<p>A vacina dTpa, ou <strong>tríplice bacteriana acelular do tipo adulto</strong>, é uma vacina capaz de oferecer proteção contra 3 doenças: a difteria, o tétano e a coqueluche.</p><p>Ela faz parte do calendário de vacinação das gestantes e é indispensável para garantir a saúde do bebê. Os recém-nascidos são os mais vulneráveis a desenvolverem alguma complicação com essas doenças.</p><p>Também deve ser recomendada para profissionais de saúde e qualquer pessoa que conviva com bebês menores de 2 anos de idade.</p><p>No artigo a seguir, explicamos como funciona essa vacina e quem deve recebê-la. Confira!</p><p><strong>Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações</strong>:</p><ol><li><strong>O que é a vacina dTpa?</strong></li><li><strong>Para que serve: o que a vacina dTpa previne?</strong></li><li><strong>Como ocorre a imunização do bebê?</strong></li><li><strong>Do que a vacina tríplice bacteriana é feita?</strong></li><li><strong>Quando a tríplice bacteriana é indicada?</strong></li><li><strong>Esquema de doses: quando tomar a dTpa?</strong></li><li><strong>Vacina dTpa em gestante</strong></li><li><strong>Contraindicações</strong></li><li><strong>Reações adversas da vacina dTpa</strong></li><li><strong>A dTpa pode ter relação com a microcefalia?</strong></li><li><strong>Vacina dTpa dói?</strong></li><li><strong>Onde tomar e preços</strong></li><li><strong>Perguntas frequentes</strong></li></ol><h2>O que é a vacina dTpa?</h2><p>A vacina dTpa (vacina tríplice bacteriana acelular do tipo adulto) é destinada às crianças, adolescentes, adultos e gestantes que precisam de um reforço imunológico contra doenças como a difteria, tétano e coqueluche.</p><p>Outras vacinas oferecem proteção contra essas doenças, como a DTP e DTPa. No entanto, a dTpa é a mais indicada para as grávidas. Por isso, em 2014 entrou para o Calendário de Vacinação das Gestantes, como uma forma de complementar o esquema da vacina dupla adulta, que previne contra tétano e difteria.</p><p>A aplicação deve ser feita a partir da 20ª semana de gestação, em uma única dose.</p><p>É uma forma segura de oferecer proteção para a mãe e para o bebê, que recebe imunização de forma indireta.</p><p>Em adolescentes, adultos e idosos, a dTpa é recomendada especialmente para proteção contra coqueluche, para reduzir o número de casos da doença.</p><p>Além disso, o reforço em adultos e em gestantes também é uma forma de evitar a transmissão da doença para os bebês, o grupo mais vulnerável a sofrer complicações por conta das doenças que a dTpa previne.</p><p>Assim, o risco da criança contrair uma dessas doenças se torna muito baixo, o suficiente para que ele esteja seguro até ter idade para receber a vacina.</p><p>De modo geral, essa vacina só é contraindicada em casos no qual o paciente teve reações alérgicas graves às doses anteriores ou possui alergia aos componentes da fórmula.</p><h2>Para que serve: o que a vacina dTpa previne?</h2><p>A vacina dTpa serve para proteger a população contra 3 doenças: a coqueluche, a difteria e o tétano.</p><p>É uma imunização que funciona como um reforço das vacinas DTP ou DTPa (vacina tríplice bacteriana acelular infantil), aplicadas ainda na infância.</p><p>A dTpa é aplicada ainda na infância, em crianças maiores de 7 anos, na adolescência, fase adulta ou durante a gestação, para proteger a mãe e o bebê.</p><p>Entenda um pouco mais sobre essas doenças:</p><h3>Tétano</h3><p>O tétano é uma doença provocada por uma toxina produzida pela <i>Clostridium tetani</i>, uma bactéria encontrada nas plantas, objetos, terra e em fezes de animais e humanos.</p><p>As pessoas são infectadas por esse agente quando ele invade o organismo através de mordidas de animais, cortes ou feridas na pele.</p><p>Quando alguém é infectado, a toxina liberada pela bactéria começa a afetar o sistema nervoso central. Por isso, sintomas como rigidez muscular e dificuldade de deglutição.</p><p>Também provoca espasmos, que podem afetar os músculos respiratórios e oferecer risco à vida do paciente por impedir a respiração.</p><h3>Coqueluche</h3><p>A coqueluche, também chamada de tosse comprida e pertussis, é uma doença contagiosa que afeta o sistema respiratório dos pacientes, atingindo especialmente crianças menores de 2 anos.