Segundo o estudo demográfico da área médica de 2018, referente aos médicos no Brasil, Neurologia possui 5.104 profissionais, representando 1,3% de todos os títulos de especialistas.
Segundo o levantamento, há tendências de crescimento e interesse da sociedade pelo atendimento neurológico, indicando uma área promissora para os profissionais.
Saiba mais sobre a especialidade e a área de atuação:
Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
O neurologista é o médico especialista que atua na área neurológica e se dedica ao estudo, diagnóstico, intervenções e tratamentos de doenças ou condições que afetem o sistema nervoso — cérebro, medula espinhal, raízes nervosas e nervos — e músculos (miopatias).
Isso inclui qualquer disfunção ou condição que seja identificável por meio de mutações:
Ou seja, a neurologia é a especialidade indicada quando há condições da fisiologia ou anatomia que afetam o sistema nervoso e geram impactos na saúde ou estruturas do corpo.
O sistema nervoso (SN) é dividido entre o periférico (composto por nervos que começam no encéfalo e na medula espinhal) e o central (composto pelo cerebelo, cérebro, bulbo e medula espinhal).
Essa estrutura é responsável pelo envio e recepção de sinais ou estímulos de todo o organismo. Pode parecer difícil pensar o porquê de um neurologista tratar alterações sonoras, por exemplo.
Mas para ouvir sons — ou sentir toques, movimentar músculos, aprender músicas ou lembrar onde as chaves foram deixadas — é preciso que a comunicação entre o sistema nervoso central e o restante do corpo esteja adequada e funcional.
Ou seja, as funções de todo o organismo podem ser afetadas se houver patologias ou alterações neurológicas.
Assim, o sistema complexo é responsável pelo envio e recepção de diversos sinais do corpo, fazendo com que seja possível interagir com o meio ambiente.
Portanto, qualquer disfunção ou alteração na região pode resultar em sintomas e manifestações variadas, que podem ser isoladas (por exemplo, dor muscular) ou conjuntas (por exemplo, redução de memória, perda e força muscular e alterações do metabolismo).
A neurologia pode se dividir em 3 grandes linhas, que são Neurologia Geral, Neurologia Infantil e Neurocirurgia. Elas são trabalhadas durante a especialização, visando o aprimoramento do médico neurologista.
Nosso corpo é composto pelo sistema nervoso (SN) que emite e recebe sinais, ou impulsos nervoso, mantendo o funcionamento de todo o organismo.
Quando há alterações nesse processo, a condição é relacionada às funções neurológicas.
Juntas, elas podem ser consideradas um sistema que envolve os nervos cranianos, as respostas motoras (movimento muscular), aspectos sensoriais (como tato, olfato, paladar), consciência e cognição (percepção e capacidade de responder aos estímulos externos).
Para compreender o complexo sistema que integra o funcionamento neurológico, é preciso lembrar que o SN é o centro do organismo e que participa da nossa percepção dos estímulos externos.
Sentir cheiros, toques e perceber luzes, por exemplo, só é possível por meio do seu correto funcionamento.
Mas, além disso, ele atua constantemente enviando e recebendo sinais de todo o corpo — seja para fazer uma corrida ou para manter o coração batendo.
Às vezes, o corpo é acometido por condições neurológicas que causam dor. Mas a dor, em si (aquela causada por uma queimadura, por exemplo) só ocorre por causa desse sistema complexo.
Quando o fogo ou água quente encosta na pele, receptores sensitivos são estimulados e emitem impulsos nervosos.
Esses impulsos caminham pelos nervos periféricos e chegam à medula espinhal, que gera respostas motoras que são retornadas à mão, fazendo com que os músculos se contraiam e ela seja retirada do fogo.
Em seguida, os estímulos nervosos são enviados ao cérebro, que processa a informação, gerando:
E não precisa haver lesões para que o sistema neurológico desempenhe suas funções.
Tocar objetos, responder aos cheiros, fazer exercícios, escrever, cantar e respirar só são atividades possíveis pelo correto funcionamento neurológico.
