A vacina contra o HPV é a forma mais eficaz de prevenção contra o vírus do papilomavírus humano (human papiloma vírus), responsável por provocar verrugas genitais e complicações como o câncer do colo do útero e outros tipos de câncer.
Existem três tipos disponíveis de vacinas desenvolvidas para prevenção contra os principais subtipos do vírus e todas são aplicadas em forma de injeção por via intramuscular, no braço, e estão presentes no Calendário Nacional de Vacinação.
As campanhas, que anteriormente não incluíam os meninos como público-alvo, agora são focadas em meninas e meninos de 9 a 14 anos. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos, incluindo-os dentro de programas nacionais de vacinação.
Essa mudança tem como objetivo tentar evitar também os números relevantes de casos de câncer peniano e retal causados pelo HPV.
No caso das meninas, a preocupação em relação ao câncer cervical (câncer do colo do útero) é um dos principais motivos da campanha de vacinação. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), esse câncer é o quarto mais comum em mulheres no mundo.
O câncer cervical tira a vida de mais de 300.000 mulheres a cada ano em todo o globo, sendo atualmente a quarta forma mais frequente de câncer entre o sexo feminino. No Brasil, esse tipo de câncer é o terceiro mais frequente em mulheres.
O HPV também está associado a 90% dos casos de câncer anal, 71% dos casos de câncer de vulva e de pênis, e é responsável por 72% dos casos de cânceres de orofaringe.
O tipo de vacina oferecida pelo SUS, de forma gratuita, é a vacina quadrivalente. Ela é capaz de proteger contra os 4 tipos mais comuns do vírus HPV que circulam no país.
Sabe-se que a vacina é capaz de oferecer proteção duradoura, de até 10 anos. Sua aplicação é dividida em 2 a 3 doses, variando de acordo com a idade e condição específica de cada pessoa. Para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, a vacina é aplicada pelo SUS.
Pessoas com condições particulares, tais como aqueles que são portadores do vírus HIV, pacientes em tratamento contra o câncer, e aqueles que passaram por transplantes, também têm a recomendação de receber a vacina conforme o Calendário Nacional de Vacinação.
No caso dos homens, a faixa etária abrange dos 9 aos 26 anos, enquanto para as mulheres, a vacinação é indicada dos 9 aos 45 anos.
Em clínicas particulares, a vacina é aplicada em homens e mulheres a partir de 9 anos, pois é uma fase em que a resposta às vacinas é muito alta e corresponde, na maioria, a uma fase em que as pessoas ainda não tiveram contato com o vírus.
Continue a leitura e esclareça outras dúvidas sobre a vacina!
Índice - neste artigo você encontrará as seguintes informações:
O HPV (human papiloma virus, em inglês) é uma infecção sexualmente transmissível causada pelo vírus do papiloma humano. É responsável por infectar cerca de 80% das pessoas sexualmente ativas, afetando as mucosas da região genital, oral e anal.
Existem mais de 150 tipos de variações deste vírus, sendo a maioria associados a lesões benignas. Contudo, há 12 subtipos relacionados a complicações graves, como o câncer no colo do útero, orofaringe, câncer reto-anal e de pênis.
Os 12 subtipos de HPV considerados cancerígenos são os HPV 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 56, 58 e 59. A forma mais comum de transmissão do vírus acontece durante relações sexuais desprotegidas, podendo ser transmitida pelo contato oral-genital e genital-genital.
A transmissão ocorre pelo contato com as mucosas, mesmo quando não há penetração. Por isso, ainda que o uso de preservativos seja feito, não significa que o risco de contaminação esteja eliminado.
Dependendo do tipo do vírus que tenha infectado o paciente, os sintomas podem ser diferentes, podendo causar verrugas em várias partes do corpo.
O HPV pode ser diagnosticado por um médico ginecologista, urologista, infectologista, dermatologista ou clínico geral. Em alguns casos, os pacientes portadores do vírus não chegam a receber o diagnóstico, pois não é sempre que a infecção manifesta sintomas.
Em casos mais graves, o HPV provoca cânceres genitais que, para ser diagnosticado, é necessário exames laboratoriais, tais como a biópsia de tecidos com suspeita de infecção, teste genético PCR, papanicolau e colposcopia (exame de aplicação de ácido no colo do útero para identificar tumores).
O HPV é uma doença que não possui cura clínica, mas pode possuir cura espontânea em alguns casos, quando o sistema imunológico do paciente é capaz de eliminar o vírus sozinho.
Durante esse período, o vírus tenta se reproduzir e é nesse momento que o sistema imunológico pode vencê-lo. Além disso, essa doença pode ser tratada e prevenida. A principal forma de prevenção é a vacina.
A vacina previne a infecção causada pelos principais subtipos do vírus HPV, pois é capaz de induzir a produção de anticorpos através do uso de um pseudo-vírus. Não é usada como tratamento, por isso deve ser aplicada de acordo com o calendário de vacinação.
É uma vacina considerada segura e com um risco pequeno de efeitos colaterais. Por não ser produzida com o vírus, mas sim com uma espécie de cópia do vírus HPV criada através de um fungo, não oferece também nenhum risco de provocar uma infecção.
Existem 3 tipos principais de vacinas profiláticas contra o HPV, sendo elas as vacinas bivalente, quadrivalente e nonavalente. Esse tipo de vacina tem ação ao estimular uma resposta imunológica no organismo com base no contato com partículas semelhantes ao vírus.
