De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Marcelo Mazza, a insuficiência renal é uma doença epidêmica, que vive uma crescente de casos registrados no Brasil.
A condição compromete o pleno funcionamento e as funções dos rins, que são extremamente importantes para vários processos do corpo humano.
Pensando nisso, separamos informações importantes para que você entenda os fatores que predispõem a doença, quais sintomas precisam de atenção e como prevenir. Confira!
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
A insuficiência renal é uma doença que compromete as funções e a saúde dos rins. Além de ser responsável por eliminar toxinas nocivas ao sangue, o órgão também libera hormônios na corrente sanguínea que ajudam no fortalecimento dos ossos, na regulação da pressão arterial e na produção de glóbulos vermelhos (células responsáveis, entre outras coisas, pela oxigenação do sangue e eliminação de gás carbônico dos pulmões).
Entre as principais causas da insuficiência renal estão o baixo consumo de água, o uso de suplementos nutricionais ou medicamentos sem prescrição médica, lesões causadas por pedras no órgão ou infecções generalizadas e complicações desencadeadas pela contaminação do sangue por microrganismos, como fungos e bactérias.
Entre os grupos de risco estão pacientes com diagnóstico de diabetes tipo 1 e 2, hipertensão e portadores de obesidade. Além disso, se o(a) paciente já teve outras complicações no rim, como cálculos, cistos e câncer, por exemplo, ou possui histórico familiar, há maior predisposição de desenvolver a doença.
Em crianças, a insuficiência dos rins pode estar ligada a questões congênitas, ou seja, hereditárias, ou pode surgir em decorrência de complicações durante o desenvolvimento do feto na gestação.
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A doença possui duas classificações: aguda e crônica.
O(a) paciente recebe o diagnóstico de quadro agudo quando a condição se instala no organismo de maneira súbita, normalmente entre algumas horas ou dias.
Os quadros agudos geralmente podem ser revertidos com tratamento médico adequado e acompanhamento regular, quando identificados nessa fase. Portanto, fique atento(a) aos sintomas adversos e procure um(a) médico(a) imediatamente.
O quadro crônico pode ser diagnosticado como insuficiência ou doença renal crônica, e é definido quando a pessoa apresenta os sintomas persistentes e perda gradual das funções do órgão após 3 meses.
Como é o tipo mais avançado, os tratamentos são mais invasivos e tendem, com o passar do tempo e evolução do quadro, a serem menos efetivos.
Os sintomas tendem a variar dependendo do estágio da doença. No quadro agudo, por exemplo, os(as) pacientes podem nem sequer ter sintomas e, quando percebem algo estranho, a doença já está avançada. Por isso é extremamente importante fazer exames uma vez ao ano e não só procurar o(a) médico(a) quando surgem sintomas adversos.
Contudo, alguns sinais tendem a ser mais recorrentes. Confira na lista abaixo os mais característicos.
Se você possui algum dos sintomas descritos acima, procure imediatamente ajuda médica. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, maiores as chances de reversão do quadro, especialmente se for agudo.
Além de dor, entre os principais sintomas de insuficiência renal estão inchaço, especialmente nos membros inferiores, e fadiga.
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O diagnóstico de insuficiência renal pode ser feito por meio de exames de sangue (que indicam a quantidade de potássio na corrente sanguínea), de urina ou biópsia (remoção de um pequeno pedaço do rim).
Além disso, o(a) médico(a) também pode solicitar exames de imagem, como ultrassom e tomografia. Enquanto o primeiro permite analisar a saúde de um órgão específico e não utiliza radiação, o segundo proporciona imagens de melhor qualidade, o que facilita ainda mais o diagnóstico.
A condição pode desencadear uma série de complicações em todo o organismo. Abaixo estão algumas das mais relatadas.
Nos casos de insuficiência renal aguda, há cura sim. O tratamento é estipulado de acordo com o estágio atual e origem do problema. Por exemplo, se a causa da insuficiência renal aguda for o uso de medicamentos, deverá ser suspenso imediatamente.
Além de recomendar o uso de antibióticos caso a origem da doença seja bacteriana, o(a) médico(a) pode recomendar o uso de algum diurético para ajudar a amenizar a retenção de líquido. Para evitar que haja um aumento de potássio na corrente sanguínea, a prescrição de cálcio e de insulina, dependendo da necessidade do(a) paciente, pode ser necessária.
Além de tratamento medicamentoso, alguns casos podem necessitar do uso de diálise (remoção por filtragem de substâncias tóxicas no organismo) e uma mudança radical de alguns hábitos de vida e alimentação.
Agora, se a insuficiência renal é crônica, não há cura. É possível amenizar os sintomas causados pela doença com a ajuda de diálise, de alguns medicamentos, mudando alguns hábitos e adotando uma dieta especial, que pode ser formulada por um(a) nutricionista.
Em casos avançados, onde nenhuma intervenção medicamentosa ou terapêutica consegue frear sua progressão, o mais indicado é o transplante de rins.
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O controle de doenças que comumente desencadeiam o comprometimento dos rins, como diabetes tipo 2 e hipertensão arterial, são fundamentais. Pacientes diagnosticados com obesidade têm maior chance de desenvolver insuficiência renal.
Sendo assim, é essencial manter uma dieta balanceada, ingerir bastante água, evitar ingestão de bebidas alcoólicas, bem como adotar a prática de atividades físicas regulares.
É importante evitar também o uso de medicamentos e de suplementos vitamínicos sem prescrição profissional. Além disso, mantenha sempre em dia os exames preventivos.
Insuficiência renal é uma condição em que os rins não conseguem filtrar adequadamente o sangue e eliminar resíduos e toxinas do corpo. Isso pode levar ao acúmulo de substâncias prejudiciais, resultando em problemas de saúde graves e potencialmente fatais se não for tratada corretamente.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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