O neurologista é o profissional médico especialista, que se dedica ao estudo, diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças ou condições que envolvam o sistema nervoso, ou seja, o cérebro.
Qualquer doença ou alteração na região pode desencadear respostas no restante do organismo, pois o órgão está envolvido com todo seu funcionamento. Portanto, há diversas manifestações que podem ser tratadas ou acompanhadas pelo profissional.
Ainda que a neurologia seja uma especialidade médica, o campo apresenta 3 grandes linhas, fazendo com que o profissional se forme como neurocirurgião, neurologista clínico e neurologista infantil.
As crianças e adolescentes podem precisar ir à consulta com neuropediatra também. Nesses casos, uma série de problemas podem ser acompanhados pelos profissionais, como dificuldades de aprendizado ou locomoção, bem como mudanças comportamentais ou dores de cabeça.
Distúrbios do sono, problemas musculares, hiperatividade e até autismo podem necessitar de acompanhamento com neurologista infantil.
Já na primeira consulta o médico ou médica vai avaliar a criança, levantando seu histórico clínico, bem como solicitando exames, caso seja necessário.
O profissional neurologista clínico é capacitado para atendimentos gerais, com foco na ação e interação de medicamentos, bem como as condições e doenças mais comuns ao atendimento clínico.
Ou seja, é aquele médico que costuma prestar atendimento em centros de saúde e consultórios.
Ainda que não se reduzam somente a estas condições, algumas patologias ou desordens que podem ser tratadas pelo neurologista incluem:
O profissional possui formação mais voltada ao atendimento clínico, aquele feito em centros de saúde, mas com foco na infância.
As doenças e condições que afetam mais as crianças em fase pediátrica são, em geral, distintas das que afetam os adultos, algumas das mais frequentes são:
Por isso, além do conhecimento específico no funcionamento orgânico durante o desenvolvimento, é preciso dar atenção às condições mais comuns da fase.
O profissional atua em centros cirúrgicos e hospitais, tendo uma formação voltada às condições que necessitam de intervenção cirúrgica e tratamento intensivo, sejam de emergência ou programadas.
Entre algumas condições que podem ser acompanhadas pelo neurocirurgião estão:
Não é apenas quando há emergências que o neurologista deve ser consultado. Por exemplo, pessoas saudáveis com histórico familiar de doenças neurológicas podem consultar o especialista. Mas alguns sintomas merecem atenção.
Nem sempre eles são a origem do problema, por isso, é importante estar atento aos sinais do corpo e sempre buscar auxílio e orientação profissional.
Entre as manifestações que podem indicar uma ida ao consultório estão:
Cefaleias, ou dores de cabeça, são condições comuns. É bastante difícil alguém que nunca tenha sofrido com cefaleia, independente da causa da dor. Gripes, infecções, exposição prolongada ao sol e até problemas de visão pode desencadear o incômodo.
Mas quando ela persiste, o ideal é buscar um especialista. Quando a dor é aguda e contínua, podendo estar acompanhada de náuseas e vômitos, o sinal de alerta acende.
Sensação de formigamento e dormência em determinadas partes do corpo, sem motivo aparente (como roupas que comprimem a circulação ou ficar longas horas sentado) pode ser um sinal de alerta para diversas doenças.
Nesse caso, outros sintomas e manifestações merecem atenção, como vertigens, confusão mental, redução da visão e dificuldade em falar.
Ter uma noite bem dormida é fundamental para a saúde do organismo e para a disposição no dia seguinte. Apesar de fundamental, muitas pessoas sofrem com alterações do sono que podem ter origem neurológica.
Despertar muito durante à noite ou perceber que ronca demais, podem ser indicativos de apneia, por exemplo, que é a interrupção da respiração durante o sono.
Redução da força física, fraqueza muscular progressiva e dificuldades em coordenar os movimentos podem ser indicativos de alterações neurológicas, pois os comandos que chegam ao músculo partem da região cerebral.
