Há quem prefira adquirir o produto pronto em lojas ou mercados. Aliás, há alguns anos, encontrar o kombucha nas prateleiras não é tarefa complicada, pois o mercado cresceu significativamente — tanto que há cerca de 5 anos existiam apenas 2 ou 3 marcas produtoras.
Em 2018, o Brasil viu surgir a ABKom, Associação Brasileira de Kombucha, que reúne mais de 40 empresas e produtores do país inteiro.
Nos EUA, onde já é bastante conhecida, a venda de kombucha movimenta cerca de 1 bilhão de dólares anualmente (quase 4 bilhões em reais) e, no Brasil, a estimativa é que movimente mais de 20 milhões de reais só em 2018.
O segmento promissor torna evidente que o produto é bastante querido entre os consumidores — seja pela variedade de sabor ou pelos benefícios ao organismo.
Índice — neste artigo você vai encontrar as seguintes informações:
Adocicada, gasosa e um pouco ácida, o kombucha é resultado do chá preto ou do chá verde adoçado com açúcar e fermentado com uma colônia de bactérias chamada de Scoby.
O açúcar funciona como alimento para as bactérias, fazendo com que elas se multipliquem e acrescentem a característica gaseificada à bebida.
Não importa exatamente a pronúncia — kombucha ou kombutchá —, são os benefícios e o sabor que fazem a fama da bebida, que é originária da China, passou pela Europa, América e chegou ao Brasil.
Com propriedades probióticas, ou seja, rico em bactérias boas para o funcionamento do organismo — semelhantes àquelas encontradas em iogurtes e no kefir — cada copo de kombuchá é rico em microrganismos vivos que se proliferam e promovem o bom funcionamento intestinal.
Além disso, dependendo das substâncias adicionadas à bebida, pode-se obter um líquido rico em vitaminas B1, B2, B3, B6, B12 e C, essenciais para a manutenção e funcionamento do organismo.
Os adeptos do consumo ainda apostam que a bebida pode melhorar o sistema imune, dar mais disposição e auxiliar no funcionamento digestivo. Mas também pode ser uma opção para substituir refrigerantes e sucos industrializados, tornando a ingestão mais saudável, sem perder o sabor.
O kombucha não é novo — aliás, há indícios de que a bebida já era popular na China da Dinastia Quin, ou seja, há mais de 2 mil anos. As tradições chinesas se espalharam e influenciaram várias culturas pelo mundo, não sendo diferente com o kombucha.
Não demorou muito para que a bebida chegasse à Rússia, Índia, Europa, América do Norte e, mais recentemente, ao Brasil.
Na Europa e Rússia, o produto era bastante apreciado e popular no período que antecedeu a 2ª Guerra Mundial. Mas devido ao racionamento de produtos como o açúcar e os chás, o consumo se tornou cada vez menor e mais difícil.
Mas sem perder a tradição, o kombucha foi reincorporado às práticas de consumo, tornando-se popular principalmente na Europa.
Aos poucos, com mais estudos sobre os benefícios dos alimentos, o produto despertou interesse devido às suas propriedades funcionais.
O kombucha é considerado um alimento probiótico e funcional. Seus benefícios são semelhantes àqueles dos iogurtes naturais, auxiliando no equilíbrio da flora intestinal e participando do bom funcionamento orgânico. Entre eles estão:
Devido à capacidade probiótica, o kombucha auxilia na saúde do intestino, favorecendo a correta eliminação das fezes e o equilíbrio das bactérias naturalmente presentes na região.
Além de melhorar os sintomas da prisão de ventre, por exemplo, os probióticos fazem com que os nutrientes sejam melhor absorvidos no intestino e, por isso, o organismo tem melhor proveito das vitaminas e minerais ingeridos nas refeições.
Os probióticos podem incentivar a produção de hormônios relacionados à saciedade, a leptina e a insulina, que agem reduzindo a fome e controlando as taxas de açúcar no sangue.
Quando o corpo consegue estabilizar os hormônios, a ingestão alimentar pode ser reduzida naturalmente e, aliada à alimentação balanceada e atividades físicas frequentes, fica mais fácil manter ou reduzir o peso.
Com as vitaminas sendo devidamente absorvidas no intestino e bem aproveitadas, todo o organismo é beneficiado, pois não adianta se alimentar corretamente se os nutrientes não puderem desempenhar suas funções orgânicas.
