Púrpura é um sintoma no qual o indivíduo é acometido por manchas e placas de tamanhos diversos e cor arroxeada na pele ou mucosas.
Existem diversos tipos de púrpura. Ela pode ser dividida como trombocitopênica — quando há redução de plaquetas, estruturas também chamadas de trombócitos e que são responsáveis pela coagulação sanguínea — e não-trombocitopênica, quando não há diminuição de plaquetas.
Para construir um coágulo (processo natural do organismo), muitas plaquetas são usadas. Quando o indivíduo apresenta trombocitopenia, a quantidade de plaquetas reduz de forma anormal na corrente sanguínea. Como consequência, podem surgir sangramentos espontâneos, hematomas e alteração no ciclo menstrual da mulher.
As manchas podem ocorrer devido ao rompimento de vasos sanguíneos, gerando um acúmulo de sangue sob a pele.
Este rompimento pode ser provocado por uma quebra de capilares sanguíneos (minúsculos vasos do sistema circulatório), alterações na coagulação sanguínea (devido a baixa quantidade de plaquetas) ou por determinados medicamentos.
Quando as manchas são pequenas e em grande quantidade, são chamadas de petéquias (de 4 a 10 milímetros), já nos tamanhos maiores, denominam-se equimoses (acima de 1 centímetro).
Conforme a duração do problema, a púrpura pode ser categorizada como recente, persistente (de 3 a 12 meses) ou crônica (igual ou superior a 12 meses). Já em crianças, o sintoma desaparece sozinho progressivamente.
A pessoa com púrpura, além das marcações corporais, pode sofrer com sangramentos e dor nos locais afetados.
A púrpura pode ser encontrada na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) por meio dos códigos D65 (fulminante), D69.0 (reumatoide), D69.2 (outras púrpuras não-trombocitopênicas), D69.3 (trombocitopênica imune) e M31.1 (trombocitopênica trombótica).
Índice – neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
As plaquetas são porções citoplasmáticas sem núcleo, contidas no sangue. Elas são produzidas pela medula óssea, sendo a coagulação sanguínea sua principal função.
Em um ferimento, o sangue vai parando aos poucos. Isto porque as plaquetas se agrupam e formam coágulos ou trombos, por isso essas estruturas também são conhecidas por trombócitos.
Elas também impulsionam a vasoconstrição, processo no qual ocorre a contração dos vasos sanguíneos, encurtando seu diâmetro.
No corpo humano, as plaquetas somam cerca de 140 mil a 440 mil por microlitro (unidade de medida que corresponde à milionésima parte de um litro).
Em condições autoimunes, por exemplo, o organismo não reconhece as plaquetas e as destroem, provocando as manchas roxas. Quando sua quantidade é inferior a 50 mil, pode ocorrer hemorragias até mesmo em contusões leves.
As situações mais graves de hemorragia acontecem quando as plaquetas totalizam 10 mil a 20 mil por microlitro.
A púrpura pode ser classificada como trombocitopênica ou não-trombocitopênica.
As púrpuras trombocitopênicas são definidas pela redução na quantidade de plaquetas. São elas:
Também chamada de púrpura trombocitopênica imune, atinge entre 1 a cada 62.500 e 1 a cada 25.600 adultos ao ano. Este tipo acomete mais mulheres em idade fértil do que os homens. Em crianças, a PTI se dá de forma aguda e por um período limitado e determinado.
O distúrbio ocorre pela diminuição de plaquetas ocasionada por uma condição autoimune, ou seja, o próprio sistema imunológico elimina as plaquetas do organismo. Não se sabe o porquê isto ocorre, mas em crianças a condição pode ser resultante de uma infecção viral.
Os sintomas mais comuns incluem sangramentos na pele ou mucosas, apresentadas no aspecto de petéquias ou equimoses. Inchaço, dor nas pernas e hemorragias menstruais também são indicativos, sendo estes mais difíceis de conter.
A intensidade dos sintomas depende de cada paciente. Para alguns, eles nem se manifestam e não necessitam de tratamento.
