Saúde

Sinusite (aguda, crônica): veja causas, sintomas, tratamento

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 15/10/2020Última atualização: 28/09/2023
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 15/10/2020Última atualização: 28/09/2023
Desenho de uma moça sentada no chão de casa, com um gatinho passando por suas pernas. Ela está com as mãos no rosto, como se ele estivesse coçando ou doendo.A Sinusite é uma inflamação que ocorre nos seios da face.
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O frio geralmente é acompanhado de uma elevação dos quadros de infecção, doenças respiratórias e alergias. A sensação de nariz escorrendo, os espirros constantes e a dor no corpo são sinais de que o organismo está debilitado.

Algumas pessoas são mais resistentes aos vírus e bactérias — pode ser pela correta alimentação, pelos hábitos de vida adequados ou porque o sistema imune está trabalhando direitinho. Mas quando os sintomas aparecem, o mal-estar costuma ser intenso também.

Porém, não basta que a gripe, alergia ou resfriado apresentem melhora para que tudo volte ao normal, pois é geralmente após esses episódios que a sinusite se manifesta, fazendo com que as condições sejam, inclusive, confundidas.

Sabe aquela situação muito frequente em consultórios, em que o paciente relata estar gripado há mais de 20 dias? Na verdade, é muito provável que o quadro seja uma sinusite e que a gripe ou resfriado já tenha sido curado.

Índice – neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:

  1. O que é Sinusite
  2. O que são seios paranasais?
  3. Tipos de sinusite
  4. Quais as causas da sinusite?
  5. Sinusite por vírus ou bactéria?
  6. Qual a diferença entre sinusite e rinite?
  7. Fatores de risco
  8. Quais os sintomas da sinusite?
  9. Como saber se estou com gripe ou sinusite?
  10. Qual a diferença entre sinusite e rinite?
  11. Como é feito o diagnóstico?
  12. Exames: quais são feitos?
  13. Tem cura?
  14. Qual tratamento é bom e eficaz para sinusite?
  15. Convivendo: como aliviar os sintomas?
  16. Prognóstico
  17. Complicações
  18. Como prevenir a sinusite?
  19. Perguntas frequentes

O que é Sinusite?

A sinusite é caracterizada pela inflamação das mucosas que revestem as cavidades dos seios da face, que são espaços ósseos ao redor do nariz, maçãs do rosto e olhos.

A inflamação pode ter causas diversas — alérgicas, infecciosas ou imunológicas —, provocadas por um inchaço que restringe a passagem do muco nasal — um fluido naturalmente produzido pela região —, facilitando e promovendo a proliferação de agentes infecciosos.

Em geral, é decorrente de resfriados, gripes, alergias e baixa imunidade, podendo causar sintomas como dor de cabeça, corrimento nasal e rosto inchado. A grande maioria das sinusites é devido ao vírus Influenza — responsável pelas gripes —, mas também podem ocorrer infecções por bactérias ou fungos.

Apesar de ser consideravelmente frequente, a inflamação pode comprometer a rotina e as atividades, logo que, mesmo sem complicações, o incômodo e o mal-estar são geralmente grandes.

Quando o quadro dura por até 4 semanas, a sinusite é aguda. Fatores externos, como poluição, cigarro e agentes alergênicos podem favorecer a manifestação da inflamação, o que torna a doença recorrente em muitos pacientes. Se o quadro persistir por mais do que 4 semanas contínuas, caracteriza-se como sinusite crônica.

A maioria dos pacientes que passam por uma gripe ou resfriado, após recuperados, apresentam alguma alteração e acúmulo de secreção no seio das faces. No entanto, muitos quadros não evoluem para a sinusite, pois o corpo consegue eliminar o muco naturalmente.

Mas mesmo quando a inflamação se manifesta, a condição é, geralmente, bem simples e tende a se resolver com o uso de medicamentos que facilitam a eliminação das secreções. Quando os sintomas se agravam ou acometem mais intensamente o paciente, é preciso verificar se não há infecção bacteriana, que pode precisar de antibióticos.

