Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), todos os anos, no país, cerca de 50 mil pessoas vão a óbito devido às complicações cardíacas.
Uma das doenças mais comuns relacionadas ao coração é a insuficiência cardíaca, condição em que o coração não consegue acompanhar a carga de trabalho exigida pelo organismo.
A insuficiência cardíaca pode ser tratada e curada quando diagnosticada cedo. Também é possível reduzir os riscos dessa doença com hábitos de vida saudáveis.
Entenda de que maneira a insuficiência ocorre e saiba como evitá-la!
Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
A insuficiência cardíaca é uma doença que afeta o músculo do coração, dificultando seu trabalho e fazendo com que o órgão não consiga fornecer sangue suficiente para o organismo.
Essa doença é comum de ocorrer em pessoas mais velhas, na terceira idade, mas qualquer faixa etária pode estar suscetível a tê-la. Ela pode afetar o lado esquerdo ou direito do peito.
Outras doenças como pressão arterial alta, cardiomiopatia, doença cardíaca congênita, doença cardíaca coronária, anemia, alcoolismo podem favorecer a alteração no coração.
Há fatores de risco que fazem com que a doença possa se manifestar, como diabetes, pressão alta, ataque cardíaco, apneia do sono, obesidade, uso de álcool e tabaco e alguns medicamentos.
O especialista que pode diagnosticar e indicar o melhor tratamento para ela é o médico cardiologista. Entre os tratamentos gerais estão a prática de atividade física, controle de pressão arterial, cuidado com o estresse, uso de medicamentos e cirurgia em alguns casos.
A insuficiência cardíaca tem cura quando diagnosticada cedo, mas em caso de estado avançado, infelizmente não, apesar de haver tratamentos que podem oferecer uma qualidade de vida boa ao paciente
Quando não tratada, ela pode trazer complicações, como danos ao rim e riscos à vida.
Na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10) a doença pode ser encontrada pelos códigos:
O coração funciona como uma espécie de bomba muscular, que leva o sangue continuamente ao resto do corpo. O órgão possui quatro câmaras, sendo duas à direita e duas à esquerda.
Dessas câmaras, duas são superiores e chamadas de átrios, e as outras duas inferiores são chamadas ventrículos.
Os átrios do lado direito impulsionam o sangue do resto do corpo, que chega desoxigenado, e envia aos pulmões por meio do ventrículo direito. Lá, o líquido recebe oxigênio para distribuir aos tecidos e células pelo corpo.em sangue oxigenado.
Esse sangue, contendo oxigênio, vai dos pulmões ao átrio esquerdo, passa no ventrículo também esquerdo e então caminha para o resto do corpo.
Para que o coração funcione da maneira correta, as quatro câmaras precisam bater de forma organizada e sincronizada.
Em caso de insuficiência cardíaca, o músculo cardíaco não consegue bombear sangue para o corpo.
No começo o coração vai tentar compensar essa falta de bombeamento de outras formas, se ampliando, desenvolvendo mais massa muscular ou tentando acelerar os batimentos.
Mas essas outras formas não resolvem o problema, então começam a aparecer os primeiros sintomas da insuficiência cardíaca, como fadiga, problemas respiratórios, entre outros.
Quando o coração não possui forças suficientes para bombear o sangue ao organismo, ele tenta compensar de outras formas — aumentando ritmo de batimentos e o esforço ou retendo líquidos para aumentar a quantidade de sangue.
Neste caso, também ocorrem inchaços, sobretudo nos pés e pernas.
A insuficiência cardíaca pode ocorrer do lado esquerdo e direito do peito, possuindo tipos diferentes. São eles:
É do lado esquerdo do peito que funciona o ventrículo esquerdo, responsável por fornecer a maior parte de energia para bombeamento do coração.
Ele é essencial para que a função dos batimentos continue sendo feita normalmente. Há dois tipos de insuficiência que podem ocorrer no lado esquerdo:
Neste caso, o ventrículo esquerdo do coração perde sua capacidade de contração, desse jeito, o coração não consegue bombear e empurrar o sangue para o organismo com a força necessária.
Também conhecida por disfunção diastólica, nesse caso, o ventrículo esquerdo se torna rígido, perdendo a capacidade de relaxar.
Isso faz com que o coração não consiga se encher de sangue durante a fase de relaxamento, chamada diástole, em cada batida (o que acontece normalmente).