Quando esses sinais e sintomas ocorrem com frequência e estão associados a alterações na capacidade de falar, mastigar, respirar ou engolir, é importante buscar orientação médica.
Devido à diversidade de sintomas e manifestações que podem estar associados ao campo neurológico, é sempre necessário estar atento aos sintomas, como:
Em geral, pode ser recomendável buscar orientação de um clínico geral para as condições mais genéricas, como tonturas ou alterações da marcha (andar ou correr). O médico irá avaliar os quadros e recomendar uma consulta especializada, caso avalie necessário.
Existe uma série de doenças e condições neurológicas, umas mais comuns, como as enxaquecas, outras menos, como a doença de Huntington — doença degenerativa devido às alterações em genes.
As origens desses problemas também podem ser diversas, decorrentes do estilo de vida, infecções, condições genéticas, alimentação, fatores ambientais, lesões físicas e acidentes.
Algumas condições bastante comuns que podem ser tratadas pelo neurologista são:
A síndrome da apneia do sono se caracteriza por uma obstrução, parcial ou total, da respiração durante o sono, que pode durar entre 10 e 20 segundos.
Os quadros podem causar roncos, sono excessivo durante o dia, sensação de sufocamento ao acordar no meio do sono e boca seca.
Alguns fatores estão relacionados à condição e favorecem o quadro, como:
As dificuldades em iniciar o sono, mantê-lo constante durante a noite ou acordar muito cedo frequentemente podem ser sinais de insônia.
As causas são diversas: ansiedade, agitação, alimentação, alterações bioquímicas, entre outros.
Quando se prolonga, a condição gera impactos na rotina, na disposição e na produtividade física e mental da pessoa.
Contrações involuntárias e indolores (apesar de geralmente incômodas) que ocorrem, na maioria das vezes, em apenas um lado do rosto são denominadas espasmo hemifacial clônico.
A condição raramente afeta a face inteira, sendo ocasionada por disfunções no nervo do crânio (que é responsável pelo movimentos musculares do rosto).
As causas conhecidas mais comuns envolvem artérias mal posicionadas que comprimem o nervo, uso de medicamentos, fatores genéticos ou doenças que limitam o funcionamento cerebral.
A neuropatia periférica é uma condição que afeta os nervos periféricos. Como eles são responsáveis pela condução de informações do cérebro para o corpo, uma série de manifestações podem ocorrer, como:
As causas são diversas e podem incluir o uso de medicamentos (como estatinas, antibióticos e quimioterápicos), doenças autoimunes (como reumatismo e lúpus), intoxicação (por mercúrio, agrotóxicos ou chumbo), e inflamações nos nervos por traumas físicos (quedas ou pancadas).
A doença de Parkinson afeta o sistema nervoso central, sendo uma condição degenerativa, crônica e progressiva. O paciente apresenta uma redução de neurotransmissores (substâncias que participam do envio e recebimento de mensagens entre o cérebro e o corpo).
Entre os sintomas mais comuns estão os tremores, rigidez e lentidão, além de diminuição do olfato ou das funções intestinais.
Algumas condições inflamatórias ou infecciosas podem causas danos ao sistema nervoso e são decorrentes de agentes como vírus, bactérias e fungos. Entre elas:
As distonias são contrações musculares involuntárias, lentas e frequentes, que podem resultar inclusive em posturas incorretas ou torções musculares.
As principais causas incluem:
Há condições que podem afetar o movimento (andar, pegar coisas, mover os braços) devido às alterações vasculares, degenerativas ou infecciosas.
Essas manifestações são classificadas como distúrbios do movimento e compreendem tremores, contrações involuntárias prolongadas, espasmos musculares frequentes ou excessivos.
Ocorre devido às descargas elétricas anormais no cérebro, resultando em contrações intensas, bruscas e involuntárias do corpo, chamadas de crises epiléticas. As causas podem ser bastante variáveis. Em adultos, o AVC é umas das principais, já em crianças, as alterações metabólicas são mais comuns.
