Saúde

Catapora (bebê, adulto): como pega? Veja como é o tratamento

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 22/10/2018Última atualização: 04/04/2024
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 22/10/2018Última atualização: 04/04/2024
Foto de uma criança com catapora.A catapora é uma condição que ocorre comumente em crianças, embora seja uma doença que pode afetar indivíduos de qualquer faixa etária.
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A catapora, doença conhecida também por varicela, é uma infecção primária causada pelo vírus varicela-zóster. É uma doença caracterizada pelas lesões que provoca na pele e por sua alta taxa de transmissibilidade. 

No Código Internacional de Doenças (CID 10), a catapora (varicela) pode ser encontrada pelo código B01.9. 

Continue leitura e descubra como se prevenir.Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:

  1. Causas
  2. Como acontece a transmissão?
  3. Grupos e fatores de risco
  4. Sintomas
  5. Catapora na gravidez
  6. Diagnóstico
  7. Catapora tem cura?
  8. Tratamentos
  9. Convivendo
  10. Prognóstico
  11. Complicações
  12. Como prevenir?
  13. Vacina contra catapora
  14. Perguntas frequentes

O que é a catapora?

É uma condição bastante frequente em crianças, apesar de ser uma doença que pode acontecer em qualquer idade. Normalmente, uma vez infectado, o paciente se torna imune ao vírus.

Em crianças saudáveis, é uma doença considerada autolimitada e com prognóstico benigno. Em adultos, por outro lado, pode se manifestar de forma mais intensa e com maiores complicações.

A doença se torna um risco maior em adultos justamente por apresentarem um sistema imunológico completo. Dessa forma, quando infectado pelo vírus, o organismo produz uma resposta inflamatória mais grave ou mais intensa, o que resulta no surgimento de sintomas mais intensos e persistentes.

A melhor forma de prevenção contra a catapora se dá pela vacinação e evitando o contato com pessoas que estão infectadas. 

Sendo assim, as principais características da infecção são a manifestação de erupções cutâneas, coceira, febre e cansaço. Para esse sintomas, o tratamento é inespecífico, realizado apenas para amenizar os sintomas até a remissão total.

Até que a última lesão na pele esteja cicatrizada, o paciente ainda pode transmitir a doença. Por isso, para conter a disseminação, ele não deve frequentar aulas, trabalho e ambientes com circulação de pessoas.

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Causas

A catapora é causada pelo contato com o vírus varicela-zóster, vírus que faz parte da família Herpesviridae, na qual pertencem também os vírus da herpes genital e labial.

Ao entrar no organismo, o microrganismo provoca uma infecção nos nervos e manifesta diversos sintomas no paciente. Conhecido também por nomes como vírus da catapora, vírus da varicela, herpesvírus humano tipo 3 (HHV-3) e vírus zoster, é capaz de afetar apenas os humanos e pode se manifestar no paciente infectado de duas diferentes formas.

Na infecção primária, mais comum durante a infância, provoca a catapora. Quando permanece em estado de latência (inativo) nos nervos, pode tardiamente “despertar” causando no paciente a herpes-zóster.

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Como acontece a transmissão?

A transmissão da catapora acontece principalmente pelo contato com partículas do vírus que se espalham pelo ar, durante tosses ou espirros, mas também pelo contato direto com o líquido presente nas vesículas e mucosas na pele do paciente.

Sendo contagiosa também pelo contato com a saliva, por isso, deve-se evitar o compartilhamento de objetos pessoais como copos, pratos, talheres e outros pertences.

O período de incubação do vírus dura, em média, 15 dias, e a manifestação dos sintomas pode levar entre 10 a 22 dias após o contato inicial com o agente. 

No entanto, se o indivíduo pode começar a transmitir a doença dentro de 1 ou 2 dias antes do aparecimento das lesões na pele até a cicatrização completa da última vesícula.

