Muitas pessoas ao observarem alguém vestido acabam classificando-a como um indivíduo magro, pois a fisionomia dá a entender isso. No entanto isso pode ser algo equivocado, já que a aparência pode não ser condizente com a real situação do indivíduo, ou seja, pode se tratar de um falso (a) magro (a).
Normalmente, uma pessoa tida como falso magro não tem alta taxa de gordura corporal e por consequência, o IMC (Índice de Massa Corporal) não é elevado, sendo alguém com peso normal. Porém, em contrapartida, quando está despida é possível notar a presença de gordura localizada, como na região abdominal.
Dessa forma, se você se identificou com a descrição ou conhece alguém que é exatamente assim, vale a pena conferir esse texto para saber os riscos de ser um falso magro e como mudar essa situação. Confira!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
Basicamente, o termo falso (a) magro (a) pode ser designado às pessoas com aparência magra, mas que, na realidade, sofrem com acúmulo de gordura em determinada área do corpo como peitoral, flancos e pernas, sendo a mais comum no abdômen.
Outras características que são muito comuns para reconhecer um falso magro é a ausência de massa muscular, braços e ombros finos, sem definição e a relação desproporcional entre ombro e cintura.
Quando trata-se de saúde, ser um falso magro é um sinal de alerta, visto que ter um alto percentual de gordura localizada pode ser, em alguns casos, ainda mais grave do que ter gordura distribuída por todo o corpo.
Dessa forma, para que haja certeza da condição, normalmente é solicitado o exame de bioimpedância que mostra a composição corporal do indivíduo (quantidade de massa magra, gordura e água no organismo).
Além disso, por meio desse exame é possível saber a quantidade de calorias gastas ao longo do dia, auxiliando no processo de elaboração de uma rotina saudável que possibilite a perda de peso, para que a pessoa deixe de ser um falso (a) magro (a).
De forma geral, as causas mais comuns para que alguém pertença ao grupo dos falsos magros referem-se a fatores genéticos (especificamente os genes FTO, MC4R e PPARG alterados presentes no DNA) e péssimos hábitos (podendo ser somente uma dessas razões ou sendo, na maioria das vezes, uma combinação das duas).
Portanto, há pessoas que têm predisposição ao acúmulo de gordura em certas regiões do corpo, que pode ser intensificado com uma rotina ruim de má alimentação e a falta de atividade física.
Esse descuido em relação à alimentação e à prática de exercício físico pode ser explicado pelo fato da pessoa achar que a aparência magra é suficiente, não dando importância ao percentual de gordura localizada e, por consequência, não se esforçando para eliminá-la.
Por isso, a situação do falso magro só irá melhorar a partir da compreensão que não basta aparentar estar no peso ideal e saudável, mas sim estar verdadeiramente dentro dessas condições, evitando o surgimento de doenças que afetam à saúde e qualidade de vida.
Sim! Ser um (a) falso (a) magro (a) pode afetar negativamente a saúde, visto que o principal local onde a gordura se armazena é na região abdominal.
A gordura que se acumula nessa área pode ser classificada de duas formas, visceral (próxima a órgãos vitais e sistema circulatório) ou subcutânea (que está presente abaixo da parte externa da pele). Sendo a gordura visceral o pior tipo.
A gordura visceral está ligada ao quadro de obesidade e é fator de risco para o desenvolvimento de inúmeras doenças como colesterol alto, diabetes e hipertensão. Além disso, também prejudica as funções hepáticas e amplia a probabilidade de infarto e AVC, visto que essa gordura circula pelas artérias.
Para reverter a situação, aquele que é falso magro deve dar prioridade a alguns aspectos importantes, com o propósito de reduzir o estoque de gordura e aumentar o percentual de massa magra corporal.
Por isso, as seguintes dicas vão ajudar nesse objetivo:
Alimentos classificados como carboidratos simples são ricos em açúcar e acabam sendo absorvidos rapidamente pelo organismo, elevando rapidamente a energia.
Porém, em contrapartida, a liberação de insulina também aumenta para dar conta do excesso de glicose no organismo, tendo o papel de converter a glicose em em triglicérides, que serão armazenados na forma de gordura.
Por isso, deve ser reduzida a ingestão de doces, refrigerantes, pães e massas feitos com farinha branca, para que isso não aconteça.
Estudos demonstram que fazer refeições de 3 em 3 horas ajuda a manter o metabolismo “trabalhando” e, por consequência, evita a baixa energia no organismo e colabora para comer menos durante as refeições, pois a pessoa vai ficar mais saciada.
No entanto, os alimentos consumidos devem ser sempre nutritivos e sem calorias vazias (pouco valor nutricional) para que a dieta não comprometa o emagrecimento.
Não se trata de fazer uma dieta restrita para a diminuição calórica, mas ingerir menos do que se queima diariamente, pois, caso contrário, resulta no aumento de peso.
Portanto, o foco deve ser montar uma rotina alimentar que seja menos calórica, mas que ofereça os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo. Contudo, fazer isso com ajuda profissional é fundamental.
Alimentos com alta quantidade de fibras são essenciais para a boa digestão, ajudando a evitar o acúmulo de gases e a prisão de ventre. Além disso, por serem absorvidas lentamente, proporcionam saciedade e energia por mais tempo, reduzindo a vontade de comer.
Já as proteínas, são necessárias no processo de aumento da massa muscular, pois estão presentes na constituição do músculo e auxiliam na recuperação pós-exercício físico. Portanto, é importante consumir carnes magras, frango, ovos e peixe para fornecer proteína ao organismo.
A atividade física tem um papel muito importante no processo de deixar de ser um (a) falso (a) magro (a). Por isso é necessário praticar regularmente os exercícios, que podem ser feitos de forma combinada, de diferentes modalidades.
Contudo, exercícios aeróbicos têm a capacidade de proporcionar alto gasto calórico, ainda mais quando são feitos de modo intenso, sendo assim, ideais para eliminar gordura.
Dessa forma, incluir uma atividade aeróbica como corrida, ciclismo, pular corda, nadar, entre outras, é benéfico para diminuir a gordura abdominal.
Para manter-se atualizado (a) dos resultados obtidos com a mudança de hábitos, assim como saber se há necessidade de aumentar os esforços para perder peso, é válido visitar com frequência os profissionais responsáveis pelas orientações.
Ademais, os profissionais irão analisar se a nova rotina não está sendo prejudicial à alguma função metabólica, ou caso se esteja em tratamento médico, se as mudanças não estão interferindo no tratamento.
Cultivar uma “pancinha” não é nada legal e não deve ser motivo de orgulho para ninguém, pois quando se trata de saúde, isso pode ser fatal a longo prazo. Por isso, é importante reavaliar os péssimos hábitos e perseguir, além de uma padrão estético, a boa saúde e qualidade de vida.
Rafaela Sarturi Sitiniki
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