O consumo de kombucha pode auxiliar a compor as quantidades recomendadas de vitaminas e minerais, proporcionando mais equilíbrio ao cardápio.
Além disso, a bebida pode aumentar a ingestão de líquidos, fazendo com que a pele fique mais hidratada, resistente e nutrida.
Dependendo do chá escolhido como base, o kombucha pode ter boas quantidades de antioxidantes. O chá verde e chá branco, ambos derivados da planta Camellia sinensis, são os que possuem maior capacidade de combater os radicais livres — que estão associados ao envelhecimento precoce e às doenças degenerativas.
Os chás possuem, em geral, cafeína — sobretudo o preto e o verde. A vantagem é que a concentração é inferior à do café (e por isso dificilmente irá afetar o sono), mas pode dar uma ajudinha na hora de trazer mais disposição e energia às atividades.
Além disso, a cafeína pode dar um ajudinha no metabolismo, ainda que sutil. Desde que o consumidor da bebida não tenha sensibilidade à substância estimulante, ela pode ser ingerida para auxiliar na manutenção ou redução de peso ou gordura.
O kombucha, se devidamente produzido e ingerido, não representa malefícios ao organismo saudável. É importante ressaltar que a bebida probiótica pode alterar o funcionamento intestinal e causar desconfortos em algumas pessoas. Podem surgir gases e estufamento, por exemplo.
Por ser um alimento ácido, pode haver pequenas alterações digestivas, devido à interação com o pH estomacal. Em geral, tende a ocorrer em pessoas que já possuem problemas estomacais, como gastrite ou refluxo.
Relatos da década de 1990 apontam que alguns pacientes que consumiram kombucha por longos períodos apresentaram disfunções hepática, acúmulo de ácido lático no organismo (acidose láctica), náuseas e reações alérgicas.
No entanto, os resultados também indicam que as reações adversas podem ser casos isolados ou decorrentes do preparo inadequado da bebida.
Assim como qualquer produto, o kombucha pode manifestar reações adversas, pois cada organismo se comporta de uma maneira perante os alimentos. Então o ideal é sempre observar os sinais do corpo.
Diretamente, não. O emagrecimento é um processo multifatorial, que depende de uma rotina saudável, alimentação equilibrada, atividades físicas e um bom funcionamento do organismo.
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Mas o consumo de kombucha pode ser um aliado na hora de reduzir medidas, pois o produto é probiótico e auxilia no equilíbrio da flora intestinal.
Com o sistema digestivo funcionando adequadamente, a absorção nutricional é melhorada e todo o organismo é beneficiado. O que pode, entre outras coisas, refletir no bem-estar, na disposição e auxiliar na prática de atividades físicas.
Além disso, com o funcionamento regular do intestino, sintomas de irritação ou ansiedade causados pela constipação, por exemplo, podem se minimizar e, com isso, manter uma alimentação adequada e sem excessos fica mais simples.
Outra forma de aliar a bebida ao emagrecimento é através de trocas saudáveis. Como o kombucha se assemelha a um refrigerante, escolhê-lo no lugar de outra bebida industrializada pode reduzir a quantidade de calorias ingeridas e tornar a dieta mais saudável.
Adicionando complementos termogênicos, como o gengibre, o metabolismo é favorecido e a queima de calorias pode aumentar também.
Sem muitos segredos, produzir alguns litros probióticos de kombucha é uma tarefa simples — basta uma base de chá preferencialmente verde ou preto, açúcar, recipientes e o Scoby. Saiba mais sobre cada componente:
Os chás são a base da bebida, que tradicionalmente podem ser o preto, o verde ou o mate. Conforme o kombuchá se populariza, outras bases vão sendo testadas e usadas, como o chá de hibisco, erva-doce e chá branco.
Ricos em algumas propriedades, como polifenóis (catequinas ou taninos), que têm efeito antioxidante, além de alguns nutrientes como magnésio, potássio e ácido fólico, os chás fazem parte da cultura alimentar de diversas sociedades.
Além disso, auxiliam a compor o sabor e a coloração do kombucha, podendo ser escolhidos conforme a preferência de acidez, intensidade e doçura da bebida.
Os açúcares funcionam como alimento às bactérias. Podem ser utilizados açúcares branco, orgânico, demerara ou cristal, que vão interferir no sabor, aroma e coloração também.
Em geral, pode-se escolher o açúcar de acordo com as propriedades e características — lembrando que o refinado e o cristal são mais processados e calóricos, enquanto os orgânicos e mascavo são mais naturais e preservam propriedades nutricionais.