Grupos e fatores de risco

A catapora é uma doença mais frequente em crianças de 1 a 10 anos de idade, mas pode acontecer também durante a fase adulta, geralmente de uma forma mais grave do que a que ocorre na infância.

Muitos fatores favorecem para que ela seja mais comum durante a infância, considerando que alguns dos fatores de risco para a transmissão incluem a permanência em lugares fechados e com aglomeração, como salas de aulas e creches.

Além disso, a doença também se torna mais frequente durante o inverno e início de primavera, estações em que as pessoas tendem a manter as janelas mais fechadas, deixando os ambientes com pouca ventilação.

Outros grupos de risco incluem as pessoas que nunca tiveram a doença e as pessoas que não podem receber a vacina, como imunodeprimidos (pacientes portadores do HIV/AIDS e em tratamentos de câncer) e grávidas.

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Sintomas

Os sintomas da catapora normalmente se manifestam no paciente entre 10 e 22 dias após a contaminação, sendo o sintoma mais característico da doença a presença de lesões na pele, que podem causar grande desconforto e coceira.

A divisão dos sintomas pode ser feita de duas formas, incluindo os sintomas inespecíficos para o diagnóstico, que normalmente são os primeiros sinais a surgirem, e as lesões cutâneas.

Durante o período em que os sintomas permanecem, que normalmente duram entre 7 e 10 dias, recomenda-se que o paciente não vá aos compromissos do dia a dia para não transmitir a doença, logo que a doença é facilmente transmissível enquanto há feridas (vesículas) na pele.

Sintomas iniciais

Possivelmente, o primeiro sinal da catapora a surgir seja a febre, que pode chegar até 39,5ºC. É capaz de sentir mal-estar, cansaço, dor de cabeça, vômito e perda de apetite.

Estes sintomas podem ser persistentes por algumas horas ou dias, sendo mais comum quando a infecção acontece em adultos. 

Em crianças saudáveis, geralmente os primeiros sintomas da catapora são as próprias erupções cutâneas, com febre moderada durante os primeiros 2 ou 3 dias e sintomas inespecíficos para o diagnóstico.

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Sintomas cutâneos

As erupções cutâneas causadas pela catapora costumam se distribuir pelo centro do corpo (distribuição centrípeta), surgindo inicialmente na face, tronco e couro cabeludo.

Essas lesões se manifestam, em um primeiro momento, como manchas (máculas) e evoluem para pápulas, vesículas, pústulas (bolhas) cheias de líquido, que estouram e formam as crostas. 

É geralmente durante a cicatrização dessas feridas que a coceira se torna ainda mais intensa. Esse período, entre o surgimento dos sintomas inespecíficos até a cicatrização de todas as lesões na pele, pode demorar até 2 semanas.

A quantidade de feridas na pele e a região do corpo afetada podem variar, então, alguns pacientes apresentam mais que outros e em lugares diferentes, podendo ocorrer também nas mucosas da região genital e da boca.

Geralmente, são lesões que não apresentam um grande risco à saúde, a menos que a pessoa fique exposta a outros agentes infecciosos.

Com essa exceção, o maior prejuízo associado às lesões é o desconforto e a coceira que podem provocar, tornando as crianças, principalmente, mais irritadas e impacientes com a condição.

Leia mais: Coceira: descubra quais as causas e por que feridas coçam 

Catapora na gravidez

A catapora quando ocorre em pessoas saudáveis, principalmente se for na infância, é considerada uma doença sem grandes riscos. Contudo, durante a gestação, a infecção é uma ameaça à saúde do bebê.

De acordo com o período de gestação, os riscos se alternam. Quando a infecção acontece ainda entre o primeiro ou segundo trimestre da gestação, por exemplo, há uma maior possibilidade de ocorrer má formação do feto ou, mais raramente, aborto.

Quando o bebê é afetado pela varicela, caracteriza-se um quadro de síndrome de varicela congênita. Entre as complicações para a criança estão malformação das extremidades, baixo peso, microftalmia (dimensões reduzidas de um ou dos dois olhos), catarata, cicatrizes cutâneas e retardo mental.

