A rubéola ou “sarampo alemão” é uma virose contagiosa que provoca febre e erupções vermelhas na pele. Também chamadas de rash, as manchas costumam surgir na face e atrás da orelha, antes de se espalharem pelo corpo todo.
A doença normalmente ocorre na infância, entre os cinco e nove anos, mas pode acometer adultos não vacinados ou que nunca tiveram rubéola. A virose surge apenas uma vez na vida e costuma ser benigna mas, se adquirida na gravidez, pode gerar deformações no feto e até aborto.
O homem é o único hospedeiro deste vírus, que tem se tornado incomum com os anos. No Brasil, por exemplo, os casos pararam de ocorrer em 2009.
Doenças similares à rubéola são: sarampo, varicela, eritema infeccioso e roséola.
Durante a gestação, a rubéola apresenta mais riscos, pois pode afetar o corpo do bebê ainda em desenvolvimento. Além disso, aumentam as chances de aborto espontâneo.
As mulheres que planejam engravidar devem verificar com seu médico, antes da gestação, se estão vacinadas.
A recomendação para gestantes é de que não tomem a vacina, pois ela possui o vírus vivo atenuado, possibilitando o risco de infecção fetal. Porém, muitas das que foram vacinadas inadvertidamente demonstraram resultados inesperados, em que a maioria dos bebês nasceu saudável. Portanto, uma gestante que foi vacinada inadvertidamente não precisa interromper a gravidez.
Nosso país está livre da doença. Em 2015 o Brasil recebeu o Certificado de Eliminação da Rubéola, uma vez que não houveram ocorrências de transmissão da virose por 5 anos consecutivos.
Mesmo assim, a caxumba e o sarampo têm voltado a afetar a população desde 2016, o que pode ser um indício do retorno da rubéola. O fluxo de turistas no Brasil também pode trazer a doença de volta, assim como a falta de imunização/vacinação.
Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
A rubéola é causada pelo Rubella vírus, um vírus do gênero Rubivirus. É transmitida pelas vias respiratórias, por meio de tosse, espirro, talheres, beijos e qualquer contato com a saliva ou com o ar contaminado.
A pessoa contaminada pode transmitir a virose mesmo antes de saber que a possui, pois os sintomas levam até uma semana para aparecer.
No caso da rubéola congênita a transmissão é da mãe para o feto e, após nascer, a criança poderá transmitir o vírus até completar 1 ano de idade.
A incubação dura de 12 a 23 dias (aproximadamente) e o contágio costuma ser mais forte nos 7 dias anteriores e nos 7 dias posteriores ao surgimento das manchas.
O vírus invade o organismo por meio das vias aéreas e, em torno de uma semana, já contaminou todo o corpo. O rash cutâneo surge 3 ou 5 dias após o contágio, e dura cerca de 3 dias na pele. A doença deixa de ser contagiosa após uma semana do surgimento das manchas.
Não tomar a vacina contra a doença (principalmente no caso de gestantes ou mulheres que pretendem engravidar) e estar em contato com pessoas contaminadas ou com os pertences dela são fatores de risco, os quais aumentam as chances de contrair a doença.
Os sintomas da rubéola costumam ser parecidos com os de uma gripe e surgem cerca de 18 dias após o contágio. Entre eles, estão:
Os sintomas da doença demoram a aparecer e, algumas vezes, nem aparecem. Mesmo assim, nos casos em que os sintomas surgem, as pessoas infectadas melhoram em torno de 2 a 3 dias. As manchas costumam desaparecer rapidamente, enquanto as dores articulares podem durar algum tempo, tendo duração menor nas crianças.
Busque ajuda médica sempre que apresentar os sintomas citados anteriormente, ou quando for exposto à doença por meio de pessoas contaminadas.
Consulte o médico também caso suspeite estar grávida, ou planeje engravidar, pois a rubéola em sua forma congênita é muito perigosa e pode deformar o feto.
Caso não tenha tomado a vacina contra a rubéola, procure um médico. Se já tomou a vacina há muito tempo, reforce-a tomando a segunda dose.
O diagnóstico da rubéola costuma ser feito pelo quadro clínico. Cerca de 4 dias após o aparecimento das manchas, os anticorpos contra a doença são formados no corpo.
A rubéola é facilmente confundida com outras doenças, pois possui sintomas bem genéricos, como dor de cabeça e garganta, o que dificulta seu diagnóstico, que só poderá ser obtido por meio de exame sorológico. Porém, essa confirmação laboratorial nem sempre é necessária (exceto em casos de gravidez), pois a doença é leve e some sozinha em pouco tempo.
Nos casos de solicitação de exames, o médico chegará ao diagnóstico após a análise dos sintomas e a realização do exame de sangue próprio para identificação dos anticorpos lgG e lgM. Caso a pessoa não possua estes anticorpos, significa que ainda não está vacinada contra o vírus.
