Saúde

Rinite (alérgica): o que é? Confira sintomas e tratamentos

Publicado em: 11/10/2018Última atualização: 20/10/2020
Publicado em: 11/10/2018Última atualização: 20/10/2020
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O que é a rinite?

A rinite é um transtorno respiratório crônico, caracterizado pela inflamação das mucosas nasais devido à reação exagerada dos anticorpos denominados imunoglobulina E (IgE).

A rinite pode ser alérgica ou não alérgica. As crises alérgicas são normalmente induzidas por agentes alérgenos como ácaros, pólen, poeira, epitélios (pelos) de animais.

No entanto, existe a rinite não alérgica que pode ser uma condição causada também por variações hormonais, mudança de temperatura, exposição a cheiros fortes (fumaça de cigarro, perfumes, produtos de limpeza etc.), medicamentos e efeito rebote de descongestionantes nasais.

É uma condição que pode ter diferentes tipos, mas a manifestação mais frequente e conhecida é a rinite mista, em que há a presença de componentes alérgicos, como também irritativos da mucosa nasal. Ao lado de asma, esse é o transtorno respiratório mais comum entre as pessoas.

Os sintomas característicos são a presença de espirros recorrentes, coriza, coceira nasal e, principalmente, a congestão nasal. Pode ocorrer também irritação nos olhos e lacrimejamento, entre outros sinais.

A persistência dos sintomas pode variar para cada paciente, podendo permanecer por dois ou mais dias, em crises de mais de uma hora por dia. Para evitar essas crises, recomenda-se que os pacientes evitem a exposição aos alérgenos.

Em geral, os quadros de rinite não possuem cura, mas esses casos também podem ser controlados e tratados com hábitos de higiene, distanciamento dos alérgenos e o uso de medicamentos prescritos pelo médico.

No Código Internacional de Doenças (CID-10), a rinite pode ser consultada pelo código CID 10 - J30 e os seguintes subtópicos:

  • CID 10 - J30: Rinite vasomotora;
  • CID 10 - J30.1: Rinite alérgica devida a pólen;
  • CID 10 - J30.2: Outras rinites alérgicas sazonais;
  • CID 10 - J30.3: Outras rinites alérgicas;
  • CID 10 - J30.4: Rinite alérgica não especificada.

Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:

  1. O que é rinite?
  2. O que é rinite crônica?
  3. Tipos
  4. Rinite alérgica e sinusite
  5. Causas
  6. Fatores de risco
  7. Sintomas da rinite
  8. Rinite e asma
  9. Rinoconjuntivite
  10. Diagnóstico
  11. Rinite tem cura?
  12. Tratamentos
  13. Remédios para sinusite
  14. Remédios caseiros
  15. Complicações e comorbidades
  16. Prognóstico
  17. Como prevenir a rinite?
  18. Perguntas frequentes
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O que é rinite crônica?

A rinite crônica, causada por reação a alérgenos e variações na anatomia nasal, é a forma mais grave da doença, em que crises alérgicas são mais intensas e os sintomas persistem por mais de 3 meses.

A condição se difere da rinite aguda justamente pelo tempo de persistência dos sintomas e da gravidade do quadro.

As manifestações, comuns também entre outros tipos de rinite, incluem coriza, espirros constantes e congestão nasal.

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Tipos

A manifestação mais frequente da rinite é a rinite alérgica, mas existem também outros tipos, como a rinite não alérgica, vasomotora, hormonal e infecciosa. Contudo, de acordo com o tempo de duração, a rinite pode ser considerada aguda (dura entre 7 a 10 dias) ou crônica (dura mais de 3 meses).

Rinite alérgica

A rinite alérgica é uma inflamação da mucosa nasal, que pode ser diagnosticada pela quantidade de anticorpos IgE (Imunoglobulina E). Essa inflamação ocorre devido à exposição a alérgenos e desencadeia sintomas típicos da rinite.

Em geral, a causa se dá pelo contato com agentes como ácaro, pólen e epitélios (pelos) de animais de estimação ou outras substâncias comuns às alergias.Também pode ser a exposição a fungos (bolor/mofo) e alimentos.

Rinite não alérgica

A rinite não alérgica, ou vasomotora, é uma inflamação das vias nasais não relacionada a alérgenos, caracterizada pela dilatação dos vasos sanguíneos do nariz, provocando inchaço, congestão nasal e outros sintomas típicos também da rinite alérgica.