A condição está listada no CID-10 sob os códigos J01- Sinusite aguda e J32 - Sinusite crônica.

Leia mais: O que é sinusite? Entenda como a doença atinge o organismo 

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O que são seios paranasais?

Os seios paranasais, também chamados de seios nasais ou seios da face, são cavidades bilaterais situadas na face do crânio — ou seja, se traçarmos uma linha bem no meio do nosso rosto, passando verticalmente pelo nariz, as cavidades são simétricas, observadas nos dois lados — e se dividem em 4:

  • Seio frontal: localizados acima dos olhos;
  • Seio etmoidal: são pequenas e numerosas cavidades (como furinhos) no osso entre o olho e o nariz;
  • Seio esfenoidal: situado na parte interna do crânio, na altura do nariz;
  • Seio maxilar: localizados abaixo dos olhos, ao lado do nariz.

É importante diferenciar a cavidade nasal das cavidades paranasais. Enquanto a primeira é maior e se estende da narina até a faringe (basicamente compreendida como o nariz), os paranasais são pequenos túneis próximos ao nariz.

Os seios são ocupados por ar (cavidades pneumáticas) e possuem um revestimento repleto de vasos sanguíneos e cílios, que são bastante semelhantes aos que temos nos olhos, porém em tamanhos microscópicos. Entre as funções das fossas nasais estão:

  • Umidificação e aquecimento do ar respirado;
  • Redução do peso do crânio;
  • Aumento da ressonância da voz;
  • Equilíbrio das pressões intracranianas quando há variações na pressão atmosférica (mergulhos, viagens de avião ou subidas a grandes altitudes);
  • Absorção de impacto em casos de trauma (materiais ocos absorvem mais impacto do que materiais maciços).

Além disso, no revestimento paranasal há uma produção constante de muco ou secreção, que é responsável pela retenção de partículas estranhas aos corpos — como poeira ou sujeiras.

Quadros de alergia ou gripe, por exemplo, podem causar edema (inchaço) da mucosa nasal e aumento das secreções, o que favorece a obstrução da drenagem dos seios da face levando à congestão da cavidade, que pode evoluir para a sinusite.

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Tipos de sinusite

Um dos modos de classificar a sinusite é conforme o local de acometimento, que pode provocar dores em regiões diferentes, muitas vezes até sendo confundidas com outros tipos de dor.

Pode-se separá-la em:

  • Sinusite maxilar: a inflamação é nas mucosas próximas das maçãs do rosto;
  • Sinusite etmoidal: a inflamação ocorre entre o globo ocular e o nariz;
  • Sinusite frontal: a inflamação acomete sobretudo a região da testa, acima dos olhos;
  • Sinusite esfenoidal: a inflamação pode provocar dores na lateral da cabeça ou, também, na altura do dente canino, sendo muitas vezes confundida com dores de dente.

Vale lembrar que essa classificação visa apenas situar a dor, mas não são únicas ou excludentes. Ou seja,é possível apresentar sinusite maxilar e frontal ao mesmo tempo, sendo um quadro bastante comum.

De acordo com as diretrizes para o diagnóstico médico da sinusite, a condição pode ser classificada de acordo com a persistência dos sintomas, dividindo-se em aguda, subaguda, recorrente crônica, crônica agudizada e complicada. Conheça um pouco mais sobre cada uma:

Aguda

No tipo agudo, os sintomas duram até 4 semanas e, em geral, a resposta ao tratamento costuma ser boa. Mas se os sintomas não forem amenizados ou houver piora entre 5 e 10 dias de tratamento, é preciso considerar uma sinusite bacteriana.

Normalmente o quadro agudo é desencadeado por alergias, gripes ou infecções.

Subaguda

Os sintomas duram entre 4 e 12 semanas e são uma continuação da sinusite aguda. Ou seja, ainda não é classificada como crônica, mas persiste por algum tempo a mais.

Em geral, ela ocorre quando o quadro não é diagnosticado ou o organismo não responde bem ao tratamento da sinusite aguda.

Crônica

Quando os sinais da sinusite permanecem por mais de 12 semanas, o quadro se caracteriza como crônico. Em geral, os sintomas são mais brandos do que no tipo agudo.