Comum em adultos, estima-se que entre 1 a 5 em cada 10 mil indivíduos são portadores da PTT, doença autossômica recessiva (quando se é herdado uma cópia do gene cromossômico com falha de cada um dos pais) ou multigénica/multifatorial (abrange diversos genes).
Pequenos coágulos sanguíneos corporais são formados de maneira inesperada. Ocorre a obstrução de vasos sanguíneos, sendo os mais atingidos aqueles do cérebro, coração e rins.
Como resultado, os glóbulos vermelhos são comprometidos, uma vez que eles passam pelos vasos sanguíneos parcialmente fechados. Os órgãos também podem ser danificados.
Entre as possíveis causas estão determinados medicamentos (como quinino, ciclosporina e mitomicina C), gravidez e disfunções autoimunes.
A escassez de plaquetas devido à coagulação pode trazer complicações, inclusive levar a pessoa à morte. No cérebro, pode provocar dor de cabeça, confusão mental, convulsões e coma.
Em outras localidades, a coagulação ocasiona alterações no ritmo cardíaco, sangue ao urinar e dores abdominais.
Da mesma forma que a PTT, a síndrome hemolítico-urêmica (SHU) também causa coágulos sanguíneos em localidades corporais. No entanto, a SHU é mais frequente em crianças. Os sinais iniciais incluem vômitos e diarreias (seguidas de sangue ou não).
Neste caso, os glóbulos brancos é que são danificados ao passar pelos vasos sanguíneos bloqueados. Pode haver também lesão no canal renal, que afeta diretamente os níveis de ureia no sangue, acarretando na insuficiência renal.
Púrpura não-trombocitopênicas são aquelas em que não há redução nos níveis de plaquetas no organismo.
A púrpura reumatoide ou de Schönlein-Henoch (PHS), como também é conhecida, se desenvolve mais em crianças (entre 3 a 15 anos) do que em adultos.
Calcula-se que para crianças o risco de portar o PHS está entre 1 a cada 6.660 e 1 a cada 4.880, enquanto em adultos a probabilidade é de 1 a cada 1 milhão, anualmente.
A inflamação é mais recorrente na pele, mas pode afetar os vasos sanguíneos intestinais e renais.
Sua causa é desconhecida, mas pode estar relacionada à perda de função da imunoglobulina A (IgA) em vasos sanguíneos, como arteríolas (regulam a pressão sanguínea e encaminham o sangue aos capilares), capilares (responsáveis pelo transporte de sangue) e vênulas (fazem o sangue pobre em oxigênio voltar dos capilares para as veias).
Outros fatores, como bactérias, medicamentos, alimentos e picadas de insetos, podem ser apontados como precursores da doença.
As manchas desaparecem sozinhas de forma gradual após 4 semanas, mas podem retornar pelo menos uma vez. Em 80% dos casos, elas nem aparecem novamente.
A púrpura pode aparecer nas pernas e nádegas. Em adultos, o quadro é piorado, pois as lesões são constituídas de bolhas necróticas ou hemorrágicas.
Acomete especialmente recém-nascidos em consequência de proteínas insuficientes de coagulação. As manchas podem tornar-se negras devido a necrose celular no local.
A púrpura simples pode ser definida pelo número elevado de hematomas, que por sua vez, ocasionam fragilidade vascular. Este tipo aparece nas coxas, nádegas ou na região superior dos braços.
Apesar de uma condição comum, sua origem é desconhecida. Contudo, ela pode estar relacionada tanto a um agrupamento de transtornos quanto a alguma modificação em um mecanismo normal.
Ser mulher, ter casos na família, apresentar baixa massa corporal, fazer uso antecipado de corticosteroides e a alta exposição aos raios solares podem aumentar as chances de se ter o problema.
No entanto, não é possível prevenir a púrpura. A descontinuação de aspirina pode ser recomendada, mas não há indicações de que o quadro surge ou tem seu estado agravado devido a utilização do remédio.