A condição neurodegenerativa é a mais comum no mundo, responsável pela desorientação temporal e espacial que acomete pessoas com mais idade. Além disso, junto ao envelhecimento, o histórico familiar da doença é um fator de risco que merece atenção.
Uma série de manifestações podem ocorrer, afetando a linguagem, a capacidade de calcular, a memória e o comportamento em geral.
Também chamado de derrame cerebral, o AVC pode ser causado pela obstrução de alguma artéria, que provoca a falta de sangue no cérebro, ou pelo rompimento de um vaso sanguíneo, que gera sangramento na região.
Cerca de 70% das mulheres e 50% dos homens sofrem ao menos 1 episódio por mês com as cefaleias.
Apesar de ser um sintoma bastante incômodo, nem sempre ele é tratado adequadamente, pois quase 90% de todos os que sofrem com dores constantes de cabeça se automedica pelo menos 3 vezes por semana e, por isso, não descobre a origem do problema.
As causas de uma dor de cabeça podem ser diversas, sendo as mais comuns a enxaqueca e as dores de origem emocional.
A esclerose múltipla é uma doença autoimune que afeta a região cerebral. A condição se desenvolve quando o organismo altera seu funcionamento e, ao invés das células do sistema imune protegerem o sistema, elas passam a atacá-lo.
Ocorrem inflamações em regiões dos neurônios denominadas bainha de mielina (parte fundamental para a transmissão dos impulsos nervosos).
Com a comunicação incorreta do sistema nervoso, os sintomas como redução do equilíbrio, alterações de visão, perda de força muscular e redução na locomoção podem se manifestar.
A nevralgia é uma condição decorrente de alterações estruturais ou funcionais nos nervos que causa dor intensa, semelhante a um corte, queimadura ou choque.
Diversos nervos podem ser afetados, mas os mais comuns são os da face e do pescoço.
Apesar de ser mais frequente durante o envelhecimento, a nevralgia pode ocorrer em qualquer idade, sendo causada por infecções (como herpes ou HIV), traumas, câncer ou determinados medicamentos.
A condição é considerada uma das piores e mais intensas dores. O nervo trigêmeo se localiza no rosto e é responsável pela sensibilidade da região.
Quando há alguma lesão em sua camada de revestimento (chamada bainha de mielina) ocorrem descargas elétricas que causam a sensação de choques na face.
Ainda que em uma parte dos pacientes não seja possível identificar o que gera a lesão, algumas condições envolvidas incluem:
Também chamadas de mielopatias, as doenças da medula espinhal são decorrências de infecções, doenças autoimunes, doenças sistêmicas capazes de afetar a medula espinhal.
As mais comuns são espondilose degenerativa e artrose cervical, mas lúpus e linfomas também são caracterizadas como mielopatias.
Podem causar paralisia, redução da sensibilidade e do controle muscular voluntário.
A síndrome de Guillain-Barré é uma polineuropatia, pois há um mau funcionamento de diversos nervos periféricos do corpo.
Quando a condição é aguda, ou seja, aparece subitamente, é chamada de Síndrome de Guillain-Barré. Porém, se os sintomas persistirem por mais de 8 semanas, o quadro passa a ser denominado polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica.
Entre as causas da doença crônica (polineuropatia desmielinizante inflamatória crônica) estão compressões dos nervos, disfunções autonômicas, falta de vitamina B12 ou complicações do diabetes, por exemplo.
Leia mais: Falta de vitamina B12 causa sintomas físicos e psicológicos
O termo é empregada para se referir a um grupo de doenças hereditárias que afetam os músculos. As mais comuns são as miopatias congênitas do tipo:
A condição é considerada o principal fator incapacitante da infância, que decorre de uma lesão cerebral ainda na fase de desenvolvimento do órgão (ou seja, desde a gestação até os 2 anos de idade).