A sinusite crônica apresenta maiores riscos ao indivíduo, logo que quanto mais tempo as inflamações estiverem presentes no organismo, maior o comprometimento da saúde, possibilitando complicações e alterações irreversíveis.

Complicada

A sinusite pode provocar complicações no quadro inflamatório. Além das cavidades paranasais, a inflamação pode se estender para outras regiões e provocar danos intracranianos, orbitários ou sistêmicos (geralmente envolvem meningites, abscessos cerebrais e abscessos periorbitários).

Quais as causas da sinusite?

A maior parte dos quadros de sinusite são decorrentes de gripes e resfriados, mas há uma série de fatores que podem desencadear a sinusite. Em geral, estão associados às condições de imunidade e fatores ambientais. As mais comuns são:

Alergias

Quando algum agente entra em contato com o organismo sensível a ele, há uma resposta exagerada da imunidade. Entre os sinais que podem ocorrer estão a produção de muco e os edemas, que são inchaços de regiões específicas.

Há, então, maiores chances de congestionar o canal nasal responsável pela eliminação do muco. Consequentemente, o fluido fica acumulado na cavidade óssea e as inflamações são favorecidas, desenvolvendo a sinusite.

Infecções

As infecções respiratórias são uma das causas mais frequentes de sinusite. Geralmente, o paciente se queixa de dores na região dos olhos e cabeça pesada, mesmo já tendo melhorado da gripe ou resfriado.

As infecções podem ser virais, bacterianas ou, mais raramente, fúngicas.

Entre os agentes mais frequentes estão:

  • Vírus: rinovírus, vírus do grupo influenza e parainfluenza (responsáveis sobretudo por gripes e resfriados);
  • Bactérias: Streptococcus pneumoniae (responsável pela pneumonia), Haemophilus influenzae (responsável pela meningite e epiglotite), e Moraxella catarrhalis (responsável pela otite média e doença pulmonar obstrutiva crônica);
  • FungosAspergillus (responsável pela aspergilose pulmonar).

Tumores

Há diversos tipos de tumor que podem acometer a região nasal, podendo ser classificados de acordo com o tecido de origem e a condição maligna ou benigna.

Os tumores naso-sinusais, como são chamados, podem ser uma manifestação exagerada de células das fossas nasais e dos seios paranasais.

Se não houver tendência para que eles invadam outros tecidos e se espalhem, o tumor é benigno. Mas se as células têm possibilidade de disseminação pela corrente sanguínea ou linfática, o tumor é maligno.

Apesar das condições acometerem os pacientes de modo bastante diferente, ambas as situações podem causar obstruções nasais e favorecer as sinusites e outras doenças, como rinites.

Outras causas

Além disso, é possível associar a condições como:.

  • Pólipos nasais (pequenas formações que ocorrem dentro do nariz e, quando crescem e obstruem o canal nasal, estão associadas à sinusite crônica.);
  • Desvio do septo nasal;
  • Tabagismo;
  • Irritação nasal;
  • Choque térmico;
  • Rinite alérgica;
  • Refluxo gastroesofágico.

Leia mais: Remédios para Sinusite com Menor Preço | CR 

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Sinusite por vírus ou bactéria?

Em geral, se os sintomas não se agravarem nos dias iniciais e persistirem por até 10 dias, é mais provável que a infecção seja causada por vírus. Mas se não houver melhora do quadro ou ocorrer agravamento dos sintomas, sobretudo após o décimo dia, há maiores chances da infecção ser bacteriana.

Saber a origem infecciosa é importante para que o médico conduza o melhor tratamento. Isso porque as sinusites virais não necessitam do uso de antibióticos, logo são medicamentos eficazes para combater esses agentes.

É geralmente mais recomendado investir em sprays para o nariz, analgésicos e limpeza nasal. Mas se a causa for bacteriana, além de recorrer aos métodos utilizados na sinusite viral, é geralmente necessário fazer uso de antibióticos.

Fatores de risco

Em geral, todas as pessoas estão suscetíveis à sinusite, mas quem tem alergias constantes, baixa imunidade ou alterações nasais apresenta maior propensão.

