Muitos estudos já foram feitos com o objetivo de saber qual é o poder do açúcar no organismo e qual deve ser a quantidade diária de ingestão.
Isso porque o elemento é fundamental para atividades metabólicas, sem ele o corpo fica fraco e sem energia. No entanto, o consumo além do que é necessário pode comprometer o desempenho do organismo levando ao surgimento de diversas doenças.
Sendo assim, é indicado consumir açúcar dentro do padrão determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que é uma tarefa difícil para a maioria das pessoas que estão acostumadas ao sabor super doce de alguns alimentos. Mas por que é tão difícil deixar o açúcar de lado? É possível ser viciado em açúcar? Descubra na sequência!
Não, segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) é possível desenvolver um desejo enorme por alimentos ricos em açúcar, porém essa condição não se caracteriza como um vício que gera crises de abstinência, como bebidas alcoólicas ou drogas, como a cocaína, por exemplo.
É muito comum ouvir pessoas dizendo que são “viciadas em açúcar" o que é errado, visto que, conforme a ABESO, o açúcar tem a capacidade de ativar funções cerebrais ligadas ao prazer e recompensa quando se consome alimentos e bebidas doces, no entanto, ninguém apresenta sintomas (tremores e sudorese) ligados a um quadro de abstinência quando não ingere esses alimentos.
Além disso, a ABESO destaca o ponto de que não dá para ter dependência de algo que é essencial para a sobrevivência como o açúcar, que participa de diversas atividades metabólicas no organismo. Durante o processo evolutivo do ser humano, houve necessidade de uma quantidade maior de açúcar circulando no corpo, que hoje já não é mais necessário.
Portanto, é inadequado utilizar a expressão vício para qualquer alimento, já que essa condição tem características técnicas próprias determinadas pela comunidade científica para ser definida, como por exemplo, a influência nos mecanismos neurológicos que provocam decisões irracionais por parte dos dependentes químicos.
Ademais, ter esse pensamento dificulta a relação saudável com a comida, pois encara-se qualquer alimento que contém açúcar como maléfico à saúde e que de maneira alguma deve ser consumido, o que é prejudicial, já que o açúcar também é importante para a manutenção do bom funcionamento do organismo.
Em contrapartida, pessoas que adotam o "vício em açúcar" como uma realidade, podem não conseguir ter uma rotina alimentar balanceada, pois acreditam que não podem viver sem o elemento, o que gera consequências graves à saúde quando em excesso.
O Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA) caracteriza-se pelo consumo descontrolado de grandes quantidades de alimentos, que acontece repetidas vezes. A doença é tratada pela área da psiquiatria especializada em processos mentais que geram episódios de compulsão alimentar.
Alguns dos sinais que a pessoa pode ter TCA são:
Segundo a ABESO, consumir muitos alimentos açucarados durante o dia não é suficiente para dizer que se tem Transtorno de Compulsão Alimentar, pois é preciso investigar uma série de fatores para determinar a condição.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo adequado de açúcar para uma pessoa que tem índice de massa corporal classificado como normal, é de 25 gramas (incluindo alimentos e bebidas com açúcar adicionados na composição), correspondendo a 5% do total diário de calorias.
Segundo a Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN), o consumo de açúcar pelos brasileiros vem aumentando cada vez mais, o que é uma preocupação de saúde pública em função dos malefícios causados. Os principais são:
Muitas pessoas sabem que alimentos industrializados são não só menos nutritivos, como também ricos em gordura, conservante e principalmente açúcar (mesmo não sendo classificado como um produto doce). No entanto, existem alguns alimentos que é preciso ter atenção, são eles:
Barras de cereais: mesmo ligadas a um estilo de vida saudável, é necessário escolher adequadamente esse item, pois dependendo do processo de fabricação, a barra de cereal pode ser uma “bomba” de açúcar. Por isso, é preciso conferir o rótulo nutricional. Em geral, a opção mais correta para comprar deve ter no mínimo 2g de fibras;
Frutas secas: devido à técnica de desidratação aplicada para a obtenção das frutas secas, há maior concentração de nutrientes e açúcar no alimento, sendo importante consumir com moderação;
Iogurtes: alguns tipos de iogurtes, especialmente os com sabor de frutas e com acampamentos (caldas, cereais, confeitos, chocolate), podem apresentar alto teor de açúcar na composição. Dessa forma, optar pelos naturais e desnatados é mais saudável;
Suco: na hora de fazer um suco de frutas pode ser combinado diferentes opções delas, o que acaba tornando a bebida mais rica em açúcar. Por isso, é recomendado selecionar frutas com maior quantidade de água e consumir de preferência sem adicionar açúcar.
O açúcar não pode ser visto como o grande “vilão” da alimentação, visto que qualquer item consumido em excesso é prejudicial para o organismo. Dessa forma, é importante manter uma rotina alimentar equilibrada, diminuindo a ingestão de alguns itens e incluindo opções mais saudáveis no cardápio.
Para ajudar quem deseja começar a retirar o açúcar refinado da dieta, o Minuto Saudável tem um artigo super interessante sobre adoçante e açúcar natural. Lá você terá informações nutricionais a respeito de cada opção listada, assim como os benefícios. Confira!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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