A causa para essa dilatação, no entanto, não é tão evidente quando se compara aos quadros de rinite alérgica. É muito comum que seja decorrente da exposição a cheiros fortes como fumaça de cigarro, perfumes, produtos de limpeza e mudança de temperatura atmosférica ou a exposição a ar condicionado.

Rinite infecciosa

A rinite infecciosa é causada, na maioria das vezes, por uma infecção bacteriana ou viral, podendo ser uma condição aguda ou crônica.

Muitos microrganismos podem provocar esse tipo de rinite, sendo entre os vírus, o Rinovírus o mais comum. Estima-se que esse microrganismo seja responsável por 30% a 50% dos casos de rinite infecciosa viral.

A rinite infecciosa bacteriana, por outro lado, normalmente ocorre geralmente quando o paciente já apresenta um quadro de rinite viral. Nesse caso, o organismo já está debilitado e mais vulnerável à infecção de bactérias.

Rinite hormonal

É o tipo mais frequente durante a gestação, menstruação, em pacientes com hipotireoidismo, acromegalias (superprodução do hormônio do crescimento) ou diante do uso de anticoncepcionais orais devido às alterações hormonais provocadas no organismo

Esse tipo de rinite acontece em reação aos efeitos do progesterona, hormônio capaz de relaxar a musculatura lisa dos vasos nasais, o que acaba elevando o volume sanguíneo na região.

O hormônio estrogênio, por sua vez, aumenta o ácido hialurônico e inibe a acetilcolinesterase (substâncias que participam da manutenção da pele, músculos e outros tecidos), o que pode causar um acúmulo de líquido (edema) na mucosa nasal.

Durante a gestação, a rinite não costuma provocar todos os sintomas típicos, como coceira e espirros. A principal manifestação clínica durante a gravidez ocorre pela presença de congestão nasal, que piora geralmente no último trimestre de gestação.

Rinite induzida por drogas

Esse tipo de manifestação da doença representa 5% dos casos, sendo caracterizada por uma congestão nasal devido sobretudo ao efeito rebote.

Esse efeito rebote, normalmente é provocado pelo uso excessivo e prolongado dos medicamentos descongestionantes — aquelas gotinhas nasais que muitas pessoas carregam para todo lado e ficam usando no nariz de tempos em tempos. Ele acontece como consequência ao efeito de vasodilatação, que acaba provocando uma redução do tônus vascular (atonia vascular).

Quando a rinite acontece por uma indução desses vasoconstritores, chama-se a condição de rinite medicamentosa.

Pode ocorrer também pelo uso de drogas sistêmicas, como medicamentos utilizados no tratamento de pacientes com hipertensão, além de aspirina, anti-inflamatórios, contraceptivos orais, guanetidina, reserpina e drogas por inalação, como a cocaína, por exemplo.

Leia mais: Qual descongestionante nasal grávidas podem usar?

Rinite vasomotora

A rinite vasomotora, ou idiopática, é um dos tipos de rinite em que o nariz escorrendo (rinorreia) é um dos sintomas mais presentes e incômodos. No entanto, é diferente dos outros tipos de rinite pois, no teste para detectar uma possível alergia, o resultado geralmente é negativo.

Dessa forma, identificar a causa da alergia nesses pacientes se torna ainda mais complicado, logo que não se sabe qual ou se há um alérgeno responsável. Ainda não há comprovação científica a respeito disso, mas acredita-se que este pode ser um problema vascular ou neurovascular.

Rinite alérgica e sinusite: qual a relação?

A rinite alérgica e a sinusite são diferentes patologias, mas se apresentam simultaneamente com frequência. Ainda não se sabe exatamente qual a relação entre causa e efeito para que se manifestem juntas, mas é uma condição recorrente tanto em adultos como em crianças.

Esse tipo de manifestação é chamada de rinossinusite, caracterizada pela inflamação da mucosa nasossinusal, região nasal e cavidades próximas (sinus). Assim como a rinite, a rinossinusite também recebe algumas classificações de acordo com a duração dos sintomas, podendo ser diagnosticada da seguinte forma:

  • Aguda: quando os sintomas permanecem por até quatro semanas;
  • Subaguda: sintomas permanentes por 4 a 12 semanas;
  • Crônica: permanência dos sintomas por mais de 12 semanas;
  • Recorrente: quando os sintomas se manifestam por 6 ou mais episódios agudos ao longo de um ano.
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O que pode causar rinite?