A catapora se torna um risco ainda maior considerando o fato das grávidas não poderem receber a vacina durante esse período. 

Então, para evitar esse tipo de complicação, as gestantes que não receberam a vacina ou que não são imunes por já terem sofrido com a catapora em outro momento, podem receber a imunoglobulina humana (anticorpos) contra o vírus varicela-zóster nos Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIEs).

Esses centros são focados na imunização personalizada de pacientes em condição especial de saúde, como as gestantes ou imunodeprimidos, que não podem receber vacinas estipuladas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Para receber a imunoglobulina humana, as gestantes precisam apresentar a prescrição médica e relatório clínico confirmando a necessidade desse tratamento preventivo.

Os principais sintomas da catapora na gravidez são a presença de urticárias na região superior do corpo e do rosto, que podem se espalhar dentro de poucas horas para o restante do corpo. 

Outros sintomas comuns incluem febre, coceira, diarreia, vômito e dor de cabeça. Ao notar esses ou outros sintomas, a gestante deve procurar imediatamente um médico. A melhor forma de se prevenir contra a catapora na gestação é evitando o contato com pacientes infectados.

Leia mais: Remédios para Ameaça de Aborto com Menor Preço | CR 

Diagnóstico

As erupções cutâneas da varicela constituem um marcante aspecto, começando como pequenas manchas vermelhas que rapidamente evoluem para vesículas, que são pequenas bolhas preenchidas de fluido. Essa manifestação é altamente distintiva, frequentemente permitindo que profissionais médicos estabeleçam o diagnóstico clínico.

Além disso, os sintomas são cuidadosamente avaliados, abrangendo febre, sensação de mal-estar, cefaléia e perda de apetite.

Também é de considerar a história de exposições, incluindo se o paciente já enfrentou infecção prévia ou entrou em contato com alguém afetado pela doença.

Normalmente, é realizado por um médico clínico geral, infectologista e pediatra. Ainda que não seja o mais comum, o médico pode pedir também um exame de sangue para confirmar a infecção pelo vírus.

A realização de testes laboratoriais é uma ocorrência rara, reservada para situações em que o diagnóstico não é evidente ou quando a varicela necessita ser discriminada de outras condições dermatológicas que provocam erupções semelhantes. 

Com uma coleta comum de sangue, o laboratório investiga a presença de anticorpos IgM (teste para descobrir se o indivíduo possui o antígeno da doença no momento) específicos da varicela-zóster. 

Nestas circunstâncias, o médico pode requisitar também a aplicação de técnicas como a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) e a Imunofluorescência Indireta (IFI).

Catapora tem cura?

Sim, a catapora é uma doença que possui remissão completa dos sintomas e, na maior parte dos casos, a pessoa se torna imune e não volta a ter uma nova infecção e manifestação da catapora.

Tratamentos

Criança loira de tratando da catapora.

O tratamento da catapora, em pessoas saudáveis, é feito para amenizar os sintomas. Por ser uma doença autolimitada — isto é, uma doença que possui um determinado período para acabar —  e com complicações pouco frequentes, o tratamento visa manter sob controle os sintomas e evitar complicações até a remissão total da doença.

Para isso, o médico deverá analisar as urgências de cada paciente, podendo indicar medicamentos para aliviar a febre, a coceira e, quando há uma infecção por outros agentes como bactérias que adentram as feridas, o uso de antibióticos pode ser receitado.

Além do tratamento medicamentoso, é importante a adoção de medidas no estilo de vida, como o aumento da ingestão de líquidos para prevenir a desidratação, especialmente em crianças, evitar o ato de coçar as lesões e manter as unhas curtas pode significar diminuir o risco de infecção.

É aconselhável que os indivíduos que estejam enfrentando varicela evitem um contato próximo com outras pessoas, especialmente aquelas pertencentes a grupos de maior vulnerabilidade. Além disso, durante o período de infecção, descansar adequadamente é de extrema importância para auxiliar o corpo em seu processo de recuperação.