</p><p>A contaminação acontece através do contato direto com algum paciente infectado, ou seja, pelo beijo, toque ou contato com gotículas eliminadas através da fala, por espirros e tosse.</p><p>Quando infectados, os pacientes manifestam sintomas como tosse, dificuldade de respirar, alterações do sono e vômitos.</p><p>Ao evoluir para casos mais graves, a doença pode causar complicações neurológicas, hemorragias, desidratação e problemas pulmonares.</p><h3>Difteria</h3><p>A difteria é uma doença causada pela bactéria <i>Corynebacterium diphtheriae. </i>É uma infecção que provoca lesões branco-acinzentadas no nariz e na garganta do paciente.</p><p>Mas, apesar de causar lesões localizadas, é uma doença que provoca mal-estar geral no paciente, manifestando sintomas como febre, cansaço, dor de garganta e palidez.</p><p>Em casos graves, pode ocorrer inchaço intenso na região do pescoço, aumento dos gânglios linfáticos (glândulas do sistema linfático, presentes no pescoço, virilha, axila etc.) e asfixia (falta de ar).</p><p>A transmissão da doença se dá através do contato com secreções nasais de alguém infectado ou através do contato com objetos contaminados.</p><h2>Como ocorre a imunização do bebê?</h2><p><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2019/03/vacina-sarampo-minuto-saudavel.jpg" alt="">A vacina dTpa na gestante é importante por oferecer <strong>imunização indireta</strong> ao bebê.</p><p>Ao receber esse reforço, a mãe começa a produzir anticorpos que passam para o feto ainda na placenta.</p><p>Ao tomar a vacina após a 20ª semana de gestação e não ao fim da gravidez, melhor será para a produção de anticorpos e proteção do bebê.</p><p>Dessa forma, o bebê estará protegido durante os seus primeiros meses de vida.</p><p>Isso até que possa receber a imunização com a Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses de vida, que protege contra o tétano, difteria, coqueluche e outras doenças, como hepatite B e <i>Haemophilus influenzae</i> tipo b.</p><h2>Do que a vacina tríplice bacteriana é feita?</h2><p>A vacina dTpa é feita a partir de toxinas, ou toxoides, produzidas pelas bactérias que causam tétano e difteria, somadas a componentes da cápsula bacteriana da coqueluche.</p><p>Na composição da vacina, há também a adição de fenoxietanol (líquido oleoso incolor com ação bactericida), cloreto de sódio, água para injeção e sal de alumínio.</p><p>Por não utilizar nenhum microrganismo vivo, como nas vacinas atenuadas, não é capaz de provocar as doenças.</p><h2>Quando a tríplice bacteriana é indicada?</h2><p>Essa vacina é recomendada como um reforço da vacina DTPa (vacina tríplice bacteriana acelular infantil), podendo ser aplicada apenas em crianças com idade acima de 3 anos, adolescentes e adultos.</p><p>Também é uma vacina que faz parte do calendário de vacinação das gestantes, que devem receber a imunização a partir da 20ª semana de gravidez.</p><p>As pessoas que convivem com crianças menores de 2 anos devem receber a vacina também, o que inclui profissionais da saúde, cuidadores, babás e familiares.</p><h2>Esquema de doses: quando tomar a dTpa?</h2><p>Não há um esquema de doses muito bem definido para a vacina dTpa, pois ela é utilizada como um reforço a DTPa. Por isso, pode ser tomada nas seguintes situações:</p><ul><li>Crianças com idade entre 4 e 5 anos: reforço;</li><li>Adolescentes, adultos e idosos: reforço;</li><li>Crianças com idade acima de 7 anos, adultos e adolescentes que não receberam ou não possuem registro do esquema de doses anteriores: indicada como imunizante;</li><li>Gestantes a partir da 20ª semana de gestação: reforço;</li><li>Mulheres que não receberam na gestação, devem receber ainda na fase de puerpério: reforço.</li></ul><h2>Vacina dTpa em gestante</h2><p><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2018/03/diu-mulher-gravida-minuto-saudavel.jpg" alt=""></p><p>A vacina dTpa é uma das imunizações previstas para a mulher receber durante a gestação e está presente no Calendário Nacional de Vacinação.</p><p>Ela é indispensável, especialmente quando a mulher não recebeu nenhuma dose da vacina antes de engravidar.</p><p>Nesses casos, deve receber 2 doses da dupla adulto (dT), para tétano e difteria, e 1 dose da vacina dTpa.