A rinite pode ser causada por uma reação exagerada do organismo ao tentar se defender de algum agente alérgeno, diante da presença de alguma infecção (viral ou bacteriana) ou por alterações hormonais.

Dessa forma, há determinados fatores capazes de desencadear reações alérgicas em algumas pessoas, mas que são inofensivos para outras.

Esses fatores alérgenos provocam uma inflamação das mucosas da cavidade nasal, sendo os agentes mais frequente alguns alimentos, ácaros, animais, poeiras, drogas ou até substâncias químicas.

Leia mais: Por que comer frutas e verduras?

Eles podem entrar em contato com o organismo de diferentes maneiras, como por ingestão, inalação, inserção pela pele (picadas de mosquito) e no contato direto com a pele (como perfumes, cremes, plantas etc.).

As substâncias capazes de serem inaladas são, normalmente, as principais causadoras da rinite alérgica. Por isso, como parte de um comportamento preventivo, recomenda-se um cuidado maior ao evitar a exposição a fatores como fumaça, poeira, produtos químicos e pólen, por exemplo.

Fatores de risco

As crises de rinite alérgica acontecem devido à exposição a determinados agentes alérgenos, que desempenham um papel indutor da inflamação nasal. Consequentemente, ativam o surgimento dos sintomas.

Se deve uma atenção maior ao risco de casos de rinite em pessoas que estão sempre expostas ou trabalham em contato com as seguintes substâncias ou elementos:

  • Poeira;
  • Ácaros;
  • Fumaça de cigarro;
  • Epitélios (pelos) de animais;
  • Fungos;
  • Pólen;
  • Alimentos como soja, chocolate, leite de vaca, trigo, crustáceos, etc (condição mais rara);
  • Umidade;
  • Mudanças na temperatura;
  • Clima seco;
  • Poluição;
  • Alterações no estado emocional, como estresse excessivo, nervosismo, ansiedade;
  • Medicamentos;
  • Infecção respiratória causada por vírus e fungos;
  • Inalação de produtos químicos sprays, como desodorantes, perfumes e produtos para o cabelo;
  • Histórico familiar.

Sintomas da rinite

Os sintomas da rinite, normalmente, ocorrem logo após o contato com o alérgeno e manifestam geralmente coriza, coceira nos olhos e nariz, congestão nasal e espirros repetidos.

Esses sintomas são devido à tentativa do organismo de expulsar o agente que provocou essa irritação. Pode ocorrer uma variação dos sintomas clínicos, de acordo com a idade do paciente e o tipo de rinite.

Entre outras manifestações, incluem-se:

  • Dor de cabeça;
  • Falta de ar ou necessidade de respirar pela boca;
  • Mau hálito;
  • Dor facial;
  • Lacrimejamento;
  • Irritação na pele;
  • Tosse;
  • Redução do olfato, paladar e audição;
  • Fadiga;
  • Inchaço nos olhos;
  • Linhas das pálpebras inferiores acentuadas (linhas de Dennie-Morgan)
  • Dor de garganta;
  • Irritabilidade.

Apesar de alguns dos sintomas da rinite serem semelhantes ao quadro de um resfriado, são condições diferentes, sendo a rinite uma doença não infecciosa e que não provoca febre.

A permanência dos sintomas pode variar, sendo recorrente apenas em épocas específicas do ano, esporadicamente ou de maneira persistente.

Rinite e asma

A asma é uma doença respiratória crônica caracterizada pela inflamação, inchaço e estreitamento das vias aéreas, o que acaba prejudicando a capacidade respiratória do paciente. Assim como a rinite, a asma é uma das doenças respiratórias mais comuns.

Além disso, a rinite é considerada também um fator de risco para a asma. Essas duas condições, quando acontecem de forma simultânea, podem aumentar as chances de hospitalização, pois a rinite pode agravar ainda mais os quadros de pacientes com asma, podendo provocar complicações como insuficiência respiratória.

Pessoas que apresentam o tipo de rinite persistente devem investigar também sobre a possibilidade de um quadro de asma e o contrário também, pois o tratamento adequado das duas doenças é a melhor forma de evitar complicações.