A paralisia é irreversível e pode gerar impactos na movimentação corporal devido à rigidez muscular. Mas, além disso, podem ocorrer:
Os exames feitos pelos neurologistas consistem em levantamento do histórico familiar do paciente, suas queixas e sintomas, além dos exames físicos e neurológicos que podem ser solicitados.
O atendimento depende bastante do tipo de ambiente e condição. Por exemplo, situações de emergência são muito específicas e necessitam de intervenções distintas.
Mas em uma consulta clínica, em geral, o neurologista pode fazer avaliações como:
Além disso, pode haver um levantamento das capacidades neurológicas (memória, locomoção, fala) e das possibilidades relacionadas aos sintomas do pacientes. Por exemplo, uso de medicamentos, mudanças de rotina, hábitos comportamentais.
Há, ainda, exames complementares que podem fazer parte da avaliação neurológica, auxiliando o profissional a diagnosticar ou eliminar possibilidades. Os mais comuns podem incluir:
O exame consiste em uma punção (coleta de sangue) na região da coluna lombar, sendo importante para a avaliação de diversas condições infecciosas, inflamatórias ou neoplásicas que podem acometer o sistema nervoso.
Em geral, o exame não requer preparos específicos, mas é contraindicado em paciente com hipertensão ou que fazem uso de medicamentos anticoagulantes.
A eletroneuromiografia é um exame que tem o objetivo de analisar a função dos nervos e músculos e identificar alterações na comunicação entre os dois.
Inicialmente, o exame consiste na colocação de eletrodos adesivos sobre a pele capazes de emitir estímulos aos nervos.
As respostas do corpo são avaliadas e permitem identificar alterações ou disfunções nas respostas sensitivas ou motoras.
Em seguida, usa-se um eletrodo com uma pequena agulha inserida no tecido muscular. Nesse momento, a atividade é realizada diretamente na fibra muscular (em repouso e em movimento).
O exame pode ser solicitado em algumas condições como esclerose lateral amiotrófica, neuropatia diabética, síndrome do túnel do carpo ou síndrome de Guillain-Barré.
O exame registra a atividade cerebral por meio da colocação de receptores (eletrodos) que são fixados no couro cabeludo. O exame não é invasivo e não dói, sendo que qualquer idade pode realizar o eletroencefalograma, incluindo crianças pequenas.
Com o objetivo de analisar a circulação e os principais vasos sanguíneos do crânio, o doppler transcraniano emite ondas de baixa frequência.
O procedimento é indolor e não invasivo, sendo indicado para tonturas, vertigens, AVC, hipertensão intracraniana e para a avaliação da integridade das estruturas da circulação sanguínea.
Os exames de sangue são solicitados com finalidades específicas, de acordo com a avaliação do neurologista. Consistem, em geral, em coletas normais de sangue e podem ser recorridos para analisar a presença de doenças, infecções e presença de substâncias (drogas ou medicamentos).
Há uma série de exames que podem ser solicitados para avaliar visualmente as estruturas neurológicas, como ressonância magnética, tomografia computadorizada e ultrassonografia.
Em geral, são exames solicitados quando há suspeitas específicas ou quando se pretende descartar alterações anatômicas ou funcionais da região cerebral.
A fisioterapia neurológica é um curso de pós-graduação que abrange as noções e conhecimento específicos de neurologia e da fisioterapia, de modo que as especialidades se integram e se complementam.
Dando atenção às funções de coordenação motora, equilíbrio, força e movimentação, o fisioterapeuta neurológico pode recorrer à estimulação física, eletroestimulação e simuladores de movimento para auxiliar na recuperação do paciente e na manutenção da integridade do organismo.
Assim o fisioterapeuta neurológico diagnostica, trata e acompanha pacientes com alterações ou condições relacionadas ao cérebro, tronco encefálico, medula espinhal, nervos periféricos e junções neuromusculares.
Entre algumas condições que podem ser indicadas ao especialista estão a paralisia cerebral, a esclerose múltipla, o traumatismo craniano e o AVC.
Vale apontar que a especialidade é reconhecida pelo Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), sendo que é principalmente por meio de exercícios funcionais específicos e adaptações da rotina diária que o fisioterapeuta neurologista atua.