</p><p>No caso das mulheres que já receberam antes da gestação as doses, durante a gravidez só é necessário o reforço com 1 dose de dTpa.</p><p>Em cada gestação, é necessário o reforço da vacina, mesmo que a mulher já tenha recebido em outra gravidez.</p><p>Para a mãe, a vacina é importante para que ela se mantenha protegida contra essas doenças e tenha uma gestação saudável, impedindo que ocorra uma transmissão vertical (da mãe para o feto).</p><p>Além disso, o bebê passa a ter proteção indireta durante os primeiros meses de vida, pois os anticorpos maternos passam para o bebê ainda na placenta.</p><p>Assim, o bebê fica protegido até que possa receber a vacina dTp na pentavalente ou hexavalente, ao completar 2 meses de vida.</p><h3>Em que momento da gravidez devo tomar?</h3><p>O ideal é que a vacinação seja realizada após a 20ª semana de gravidez, pois o quanto antes ocorrer, melhor será a resposta dos anticorpos no organismo da mãe e no bebê.</p><p>No entanto, caso não seja possível a imunização durante a gestação, a mulher deve receber ainda durante o puerpério, isto é, no período após o parto.</p><h3>Os pais devem tomar também?</h3><p><strong>Sim</strong>! Não só as gestantes devem se preocupar em receber um reforço contra essas doenças. Os pais também precisam receber a vacina dTpa.</p><p>Para os recém-nascidos, essas doenças podem ser letais, principalmente a coqueluche. Por isso, as pessoas próximas ao bebê devem se vacinar.</p><h2>Existem contraindicações?</h2><p>Segundo a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), as pessoas que manifestaram reação adversa grave, sintomas neurológicos ou alergia aos componentes durante a aplicação de doses anteriores devem evitar a vacina.</p><h2>Quais as reações e efeitos colaterais da vacina dTpa?</h2><p>É possível que algumas reações adversas ocorram após a imunização feita com a vacina dTpa.</p><p>No entanto, esses efeitos colaterais podem variar bastante de acordo com o paciente.</p><p>Na maior parte dos casos, não há reações graves, sendo presentes apenas dor, vermelhidão e inchaço passageiros na região da aplicação.</p><p>De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), é possível que o imunizante provoque em crianças com idade até 9 anos sintomas como sonolência, irritabilidade, vermelhidão, dor no local, inchaço e fadiga.</p><p>Entre as crianças vacinadas nessa faixa etária, cerca de 10% apresentam essas reações adversas.</p><p>Pode ocorrer ainda, em 0,1% dos vacinados, sintomas como dor de cabeça, mal-estar, falta de apetite, vômito e febre.</p><h2>A dTpa pode ter relação com a microcefalia?</h2><p><strong>Não</strong>. Há muitos mitos sobre as vacinas e muitos deles provocam descrença na população.</p><p>Isso faz com que algumas pessoas optem por não se vacinar ou levar os filhos para receber alguma imunização.</p><p>Em torno da vacina dTpa e da vacina contra sarampo, por exemplo, ocorreram boatos de que a aplicação durante a gestação poderia estar relacionada aos casos de microcefalia registrados no surto que ocorreu em 2016, aqui no Brasil.</p><p>No entanto, não há estudos que comprovem que a vacina possa provocar complicações como estas na gestação.</p><p>Segundo o Ministério da Saúde, a vacina dTpa é uma proteção para a mãe e para o bebê, pois estimula a produção de anticorpos e oferece imunidade indireta para o bebê durante os primeiros meses de vida.</p><p>É recomendada justamente para evitar problemas de saúde e evitar que ocorra uma transmissão de doenças da mãe para o feto.</p><p>Portanto, não há evidências que confirmem uma relação entre a vacina e a microcefalia.</p><p><strong>Leia também:</strong> <a href="https://minutosaudavel.com.br/vacina-e-autismo/" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><strong>Minuto Investiga: tomar vacina pode causar autismo?</strong></a></p><h2>Vacina dTpa dói?</h2><p>Por ser uma injeção intramuscular (aplicada no interior do músculo), a vacina dTpa <strong>pode causar dor e desconforto durante a aplicação</strong>.</p><p>No entanto, a intensidade da dor pode variar bastante de acordo com a sensibilidade de cada pessoa.</p><p>É preciso se atentar às reações adversas que podem ocorrer e, se a dor no local for persistente, procurar um médico para investigar o que está ocorrendo.