Dessa forma, promove a produção de anticorpos para que sejam liberados na mucosa genital, impedindo assim a infecção e prevenindo também o câncer do colo do útero nas mulheres.
O número de doses é diferente de acordo com a idade e o tipo da vacina. Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), as doses devem ser administradas da seguinte forma, considerando a vacina quadrivalente (oferecida pelo SUS):
No entanto, é importante saber que há algumas exceções e que essas recomendações de idade e doses podem variar. Por isso, é essencial que as pessoas busquem uma orientação médica para verificar essas particularidades.
Mulheres grávidas não são aconselhadas a receber a vacina. Se uma mulher começou o processo de vacinação e depois ficou grávida, ela deve esperar até o nascimento do bebê para continuar o esquema de vacinação.
Existem dois tipos disponíveis de vacinas profiláticas contra o HPV usadas no Brasil e em outros países no mundo, todos eles protegem contra os tipos 16 e 18, responsáveis por causar a maioria dos cânceres relacionados ao vírus HPV. Veja a seguir, de forma mais detalhada, os tipos de vacina contra o HPV:
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Além dessa dor no local, outros sintomas que a vacina pode provocar são:
A vacina é a melhor forma de se prevenir contra o vírus HPV, no entanto, junto a essa medida, outros cuidados devem ser tomados para evitar a infecção e para impedir que o vírus seja espalhado. Alguns deles incluem:
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De acordo com o Ministério da Saúde, estudos realizados com pacientes portadores do HPV mostraram que a maior incidência de infecções ocorrem logo após o início da vida sexual.
Além disso, como comprovado em estudos, a eficácia da vacina em meninas e meninos nessa idade é maior. Isso porque o sistema imunológico responde melhor nessa faixa etária, em apenas 2 doses.
Por isso, em pessoas mais velhas são recomendadas 3 doses para se ter uma resposta semelhante.
No entanto, mesmo após essa idade considerada ideal, as pessoas que não receberam nenhuma dose também devem se vacinar. No SUS, a campanha visa crianças e adolescentes de 9 a 14 anos, mas é possível tomar a vacina em clínicas particulares.
Sim. A proteção oferecida pela vacina é alta para todas as mulheres, independente de raça ou etnia. A vacina é pensada para combater os principais subtipos responsáveis por provocar o câncer cervical, como os tipos 16 e 18.
As doses da vacina HPV podem variar de 2 a 3 doses de acordo com a idade, pois estudos mostram que a eficácia da imunização é maior quando a vacina é aplicada na faixa etária de 9 a 14 anos.
Há também evidências de que as duas doses administradas nesse período, com um intervalo de 6 meses, funcionam tão bem quanto as três doses administradas em adolescentes mais velhos e adultos.
Por isso, após os 15 anos é necessário a administração de 3 doses, para ter uma eficácia maior.
A vacina HPV quadrivalente foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2014 e está disponível e disponibiliza essa vacina para meninas e meninos com idades entre 9 e 14 anos. O esquema de vacinação consiste em duas doses, com um intervalo de seis meses entre elas.
Não. A vacinação protege apenas contra alguns subtipos do vírus HPV, mas não previne contra outras infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis, herpes genital e AIDS, por exemplo. Dessa forma, o uso de preservativos é indispensável.
Sim, a vacina pode ser aplicada também em adultos, mesmo que este não seja o público-alvo. As campanhas visam os adolescentes, pois entende que a melhor estratégia para barrar o contato com o vírus é aplicando a vacina antes do início da vida sexual.
Porém, nada impede que os adultos recebam a vacina também. Também é importante ressaltar que a vacina não é capaz de curar, somente prevenir. Por isso, se o adulto já ter sido exposto a algum subtipo do vírus a vacina não será capaz de mudar isso. No entanto, poderá proporcionar proteção contra os outros subtipos.
A vacina contra o HPV deve ser aplicada em homens e meninos para que estejam protegidos contra as verrugas genitais e dos tipos de câncer do ânus, pênis, garganta e boca.
Essas complicações também estão relacionadas às infecções causadas pelos subtipos 16, 18, 6 e 11. A prevenção do HPV é de extrema importância para evitar o desenvolvimento de câncer na fase adulta.
Sim. Levando em conta que a vacina não é capaz de curar a infecção causada pelo HPV, o risco é maior nesses casos. No entanto, é importante receber a vacina mesmo assim, para se prevenir de outros subtipos, caso já tenha sido exposto a algum subtipo.
A vacina não exclui a necessidade de realizar anualmente exames preventivos, tais como o Papanicolau. Além disso, a vacina não previne contra todos os tipos de vírus que podem causar o câncer no colo do útero.
Para as mulheres que não receberam a imunização, essa investigação é ainda mais necessária.
A vacina contra o HPV, além de ser uma forma eficaz de prevenção contra uma doença sexualmente transmissível, é a principal ferramenta para combater complicações como o câncer do colo do útero e outros tipos de câncer.
Neste artigo, buscamos esclarecer as dúvidas mais comuns em relação à vacina e ao vírus em si. Acompanhe o site e redes sociais do Minuto Saudável para mais conteúdo como este. Agradecemos a leitura!
Me. Karina Chiuratto
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