O ventrículo direito é o responsável por bombear o sangue que vem do corpo (pobre em oxigênio) do coração para os pulmões para que eles sejam reabastecidos com o oxigênio.
A insuficiência do lado direito só ocorre quando já houve a falha no lado esquerdo, devido ao aumento da pressão ocasionado pela falha no ventrículo esquerdo. Nesse caso, há a volta o sangue para os pulmões, prejudicando então o lado direito do coração.
Aos poucos, o ventrículo direito vai perdendo seu poder de bombeamento, nisso, o sangue passa a se acumular nas veias, causando inchaço nas pernas, tornozelos, abdome e fígado.
A miocardiopatia periparto é uma condição rara de insuficiência cardíaca, que surge em gestantes.
É caracterizada por haver um enfraquecimento no músculo cardíaco, o que acaba gerando a insuficiência. Seus sintomas mais aparentes são a falta de ar após realizar algum esforço ou ao se deitar, tosse e inchaço das pernas.
Pode ocorrer no final da gravidez ou em cerca de 45 dias após o parto, possui os mesmos sintomas e fatores de risco da insuficiência cardíaca comum.
O tratamento também é o mesmo, mas na questão medicamentosa são necessários alguns cuidados referentes ao tipo de medicamento e seus efeitos colaterais.
A recuperação da condição ocorre tranquilamente em até 60% dos casos.
Dependendo da intensidade da insuficiência ela pode ser chamada classificada como aguda ou crônica:
Este tipo de insuficiência se manifesta de modo repentino e emergencial, o paciente tem sintomas intensos e precisa buscar ajuda com rapidez. Também é conhecida por insuficiência descompensada.
Diferente da aguda, que ocorre de forma repentina, a insuficiência cardíaca crônica demora para se desenvolver, podendo levar anos.
O paciente só consegue perceber a presença da doença quando nota inchaço nos pés, pernas, tosse, falta de ar acompanhado de dores abdominais.
Existem diferenças entre os termos insuficiência cardíaca e insuficiência cardíaca congestiva.
Segundo o médico cardiologista, Emilton Lima Júnior, o termo “insuficiência cardíaca” é mais genérico e abrange todos os tipos de insuficiência, já o termo “insuficiência cardíaca congestiva” se refere a um tipo específico, em que envolve o mau funcionamento do coração como um todo, afetando o ventrículo esquerdo e também o direito.
As causas de ambas podem ser as mais variadas, mas a principal atualmente é a hipertensão arterial, seguida de perto pela isquemia do coração (redução do fluxo de sangue para o órgão).
A insuficiência cardíaca é o resultado de problemas em conjunto que afetam o coração, mas qualquer doença que possa vir a atingir o coração ou a circulação sanguínea pode também ocasionar a insuficiência.
Algumas delas são:
A pressão arterial alta se caracteriza pela força que o sangue faz contra a parede das artérias, quando a pressão é medida o diagnóstico de pressão alta (ou hipertensão) ocorre quando o número fica acima de 14 por 9 (140 X 90 mmHg).
É uma das principais causas de insuficiência cardíaca e está relacionada a 2 alterações no coração: mais esforço para o órgão trabalhar e, também, um coração aumentado (hipertrofiado).
Essas situações podem sobrecarregar o órgão, levando a um quadro de insuficiência cardíaca.
A pressão alta é uma condição que age de forma silenciosa, mostrando seus sintomas quando já está mais avançada. Por isso é preciso sempre medir a pressão, para acompanhar como está e, caso for constatado alguma alteração, buscar ajuda médica.
Uma das consequências do infarto é a insuficiência cardíaca. Isso porque quando ocorre um infarto ele pode causar danos à musculatura, fazendo com que haja a formação de um tecido fibroso contraído, que reduz a capacidade do coração bombear sangue.
A diabetes quando controlada não apresenta riscos a outras doenças, mas quando não há os cuidados necessários pode ocasionar, entre outras condições, a insuficiência cardíaca.
Junto com a hipertensão, a diabetes é uma das principais causas de riscos ao coração.
Isso pode ocorrer porque quando o açúcar (glicose), está em excesso no nosso sangue ele vai aos poucos causando danos aos vasos sanguíneos, que podem se intensificar para um quadro de insuficiência cardíaca.
