Saúde

Faringite: o que é, sintomas, tratamento, remédios caseiros

Publicado em: 22/01/2018Última atualização: 16/08/2022
Publicado em: 22/01/2018Última atualização: 16/08/2022
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A dor de garganta é uma das condições mais comuns em épocas frias. A irritação, inflamação e sensibilidade na parte superior da garganta (faringe), conhecida como faringite, leva muita gente — adultos e crianças — aos hospitais e centros de saúde.

De origem viral ou bacteriana, há diversos cuidados que podem dificultar a manifestação desse incômodo. Continue acompanhando o artigo para saber quais são!

O que é faringite?

A faringite é uma inflamação na faringe, órgão responsável por fazer a ligação entre o nariz e a boca e também conecta a boca aos dois canais da garganta, o esôfago (que leva para o estômago) e a laringe, que leva para a traqueia e os pulmões.

Quando a faringe está inflamada, sintomas como irritação, dor, coceira e desconforto na região indicam faringite.

As inflamações na faringe normalmente acontecem no inverno, quando o ar está mais seco e a população tende a se concentrar em ambientes fechados, com pouca ou nenhuma ventilação.

Nessas condições, a entrada de bactérias e vírus pelas vias aéreas é facilitada e causam diversas doenças típicas de estações frias, como a laringite e a amigdalite.

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Faringite, laringite ou amigdalite?

As três doenças são frequentemente confundidas, pois têm sintomas extremamente parecidos. Todas são inflamações que provocam dor de garganta e são causadas tanto por vírus, quanto por bactérias, mas acometem regiões diferentes.

Os tratamentos, apesar de parecidos, possuem diferenças importantes. Por exemplo, a laringite exige descanso da voz, enquanto a faringite pode ser tratada com pastilhas e a amigdalite pode precisar de cirurgia para a remoção das tonsilas.

Confira as principais diferenças entre as três condições a seguir:

Faringite

A faringite acontece na faringe. É a parte da garganta que podemos ver lá no fundo da boca quando a abrimos e olhamos no espelho. 

Laringite

A laringite afeta a laringe, estrutura que fica no topo da traqueia e é onde as cordas vocais se localizam.

Amigdalite

A amigdalite afeta as amígdalas, também chamadas de tonsilas palatinas, parte do corpo que conecta a boca à faringe. É possível ver as tonsilas, que são duas, no espelho.

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Tipos

A condição pode ser dividida em três tipos. São eles:

Faringite viral

Tipo mais comum de faringite, representando aproximadamente 70% dos casos com crianças e 85% dos casos com adultos, a faringite viral é causada por um vírus. 

Esse tipo costuma estar acompanhado pela doença que o vírus causa, como a gripe. Seus sintomas são mais leves em comparação aos outros tipos da doença.

Faringite bacteriana

Com 15% das infecções em adultos e 30% das em crianças, a faringite bacteriana é mais rara e mais perigosa do que a viral. Como o nome indica, é causada por uma bactéria que contamina a faringe. 

Esse tipo de faringite pode causar febre alta e pode contar com a prescrição de antibióticos como parte do tratamento.

Faringite não infecciosa ou alérgica

Esse tipo de faringite não é causada por vírus nem bactérias, mas sim por irritação na faringe. É possível que pessoas com rinite, congestão nasal e que respiram pela boca sofram com esse tipo da doença. 

O nariz costuma aquecer e filtrar o ar, coisa que a boca não faz, portanto, esse ar não tratado atinge a faringe, que perde calor e umidade para o ar.

A faringite não infecciosa ou alérgica também pode acontecer com pessoas que costumam frequentar ambientes com muito ar condicionado, poluição ou em épocas em que o clima está muito seco.

Leia também: Sinusite (aguda, crônica): veja causas, sintomas, tratamento

Faringite aguda, recorrente ou crônica: qual a diferença?

Há 3 quadros ou tipos de manifestação da faringite: a aguda, a recorrente e a crônica. Confira um pouco mais sobre cada uma a seguir:

Aguda

A faringite aguda é caracterizada pelo rápido início de sintomas e há a presença de febre, coceira no nariz, obstrução respiratória e chiado ao respirar.