Ou seja, nas consultas, o paciente realiza sessões de atividades que visam recuperar ou melhorar os sistemas motores e funcionais necessários.
Além disso, de acordo com as dificuldades cotidianas (como pegar objetos, andar, sentar, dirigir), o profissional auxilia na adaptação do paciente, descobrindo e estabelecendo melhores formas de manter a vida autônoma.
Para se tornar neurologista, é preciso formar-se médico e obter o registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Após a formação básica, o profissional faz uma especialização de 3 anos, adquirindo conhecimentos teóricos, práticos e científicos, sendo inserido nas dinâmicas da neurologia.
Durante a especialização, o médico vai aprimorar capacidades de realizar a anamnese (exame clínico) direcionada em neurologia, fazer o diagnóstico das principais doenças neurológicas e seus respectivos tratamentos.
Portanto, são necessários, ao menos, 9 anos de estudo — 6 de medicina e 3 de especialização em neurologia — para formar-se neurologista.
O profissional, após passar pelos anos de formação, está apto para atuar em alguns eixos como:
O profissional neurologista ou neuropediatra pode realizar atendimentos em clínicas, consultórios particulares ou pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em clínicas, os atendimentos podem ser diversos, incluindo queixas pontuais de cefaleia (dor de cabeça) ou quadros que necessitam de acompanhamento prolongado e contínuo, como em doenças neurodegenerativas (por exemplo, alzheimer).
Cada paciente necessita de uma avaliação aprofundada para que o melhor tratamento seja estabelecido.
Isso significa que, às vezes, o neurologista pode ser o único médico que acompanha o paciente ou pode ser parte do tratamento multidisciplinar, junto com psicólogos, pediatras, endocrinologistas e fisioterapeutas, por exemplo.
Os neurocirurgiões podem atuar, especialmente, em ambientes de emergência, hospitais e centros cirúrgicos que requerem atendimentos e cuidados de alta complexidade.
Acidentes, traumas, batidas, condições emergenciais (como AVC ou derrames) e cirurgias agendadas podem fazer parte da rotina hospitalar do neurologista.
É importante destacar que o neurocirurgião também precisa ter conhecimentos específicos para tratar de adultos e crianças, logo que os sistemas e anatomia se comportam de modos diferentes.
Mas hospitais podem prestar atendimento na esfera não emergencial, através de consultas agendadas, por exemplo. Assim, o neurologista também encontra campo no atendimento clínico continuado em hospitais.
O salário de um médico neurologista varia de acordo com o setor em que atua (público ou privado), bem como sua especialidade e rotina de atendimento. Considerando os dados do Ministério do Trabalho, o salário médio fica entre R$ 4 mil e R$ 10 mil por mês.
A média salarial de um neurocirurgião, segundo o Ministério do Trabalho, fica entre R$ 4 mil e R$ 15 mil, de acordo com a formação e área de atuação do profissional. Os valores possuem margens amplas pois são uma estimativa média de participantes de todas os eixos (SUS, sistema privado ou particular e planos de saúde).
A Academia Brasileira de Neurologia (ABN) é uma entidade civil sem fins lucrativos que visa reunir profissionais e estudantes de neurologia do Brasil.
A organização foi fundada em 5 de maio de 1962, no Rio de Janeiro, e atualmente representa a Neurologia Brasileira na "World Federation of Neurology”, que reúne entidades federais em neurologia do mundo todo.
Como papel das associações profissionais, a ABN auxilia na divulgação de instituições de ensino licenciadas, congressos científicos, diretrizes de atendimento, atualizações profissionais, promoção e desenvolvimento da neurologia brasileira.
A neurologia compreende uma área complexa e diversa, em que os especialistas atuam garantindo mais qualidade de vida ao paciente — seja por meio da manutenção da saúde ou solução de alterações e doenças.
Para saber mais informações sobre especialidades e suas áreas de atuação, acompanhe o Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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