Os pacientes que já têm alguma doença ou condição respiratória, como a asma, bronquite, amigdalite, faringite e rinite, tendem a ser mais sensíveis à inflamação.

Mas é preciso lembrar que, muitas vezes, há uma associação de fatores que implica na doença — como exposição à poluição, cigarro, poeira ou agentes alergênicos com baixa imunidade.

Pessoas que sofrem com certa frequência de sinusites agudas e não realizam o tratamento corretamente representam grupo de risco para o tipo crônico, pois o quadro pode provocar alterações nasais permanentes.

Quais os sintomas da sinusite?

O paciente pode apresentar sintomas bastante semelhantes aos da gripe ou até confundir o quadro com uma dor de cabeça insistente.

Apesar da pressão na região dos olhos, sensação de cabeça pesada e obstrução da respiração serem os sinais mais associados à sinusite, podem ocorrer também:

  • Pressão nos ouvidos — ocasionada pelo acúmulo de secreções na região da face;
  • Alteração do olfato e do paladar;
  • Cansaço — ocorre sobretudo devido à debilidade do organismo ou queda da imunidade;
  • Redução ou falta de apetite;
  • Mau hálito  ( halitose ) — geralmente provocada por infecções bacterianas ou sinusite crônica;
  • Náusea? ;
  • Catarro (amarelo-esverdeado) na garganta, sobretudo ao deitar.

Além disso, alguns sintomas são bastante característicos e significativos durante a sinusite. Entre eles estão:

Leia mais: Quais os sintomas de sinusite? Saiba como identificar 

Como saber se estou com gripe ou sinusite?

Os sintomas da sinusite são bem parecidos com os da gripe e de diversas outras condições infecciosas. Por isso, o ideal é prestar atenção se o quadro melhora ou se agrava ao longo do tempo. Dor de cabeça que não alivia com antigripais, coriza ou nariz entupido e dor na face são sinais que podem indicar a sinusite.

Além disso, vale lembrar que ela é comum após um episódio de gripe ou resfriado, de forma que nem sempre é fácil saber quando uma terminou e a outra se iniciou.

Nesses casos, uma consulta médica é indispensável, para que o quadro seja corretamente identificado. Em geral, apenas o histórico médico e exame clínico são suficientes, mas às vezes exames complementares podem ser solicitados.

Qual a diferença entre sinusite e rinite?

Os sintomas entre a sinusite e a rinite são bastante semelhantes e, por isso, muitas vezes as condições são confundidas. Mas, basicamente a rinite é a inflamação das mucosas do nariz, enquanto a sinusite é a inflamação das mucosas dos seios paranasais.

Quem tem rinite pode desenvolver sinusite, apesar de não ser uma condição tão frequente. Ao contrário, a grande parte dos pacientes com sinusite apresenta quadros de rinite também.

A condição é tão recorrente, que os médicos e especialistas adotaram o termo rinossinusite para definir a sinusite.

Apesar de manifestarem sintomas relativamente semelhantes, há uma boa diferença entre as duas: a rinite é causada por infecção viral ou resposta alérgica, e ataca somente a região do nariz (as mucosas nasais). Os sintomas principais são a coriza, coceira no nariz, espirros e nariz entupido.

Enquanto a sinusite pode ser por vírus, bactérias e fungos, além de agentes alergênicos e outros fatores (anatômicos, por exemplo), acomete os seios paranasais, comprometendo a excreção das secreções.

Leia mais: Rinite e sinusite: qual a diferença? 

Como é feito o diagnóstico?

O profissional mais capacitado para diagnosticar e tratar a sinusite é o clínico geral e o otorrinolaringologista.

Normalmente, o médico fará um levantamento do quadro clínico do paciente, avaliando-o fisicamente através do exame da garganta, ouvidos e tecidos nasais, bem como escutando a respiração para verificar a presença de catarros, obstruções ou dificuldades de inspirar ou expirar.