Quando feito o diagnóstico, os resultados dos exames do número de plaquetas e de sua função, coagulação sanguínea e de fibrina se configuram como normais.
Por se tratar de um quadro leve e sem complicações, a púrpura simples não necessita de tratamento.
Recorrente em idosos, a púrpura senil cria equimoses, formadas a partir da degeneração da pele e dos vasos sanguíneos. As regiões corporais mais atingidas são mãos e antebraços.
As lesões somem durante alguns dias, podendo alterar sua coloração para acastanhada. A descoloração pode se tornar mais clara ao decorrer de semanas, meses ou ser permanente. Não há risco de gravidade desta condição.
A púrpura pode estar relacionada ao rompimento dos capilares (fenômeno conhecido como “fragilidade capilar”), problemas na coagulação sanguínea ou uso de alguns tipos de medicamentos.
O rompimento dos capilares é percebido na púrpura simples, causada por lesões na pele ou mucosas.
Em situações específicas, as circunstâncias que levaram ao surgimento da púrpura são desconhecidas. Contudo, no geral, o enfraquecimento capilar é ocasionado por condições alérgicas, hormonais, comportamentais, hereditariedade, envelhecimento e carência de vitamina C no organismo.
Pessoas alérgicas possuem intolerância a determinadas substâncias tidas como normais para os demais. Os componentes que desencadeiam reações de defesa do organismo são chamados de alérgenos, gerando uma sensibilidade muitas vezes excessiva.
A pessoa pode sofrer com inflamação, irritação e inchaço na pele, o que pode culminar no rompimento dos vasos sanguíneos e causar sangramento.
Os tipos mais comuns de alergia são originários de ácaros (microrganismos presentes em colchões, almofadas, cobertores e tapetes), pólen, pelos de animais, insetos, alimentos e medicamentos.
Alterações hormonais decorrentes de menstruação, gravidez ou menopausa afetam as estruturas dos vasos sanguíneos, restringindo a circulação sanguínea.
Estresse, ansiedade e tristeza podem ocasionar manchas cutâneas roxas por razões não identificadas.
Ter casos de púrpura na família aumenta as chances de desenvolver o distúrbio.
Devido ao envelhecimento, as estruturas que constituem e mantêm os vasos sanguíneos se tornam mais fracas, aumentando as chances da púrpura senil.
A vitamina C tem como finalidade fortalecer os vasos sanguíneos e assegurar que a dilatação ocorra de maneira adequada. A sua falta no organismo pode provocar rompimento espontâneo dos vasos, uma vez que estes estão enfraquecidos.
Certas doenças e estados de saúde são responsáveis por gerar mudanças na coagulação do sangue, afetando diretamente os níveis de plaqueta ou sua função. Ou seja, o problema pode estar na qualidade ou quantidade dessas estruturas. A diminuição de plaquetas origina a trombocitopenia.
Dentre as condições relacionadas estão:
Infecções virais, como dengue e HIV, além das bacterianas, podem causar um déficit no número de plaquetas.
Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a dengue ocasiona inflamação, redução na quantidade de plaquetas e prejudica a regulagem de líquidos no corpo. O funcionamento do fígado e rins também podem ser prejudicados.
Apesar de apresentar os mesmos sinais iniciais da clássica, a dengue hemorrágica se difere pela dilatação dos vasos sanguíneos.
Como resultado, a pessoa infectada é acometida com sangramentos na gengiva, boca, nariz, ouvidos ou intestinos, além de baixa pressão arterial, que pode levar à tontura, queda, estado de choque ou em casos incomuns, até mesmo a morte.
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é um retrovírus, integrante do subgrupo dos Lentiviridae. Ele ataca o sistema imunológico, particularmente os glóbulos brancos.
O agente invasor se multiplica através das modificações no DNA da célula. Posteriormente, os glóbulos brancos são destruídos.
Em razão do declínio na eficiência nos mecanismos de defesa, o indivíduo pode estar sujeito a outras doenças.
