Ainda que geralmente o termo menopausa seja usado para designar a finalização das menstruações, o período é clinicamente apenas o último sangramento menstrual. As fases que envolvem os sintomas ou a transição para a menopausa são divididas em:
Pré-menopausa
Em geral, ocorre entre os 35 e 48 anos, mas o período ainda gera debates entre os especialistas que nem sempre concordam com essa idade.
As taxas de estrogênio e progesterona começam a sofrer alterações, ainda que nem sempre perceptíveis.
A característica mais marcante da pré-menopausa é efetivamente a queda na fertilidade, que pode reduzir para 20% após a faixa de idade entre 35 e 40 anos.
Ou seja, a pré-menopausa é uma fase que pode começar bem cedo e que poucas mulheres, de fato, sentem a chegada, pois é geralmente marcado por uma sutil redução hormonal, sem grandes sintomas ao organismo — diferente do climatério, mais comum e mais relatado pelas mulheres.
Perimenopausa (climatério)
A perimenopausa, ou conhecida, de modo mais popular, como climatério, em geral, começa entre os 45 e 50 anos, sendo que essa é a fase de transição para a menopausa (peri = em torno). Também é o período em que os sintomas relacionados ao fim da menstruação estão mais presentes e acentuados.
Para a maioria das mulheres, a perimenopausa começa cerca de 2 anos antes da última menstruação e se estende até 1 anos após ela.
Os níveis de estrogênio antes da menopausa estão em queda, mas de forma bastante irregular. Inclusive, é possível que eles se elevem mais do que em períodos anteriores.
Nessa fase, ondas de calor (chamadas de fogachos), suor excessivo, irregularidades no ciclo menstrual, mudanças de humor (irritabilidade, ansiedade e depressão) começam a se manifestar com mais intensidade e, em geral, tendem a ficar cada vez mais acentuados até ocorrer a menopausa.
Além disso, podem ocorrer:
- Amenorreia: ausência de menstruação ou irregularidades menstruais;
- Perturbações vasomotoras: calores, calafrios e suores noturnos;
- Alterações do sono;
- Irritabilidade, angústia e estados depressivos.
Mas vale ressaltar que cada organismo é único e que há manifestações diversas, incluindo nenhuma percepção sintomática para algumas mulheres.
Menopausa
É, de fato, a última menstruação. No entanto, apenas após 1 ano é possível determinar que o sangramento foi a menopausa. Portanto, ela é, na verdade, um evento bastante pontual.
Uma margem ampla considera que a menopausa ocorre entre 45 e 55 anos, mas a média das brasileiras fica em 51 anos.
Aproximadamente 5% das mulheres sofre a menopausa tardia, que acontece após os 55 anos, e outros 5% das mulheres vivencia a menopausa precoce, que ocorre antes dos 45 anos.
Clinicamente, a menopausa natural é caracterizada por amenorreia (ausência de menstruação) por 12 meses em mulheres acima de 45 anos, com taxas hormonais do hormônio folículo estimulante elevadas e estrogênio gradualmente menores.
Mas as taxas de estrogênio nem sempre são marcas do período, logo que a redução é gradual e nem sempre regular, podendo demorar alguns meses para se estabilizar e demonstrar taxas constantemente baixas.
Pós-menopausa
A pós-menopausa vai da última menstruação até os 65 anos, quando a mulher atinge a terceira idade. No entanto, após a menopausa, por aproximadamente 1 ano, a paciente se encontra ainda na perimenopausa, sendo que as fases ocorrem juntas.
Sinais de irritação na região íntima, mucosas ressecadas, infecções e incontinência urinárias, redução de interesse sexual, dificuldade de lubrificação vaginal, dores e desconforto durante o sexo tendem a ocorrer com mais predominância nessa fase.
É nesse período que as manifestações tardias tendem a aparecer. Entre elas:
- Alterações na pele: rugas, perda de elasticidade e da resistência da pele;
- Problemas íntimos: secura vaginal, infecções, irritação e dificuldade de lubrificação;
- Disfunções urinárias: cistite e incontinência urinária;
- Problemas neuromentais: aumento do risco das doenças de Alzheimer, AVC, déficit de concentração, dificuldade de concentração e redução da memória;
- Doenças cardiovasculares: aumento de risco de enfarte agudo do miocárdio;
- Disfunções ósseas: maiores riscos de osteoporose.
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