A hepatite A, também conhecida como amarelão ou hepatite infecciosa, é uma inflamação contagiosa que afeta o fígado e é causada por um vírus que, geralmente, é benigno. Normalmente, a doença evolui para a cura espontânea em mais de 90% dos casos.
Acredita-se que 75% dos brasileiros já entraram em contato com o vírus e quase 60% dos pacientes afetados são crianças com menos de 10 anos de idade. No Brasil, o local que mais sofre de hepatite A é a região norte.
Vários casos não apresentam ou apresentam poucos dos sintomas conhecidos da hepatite A, principalmente quando os mais jovens são afetados. Na maioria dos casos, a doença é transmitida ao beber água ou comer alimentos contaminados com fezes infectadas pelo vírus.
A hepatite A é causada pelo vírus VHA, um agente infeccioso agudo e que é transmitido pela via oral ou, então, fecal. É sabido que o vírus pode sobreviver até 4 horas na pele das mãos e dos dedos e é extremamente resistente à degradação causada por mudanças ambientais, o que facilita a sua disseminação.
Apesar da doença ser causada somente pelo vírus, existem fatores que facilitam o desenvolvimento da doença, como o álcool, agentes infecciosos, drogas e doenças autoimunes.
A transmissão pode ser feita através de:
Existem alguns fatores que causam mais risco de desenvolver a doença ao paciente:
Geralmente os sintomas aparecem entre 2 a 6 semanas após o contato com o vírus da hepatite A e podem ser confundidos com os da gripe ou de gastroenterite leve.
Os principais sintomas que podem ser confundidos com os da gripe são:
Após esses primeiros sintomas surgirem, outros, relacionados ao fígado, podem ocorrer, como:
Sintomas incomuns são caracterizados como:
Em dois meses, geralmente, a recuperação é completa. Uma vez afetado pela doença, você se torna imune a ela e não pega mais o vírus.
A hepatite dura em média 2 meses e, ao contrário da hepatite C , que costuma se tornar crônica na maior parte dos infectados, a hepatite A geralmente se cura sozinha e é raro se tornar crônica. Em 85% dos casos, a cura aparece em até 2 semanas de tratamento.
Não. Uma vez infectado com a doença, o corpo se torna imune à da doença para o resto da vida. Mas como existem outros tipos de hepatite, o paciente pode sofrer de algum outro, mas do tipo A, ele está livre.
Se sintomas parecidos com o da hepatite A surgirem, é importante marcar uma consulta com o hepatologista para que a doença seja descartada ou, então, tratada, para que haja a cura. É importante também ir consultar o médico se:
Para que o diagnóstico seja dado mais rapidamente, ir com algumas respostas é essencial:
Após a análise clínica, uma amostra de sangue é retirada e enviada a um laboratório para análise, para que o médico possa detectar a presença do vírus da hepatite A no corpo do paciente.
Ao realizar o exame, o principal achado é a alteração das enzimas hepáticas: TGO, TGP e bilirrubinas. Em casos de hepatites agudas, os valores de TGO e TGP costumam atingir mais de 1000IU/dL.
Se o agente causador da hepatite for o vírus HAV, é preciso realizar uma sorologia para hepatite A. Na sorologia, procura-se por 2 tipos de anticorpos: IgM e IgG. O anticorpo IgM indica hepatite A ativa, quando os sintomas ainda aparecem e podem permanecer por 6 meses. Já o anticorpo IgG indica infecção antiga e fica positivo após algumas semanas de infecção e, assim, permanece pelo resto da vida.
Existem 3 possibilidades de infecção:
Ondas sonoras de alta frequência são usadas para construir uma imagem do interior do seu fígado.
Uma pequena amostra de tecido hepático é removida e verificada para qualquer problema.
Não existe tratamento específico disponível para a hepatite A e o corpo se encarrega de se livrar do vírus sozinho. Na maioria dos casos, o fígado cura completamente em um ou dois meses, sem danos permanentes.
Apesar de não ter tratamento, há formas de acelerar a recuperação, que consistem no manejo dos sintomas causados pela doença.
O cansaço é um dos principais sintomas das pessoas afetadas com a hepatite A. Por isso, é importante descansar para que as tarefas diárias consigam ser realizadas. Apesar da importância, não é preciso o repouso absoluto.
Utilizar plantas medicinais tem o objetivo de reduzir os sintomas da doença. As plantas mais utilizadas são: boldo, limão e Sylibum marianum.
Para controlar as náuseas, um dos métodos mais indicados é fazer pequenos lanches ao longo do dia e não somente três refeições reforçadas. Manter sempre o estômago cheio pode diminuir as náuseas.
A ingestão de álcool deve ser evitada, visto que o fígado é o órgão mais afetado pela hepatite A. O controle de medicamentos também deve ocorrer, para que o fígado não seja atingido.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Após a doença ser diagnosticada, os sintomas costumam desaparecer rapidamente se os cuidados recomendados forem feitos. Em alguns casos, o funcionamento do fígado pode se perder repentinamente. Pacientes idosos ou com alguma doença crônica possuem mais riscos de possuírem essa complicação.
Quando a insuficiência hepática ocorre, o paciente necessita ser internado no hospital para que haja acompanhamento médico. Em casos mais graves, o transplante de fígado pode ser necessário.
A recuperação de cerca de 99% dos casos acontece após o repouso e o tratamento correto. Somente em 1% dos casos há o risco de morte em pacientes com hepatite A e isso só costuma ocorrer em casos de hepatite fulminante.
Acredita-se que as complicações ocorrem somente em pessoas que já possuem problemas no fígado. Em casos de falha no fígado, o tratamento pode ser feito com medicamentos. Mas, em casos mais sérios, o transplante pode ser a melhor opção para curar o problema hepático.
Para que o risco de contaminação da doença seja diminuído, algumas medidas podem ser tomadas, como:
Ficar longe durante esse período é fundamental para que não haja o contágio ao tocar em alimentos.
Apesar da hepatite não ser uma doença sexualmente transmissível, em casos de relações anais, restos de material fecal podem ser encontrados. Caso não haja proteção, a contaminação poderá ocorrer.
A mão é a maior forma de contágio de doenças. Por isso, mantê-la bem higienizada é a melhor forma de se manter seguro e longe de doenças infecciosas.
A melhor forma de prevenir a hepatite A é se vacinar e manter a higiene em dia. Se alguém ficar exposto ao vírus, pode ser utilizada a imunoglobulina A para prevenir a doença.
Melhorar as condições de higiene é a melhor forma de evitar a doença, conheça dicas:
A vacina da hepatite é indicada para crianças a partir de 1 ano de idade, mas também pode ser aplicada em adultos. Profissionais que trabalham com comida podem ser recomendados a se vacinarem por conta do grande risco de haver contaminação através da alimentação.
Existem dois tipos de vacinas contra a hepatite A. Uma delas deve ser aplicada em 2 doses com intervalo de 6 meses, e, a outra, em 3 doses distribuídas também durante 6 meses.
A vacina não deve ser administrada durante a gestação e em pessoas que possuem hipersensibilidade aos componentes da vacina. O Ministério da Saúde passou a oferecê-la, para crianças entre 1 e 2 anos de idade.
Se estiver viajando para locais com surtos de hepatite A, considere essas dicas:
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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