Sua transmissão ocorre sexualmente, pelo contato com sangue e de mãe para filho. No entanto, vale frisar que portar o vírus HIV não quer dizer que se tem AIDS. Muitas pessoas que convivem com o problema não têm os sintomas e nem desenvolvem a doença durante anos.
Algumas doenças autoimunes, como lúpus, vasculites, síndrome hemolítica-urêmica (SHU) e hipotireoidismo causam a destruição de plaquetas.
Conhecida somente como lúpus, a doença lúpus eritematoso sistêmico é causada pelo próprio sistema imunológico do indivíduo que gera anticorpos em quantidade demasiada.
O organismo é atingido pelos anticorpos em excesso, suscitando em inflamações na pele, articulações, olhos, rins, cérebro, coração e pulmões.
Os aparecimentos dos sintomas são variáveis para cada pessoa, que pode conviver anos com o transtorno sem sentir nada.
Entre os sintomas estão manchas avermelhadas pelo corpo, principalmente no rosto, pescoço, peito e cotovelos; dores nas articulações, de cabeça e ao respirar; e, em quadros mais agravados, convulsões.
Vasculite é o nome dado para a inflamação dos vasos sanguíneos, promovida por doenças que levam as células do sistema imunológico a invadir as paredes dos vasos. Esta condição causa supressão do espaço do fluxo sanguíneo, podendo até mesmo fechá-lo por completo.
Pode haver aneurisma (dilatação anormal dos vasos sanguíneos, especialmente de uma artéria) e hemorragia. Por causa da necessidade da circulação do sangue para o desempenho dos órgãos, todos os mecanismos do organismo podem sofrer os sintomas e traumatismos.
Os sinais compreendem cansaço, mal-estar, perda de massa muscular, dores nas articulações e abdominal, febre, não sentir vontade de comer.
Quando os meios de defesa do corpo atacam a glândula tireoide — encarregada de fabricar hormônios como triiodotironina (T3), tiroxina (T4) e calcitonina, fundamentais para equilibrar o metabolismo —, ocorre baixa ou nenhuma produção de hormônio da tireoide.
A pessoa pode sentir dor nos músculos e articulações, inchaço no rosto, fluxo menstrual em excesso ou irregular, constipação, cabelo seco, entre outros sintomas.
O fígado, em conjunto com a vitamina K, fabrica uma proteína chamada protrombina, que auxilia na coagulação do sangue.
Doenças hepáticas e a falta de vitamina K no organismo podem alterar a produção de protrombina. Isto favorece o aparecimento de hemorragias, originadas a partir de contusões ou de forma espontânea pelo nariz, gengivas, urina.
A medula óssea (ou tutano) é um tecido líquido-gelatinoso presente no interior dos ossos, incumbido de formar hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos (glóbulos brancos) e plaquetas.
Patologias como anemia aplástica ou mielodisplasia causam a redução ou a fabricação incorreta de células.
Anemia aplástica é uma doença muito rara e autoimune. A medula óssea para de produzir novas células de sangue. As incidências de casos no Brasil por ano são menores de 15 mil .
Os indicativos mais comuns são manchas roxas espontâneas, palidez na pele e mucosas e hemorragias por longos períodos, ainda que em ferimentos vistos como sem importância. Sem tratamento, a patologia pode ser fatal em até 10 meses devido a infecções.
Mielodisplasia, ou síndrome mielodisplásica (SMS), é o termo utilizado para definir diversas doenças que ocasionam a suspensão de produção de células sanguíneas e, com isso, trazem uma série de complicações ao portador.
Algumas pessoas não apresentam os sinais da SMS. Mas quando as têm, as mais recorrentes são tontura, fraqueza ou cansaço, manchas roxas, sangramento e infecções.
Esta condição pode progredir para leucemia aguda, tipo de câncer que se desenvolve rapidamente e que reproduz leucócitos ainda imaturos, ou seja, incapacitados de exercer suas funções na defesa do organismo, na medula óssea e no sangue.