Embora a maioria dos casos de varicela seja de natureza autolimitada e de leve intensidade, determinadas circunstâncias podem acarretar complicações que requerem uma abordagem de tratamento mais precisa e cuidados especializados. 

Quando infecções secundárias graves, pneumonia ou encefalite se manifestam, o plano de tratamento dependerá da gravidade do caso, bem como das decisões tomadas pelo profissional de saúde responsável.

Leia mais: O que é Encefalite, tipos, tratamento, prevenção, tem cura? 

Convivendo

As pessoas com catapora, enquanto a doença não tem sua remissão por completo, podem tomar alguns cuidados básicos com as feridas e lesões. Algumas dicas podem ajudar a reduzir o desconforto e a evitar complicações, como infecções secundárias. São elas:

Mantenha as unhas limpas e bem cortadas, unhas muito compridas e com higiene inadequada podem ser responsáveis por provocar infecções secundárias, pois ao coçar as feridas, o paciente torna o próprio organismo mais exposto às bactérias presentes na unha.

Leia mais: Doenças prevenidas com higienização mãos 

Evite coçar as feridas

Pode ser muito difícil resistir à coceira durante o convívio com a catapora, pois esse é, certamente, um sintoma bastante incômodo. No entanto, é importante que os pacientes tenham em mente que a prática pode acabar tornando as feridas ainda mais graves, o que pode atrasar a cicatrização.

Usar medidas que impeçam o atrito na pele são ideais, como o uso de luvas para dormir.

Tome banhos mornos os frios

Banhos mornos ou frios podem ajudar a melhorar a sensação de coceira, principalmente durante os primeiros dias. Usar uma toalha molhada na água fria, aplicando-a nos locais das feridas que mais coçam podem minimizar a sensação de coceira.

Além de optar por roupas mais leves e confortáveis, evitar roupas justas podem tornar esse momento mais fácil, por evitar o atrito com as lesões na pele e também por evitar a transpiração excessiva, que geralmente agrava a coceira.

Cuide bem da alimentação e se mantenha hidratado

Beber água e cuidar da alimentação é importante para fortalecer o sistema imunológico, por isso é essencial escolher refeições saudáveis e nutritivas. Pessoas que apresentam feridas dentro da boca devem, ainda, evitar alimentos muito cítricos e salgados.

Catapora em bebês

Podem surgir algumas dúvidas em relação a catapora no que diz respeito ao cuidado que os pais precisam ter com as crianças e os bebês, para não pegarem a doença ou evitar que aconteça a transmissão para outros filhos, por exemplo.

Nesses casos, uma das medidas mais importantes é estar imunizado. Quando se trata de familiares que já receberam a vacina, o risco de transmissão é considerado mínimo. 

Caso ocorra o contágio mesmo após a vacinação, os sintomas da catapora costumam ser mais leves e pouco persistentes. Dessa forma, além da vacinação, outros cuidados incluem:

  • Evitar o contato com a criança infectada;
  • Fazer uso de luvas quando houver contato com a criança;
  • Utilizar máscara, pois a doença também é transmitida através da inalação (espirros e tosses, por exemplo;
  • Higienizar com maior frequência as mãos, com sabonete antisséptico e álcool.

Leia mais: Sabonete para higienizar as mãos: qual o melhor e como usar? 

Prognóstico

A catapora em crianças costuma ser considerada uma doença com prognóstico positivo, pois normalmente não causa complicações. 

De modo geral, a maioria das pessoas se recupera dentro de 1 a 2 semanas, sendo uma doença de risco apenas em pacientes adultos, indivíduos com imunidade baixa , gestantes ou pessoas que estejam em tratamento medicamentoso que torne seu sistema de defesa debilitado.

Complicações

Em pessoas saudáveis, a catapora não costuma trazer complicações, principalmente quando acomete crianças que não estão com o sistema imunológico debilitado. 