São dois anticorpos que interferem na rubéola: lgM e lgG. O lgM é aquele que ataca a doença, enquanto o lgG é aquele que indica que o paciente já está imunizado contra a rubéola.
Quem apresenta rubéola possui o lgM positivo, e quem já teve a doença ou foi vacinado possui o lgG, o anticorpo que fará com que a pessoa nunca mais pegue a doença.
As grávidas que tomaram a vacina ou tiveram o vírus da rubéola devem consultar um médico com urgência. Mulheres que pretendem engravidar também devem fazer os exames laboratoriais.
Para saber se o bebê foi afetado deve-se realizar o pré-natal e todos os exames necessários para checar tecidos e órgãos do feto. O ultrassom morfológico pode ser realizado entre as 18 e 22 semanas da gestação, para avaliar boa parte das malformações. Algumas delas, no entanto, só poderão ser vistas quando o bebê nascer.
É recomendada a realização do exame de sangue mensalmente, a partir do primeiro mês, até a criança completar 1 ano.
A rubéola é curável. Em geral, a doença desaparece rapidamente e não possui um tratamento específico. O foco do tratamento destina-se apenas a controlar os sintomas, amenizando-os.
Os médicos costumam recomendar a ingestão de líquidos para diminuir a tosse e hidratar o corpo. Para crianças, deve-se dar bebidas mornas com mel e limão (exceto para menores de 1 ano).
Algumas plantas e ervas podem auxiliar no tratamento da doença. São elas:
As medidas adequadas para conviver com a doença são o repouso, o uso de remédios controladores de sintomas (muitos de venda livre nas farmácias) e evitar o contato com as pessoas, prevenindo a transmissão da doença.
O paciente deve ficar isolado dos demais membros da família, assim como seus pertences devem ser mantidos à distância, evitando o risco de contaminação até que a febre e as erupções cutâneas desapareçam.
Como dito anteriormente, a rubéola não costuma gerar complicações sérias. Porém, em casos raros, o vírus pode causar encefalite viral, uma inflamação grave no cérebro, ou otite média.
A rubéola em sua forma congênita, ou seja, quando passada para o bebê, pode causar malformações no feto e, em certos casos, o aborto. Os três primeiros meses da gestação são os que oferecem maiores riscos.
A síndrome da rubéola congênita pode causar um ou mais problemas para o bebê, incluindo:
A criança também pode ter diabetes e autismo até os 4 anos de idade.
Alguns destes sintomas podem ser tratados, mas a Síndrome da Rubéola Congênita não tem cura. Portanto, o correto é prevenir antes da gravidez.
A melhor forma de prevenção da doença é por meio da vacina tríplice-viral, que protege contra rubéola, caxumba e sarampo, com 95% de eficácia.
Há ainda a tetra-viral, que também protege contra a catapora, e a dupla viral, que protege apenas contra o sarampo e a rubéola.
A vacina da rubéola costuma ser aplicada em duas doses, sendo a primeira em bebês de 12 a 15 meses e a segunda em crianças de 4 a 6 anos.
Em adultos, a vacinação é importante para evitar que mulheres contraiam a doença durante a gravidez. Após a vacinação, deve-se evitar a gravidez por até 30 dias. Mulheres grávidas não podem ser vacinadas.
Mesmo com a rubéola extinta no Brasil, devemos nos prevenir. Por isso, a vacinação é muito importante, principalmente para quem deseja engravidar. Compartilhe esse texto para que mais pessoas tenham acesso à essa informação! Em caso de dúvidas, entre em contato conosco.
Referências
http://www.mdsaude.com/2009/03/rubeola-sintomas-e-vacina.htmlhttps://www.bio.fiocruz.br/index.php/rubeola-sintomas-transmissao-e-prevencaohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rub%C3%A9olahttps://www.tuasaude.com/sintomas-de-rubeola/https://www.tuasaude.com/rubeola/http://www.infoescola.com/doencas/rubeola/https://www.tuasaude.com/rubeola-na-gravidez/https://www.tuasaude.com/rubeola-congenita/http://www.remedio-caseiro.com/remedios-caseiros-para-rubeola/https://www.tuasaude.com/tratamento-da-rubeola/http://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/rubella/basics/symptoms/con-20020067https://www.cdc.gov/rubella/pregnancy.htmlhttp://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/21071-brasil-recebe-certificado-de-eliminacao-da-rubeola-em-territorio-nacionalhttp://newsnetwork.mayoclinic.org/discussion/mayo-clinic-descubre-la-mejor-respuesta-a-la-vacuna-contra-la-rubeola-entre-afroamericanos/http://gravidez-segura.org/vacina_rubeola.phphttps://www.tuasaude.com/remedio-caseiro-para-rubeola/http://www.fotosantesedepois.com/remedio-caseiro-para-rubeola/https://www.saudedicas.com.br/remedios-caseiros/remedios-caseiros-para-a-rubeola-0753482
Rafaela Sarturi Sitiniki
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