Em geral, são quadros com tratamento simples. Se as recomendações médicas forem seguidas, os sintomas desaparecem rapidamente após iniciar o tratamento. 

Recorrente

Os quadros de faringite recorrente são caracterizados por 4 episódios agudos ou mais no período de 6 meses. 

Crônica

A faringite crônica ocorre quando há persistência e continuidade do quadro. Podem ocorrer sintomas constantes de coceira nasal, halitose, secreção nasal, dificuldade em respirar, obstrução e congestão crônica. 

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Quais as causas da faringite?

As principais causas da faringite podem ser reduzidas simplesmente a vírus e bactérias. Como mencionado anteriormente, é mais comum que a doença atinja as pessoas no inverno, quando costumamos ficar em lugares mais aquecidos e fechados, o que favorece a transmissão de agentes infecciosos para as vias respiratórias.

O ar seco também facilita a irritação da garganta, o que é propício tanto para infecções, quanto para a faringite não infecciosa.

Vírus

Os vírus que mais frequentemente causam a faringite são o influenza (vírus da gripe), parainfluenza e o adenovírus, mas outras infecções virais, se afetarem a faringe, podem causar inflamação. Os seguintes vírus são conhecidos por causar a doença:

  • Orthomyxoviridae, família do vírus da gripe;
  • Vírus de Epstein-Barr, causador da mononucleose infecciosa;
  • O vírus Herpes simplex, causador da herpes;
  • O vírus Paramixovírus, causador do sarampo;
  • Rhinovirus, Coronavirus e Parainfluenza, responsáveis pelo resfriado;
  • HIV, vírus da AIDS. 
A condição pode ser causada por microrganismos como vírus e bactérias.

Bactérias

A faringite bacteriana é normalmente causada por bactérias chamadas de estreptococos e recebem o nome de faringite estreptocócica. 

A maioria dessas bactérias são inofensivas, mas altamente contagiosas, se espalham facilmente pelo ar, e podem desencadear não apenas a faringite, mas também meningite e pneumonia.

Quando a bactéria causadora da faringite é o estreptococo beta-hemolítico do grupo A (EBGA), existem riscos maiores, como a manifestação de febre reumática.

Apesar de raro, é possível contrair a faringite por meio das bactérias causadoras da gonorreia (faringite gonocócica) e da clamídia

Nos casos de faringite bacteriana, o paciente deve ser observado para evitar evoluções da doença e o comprometimento das vias respiratórias.

Faringite pega?

Dependendo do tipo, sim! As faringites bacterianas ou virais podem ser transmitidas para outras pessoas. 

Quando um (a) paciente com um desses dois tipos da infecção espirra ou tosse, o microrganismo se espalha pelo ar ou se deposita nas superfícies, como maçanetas e apoios de transportes públicos, por meio de gotículas.

Ao tocar nesses itens ou inalar partículas de ar contaminadas, o indivíduo fica suscetível a contrair a infecção.

Contudo, a faringite alérgica, causada por ácaros, fungos e poeira, por exemplo, tem causa genética e provoca crises alérgicas capazes de evoluir para a faringite.

Como ocorre a transmissão?

Com a aglomeração de pessoas em ambientes fechados, as chances de contrair uma doença nas vias respiratórias aumentam, pois o ar não circula adequadamente. A condição pode ser contraída por meio de gotículas expelidas por meio da fala, espirros e tosse (que libera gotículas de saliva no ar), beijos e compartilhamento de talheres e canudos, por exemplo.

Ademais, o sexo oral também é um caminho de bactérias para a faringe, já que as bactérias de doenças venéreas, como a gonorreia e a clamídia, também podem acometer a garganta.

Grupos de risco

Alguns grupos são mais propensos a se contaminarem, são eles:

Crianças e adolescentes

Crianças e adolescentes possuem um risco maior de contaminação por bactérias causadoras da faringite.

Portadores de doenças sexualmente transmissíveis

Como mencionado anteriormente, algumas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), como a gonorreia e a clamídia, podem ser transmitidas da genitália para a garganta, causando a inflamação da faringe. 