É possível usar qualquer um como fermentador, mas o açúcar mascavo nem sempre se torna uma boa opção, pois pode retardar a fermentação e afetar no resultado da bebida.
Apesar de serem geralmente considerados ruins, são os açúcares branco e refinado os mais recomendados para a fermentação.
A boa notícia é que o açúcar adicionado ao chá é, em grande parte, consumido pelas bactérias. Isso significa que após a fermentação, a bebida apresenta aproximadamente apenas 5g da substância (bem menos do que os, aproximadamente, 100g recomendados à fermentação).
Lembrando que a quantidade de açúcar no produto final depende também do tempo de fermentação — quanto mais tempo o kombucha fermentar, menor o índice de açúcar e mais ácida a bebida.
Em geral, após 5 dias de fermentação, a bebida já apresenta bem menos açúcar do que refrigerantes ou chás industrializados.
Por isso, pessoas com diabetes ou com restrição à ingestão de carboidratos e açúcares, geralmente, podem beber com moderação sem que as taxas glicêmicas sejam muito afetadas.
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Além disso, há outra característica do kombucha resultante dos açúcares adicionados: álcool, que gaseifica o líquido e o deixa semelhante a um refrigerante.
Ainda que ele não seja adicionado ao preparo, o álcool é resultado da fermentação, porque as leveduras se alimentam do açúcar, geram o gás dióxido de carbono e quantidades bem pequenas de álcool.
Mas calma, a bebida pode ser consumida tranquilamente, pois o teor é extremamente baixo, inferior a 0,5%, fazendo com que o kombucha não se enquadre como bebida alcóolica.
Chamado também de mãe do kombucha, o Scoby é um disco gelatinoso formado por bactérias e leveduras.
O nome é uma sigla de “symbiotic colony of bacteria and yeast” ou, em tradução livre, cultura simbiótica de bactérias e leveduras.
Com aparência transparente e consistência viscosa, a colônia é um aglomerado de microrganismos bons e funcionais, que — assim como qualquer alimento natural — pode ter sua composição variada de acordo com o local e época de produção.
Em geral, as bactérias e leveduras mais comuns presentes são Acetobacter xylinum, Acetobacter xylinoides, Acetobacter ketogenum, Saceharomycodes ludwigii, Saccharomycodes apiculatus, Schizosaccharomyces pombe, Zygosaccharomyces e Saccharomyces cerevisiae.
Esses microrganismos também são encontrados em iogurtes, leites fermentados e kefir.
Como a cultura se reproduz, o Scoby vai crescer e formar novos discos, que podem ser doados ou armazenados para novas produções de kombucha.
O starter é o líquido que vem junto com a primeira cultura do kombucha e deve ser usado em pequenas quantidades na fermentação. Sua função é auxiliar na regulação e manutenção do pH da bebida, deixando-a saudável.
Ele é indicado porque o chá recém preparado possui um pH diferente do kombucha e, portanto, adicionar o starter auxilia a regular a acidez, que favorece a fermentação.
Além disso, ao baixar o pH da base, evita-se que haja contaminação por microrganismos danosos ou indesejados, preservando o ambiente microbiótico saudável da bebida.
Para começar a produzir o kombucha em casa, é necessário conseguir um Scoby.
Em geral, as redes sociais possuem grupos de doação e troca de informações que tornam a obtenção mais fácil e rápida. Também é possível encontrar em lojas de produtos naturais ou empórios veganos, por exemplo, informações sobre doadores.
Nem sempre o Scoby vem em forma de disco — aliás, geralmente ele é apenas um pedaço pequeno, com cerca de 1g ou 2g da cultura.
Alguns vêm com uma pequena quantidade de líquido e outros vêm mais secos, mas em geral não há grande interferência no processo de fermentação.
Para começar, você precisa de:
Lembrando que, ao adquirir o Scoby mais seco (ou seja, sem a quantidade suficiente de starter), você pode seguir o processo normalmente, apenas sem adicionar o líquido ao preparo. Após a primeira fermentação, você terá produzido o seu próprio starter.
Para começar, leve a água ao fogo e adicione o açúcar até que levante fervura. É válido lembrar que se pode usar qualquer açúcar, mas que os brancos e refinados apresentam melhores resultados, pois facilitam a fermentação.
Após ferver, adicione as ervas ou saquinhos de chá, tampe a panela e deixe em infusão. Espere que a bebida fique em temperatura ambiente, deixando que esfrie naturalmente.