Rinoconjuntivite

A rinoconjuntivite é o nome dado a condição em que o paciente é acometido por uma junção da rinite com a conjuntivite alérgica, apresentando uma reação inflamatória das mucosas nasais e oculares.

Estima-se que a prevalência das duas condições de forma concomitante ocorra em aproximadamente 70% dos pacientes com rinite alérgica grave.

Assim como a rinite, a rinoconjuntivite também pode acontecer pela indução de diferentes agentes infecciosos ou alérgenos, como bactérias, fungos, vírus, produtos químicos, pólen e outros gatilhos frequentes.

Os sintomas são característicos das duas condições, em que o paciente pode apresentar coriza, congestão nasal, prurido nasal e ocular (coceira), lacrimejamento, vermelhidão ocular, edema (inchaço) nas pálpebras e sensação de que há um corpo estranho no olho, como um cisco, por exemplo.

Diagnóstico

O diagnóstico da rinite pode ser feito por um médico clínico geral, mas normalmente os pacientes são atendidos ou encaminhados por especialistas da área de otorrinolaringologia.

O médico deve avaliar o paciente para investigar o seu histórico clínico (anamnese) e os sintomas.

Alguns exames mais simples podem ser realizados, no início, como inspecionar a cavidade nasal do paciente com uma lanterna.

Testes complementares incluem exame de sangue para verificar dosagem de anticorpos IgE, testes cutâneo-alérgicos, análise da secreção nasal e rinomanometria, um exame realizado para verificar a potência nasal.

Conheça como funcionam:

Testes cutâneos de hipersensibilidade imediata (TCHI)

Os testes cutâneos de hipersensibilidade imediata são recorrentes no diagnóstico de alergias respiratórias que ocorrem por reação dos anticorpos IgE. São considerados testes bem específicos e de alta sensibilidade.

Esse exame deve ser feito sob prescrição e acompanhamento médico, preferencialmente, com antígenos correspondentes ao histórico clínico, idade, ambiente em que vive e trabalha o paciente.

Nesse tipo de teste, a porcentagem de resultados positivos para reação alérgica aos ácaros pode ser de 30% a 40%, o que não significa que todos os pacientes com resultados positivos apresentem sintomas de alergia, por exemplo.

Rinomanometria

Esse exame é feito para medir a pressão intranasal e o fluxo aéreo (resistência nasal), mas normalmente não é realizado para o diagnóstico da rinite. É solicitado para avaliar como o paciente reage ao teste de provocação nasal, para acompanhar o tratamento clínico ou cirúrgico e também para verificar o quanto as vias nasais estão obstruídas.

Dosagem de IgE

O exame para verificação da dosagem de IgE é feito através da coleta de uma amostra de sangue, que passa por uma análise para identificação desse anticorpo e em qual quantidade se encontra.

Pode apresentar resultados inconclusivos para o diagnóstico da rinite, pelo fato de que outras doenças ou infecções podem afetar seus valores.

É importante que o exame seja complementar e analisado junto com outros resultados, pois sozinho ele não é capaz de confirmar a rinite.

Rinite tem cura?

Depende do tipo da rinite. No caso da rinite alérgica, por exemplo, não há cura. Os pacientes podem, nessa condição, receber o diagnóstico do alérgeno que provoca a condição e o tratamento.

Na rinite não alérgica, por outro lado, dependendo da causa, é possível que o paciente possa ter sua condição solucionada com maior facilidade, como no caso de rinites causadas por produtos químicos específicos ou rinite medicamentosa.

A rinite causada por alterações hormonais, frequente durante a gestação, pode ser curada também, pois geralmente essa é uma condição que se soluciona espontaneamente após o parto.

Tratamentos

O tratamento da rinite é realizado a partir de cuidados com a higiene ambiental, o uso de medicamentos e vacina (imunoterapia).

Recomenda-se que além do uso de medicamentos, o paciente mantenha também uma rotina de cuidados preventivos, como evitar o agente alérgeno que pode incitar uma crise. Quando o paciente não tem conhecimento do agente, testes na pele podem ser feitos para reconhecer esse gatilho.

Saiba mais sobre as principais formas de tratamento:

Tratamento medicamentoso

O tratamento medicamentoso deve ser indicado pelo médico, de acordo com o tipo de rinite e os sintomas. O tempo de uso, da mesma forma, deve ser feito de acordo com as recomendações de um especialista, pois assim como outros medicamentos, há possíveis efeitos colaterais e até mesmo a possibilidade de um efeito rebote, como é a rinite medicamentosa.