Além disso, pacientes HIV positivos também podem ter maior facilidade em adquirir a faringite por conta de seu sistema imunológico mais debilitado.

Fumantes

Fumantes possuem a faringe irritada, além disso, o calor da fumaça queimada costuma ressecar a faringe, o que facilita a contaminação por vírus e bactérias e, consequentemente, a inflamação.

Além disso, fumantes passivos também podem ser afetados pela irritação na garganta.

Contato com substâncias químicas e/ou tóxicas

Da mesma forma que os fumantes, o contato frequente com químicos pode deixar o sistema respiratório irritado, facilitando as infecções na região.

Alergias

Ter reações alérgicas a pó, animais, mofo, entre outros, também facilitam o desenvolvimento da faringite.

Ingestão de bebidas muito quentes e álcool frequente

Estas atividades também irritam a faringe, facilitando a contaminação de agentes causadores da faringite.

Baixa imunidade

A imunidade baixa permite que bactérias e vírus se instalem com maior facilidade no corpo.

Leia também: Qual a melhor vitamina para imunidade? 7 nutrientes essenciais

Quais os sintomas?

Os sintomas da faringite são fáceis de identificar. Apesar disso, ela é facilmente confundida com laringite e a amigdalite, que também afetam a garganta e demonstram sintomas semelhantes. Os principais sintomas, de acordo com os tipos de infecção, são estes:

Faringite viral

  • Febre;
  • Dor de garganta;
  • Diminuição do apetite;
  • Vermelhidão na garganta;
  • Inchaço no pescoço;
  • Desconforto ao engolir;
  • Rouquidão.

Apesar de raros, podem também surgir dores de ouvido, cabeça e vômitos. Ainda, a febre relacionada à faringite viral costuma ser amena quando comparada à causada por bactérias.

Faringite bacteriana

A infecção bacteriana é mais agressiva e seus sintomas costumam aparecer abruptamente entre 2 a 5 dias depois do contágio. Entre os principais estão:

  • Dor de garganta;
  • Rouquidão;
  • Vermelhidão na garganta com presença de pus;
  • Dificuldade para engolir;
  • Dor de cabeça;
  • Febre acima dos 38 ºC;
  • Náusea;
  • Vômitos;
  • Dor de barriga;
  • Perda de apetite;
  • Ínguas (caroço na região do pescoço).

Ademais, dores no ouvido podem aparecer caso a infecção se espalhe para a região dos ouvidos, podendo desenvolver otite.

Como é feito o diagnóstico da faringite?

Os (as) médicos (as) mais adequados para diagnosticar uma faringite são o (a) clínico (a) geral ou o (a) otorrinolaringologista, que é o (a) especialista em ouvido, nariz e garganta. Para isso, podem ser realizados os seguintes testes:

Exame da orofaringe

Durante o exame da orofaringe, o paciente tem a garganta examinada para que o (a) médico (a) verifique a inflamação.

Entretanto, por meio do exame, não é possível diferenciar com certeza a faringite viral da bacteriana, o que é fundamental para um tratamento adequado.

Conhecendo os sintomas, o médico pode decidir se existe necessidade de fazer exames mais aprofundados.

Um paciente com febre alta e pus na garganta possui fortes indicativos de que a infecção é bacteriana, enquanto que um com tosse e coriza indica uma infecção viral.

Para essa confirmação, são realizados alguns exames laboratoriais como:

Para o diagnóstico é realizado o exame da orofaringe.

Teste rápido do antígeno para EBGA

O teste busca antígenos para a bactéria EBGA, o estreptococo beta-hemolítico do grupo A, que é a bactéria que causa a faringite mais agressiva. É um exame feito em emergências e tem resultados rápidos.

Cultura da secreção da orofaringe

O exame também busca a bactéria EBGA por meio de cultura bacteriana. Ele possui entre 90 a 99% de sensibilidade, mas leva mais tempo para ficar pronto. Por conta disso, é recomendado para internamentos e não em emergências.

Hemocultura

Esse exame consiste na cultura bacteriana do sangue do paciente e busca encontrar bactérias nele.