Se o chá foi feito com ervas soltas, é importante coar o líquido.
Colocando o chá dentro do recipiente para o kombucha, deve-se adicionar o starter e a Scoby.
Lembrando que é uma cultura de bactérias e, por isso, é fundamental que as mãos e os recipientes estejam devidamente higienizados e secos.
O disco do kombucha pode afundar, boiar ou ficar suspenso no meio do líquido — não há um comportamento padrão.
Como a fermentação precisa de oxigênio, o recipiente deve ser coberto com um pano limpo de algodão, prendendo-o com um elástico, para que não haja contaminação da bebida.
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É preciso cuidar com o manuseio e os materiais utilizados na fermentação do kombucha.
Todos os recipientes — garrafas, talheres, peneiras, potes, panos e elástico — devem ser devidamente higienizados, preferencialmente com água quente, e bem secos antes de iniciar o processo.
Opte sempre por talheres de madeira ou plástico e não use metais, aço ou inox, pois os materiais podem afetar na fermentação do líquido.
O ideal é que as garrafas sejam de vidro com tampas de alta vedação, para evitar que o gás escape e a bebida perca a gaseificação. Ao escolher o recipiente de vidro, é preciso ainda garantir que ele seja denso e resista à pressão alta, pois ele pode rachar ou explodir.
Para a primeira fermentação, é preciso esperar cerca de 7 a 14 dias. Nesse tempo, o Scoby vai crescer e se movimentar pelo recipiente, formando uma “cultura-filha”.
Lembre-se de guardá-lo em um ambiente protegido, preferencialmente escuro ou ao abrigo do sol.
Após esse período, o Scoby estará bem mais grosso e denso, devendo ser separado do líquido fermentado.
Para isso, coloque o disco em um recipiente de plástico ou vidro e cubra com cerca de 200mL do kombucha pronto.
Em geral, há quem prefira descartar o líquido da 1ª fermentação e fazer o processo novamente antes de iniciar o consumo.
No entanto, há estudos e adeptos do kombucha que utilizam a 2ª fermentação apenas para adicionar sabor à bebida, consumindo o produto da fermentação inicial.
Caso prefira descartar o primeiro processo, pode-se usá-lo como substituto do vinagre para limpeza de alimentos, por exemplo. Nesse caso, o processo reinicia com o preparo do chá e a colocação de cerca de 100mL do fermentado (starter) da primeira produção.
Caso opte por consumir o kombucha da 1ª fermentação, basta seguir o processo de saborização ou 2ª fermentação.
A 2ª fermentação pode ser realizada para adicionar sabor ao kombucha ou para quem deseja a bebida mais gaseificada.
É importante lembrar que o processo de produção de gases na 1ª fermentação também ocorreu, mas como o recipiente é tampado com um tecido, o gás consegue escapar e, por isso, resulta em um líquido mais semelhante a um suco do que a um refrigerante.
Para adicionar sabor à bebida, o ideal é fazer uma mistura na proporção de 20% do recipiente composto de suco ou frutas e o restante de kombucha. Para isso, o melhor é escolher garrafas de vidro, pois a fermentação gera gás e pode causar pressão e danos ao recipiente.
Para que a fermentação ocorra adequadamente, recomenda-se reduzir ao máximo a presença de oxigênio, por isso, sempre que possível encha o recipiente até a boca (promovendo uma fermentação anaeróbia).
Após adicionar todos os condimentos e completar a garrafa com o kombucha, vede bem a embalagem e guarde-a em um ambiente protegido da luz e sem umidade.
O kombucha deve fermentar por cerca de 3 a 7 dias, de acordo com a temperatura da região (locais mais quentes aceleram a fermentação).
Durante esse tempo, é necessário observar o processo de formação de bolhas (gases), pois garrafas de vidro não se expandem e, por isso, podem se romper ou explodir.
O tempo e o local de fermentação vão interferir diretamente no produto final, mas não há uma regra. Por isso, o ideal é se basear no sabor e consistência do último kombucha para regular a fermentação dos próximos.
De modo geral, pode-se seguir os seguintes critérios:
Mas vale lembrar que a adição de frutas, complementos e até a saúde do Scoby podem afetar no sabor e quantidade de gás da bebida.
Existem diversos modos de deixar o kombucha com um sabor especial, variando na intensidade e dando mais opções ao consumo.