Vale lembrar que o melhor medicamento para tratamento da rinite a longo prazo é o spray nasal, pois age diretamente no nariz. É importante evitar o uso prolongado de medicamentos via oral e, principalmente, de corticoides injetáveis.

Solução salina

Trata-se do uso de soluções salinas, como o soro fisiológico, para higienizar as narinas e ajudar a eliminar os alérgenos. Normalmente, é indicado para casos mais leves de rinite, podendo ser utilizado em conjunto com o tratamento medicamentoso.

Existem também soluções salinas feitas a partir da junção de água, sal e bicarbonato de sódio.

O paciente pode aplicar a solução, para higiene da região nasal, de três formas: pela aplicação por seringa, por aspiração (ao colocar a solução na palma da mão) ou por aerossóis, sempre seguindo as orientações médicas.

Vacina

Também chamada de imunoterapia com alérgenos, esse tratamento é o mais específico quando se fala em rinite alérgica. As medicações tratam os sintomas, já a imunoterapia age efetivamente na doença, devido a manipulação inativa dos alérgenos causadores dos sintomas.

O método pode ser realizado a partir da injeção de doses pequenas do alérgeno responsável por provocar a reação alérgica no paciente ou cada vez mais rotineiramente através de gotas sublinguais.

Recomenda-se esse tipo de tratamento para que o organismo do paciente possa se adaptar ao agente, reduzindo a reação alérgica durante a exposição, o que pode ser necessário em casos mais graves da rinite.

A imunoterapia com alérgenos é realizada quando o paciente comprova a sensibilização (quando existe a presença dos anticorpos IgE para o alérgeno), quando se há uma recomendação médica e de acordo com a disponibilidade do alérgeno para o tratamento, pois o tratamento é realizado com os elementos mais comuns (ácaros, pólen, pelos de animais etc.).

A duração do tratamento variar de acordo com o paciente, podendo levar de 3 a 5 anos.

Remédios

Os principais medicamentos usados para o tratamento da rinite são os anti-histamínicos orais, antileucotrienos, corticoides nasais e, em casos específicos e por poucos dias, os descongestionantes nasais à base de substâncias como Fenilefrina, Oximetazolina e pseudoefedrina.

Entre os medicamentos que podem ser receitados pelo médico estão:

Corticoides nasais

São medicamentos anti-inflamatórios, recomendados, normalmente, para pacientes com rinite alérgica e não alérgica. A aplicação é feita via nasal e a quantidade de jatos aplicados deve ser de acordo com a recomendação médica.

Alguns dos corticoides nasais usados no tratamento da rinite incluem o Fluticasona, Beclometasona, Mometasona, Budesonida  e Triancinolona.

Antialérgicos

Os anti-histamínicos, tomados como comprimidos ou xaropes, são medicamentos recomendados para o alívio de sintomas como a coceira, os espirros e a coriza, mas não costumam ser eficientes em relação a congestão nasal. Alguns anti-histamínicos utilizados são o Difenidramina e Dexclorfeniramina, que podem causar sonolência como reação adversa. Outros medicamentos desta classe que podem ser receitados pelo médico são:

Descongestionantes

Os descongestionantes nasais são medicamentos utilizados para minimizar a congestão nasal e facilitar a respiração. Pelo risco de efeito rebote ou pelo vício que podem provocar, quando utilizado em excesso, a recomendação divide opiniões.

Por isso, eles devem ser utilizados com acompanhamento médico adequado, evitando sempre a automedicação.

Alguns descongestionantes que podem ser usados, conforme recomendação médica, são:

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Remédios caseiros para rinite

Existem algumas receitas caseiras que podem ajudar os pacientes a reduzirem os sintomas. Entre elas se tem dicas de chás, sprays nasais, sucos e alguns temperos que ajudam a fortalecer o sistema imunológico.

São receitas recomendadas como complemento dos tratamentos prescritos pelo médico responsável e, por isso, não devem substituir o uso de medicamentos ou outras terapias.

Algumas dicas incluem:

  • Chá de eucalipto;
  • Chá de gengibre;
  • Chá de alho;
  • Chá de hortelã;
  • Vinagre de maçã;
  • Inalação;
  • Camomila, em chá e para inalação do vapor;
  • Suco de manga e laranja.