Também costuma ser mais recomendado para internamentos do que para emergências, por conta do tempo que leva para que as bactérias se desenvolvam e possam ser encontradas.

Cultura da orofaringe em busca de gonococo ou clamídia

Se o histórico do (a) paciente indicar a possibilidade de uma faringite causada por gonorreia ou clamídia, esse exame é indicado para se obter comprovação ou refutação da presença dessas bactérias como causa da condição.

Tomografia computadorizada dos tecidos moles do pescoço

Caso o (a) médico (a) suspeite de abscesso ou comprometimento dos espaços profundos do pescoço, o exame é realizado como forma de confirmar ou eliminar a suspeita.

Início do tratamento

Caso não haja sinais de infecção bacteriana, outros exames não são necessários e o tratamento para a faringite viral pode ser iniciado.

Dependendo da quantidade de sintomas que indiquem a presença bacteriana, é possível começar a tratamento para esse tipo da condição enquanto se espera pelos resultados laboratoriais.

Faringite tem cura?

Sim, a faringite tem cura e ela costuma ser rápida. Com o tratamento adequado, os sintomas da condição podem desaparecer em cerca de uma semana. 

Qual o tratamento?

Cada tipo de faringite exige tratamentos diferentes, mas em ambos os casos, ele costuma ser fácil. Confira o mais indicado para cada um:

Faringite viral

Esse tipo da faringite costuma desaparecer naturalmente após alguns dias, pois o próprio organismo é capaz de lidar com a infecção. 

Nesse caso, é recomendado que o (a) paciente mantenha repouso e hidratação e se consulte com um (a) médico (a) para receber as orientações e tratamento adequado.

Por fim, é possível que o (a) médico (a) receite anti-inflamatórios e analgésicos para tratar os sintomas e desconforto do paciente.

Faringite bacteriana

Quando existe faringite bacteriana, é necessário o uso de antibióticos que podem ser administrados por via oral, tratamento que costuma durar de 7 a 10 dias, e por injeção intramuscular de dosagem única. Nesse caso, o antibiótico injetado costuma ser a penicilina benzatina G.

Em caso de alergia à penicilina, existem outros antibióticos que podem ser usados por via oral.

Lembre-se: não interrompa o tratamento com antibióticos antes do indicado pelo médico, mesmo que a inflamação já tenha ido embora. Antibióticos eliminam bactérias e, quando elas forem poucas, a inflamação vai embora, mas isso não quer dizer que elas não estão mais lá. É necessário continuar tomando o antibiótico para garantir que todas as bactérias serão eliminadas. Se você interromper o tratamento antes de isso acontecer, elas voltam a se reproduzir, a inflamação volta, e existem grandes chances de ela desenvolver resistência ao antibiótico, tornando-se uma superbactéria.

Internamento

Em alguns casos de infecção bacteriana mais grave, é possível que o (a) paciente seja internado para receber cuidados especiais.

O internamento é recomendado para casos graves em que existe dificuldade de deglutição que possa levar ao risco de desidratação. Ou seja, caso o (a) paciente não consiga engolir líquidos, ou caso haja risco de comprometimento das vias aéreas, como uma tumoração na garganta.

Tonsilectomia

Nos casos de faringite recorrente, o clínico geral pode pedir um parecer do otorrinolaringologista para a indicação de tonsilectomia ou a cirurgia de remoção das tonsilas, responsáveis por capturar patógenos que entram pela boca.

Existem estudos que indicam que após a remoção das tonsilas, a quantidade de episódios graves de faringite cai drasticamente, assim como a quantidade de casos de faringite sem gravidade.

Algumas revisões de estudo não apoiam a cirurgia, mas ela pode dar algum conforto para pacientes de faringite frequente, especialmente crianças.

Medicamentos: qual o melhor remédio para faringite?

Os sintomas da inflamação viral tendem a diminuir sem a administração de medicamentos, já que o próprio sistema imunológico do (a) paciente costuma lidar com vírus. Mas anti-inflamatórios e analgésicos normalmente são administrados para minimizar a dor e desconforto caso haja necessidade.