Não há muitas regras na hora de escolher o que utilizar, sendo que é o paladar e a vontade que predominam na horas de testar os sabores e acrescentar ingredientes.
Alguns dos mais comuns na hora de saborizar a bebida são:
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Ao adicionar o Scoby ao chá, não se preocupe se ele afundar, boiar ou parar no meio do recipiente. De todas as maneiras, ele vai se proliferar.
O que pode acontecer é que a colônia se deposite no fundo do recipiente e, ao crescer, gere um Scoby-filho na superfície do líquido. Ou seja, haverá 2 discos após alguns dias.
Mas se ele permanecer boiando, rente à superfície, o Scoby vai apenas engrossar. Ao abrir e retirar o disco da bebida, será possível separá-los sem dificuldades.
A colônia tem uma aparência gelatinosa, transparente e puxada aos tons de creme e bege, mas bastante resistente. Ou seja, é possível manuseá-la sem medo que se rompa ou rasgue.
Mas nem sempre seu aspecto é de um disco perfeito — às vezes podem adquirir formatos e aparência um tanto estranhas.
Pontinhos ou aglomerados pretos são comuns e não representam mofo ou contaminação. Geralmente, são as leveduras que se acumulam.
Vale lembrar que conforme as fermentações vão sendo realizadas, os Scobys ficam cada vez mais uniformes e esteticamente agradáveis.
Para ter um disco sempre saudável, vale lembrar que os cuidados com a temperatura e armazenamento são indispensáveis. Apesar de não necessitar manter a scoby em geladeira, é bom evitar o calor excessivo e a exposição ao sol. Além disso, nunca a coloque no chá quente.
Para a primeira fermentação, não utilize tampas ou vede completamente o recipiente. Prefira sempre panos de algodão para que o oxigênio consiga passar.
Lembre-se de não deixar o disco seco, pois para que as bactérias fiquem vivas, elas precisam de alimento — ou seja, do chá adoçado.
E se alguma coisa der errado e sua colônia mofar, é preciso dispensá-la. O melhor é não tentar eliminar o mofo, pois pode trazer grandes riscos à saúde.
Em geral, não é preciso. Se, ao retirar o disco do líquido, você notar que as leveduras estão se acumulando, formando "remendos" transparentes no disco ou soltos na bebida, é possível lavá-lo.
O ideal é retirar anualmente as leveduras excessivas, que ficam grudadas nos discos e boiando no chá. Depois, você pode usar água filtrada ou vinagre de maçã para fazer a higienização da colônia.
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Lembrando que o procedimento deve ser feito, no máximo, 1 vez por mês e de modo sempre delicado.
Para isso, coloque o disco em um recipiente adequado (plástico ou vidro) e esguiche a água ou o vinagre, passando a mão delicadamente e removendo as leveduras.
Em geral, é bastante fácil perceber quando o kombucha ou o Scoby foram contaminados, pois o disco ou o líquido fermentado apresentam placas de mofo — semelhantes àquelas que ocorrem nas frutas ou alimentos que estragam.
Caso ocorra, o mais recomendado é iniciar uma nova cultura para que não haja riscos aos organismo.
Caso você não queira fermentar mais chá, é possível guardar o Scoby para usá-lo futuramente.
Mas vale lembrar que por se tratar de um organismo vivo, o armazenamento por tempo indeterminado pode afetar a saúde do disco.
Para guardar adequadamente, você deve colocá-lo em um recipiente de plástico ou vidro, com uma pequena quantidade do líquido fermentado ou com chá adoçado — suficiente para cobrir o disco —, vedar bem a embalagem e colocar na geladeira.
Se o tempo de armazenamento for superior a 20 dias, é recomendado trocar o líquido, pois ele é o alimento da colônia. Então, mantê-la viva depende da renovação alimentar.
Também é comum que o recipiente de plástico fique estufado ou o de vidro acumule pressão devido à produção de gás.
Por isso, o ideal é abrir o recipiente semanalmente para que os gases sejam liberados.
O consumo de kombucha pode ser puro — após fermentar, é possível bebê-lo diretamente, sem saborizar — ou a partir da 2ª fermentação, em que geralmente se adicionam sabores.
Não há horário certo para consumo, mas em jejum, 15 minutos antes das refeições, a bebida pode trazer mais benefícios ao intestino.
Lembrando que o kombucha não é um remédio, mas sim um alimento funcional. Por isso, seu consumo é, em geral, bem tolerado por qualquer pessoa, desde que não haja alergias alimentares ou problemas intestinais relacionados os alimentos probióticos.