Doenças genéticas, como hemofilia (o sangue não coagula corretamente), interferem na coagulação do sangue.
A falta de vitaminas e minerais, como o ferro, ácido fólico e vitamina B12, atinge a produção de hemácias, plaquetas e glóbulos brancos promovidos pela medula óssea.
Alguns medicamentos, como aspirina, anticoagulantes e ibuprofeno, podem prejudicar processo de coagulação sanguínea bem como a atuação das plaquetas.
Não há exatamente fatores de risco para o surgimento da púrpura. Algumas pessoas são mais propensas a desenvolver doenças autoimunes, principalmente se tiver casos na família.
Algumas condições que podem favorecer seu aparecimento são:
Casos de púrpura trombocitopênica idiopática (PTI), por exemplo, são mais recorrentes em pacientes que já apresentam condições autoimunes ou leucemia crônica linfocítica.
Os sintomas mais evidentes da púrpura são manchas de coloração arroxeada na pele ou mucosas, ocasionadas por lesões ou que surgiram de forma espontânea.
Em mulheres e crianças, manchas nas pernas e coxas podem surgir mesmo em contusões leves ou sem razão aparente.
No decorrer do tempo, as manchas vão se tornando mais claras, passando do roxo ao marrom e, em seguida, ao amarelo, até sumir totalmente. Além disso, pintas vermelhas corporais, dor na região das manchas e febre são outros indicativos do problema.
Se a pessoa tiver púrpura trombocitopênica idiopática e o número de plaquetas for igual ou superior a 50 mil por mililitro, os sintomas tendem a não aparecer por um determinado período.
Abaixo desse valor, o indivíduo também pode ser acometido por:
Em situações raras de púrpura trombocitopênica idiopática, o paciente ainda corre o risco de apresentar esplenomegalia.
Este distúrbio é caracterizado pelo aumento no volume do baço, órgão que tem como função a fabricação, armazenamento, controle e eliminação de células do sangue.
Na maior parte das vezes, as manchas presentes desde o nascimento do bebê, com aspecto arroxeado, são definidas como manchas mongólicas.
Estas, por sua vez, estão associadas com os ancestrais da criança, sendo mais frequentes naqueles com descendência asiática, indígena, hispânica ou africana.
Normalmente, as manchas ficam no bumbum, mas também podem surgir na lombar, ombros, costas ou demais regiões do corpo do bebê, medindo em torno de 2 a 8 centímetros.
As manchas não são cancerígenas e desaparecem sozinhas até os 2 anos de vida. Na maioria dos casos, não são um indicativo de distúrbios.
Se a mancha for encontrada em outras áreas corporais do bebê, se não for tão grande ou surgir de maneira inesperada, pode ser um indicativo de pancadas, fragilidade capilar ou qualquer outro problema que altere a coagulação sanguínea.
É importante constatar se as marcas são abundantes, em tamanhos excedentes, acentuadas no decorrer do dia e seguidas de outros sintomas, como febre, sangramentos ou sonolência. Nestes casos, o médico deverá ser consultado imediatamente.
Conforme os sinais apresentados, a consulta médica pode ser feita com um angiologista, dermatologista ou hematologista.
O histórico clínico é levado em consideração no momento do diagnóstico. Além disso, alguns exames geralmente são solicitados a fim de determinar a causa do problema. Os mais comuns incluem:
Através da coleta de sangue são feitos procedimentos, como hemograma e esfregaço sanguíneo.
O hemograma é um exame de sangue que faz a contagem de componentes sanguíneos, neste caso, as plaquetas.
Com base nos resultados, é possível prever o risco de sangramentos:
Por meio do esfregaço sanguíneo, chamado também de contagem diferencial manual ou morfologia celular, é feita a análise da aparência e níveis de hemácias, leucócitos e plaquetas.
Conhecido formalmente como aspirado de medula óssea ou biópsia de medula óssea e, de forma popular, como mielograma, este método consiste na retirada de uma amostra do tecido da medula óssea.