Em adultos, apesar de ser uma condição pouco frequente, costuma ser mais grave. Nesses casos, a febre é prolongada e mais elevada, as lesões de pele (erupções) ocorrem em maior quantidade, assim como os outros sintomas se tornam mais intensos.

No entanto, o maior risco durante um quadro de catapora consiste na possibilidade de infecções secundárias. As principais complicações observadas são:

Ataxia cerebelar aguda

Essa é uma síndrome inflamatória caracterizada pela disfunção do cerebelo, parte do cérebro responsável por funções como controle dos movimentos voluntários, do tônus muscular, do equilíbrio e da aprendizagem, por exemplo.

Os sintomas nessa condição variam para cada paciente, podendo ocorrer febre alta, tremor, movimentos oculares espontâneos, movimentos descoordenados dos membros e pescoço, alteração de consciência, náuseas, vômitos e cefaleia.

Trombocitopenia

A trombocitopenia é uma doença em que ocorre uma deficiência no número de plaquetas (trombócitos) no sangue, células importantes para a coagulação e estancamento sanguíneo.

Essa insuficiência de trombócitos pode causar sangramentos leves ou graves, provocando hemorragias externas ou internas.

Leia mais: Trombocitopenia: tem cura? Veja causas, tratamento, sintomas 

Infecção fetal durante a gestação

A catapora é uma doença problemática para gestantes. Nos primeiros meses de gestação, a infecção representa um maior risco de malformação para o feto e após o 5º mês de gestação um risco para parto prematuro. 

Além disso, quando ocorre a infecção fetal, a doença costuma ser mais grave.

Infecção bacteriana secundária

As infecções bacterianas secundárias são um dos riscos mais frequentes em pacientes com catapora. Acontece, normalmente, quando outros agentes infecciosos invadem o organismo através das lesões (erupções de pele).

É comum acontecer ao coçar as feridas e impedir a cicatrização, deixando-as abertas e suscetíveis à infecção secundária. Se espalhando através da corrente sanguínea, infectando órgãos específicos (como o pulmão) ou causando uma sepse, isto é, uma infecção generalizada.

Esse tipo de infecção secundária pode causar pneumonia bacteriana, sendo mais comum em crianças com idade inferior a 1 ano.

Algumas das infecções mais frequentes incluem:

  • Erisipela (inflamação da pele que causar vermelhidão, feridas e dor);
  • Artrite (inflamação das articulações);
  • Endocardite (inflamação das paredes do coração);
  • Glomerulonefrite (inflamação que acomete os rins);
  • Celulite (inflamação de camadas mais profundas da pele);
  • Impetigo (infecção bacteriana da camada mais superficial da pele);
  • Síndrome de Reye.

Cicatrizes

A catapora pode causar cicatrizes elevadas na pele (quelóides), atróficas ou deprimidas. Não é uma complicação recorrente em todas as pessoas que tiveram catapora, pois está relacionada à gravidade do quadro e à predisposição do paciente em desenvolver cicatrizes.

Como prevenir?

A principal forma de se prevenir contra a catapora é através da vacinação. É importante que as pessoas saibam quando as doses devem ser aplicadas e que os pais ou responsáveis se certifiquem de que a criança tenha o seu Calendário de Vacinação em dia.

Além da vacina, outra medida é evitar ao máximo o contato com pacientes infectados. 

Pessoas próximas ao paciente que nunca tiveram a doença devem evitar a aproximação, pois o vírus varicela-zóster pode ser transmitido através do contato com o líquido das bolhas que surgem na pele do paciente, ou também pelo ar, por gotículas de saliva ao tossir ou espirrar.

O compartilhamento de objetos pessoais também não deve ser feito, como dividir copos, talheres e pratos.

Vacina contra catapora

A vacinação é uma das formas mais eficazes de se proteger contra inúmeras doenças, o mesmo acontece quando se trata da catapora.