Leia mais: Chá de alho e seus benefícios

Complicações e comorbidades

A rinite pode evoluir para quadros mais graves quando o paciente não recebe o tratamento adequado. Um dos motivos que levam isso a ocorrer é o fato de se tratar de uma condição que deixa o organismo favorável ao surgimento de outras doenças (comorbidades).

Além dos problemas à saúde, se associa à rinite também prejuízos à qualidade de vida, aprendizado e interação social. Portanto, as complicações que podem ocorrer, na ausência de um tratamento, incluem:

Otite

A otite é uma inflamação que ocorre na orelha externa ou orelha média. É uma doença caracterizada principalmente pela presença de dor de ouvido e, geralmente, é causada pela entrada de microrganismos na região.

O excesso de muco, característica do processo inflamatório da rinite, pode levar ao surgimento dessa condição.

Normalmente, o tratamento é feito através do uso de medicamentos, prescritos pelo médico responsável. É comum essa ser uma condição considerada uma comorbidade da rinite, não apenas uma complicação.

Respiração oral e roncos

O congestionamento nasal que a rinite provoca costuma fazer com que o paciente tenha dificuldades para respirar normalmente pelo nariz. Como consequência, o paciente pode acabar roncando ou desenvolvendo um quadro de apneia do sono, devido à obstrução causada pela inflamação.

No caso do ronco, especificamente, o que acontece é um bloqueio da passagem de ar (espaço faríngeo), devido à redução do tônus muscular local.

Com menos ar chegando aos pulmões, o organismo trabalha para inspirar com mais força e velocidade, sendo este o motivo do barulho que conhecemos como ronco.

Problemas sociais

A rinite não é considerada uma doença grave, mas mesmo assim ela é uma patologia capaz de afetar a vida social dos pacientes, nas diferentes faixa etárias.

Acredita-se que ela é uma condição responsável por interferir em atividades como estudo e trabalho, podendo ser motivo da diminuição de produtividade. Isso acontece devido aos sintomas presentes, que podem ser bastante incômodos para os pacientes.

Problemas de sono

Associado ao ronco e à respiração oral, os pacientes com rinite podem ter também como complicação o surgimento de problemas de sono associados, como o ronco e apneia do sono.

Pelo fato do ronco significar um prejuízo na qualidade respiratória, uma vez que indica que o nosso organismo não está recebendo a quantidade de oxigênio suficiente, se torna também ruim para a qualidade do sono.

Isso interfere em outras atividades do paciente ao longo do dia, pois pode torná-lo menos produtivo, com atenção reduzida e outros problemas.

Leia mais: Dormir: por que dormimos, distúrbios do sono, remédios, como dormir melhor?

Sinusite

A sinusite é uma inflamação que acomete a mucosa dos seios da face, parte formada pelas cavidades ósseas em torno dos olhos, nariz e maçãs do rosto. Em muitos pacientes que não apresentam a rinite, a sinusite está ausente. Por outro lado, é mais raro pacientes com sinusite que não tenham também a rinite.

A ocorrência conjunta é tão frequente que há o termo rinossinusite, usado para essa situação.

Prognóstico

Ainda que boa parte dos tipos de rinite não tenha cura, o prognóstico dos pacientes costuma ser positivo. O diagnóstico e o tratamento, quando realizados de forma correta, costumam apresentar bons resultados para o paciente, melhorando sua qualidade de vida e reduzindo significativamente o número de crises.

Como prevenir a rinite?

As crises de rinite podem ser prevenidas com algumas mudanças de hábito e cuidados com o ambiente. Dentro de casa, cuidados pequenos já auxiliam a reduzir os gatilhos que provocam a rinite alérgica. Recomenda-se, para isso:

  • Manter todos os ambientes bem arejados e ensolarados;
  • Evitar o uso de tapetes, cortinas, almofadas e carpetes, preferindo pisos e superfícies que possam ser lavadas mais facilmente, como pisos de madeira e cerâmica. Optar por persianas pode ser a melhor opção para quem sofre com a condição, uma vez que a limpeza pode ser feita com um pano;
  • Evitar o mofo e a umidade, especialmente no quarto de dormir;
  • Checar as áreas úmidas da casa, como banheiro e cozinha, para verificar a presença de mofo. Utilizar uma solução com água sanitária diluída em água podem ser usados para limpar essas áreas;
  • Evitar que o lixo fique armazenado dentro de casa;
  • Usar, diariamente, pano úmido para a limpeza ou utilizar aspirador de pó com filtros especiais 2 vezes na semana para limpeza da casa;
  • Se for possível, evitar que a pessoa alérgica se mantenha no ambiente enquanto a limpeza é realizada ou utilizar máscaras durante a faxina;
  • Evitar espanadores, aspiradores de pó comuns e vassouras para a limpeza.