Além disso, os sintomas da doença reduzirão e desaparecerão mais rapidamente se comparados a não medicar-se. Contudo, os antibióticos são necessários para combater as bactérias causadoras da faringite bacteriana.

Alguns medicamentos receitados pelos médicos para a faringite ou para combater seus sintomas são:

Antibióticos

Os antibióticos são indicados quando se constata a faringite bacteriana. Nesse caso, podem ser usados:

Anti-inflamatórios e analgésicos

Os anti-inflamatórios para faringite auxiliam a reduzir as inflamações e acelerar o processo de recuperação. Já os analgésicos aliviam a dor e amenizam os sintomas. Entre eles:

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Apenas um (a) médico (a) pode receitar medicamentos para o tratamento da condição.

Remédios caseiros: remédios naturais para faringite

Existem algumas receitas caseiras para tratar a faringite mas não há provas, estudos ou comprovação científica de que elas realmente funcionem ou de que sejam seguras. Portanto, a recomendação é procurar atendimento médico assim que surgirem sintomas adversos!

Cuidados durante o tratamento

Alguns cuidados devem ser tomados durante o tratamento para evitar maiores problemas. São eles:

Evite o consumo de álcool

Misturar bebidas alcoólicas com antibióticos resultará na piora do quadro inflamatório e aumentará o risco de desenvolvimento de outros sintomas.

Tome o medicamento após se alimentar

Não é necessário programá-lo para a hora das refeições, mas tenha algum alimento no estômago ao ingerir o antibiótico. Essa precaução aumenta a absorção do remédio pelo organismo.

Descanse bastante

Procure ficar em repouso o máximo de tempo possível enquanto estiver se tratando da faringite. Isso é recomendado para o corpo se restabelecer, além de dar tempo ao antibiótico para combater a inflamação.

Cubra-se com lençóis limpos e evite o uso de ventiladores, pois eles podem causar alergias respiratórias e piorar o quadro da doença.

Use pastilhas para a garganta

Caso recomendado por um (a) médico (a), jovens e adultos podem fazer o uso de pastilhas para a garganta durante o quadro inflamatório da faringe.

Pergunte ao médico (a) qual o remédio mais indicado para o seu caso. Para crianças, costuma-se recomendar sprays, pois elas podem se engasgar com as pastilhas.

Obedeça as doses e horários dos medicamentos

É importante seguir à risca as instruções do (a) médico (a) para os medicamentos, especialmente no caso de antibióticos, pois o uso errado pode criar bactérias resistentes a antibióticos.

Hidrate-se

Beba bastante líquido durante o dia e também invista em sucos naturais e chás. 

Essas sugestões são excelentes para restabelecer o organismo debilitado e estimular nosso sistema de defesa a combater a doença. 

Alimentos gelados para a garganta

Bebidas geladas, sorvetes e picolés podem fornecer alívio temporário para os incômodos da garganta. Porém, deixe-os de lado se o problema for derivado de gripes ou resfriados.

Fale pouco

Procure falar o mínimo possível para recuperar a garganta reduzindo o esforço que ela faz, além de evitar o contágio.

Faringite em bebês: como tratar?

Bebês podem contrair faringite assim como qualquer pessoa. Porém, com eles são necessários certos cuidados, já que dependem de nossos cuidados.

Os sintomas apresentados em um (a) bebê com faringite bacteriana e viral são os mesmos de um adulto. Caso o (a) bebê apresente febre, comportamento atípico, apresente dificuldade de engolir ou esteja babando muito, leve-o (a) ao pediatra imediatamente.

Caso haja dor de garganta, algumas dicas podem aliviar o quadro. Lembre-se de que elas não garantem a cura e só um médico pode dizer o que é um bom tratamento para a criança.

Banho morno

Um banho morno, com as janelas e portas fechadas, garante que o vapor de água fique no ambiente, umedecendo, limpando e fluidificando a garganta.

Lavar as mãos

Lavas as mãos com frequência garante que menos micróbios entrem em contato com a criança. Isso vale tanto para as mãos dos pais, quanto as do próprio bebê.