</p><p>Mas, de modo geral, a vacina dTpa dói da mesma forma que as outras vacinas.</p><h2>Onde tomar e quais os preços?</h2><p>Para as gestantes, a <a href="https://consultaremedios.com.br/vacina-adsorvida-difteria-tetano-e-pertussis-acelular/pa#bula" target="_blank" rel="noopener noreferrer">vacina dTpa</a> fica disponibilizada nas Unidades Básicas de Saúde de forma <strong>gratuita</strong>, sendo uma das imunizações presentes no Calendário Nacional de Vacinação.</p><p>Profissionais da área da saúde ou que trabalhem em maternidades ou qualquer serviço de atendimento a recém-nascidos também pode receber a vacina dessa forma.</p><p>Para quem precisa receber um reforço da vacina, é possível recebê-la também em clínicas privadas de vacinação, em um valor que pode variar bastante.</p><p>Em média, custa em torno de R$ 180.</p><h2>Perguntas frequentes</h2><h3>Com quantas semanas de gestação devo tomar a dTpa?</h3><p>A vacina dTpa é indicada para gestantes a partir da 20ª semana até a 36ª semana de gestação, ou seja, entre o segundo e terceiro trimestre.</p><p>Quanto mais precoce for a vacinação dentro desse período, melhor será para a produção de anticorpos e proteção do bebê.</p><p><strong>Leia mais:</strong> <a href="https://minutosaudavel.com.br/segundo-trimestre-de-gravidez/" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><strong>Segundo trimestre de gravidez: mudanças físicas e desenvolvimento</strong></a></p><h3>A dTpa é uma vacina destinada ao público infantil?</h3><p><strong>Não</strong>, a vacina dTpa não é uma imunização voltada ao público infantil.</p><p>Durante os primeiros meses de vida, a criança deve completar o esquema de doses com a pentavalente ou a hexavalente, garantindo assim uma proteção contra as doenças que a dTpa protege e outras.</p><p>A dTpa é uma vacina de reforço ou complemento, que pode ser aplicada em crianças maiores de 7 anos, adolescentes, adultos e idosos.</p><h3>Tomei a dTpa e estou com dor no braço. É normal?</h3><p><strong>Sim</strong>. A vacina pode causar um desconforto e dor no local após a aplicação. No entanto, não é normal que a dor seja persistente.</p><p>Por isso, se o incômodo no braço continuar por mais de 2 dias, procure um médico, especialmente se a dor estiver acompanhada de outros sintomas.</p><h3>Qual a diferença entre dTp e dTpa?</h3><p>A principal diferença é que a dTP é uma vacina obrigatória que faz parte do calendário básico de vacinação infantil do Ministério da Saúde, já a dTpa é considerada uma vacina de reforço.</p><p>A dTp faz parte do esquema de doses que o recém-nascido deve receber aos 2, 4 e 6 meses de vida, mas que não é recomendada para crianças acima dos 7 anos.</p><p>A dTpa já é recomendada para crianças com idade superior, adolescentes, adultos e idosos. No entanto, é especialmente recomendada para gestantes.Também são diferentes pelo fato da dTpa causar menos reações adversas, por não ser feita com células inteiras, mas sim com proteínas dos agentes causadores.</p><hr><p>Discutir a importância da vacinação nunca foi tão necessário.Pensando nisso, trouxemos nesse artigo as principais características da vacina dTpa, capaz de oferecer imunização para diferentes doenças, protegendo as gestantes e seus bebês.Mantenha seu calendário de vacinação em dia e compartilhe com mais pessoas essas informações.Obrigada pela leitura!</p><h2>Fontes consultadas</h2><figure class="table" style="width:100%;"><table><tbody><tr><td style="width:30.5%;"><img src="https://minutosaudavel.com.br/wp-content/uploads/2019/03/Karina.png" alt=""></td><td style="vertical-align:top;width:69.5%;"><i>Karina Lorena Meira Fernandes Chiuratto (CFR-PR 26256), graduação em Farmácia pela PUCPR (2013) e mestrado em Bioquímica pela UFPR (2016). Gestora da Qualidade no Laboratório de Análises Clínicas, LABCEN (2016) e fundadora da </i><a href="http://vacynare.com.br/"><i>Vacynare</i></a><i>.</i></td></tr></tbody></table></figure><ul><li><a href="https://familia.sbim.org.br/vacinas/vacinas-disponiveis/vacina-triplice-bacteriana-acelular-infantil-dtpa" target="_blank" rel="noopener noreferrer"><i>Sociedade Brasileira de Imunização</i></a></li></ul>

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