Esp. Thayna Rose

CRP: CRP/PR 08/28789Bacharel em Psicologia com especialização em Neuropsicologia.Leia mais artigos de Esp. Thayna
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