Em geral, o procedimento se restringe ao exame clínico pois os casos de sinusite tendem a ser facilmente identificados, evitando encaminhar o paciente para exames radiológicos faciais, que acarreta na exposição, geralmente desnecessária, à radiação.

Porém, casos persistentes da doença, complicações ou caso o médico verifique a necessidade de um diagnóstico mais aprofundado, podem ser realizados exames de tomografia computadorizada, endoscopia nasal e raio-X.

Exames de sangue podem ser solicitados em casos em que há suspeita de sinusite fúngica ou bacteriana, para confirmar o diagnóstico.

Exames: quais são feitos?

Exames complementares ao diagnóstico são solicitados geralmente quando há complicações, quadro severamente agravado, má resposta ao tratamento ou em casos especiais, como pacientes com comprometimento imunológico.

Entre os exames mais frequentes estão:

  • Endoscopia nasal;
  • Exames de imagem;
  • Testes de alergia.

Tem cura?

Sim. Se o tratamento for devidamente realizado, o quadro é revertido geralmente sem complicações.

Os casos de sinusite aguda tendem a ser curados em poucos dias, algumas vezes de modo espontâneo, desde que o organismo esteja saudável e desempenhando suas funções imunológicas corretamente.

As sinusites crônicas podem ser tratadas e curadas desde que a causa primária possa ser resolvida (um desvio nasal, por exemplo).

Qual tratamento o para sinusite?

Para o tratamento da sinusite é preciso facilitar a drenagem dos seios nasais e curar a infecção, geralmente com o uso de antialérgicos, corticóides e antibióticos, dependendo de cada caso.

O tratamento correto e bem conduzido é essencial para que o quadro não se agrave, persista ou torna-se crônico. Também podem ser associados medicamentos a fim de reduzir febres, dores, desobstruir as narinas e facilitar a expectoração.

Vale lembrar que, sobretudo no tipo crônico, a amenização dos sintomas é um tratamento secundário, visando reduzir o desconforto do paciente.

Medidas que facilitam a recuperação e podem ser associadas aos medicamentos para acelerar a desobstrução nasal são:

Leia mais: antialérgico: encontre as melhores ofertas | CR 

Cirurgias

As cirurgias são empregadas quando as obstruções são causadas por alguma alteração da anatomia e podem ser corrigidas ou removidas, por exemplo no desvio septico.

O médico irá indicar o tipo mais adequado de procedimento de acordo com cada caso. As opções atuais incluem:

Cirurgia Endoscópica Funcional dos Seios da Face (FESS):  é uma cirurgia endoscópica sinusal. O procedimento realiza a correção e modificação das estruturas anatômicas do nariz e dos seios paranasais, favorecendo a passagem de ar e a eliminação de secreções

Cirurgia de Caldwell Luc: A técnica pode ser empregada para remover algum conteúdo (como aglomerado de fungos) dos seios paranasais e fazer a drenagem adequada da região. O procedimento faz a remoção da mucosa do seio maxilar com anestesia geral.

Sinuplastia: um pequeno balão é inserido no seio inflamado através das narinas, e depois é inflado suavemente para dilatar as passagens sinusais estreitadas. Esse procedimento permite a drenagem adequada do muco e ajuda a aliviar os sintomas, promovendo uma melhora significativa na respiração e reduzindo o risco de infecções recorrentes.

Convivendo: como aliviar os sintomas?

O tratamento das sinusites é geralmente acompanhado da diminuição dos sintomas, até que o paciente esteja completamente recuperado. Algumas medidas simples podem ajudar no tratamento, reduzindo os sintomas e trazendo mais conforto na recuperação, entre elas:

  • Cuidados com a alimentação;
  • Repouso;
  • Beber bastante água;
  • Evitar ar-condicionado.

Prognóstico

Na maioria dos casos de sinusite, as pessoas experimentam melhoras em até 2 semanas, frequentemente com o auxílio de medicamentos para aliviar os sintomas. Porém, tratamentos mal realizados ou quando não há a cura completa do paciente nos casos agudos, podem levar a danos nasais permanentes e causar a sinusite crônica.

O prognóstico do tipo crônico depende do fator desencadeante. Em geral, quando o problema ou alteração é tratada, a sinusite se resolve sem grandes problemas.