Agasalhe a criança

Lembre-se de proteger a criança do frio sempre que for levá-la para a rua e mesmo dentro de casa.

Mantenha-o em casa caso haja febre

Se a criança tiver febre, levá-la para a creche ou escola não é uma boa ideia. O melhor é que ela fique em casa e vá ao pediatra caso a febre persista.

Lavar o nariz da criança com soro fisiológico

Caso a garganta apresente secreções, o soro pode ajudar na limpeza. Lembre-se de que se houver pus na garganta, a infecção provavelmente é bacteriana, e cuidados médicos são necessários.

No entanto, é importante entrar em contato com um (a) médico (a) para descobrir se é recomendado realizar este procedimento de limpeza.

Evite pastilhas ou sprays

Bebês não devem utilizar pastilhas ou aerossóis para a garganta. As pastilhas podem ser engolidas por acidente, fazendo com que se engasguem, enquanto os sprays para garganta possuem analgésicos que podem causar amortecimento na boca, facilitando engasgos.

Prognóstico

Na maioria dos casos, é possível notar melhora em cinco dias, mas o tratamento não acaba aí. Como mencionado ao longo do texto, é necessário tomar os medicamentos prescritos pelo médico durante todos os dias receitados para garantir que os microorganismos  da faringite sejam eliminados.

A cura da faringite costuma ser rápida, sem maiores problemas ou sequelas.

Quais as complicações da faringite?

Existem algumas complicações possíveis para a faringite quando ela não é tratada ou quando o tratamento não é realizado corretamente. Em geral, crianças e pessoas com sistema imune debilitado são as mais passíveis de sofrer com desdobramentos e danos da faringite. Entre as condições estão:

Desidratação

Caso a dificuldade para engolir fique muito séria, pode ser possível que o paciente não consiga ingerir líquidos, o que pode levar à desidratação.

Falta de ar

Se houver obstrução das vias aéreas pode haver dificuldade de respiração.

Otite média

Otite é a infecção por vírus ou bactéria do ouvido. A otite média acontece quando a região infectada é o ouvido médio, espaço cheio de ar que fica atrás do tímpano. As bactérias da garganta podem se mover até o ouvido, causando a otite apresentando dor e febre.

Febre reumática

A infecção por estreptococos pode servir de gatilho para essa doença grave que pode precisar de tratamento pela vida inteira. 

A febre reumática provoca inflamações no coração, vasos sanguíneos e articulações. E acontece especialmente quando a faringite não é adequadamente tratada.

Como prevenir a faringite?

Algumas dicas são bastante eficazes para reduzir os riscos de incômodos na garganta. São elas:

Evite lugares fechados

Especialmente durante o inverno, é importante evitar lugares públicos fechados. Abrir a janela do ônibus, por exemplo, pode evitar a transmissão de várias doenças, mesmo que isso cause um pouquinho de frio.

Higiene

Lavar as mãos com frequência, usando água e sabão, e usar álcool em gel ajuda a evitar a contaminação por vírus e bactérias.

Mantenha o ar úmido

Invista em vaporizadores e/ou umidificadores para a sua casa e utilizá-los nas épocas mais secas do ano caso haja recomendação médica. 

Também é possível fazer um umidificador caseiro. Para isso, basta ferver três copos de água em uma panela e então, com cuidado, levar a panela para o cômodo que precisa de umidade, deixando-a por lá. 

A água evaporando irá umedecer o cômodo. Porém, cuidado com exageros, pois umidade em excesso pode criar fungos e trazer outras doenças.

Mantenha-se aquecido

Manter o corpo aquecido ajuda a imunidade a ficar elevada e pode prevenir vários tipos de doenças, além da faringite.

Uma maneira de prevenir a condição é se manter aquecido (a).

Leia também: Como prevenir doenças típicas de inverno


A faringite é uma inflamação da faringe que causa incômodo na garganta. Lembre-se de evitar lugares fechados e com muita gente, especialmente durante o inverno, quando as doenças infecciosas são mais comuns!

Compartilhe este texto com seus amigos para que eles aprendam um pouco mais sobre a condição!

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Referências

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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