Há duas diferentes formas de imunização a partir disso, uma feita com a vacina exclusivamente produzida contra o vírus varicela-zóster, que utiliza o vírus vivo atenuado e, a outra, feita a partir da vacina tetra viral (que é a combinação atenuada dos vírus causadores de sarampo, caxumba, rubéola e varicela).

A vacina isolada da catapora só está disponível na rede privada de saúde, enquanto a tetra viral é oferecida gratuitamente a todas as crianças em idade de vacinação. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o recomendável são duas doses da vacina varicela, sendo a primeira administrada com 12 meses e a segunda entre 15 e 24 meses de idade.

Como a idade prevista para a segunda dose da vacina varicela coincide com a época da vacina tetra viral (SCR-V), somente a imunização com a tetraviral se faz necessária.

Leia mais: Vacina Contra Varicela: menor preço e entrega rápida, compre online | CR 

Perguntas frequentes

Posso pegar catapora mais de uma vez?

Apesar de raro pode ocorrer uma reativação do vírus, que fica “inativo” ou em período de latência no organismo. Se houver uma queda intensa da imunidade, pode ocorrer um favorecimento para a doença reincidir (herpes-zoster)

Como pega catapora?

A catapora se pega ao ter contato com pessoas que estão contaminadas, sendo a transmissão feita através da saliva, objetos contaminados, espirro, tosse e entrando em contato com o líquido presente nas bolhas.

Qual o período de incubação da varicela?

O vírus varicela-zóster, causador da doença conhecida como Catapora, possui um período de incubação que varia de 4 a 16 dias. Durante esse intervalo, mesmo sem sinais visíveis da doença, a pessoa exposta ao vírus está silenciosamente enfrentando sua multiplicação interna.

Esse processo tem início aproximadamente de 1 a 2 dias antes do surgimento das distintas lesões cutâneas e persiste até cerca de 6 dias após, quando todas essas lesões evoluem para a fase de crostas.

Isso implica que a transmissão pode ocorrer antes mesmo do aparecimento das vesículas, as bolhas preenchidas de líquido características da varicela, e continua até que todas essas vesículas tenham se transformado em crostas.

Qual o período de transmissão da catapora?

O tempo de incubação do vírus, geralmente, é de 4 a 16 dias, mas o período de transmissão ocorre entre 1 e 2 dias antes do surgimento das feridas e até 6 dias depois, até que todas as lesões sejam cicatrizadas. 

Nesse período, o paciente deve evitar o contato com outras pessoas, pelo alto risco de transmissão.

Catapora na gravidez é grave?

A catapora durante a gestação pode ser grave, sendo mais problemático quando a infecção acontece entre os 5 dias antes do parto. Nesse período, as chances do bebê desenvolver a doença é maior.

Em outros estágios da gestação, os riscos observados incluem a chance da criança nascer com baixo peso, malformação de pernas e braços ou cérebro. Por esses motivos e pela impossibilidade da gestante receber a vacina, o cuidado deve ser redobrado.


A catapora é uma condição bastante comum na infância, mas que pode acontecer em qualquer faixa etária. Seus sintomas podem ser bastante incômodos e desagradáveis, mas que, felizmente, podem ser tratados e amenizados.

Além disso, é uma doença que costuma ter sua remissão dentro de 1 a 2 semanas, sem deixar complicações. Buscamos esclarecer neste artigo como a catapora afeta as pessoas, seus riscos e complicações. 

Compartilhe essas informações para que mais pessoas possam conhecer sobre essa condição e continue acompanhando as redes do Minuto Saudável.


Fontes consultadas

  1. Catapora — Sociedade Brasileira de Dermatologia;
  2. PROTOCOLO ESTADUAL DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA VARICELA 5ª VERSÃO — Ministério da Saúde;
  3. Catapora: O que é, Cuidados, Vacina e Mais — Hermes Pardini. 
  4. Catapora (Varicela) — Ministério da Saúde.
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Este artigo foi escrito por:

Dr. Paulo Caproni

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Kayo Vinicius Ferreira Forte

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