Complicações

A sinusite é uma condição que pode trazer complicações significativas caso seja negligenciada ou não tratada adequadamente. Indivíduos que sofrem frequentemente de sinusites agudas e não seguem o tratamento adequado estão em risco de desenvolver o tipo crônico da doença, o que pode levar a alterações nasais permanentes.

Embora a maioria dos casos de sinusite seja leve e possa ser resolvida com tratamento, em alguns casos, podem surgir enfermidades em outras áreas do corpo, como nos olhos, cérebro e meninges.

Essas complicações podem incluir condições como celulite palpebral (inflamação das pálpebras) e acúmulos de pus entre o globo ocular e o osso da órbita, o que é conhecido como abscesso orbitário. Além disso, pode ocorrer tromboflebite e trombose, que envolvem inflamação e obstrução de veias do crânio.

É importante destacar que, embora as complicações sejam menos comuns, elas representam uma preocupação significativa e enfatizam a importância de buscar tratamento adequado para a sinusite, especialmente quando os sintomas persistem ou pioram. 

Desenho de uma moça em casa, próxima a um vaso de flores. Ela está com um lenço nas mãos,  caracterizando uma crise alérgica.
Em caso de qualquer dúvida ou sintoma incomum, é fundamental procurar um profissional de saúde para uma avaliação precisa e tratamento adequado, a fim de evitar potenciais complicações graves.

Como prevenir a sinusite?

A sinusite é uma condição que pode ser bastante debilitante, dependendo do paciente e da intensidade que se desenvolve.

Algumas pessoas podem ter predisposição às inflamações e infecções, favorecendo os quadros da doença. Mas mesmo as que possuem boas condições imunológicas pode adotar algumas medidas preventivas, como:

Evite gatilhos

O primeiro modo de prevenir as sinusites é evitar fatores desencadeantes. Por isso, pessoas alérgicas ou sensíveis a substâncias devem evitar o contato com os alergênicos. Como não é possível se isentar de tudo (por exemplo, poluição ou poeira), é preciso reduzir ao máximo o contato com o agente.

Por isso, é importante manter os ambientes bem arejados, com circulação de ar limpo. Os locais que usam ar-condicionado devem ter o cuidado de manter a correta higienização do equipamento.

Trate gripes e resfriados

Com a chegada do frio, a manifestação de doenças respiratórias é geralmente maior. Apesar de ser bastante comum nos períodos mais frios, as condições não devem ser ignoradas, pois a grande parte das sinusites decorre de um resfriado ou gripe.

Às vezes, bastam alguns cuidados simples para recuperar o organismo, como inalações e uma boa alimentação.

Leia mais: Qual a diferença entre uma gripe e um resfriado? 

Fortaleça a imunidade

Os cuidados também incluem aquelas regras preciosas para a boa saúde: manter a alimentação adequada, ingerir cerca de 2 litros de água por dia e, se possível, realizar limpezas nasais com soro fisiológico.

Dar atenção à imunidade ajuda a prevenir várias doenças ou situações, por isso, é ideal consultar um médico regularmente e avaliar como anda a saúde. Além disso, realizar adequadamente os tratamentos para doenças crônicas evitar comprometimento do organismo.

Leia mais: Remédio para aumentar a imunidade: quando se deve tomar? 

Cuide da saúde como um todo

Pessoas com alergias alimentares podem ter o sistema imune debilitado ao ingerir a substância restrita. Além disso, um dos efeitos da ingestão pode ser a reação alérgica, favorecendo as sinusites. Então é essencial manter a dieta em dia.

Pessoas que estão gripadas ou resfriadas podem recorrer às inalações para facilitar a recuperação e reduzir os riscos de obstrução paranasal.

Perguntas frequentes

Ar-condicionado causa sinusite?

O ar-condicionado, em si, não causa a sinusite. Geralmente, podem ocorrer duas condições: a primeira é que a mudança de temperatura brusca ou constante favorece a queda de imunidade e, com isso, as gripes e resfriados se instalam mais facilmente. Então a sinusite é decorrente.