O intuito é averiguar os tipos, numerosidade e desenvolvimento das células, além de avaliar as estruturas intersticiais (pequeno espaço entre uma região e outra) da medula óssea.
Ele também pode ser usado para descartar risco de câncer, que pode ocasionar alterações nos níveis de plaqueta.
Como no geral os sintomas da doença não são específicos, é preciso fazer a eliminação de outras possíveis causas, como doenças autoimunes, infecções virais e medicamentos.
Dependendo do tipo de púrpura, ela pode ser curada. A púrpura simples e as manchas provenientes de pancadas desaparecem espontaneamente. Já em casos de PTI, por exemplo, que é uma condição autoimune, não existe cura.
Em crianças, normalmente a púrpura some sozinha, sem necessidade de tratamento. Em adultos, ela precisa ser tratada, podendo se desenvolver para um problema crônico e reincidente.
O tratamento só é necessário quando o número de plaquetas estiver abaixo de 30 mil por microlitro ou em quadros de sangramentos.
A escolha a ser seguida dependerá da causa da doença. Pode ser solicitado a interrupção de medicamentos que afetam a produção de plaquetas.
Entre as opções estão:
Medicamentos à base de corticosteroides (hormônios esteroides produzidos pelas glândulas suprarrenais) ajudam a combater os anticorpos que destroem as plaquetas. Desta forma, a quantidade de plaquetas aumenta.
O período de recuperação deste tratamento é menor para crianças, variando de semanas a meses. Já os adultos necessitam de maior tempo. Apenas alguns conseguem se reabilitar ainda no primeiro ano.
O uso prolongado desses remédios pode acarretar em vários efeitos colaterais, entre eles o aumento de massa corporal, irritabilidade, insônia, inchaço e mudanças de humor.
Os adultos que não reagem de maneira satisfatória ao uso de corticosteroides, podem utilizar outros medicamentos que amenizem os efeitos do sistema imunológico.
Assim como os corticosteroides, a imunoglobulina aplicada de maneira intravenosa auxilia na redução de destruição de plaquetas.
Em casos de sangramentos agudos, ela pode ser administrada em doses altas para conter o quadro. Ela também pode ser usada para aumentar a contagem de plaquetas de maneira rápida antes de uma cirurgia.
Contudo, seu efeito é breve. Os efeitos colaterais envolvem dor de cabeça, enjoo ou vômito.
Cremes e pomadas favorecem a reabsorção do sangue que está fora dos vasos sanguíneos.
A remoção do baço através da cirurgia pode ser indicada em condições graves (púrpura trombocitopênica), quando o paciente não respondeu aos tratamentos anteriores.
O baço produz anticorpos que são capazes de lesionar as plaquetas, ocasionando, desta forma, as manchas corporais.
O procedimento é conhecido como esplenectomia, realizado por videolaparoscopia. Este método consiste em 3 pequenos furos por onde atravessam tubos e equipamentos necessários para fazer a extração.
Neste caso, é preciso de uma anestesia geral, que dura cerca de 3 horas. O paciente costuma receber alta hospitalar em 2 dias.
Por se tratar de uma cirurgia pouco invasiva e com cortes pequenos, o paciente sente menos dor e passa por um tempo de recuperação menor. Contudo, em determinadas situações, pode haver necessidade de uma cirurgia aberta, com um corte maior.
Utilizada como último recurso, a transfusão de plaquetas é recomendada para aqueles que possuem risco imediato de morte. Isto porque as novas plaquetas também podem ser destruídas pelo agente causador do distúrbio.
Os medicamentos a serem utilizados variam de acordo com o tipo de púrpura apresentados. Comumente são receitados:
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
O prognóstico da púrpura vai depender do motivo de seu aparecimento. Após a comprovação do diagnóstico, o especialista irá apontar os tratamentos disponíveis e as expectativas a longo prazo em relação ao quadro do paciente.
As pessoas que começam o tratamento rapidamente ou que possuem uma condição mais branda tendem a se curar totalmente. Entretanto, a púrpura pode se tornar crônica em situações mais agravadas ou em tratamentos tardios.