Para manter ou recuperar a qualidade de sono do paciente, os cuidados com quarto,evitando os agentes alérgenos, são fundamentais. As dicas incluem:

  • Usar colchão e travesseiros de materiais que sejam impermeáveis, que minimizam os riscos do alojamento de ácaros;
  • Limpar o estrado da cama, pelo menos menos duas vezes ao mês;
  • Lavar frequentemente roupas de cama e cobertores, deixando-os secar totalmente no sol ou ar quente antes de utilizá-los de novo;
  • Evitar cobertores de lã, preferindo edredons (exceto os que sejam de penas);
  • Evitar fumar no quarto  e a circulação de animais de estimação no ambiente.

Evitando a exposição aos agentes irritativos

  • Evitar o acúmulo de livros, caixas, revistas, bichos de pelúcia e outros objetos que possam aumentar as chances do surgimento de colônias de ácaros;
  • Não fumar;
  • Evitar que fumem dentro do automóvel ou dentro de casa. Além disso, em outros ambientes, evitar frequentar o fumódromo;
  • Evitar produtos de limpeza ou higiene pessoal com odor forte;
  • Optar por banhos com temperatura corporal, evitando banhos excessivamente quentes;
  • Praticar atividades ao ar livre, mas evitar a exposição aos pólens ou a poluição, na medida do que for possível;
  • Evitar, diante de reação alérgica, o contato com pelos, penas ou saliva de animais de estimação;
  • Evitar o contato com incensos ou odorizantes de ambientes;
  • Utilizar máscaras, quando for necessário, como profissionais que trabalham em salões de beleza e ficam expostos ao odor de produtos químicos;
  • Evitar deixar o ar condicionado ligado o tempo todo, devido ao ressecamento do ar. Também é importante manter a hidratação sobretudo quando ele estiver ligado.

Perguntas frequentes

Quando estou com rinite, os medicamentos ajudam muito pouco. O que posso fazer?

Durante as crises, o uso de medicamentos pode ajudar a amenizar os sintomas, mas o ideal é evitar a manifestação dos sintomas. Às vezes, medicamentos podem não ser tão efetivos no alívio das manifestações, tendo um efeito demorado ou insatisfatório.

A melhor forma de evitar esse quadro é através de uma higiene ambiental, ou seja, com o distanciamento dos agentes alérgenos.

Por exemplo, se você é um paciente que apresenta rinite alérgica pelo contato com pólen, estar longe deste agente será mais efetivo do que o uso de remédios. Como diz o ditado, é melhor prevenir do que remediar.

Além de se distanciar da causa, usar soluções salinas ou utilizar soro fisiológico para a limpeza do nariz também pode ajudar.

A rinite pode levar à sinusite?

Sim. Por ser um dos fatores de risco para a sinusite, a rinite quando não tratada adequadamente ou em casos graves pode acabar evoluindo para um quadro de sinusite, como comorbidade.

Rinite dá febre?

Não. Normalmente a febre não é um sintoma comum em pacientes com rinite. No entanto, se o paciente apresentar outra doença concomitante, como a sinusite, quadros febris podem ocorrer.


A rinite é a resposta a um processo inflamatório das mucosas nasais, sendo um dos problemas respiratórios mais frequentes. São vários os fatores de risco que podem engatilhar uma crise, como a exposição aos alérgenos, o uso irresponsável dos medicamentos, gestação, temperatura, ar seco, entre outros indutores.

Buscamos neste artigo esclarecer os diferentes tipos de rinite e suas causas, assim como apresentar algumas mudanças no cotidiano que podem ajudar na prevenção de crises e controle da doença.

Compartilhe essas informações para que mais pessoas possam conhecer as características da condição. Obrigada pela leitura!

Publicado originalmente em: 29/06/2017 | Última atualização: 11/10/2018

Fontes consultadas

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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