A quantidade diária ideal é bastante relativa, até porque há quem beba somente pelo prazer e pelo sabor — um substituto mais saudável ao refrigerante — ou quem queira os benefícios do produto.
Nesse segundo caso, o mais indicado é começar uma ingestão diária de cerca de 150mL por dia, até que o organismo sinta os efeitos e se adapte à ação probiótica do kombucha.
Após 1 semana — se houver boa adaptação ao produto — a quantidade diária pode ser gradualmente aumentada.
É importante observar os efeitos, como as idas ao banheiro ou as mudanças no ritmo intestinal. Caso haja desconforto, não se deve aumentar o consumo, e em casos de reações adversas, o melhor é suspender a ingestão.
Em geral, não se deve ultrapassar 3 copos de até 200mL por dia, pois tudo — inclusive os alimentos — devem ser ingeridos com moderação.
Apesar do líquido ser benéfico, é necessário introduzir o kombucha como um complemento, não esquecendo de ingerir os 2 litros de água por dia e manter os cuidados com as demais refeições.
Após a fermentação, é possível armazenar a bebida e consumi-la diariamente. Para isso, é importante utilizar recipientes e utensílios de plástico e vidro que possam ser vedados ou devidamente tampados, evitando qualquer contato com áreas de metal, aço ou ferro.
Deve-se guardar a bebida na geladeira, podendo consumi-la por até 1 mês. Porém, vale lembrar que o kombucha mantém as bactérias vivas e, por isso, continua fermentando, fazendo com que o sabor sofra leves alterações, ficando mais ácido (semelhante ao vinagre).
Em geral, a bebida é bem tolerada pela maioria das pessoas saudáveis, mas podem haver contraindicações ou sensibilidade às propriedades.
Entre as pessoas que precisam buscar orientação profissional ou não recomendadas ao consumo do kombucha estão:
Além disso, pacientes pós operados ou em processo de recuperação podem ficar mais suscetíveis à infecções decorrentes do consumo de kombucha, sobretudo quando feita artesanalmente e sem avaliação de órgãos sanitários.
Lembrando que pacientes que fazem uso de medicamentos contínuos devem sempre conversar com um profissional antes de introduzir alimentos, suplementos ou vitaminas na rotina.
A bebida é versátil e pode ser tomada pura ou saborizada. Abaixo algumas dicas de receitas para dar mais variedade à alimentação:
Disponha o sorvete em um pote ou recipiente, adicione o kombucha gelado e sirva em seguida.
Para preparar uma bebida capaz de acelerar o metabolismo e dar mais leveza à alimentação, você precisa de:
Para preparar o kombucha detox basta bater a maçã, a couve, o gengibre e a água no liquidificador até obter uma mistura homogênea.
Depois, basta misturar com o kombucha, colocar em uma garrafa vedada e deixar fermentando por 24 horas. Após esse tempo, leve à geladeira e consuma diariamente.
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Mojito é uma bebida tradicionalmente alcóolica, que leva limão e hortelã no preparo. Você pode fazer um versão natural e saudável, que fica bastante refrescante:
Prepare o suco de limão até obter 50mL do concentrado. Coloque em um recipiente as rodelas de limão, o suco concentrado, as folhas de hortelã e o kombucha, feche e deixe fermentar por cerca de 24 horas. Sirva gelado.
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É possível encontrar a bebida pronta para o consumo em lojas e empórios de produtos naturais ou mercados.
Em geral, ela é comercializada em garrafinhas pequenas, de 330mL, com diversidade de sabores e cores.
A faixa de preço depende principalmente da marca, que pode ser a partir de R$ 8, chegando a R$ 25 por garrafinha.
Para quem deseja produzir em casa a própria bebida, é necessário adquirir o Scoby. Em geral, em redes sociais, grupos de trocas e nas próprias lojas é possível encontrar doadores.
Em alguns locais, pode-se encontrar os scobys para venda, que são comercializados entre R$ 25 e R$ 50.
Buscando novas formas de se alimentar e promover melhorias à saúde, o mercado e os consumidores investem em alimentos funcionais, como o kombucha.
Conquistando cada vez mais espaço, o produto pode ser encontrado em lojas — pronto para consumir — ou pode ser produzido em casa — tornando a relação com o alimento mais artesanal.
Para saber mais dicas de alimentação e bem-estar, fique de olho no Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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