A questão estética é um dos transtornos para os pacientes diagnosticados com púrpura. Ainda mais que nem sempre as manchas desaparecem totalmente.
Além disso, os efeitos colaterais causados pelo uso de corticosteroides desestimulam o paciente a iniciar o tratamento ou fazem com que parem a medicação.
Alguns cuidados auxiliam na estabilização do quadro de púrpura:
Para diminuir as chances de ter novas manchas ou de piorar o aspecto das mesmas, se deve evitar a administração de medicamentos de reduzem a quantidade de plaquetas, como aspirina e ibuprofeno.
Dar preferência para atividades de baixo impacto, a fim de evitar lesões, hematomas e sangramento, a fim de evitar a púrpura.
Quando os níveis de plaquetas estão baixos, o indicado é usar escovas dentais macias, enxaguantes bucais sem adição de álcool e evitar o fio dental.
Além disso, sabonete, esponja de banho e toalhas devem ser de uso individual. Com a imunidade frágil, estes cuidados ajudam a diminuir o risco de contrair bactérias.
Alguns alimentos são recomendados, pois aumentam o número de plaquetas no sangue. Confira:
Entre os exemplos de folhas verdes escuras estão a espinafre, couve, repolho e alface.
Estes alimentos são abundantes em vitamina K e minerais que auxiliam na resistência dos ossos e na coagulação sanguínea. Seu consumo pode ser feito por meio de saladas cruas, sucos ou cozidas em sopa.
Tais alimentos são ricos em vitaminas e minerais que aumentam a quantidade de plaquetas. Eles podem ser consumidos crus em uma salada ou cozidos. Em condições mais agravadas de infecções, outra maneira é ingerir como sopa ou creme, acompanhado de outros vegetais.
Frutas como uva, abacate, banana, melão e ameixa são fontes de vitamina K, ajudando no aumento de plaquetas. O ideal é que elas sejam ingeridas na forma natural.
Já as frutas como o kiwi, morango, laranja e o limão, são ricos em vitamina C e também contribuem para o aumento de plaquetas.
É um antibiótico natural e rico em vitamina C.
Álcool, aspartame, leite de vaca e quinino (encontrado na água tônica) devem ser evitados por pessoas com o problema sanguíneo.
Originada por problemas na coagulação do sangue e sem acompanhamento médico, a púrpura pode acarretar em hemorragia com possibilidade de morte.
Em casos incomuns, a púrpura trombocitopênica sem o devido tratamento pode levar a sangramentos abundantes em localidades do corpo. Sangramentos excessivos no cérebro podem ocasionar hemorragia cerebral fatal.
Já em pessoas com púrpura de Henoch-Schönlein, as complicações implicam danos nos rins, podendo ser necessário diálise ou transplante e levando à morte se não tratada.
Ela também pode causar volvo intestinal, condição rara em que há uma torção no intestino, causando uma obstrução intestinal que limita a digestão. Sem tratamento, a obstrução intestinal também pode provocar a morte.
Por estar associada a determinadas condições e patologias, não é possível prevenir a púrpura em si. O que pode ser feito é tomar precauções acerca das doenças que causam a púrpura.
A púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) é caracterizada pela baixa quantidade de plaquetas, gerando hematomas e sangramentos espontâneos.
Seus sintomas são parecidos com os de algumas doenças oncológicas, como leucemias por exemplo. No entanto, a PTI não é um câncer.
Sem tratamento ou com início demorado, a púrpura pode evoluir para uma hemorragia, podendo causar a morte do paciente.
Não, a púrpura não é contagiosa. Ela é um sintoma ocasionado por diversos fatores, mas que fica restrito ao paciente.
Púrpura é uma doença que possui diversas tipologias. Ela causa manchas roxas pela pele e mucosas. Em crianças, normalmente seu desaparecimento ocorre de maneira espontânea. Já em adultos, é preciso de acompanhamento médico.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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