Uma segunda possibilidade é que os aparelhos que não são devidamente higienizados podem promover a proliferação de bactérias e fungos. Como o aparelho dissemina ar em ambientes fechados, todo o local fica infestado.

Inalação cura sinusite?

A inalação é parte do tratamento da sinusite e pode auxiliar bastante na redução dos sintomas. Em alguns quadros, somente a inalação pode ser suficiente para aliviar o episódio, sem haver necessidade de outros tratamentos.

No entanto, quadros intensos ou persistentes podem precisar de medicamentos ou outras intervenções.

Tem como melhorar sinusite rapidamente?

Algumas medidas podem ser adotadas e ajudam imediatamente no quadro de sinusite. Ainda que os sintomas não sejam eliminados, algumas alterações na rotina podem evitar a piora do quadro.

Umidificar o ar, manter os ambientes bem arejados, fortalecer a imunidade e evitar agentes alergênicos são medidas simples que fazem bastante diferença durante a recuperação dos sintomas.

Sinusite aguda pode virar crônica?

Sim. Se não tratada corretamente, a sinusite pode provocar alterações nas fossas paranasais, fazendo com que o quadro seja crônico.

Como são tratadas sinusites crônicas e agudas?

O tratamento da sinusite crônica vai depender das causas. Em geral, ela é causada por inflamação decorrente de condições primárias (desvios sépticos ou doenças, por exemplo). Nesse caso, é preciso controlar a inflamação e tratar a causa.

Já nas sinusites agudas é preciso amenizar os sintomas com medicamentos e expectorantes. Se a infecção for bacteriana, é necessário recorrer aos antibióticos.

Sinusite dá tontura?

Apesar de não ser um sintoma frequente, pode ocorrer vertigem e tontura devido a sinusite, geralmente causada pela dor de cabeça intensa.

Ler mais: Tontura: o que pode ser? Gravidez, anemia e outras causas 

Sinusite dá febre?

Em geral, pode ocorrer febre. No entanto, a elevação de temperatura é mais frequente nos tipos agudos da sinusite. No quadro crônico, apesar de também poder apresentar febre, a incidência é menor.

Leia mais: febre: encontre as melhores ofertas | CR 

Sinusite fúngica é perigosa?

A sinusite fúngica é uma forma rara de sinusite causada por fungos que infectam os seios da face. Embora seja menos comum do que a sinusite bacteriana ou viral, a sinusite fúngica pode ser potencialmente perigosa, especialmente em certos grupos de indivíduos.

As complicações são geralmente mais recorrentes e mais severas. Há casos que podem evoluir para derrame cerebral devido ao agravamento do quadro, mas basta a remoção do aglomerado de fungos para que o paciente se recupere completamente.


As alterações de imunidade, alergias, gripes e resfriados são condições relativamente comuns e que podem ser favorecidas pelos fatores ambientais. Muitas vezes, essas alterações de saúde desencadeiam a sinusite que, apesar de geralmente simples, pode trazer um grande desconforto ao paciente.

Mesmo os quadros leves da doença devem ser devidamente diagnosticados e encaminhados para que os riscos de complicações ou agravamentos sejam minimizados.

Medidas simples podem ser adotadas para que episódios de sinusite e demais doenças tenham menos incidência, como os cuidados com a circulação de ar, a higienização do ambiente e os cuidados gerais com a saúde.

Para saber mais dicas de saúde e bem-estar, acompanhe o site Minuto Saudável!


Referências

  1. Sinusite — Biblioteca Virtual em Saúde MS;
  2. O que é sinusite? Quais suas causas e sintomas?  Biblioteca Virtual em Saúde MS;
  3. Sinusite tem cura? | Vida Saudável —- Hospital Israelita Albert Einstein;
  4. Dermatite do canal auricular - Distúrbios do ouvido, nariz e garganta — Manual MSD Versão Saúde para a Família.
Imagem do profissional Kayo Vinicius Ferreira Forte
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Este artigo foi escrito por:

Kayo Vinicius Ferreira Forte

Formação em Biomedicina. Leia mais artigos de Kayo
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