Quando as artérias ficam entupidas com substâncias gordurosas é indício de que está ocorrendo uma doença cardíaca coronária (DAC).
Essa doença se caracteriza pela formação de uma placa de gordura nas artérias que, em longo prazo, prejudica a circulação.
Conforme se acumula, a placa pode resultar em um quadro de insuficiência cardíaca.
A cardiomiopatia é uma doença que faz com que o músculo cardíaco não funcione corretamente, devido a um desgaste na estrutura e função da musculatura do coração.
Quando isso acontece, afeta o fornecimento de sangue ao corpo, que acaba sendo feito de forma dificultosa, podendo causar a insuficiência cardíaca.
Essa condição ocorre durante a gestação, enquanto o coração ainda está se formando. Por isso, ela é caracterizada por um conjunto de malformações que afetam o funcionamento do coração, de forma que o órgão precisa se esforçar mais. Dependendo da situação, pode evoluir a um caso de insuficiência cardíaca.
A miocardite é uma inflamação que ocorre no músculo cardíaco do lado esquerdo, suas complicações podem influenciar o desenvolvimento do quadro de insuficiência cardíaca.
Pode ser desencadeada ou favorecida por vírus, infecções bacterianas, fúngicas e parasitárias, além de outras condições, como:
Quando algum membro da família (pai, mãe, avô, avô) teve o diagnóstico de insuficiência cardíaca, há maiores riscos de outras pessoas sofrerem com a insuficiência cardíaca devido à predisposição genética.
O uso de alguns tipos de medicamentos podem influenciar a um quadro de insuficiência cardíaca, por isso é preciso tomar cuidado e ler a bula ou conversar com o médico. Alguns deles são:
Os fatores de risco e as causas da insuficiência cardíacas são próximos, vão desde a pressão alta até o hábito de fumar:
Quando a pessoa possui pressão alta, o coração trabalha mais do que deveria em sua normalidade o que pode influenciar na insuficiência cardíaca.
Ao ocorrer um ataque cardíaco, o coração fica mais fraco devido aos danos causados no músculo cardíaco, assim o coração não bombeia sangue o suficiente. Quem possui histórico de ataque cardíaco pode vir a ter insuficiência cardíaca.
Em geral, ao chegar na terceira idade, o coração aumenta um pouco seu tamanho, isso faz com que as paredes se tornem mais espessas. Durante o período de repouso a frequência dos batimentos por minuto do coração é mais baixa, comparada a um coração mais novo.
Quando vamos ganhando mais idade, nosso corpo vai respondendo ao passar do tempo. Alguns órgãos podem não funcionar tão bem quanto antes, entre eles, o coração, que pode desenvolver um quadro de insuficiência cardíaca pela sua perda de capacidade.
A diabetes é o excesso de açúcar (glicose) que circula no nosso sangue e que pode prejudicar o funcionamento do coração.
Quando há excesso de açúcar no sangue, ele vai aos poucos causando danos aos vasos sanguíneos, prejudicando o funcionamento do coração, podendo levar à insuficiência cardíaca.
Leia mais: Quais os sintomas de diabetes?
Pacientes que fazem uso de medicamentos anti-inflamatórios, anestésicos e para tratamento de câncer ou linfomas, por exemplo, têm mais riscos de sofrer com a insuficiência cardíaca.
A apneia do sono faz com que a respiração diminua enquanto dormimos, havendo uma variação na frequência de batimentos cardíacos e da pressão. Esse tipo de problema pode enfraquecer o coração ao longo do tempo, desenvolvendo uma insuficiência cardíaca.
Consumir bebidas alcoólicas em excesso pode prejudicar não só o fígado, mas também o coração devido ao enfraquecimento do músculo cardíaco, dessa maneira pode levar à insuficiência cardíaca.
Fumar faz com que haja uma aceleração na oxidação do colesterol, favorecendo a formação da placa de aterosclerose (acúmulo de substâncias e de gordura nas artérias) que influencia na possibilidade de infarto.
Não bastasse isso, o fumo afeta o funcionamento do pulmão e do coração possibilitando um quadro de insuficiência cardíaca.
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Quando o indivíduo encontra-se em sobrepeso, o coração precisa realizar maior esforço para bombear o sangue, sobrecarregando esse órgão e podendo gerar, ao longo do tempo, a insuficiência cardíaca.
Dependendo do histórico de saúde de cada pessoa pode ocorrer do coração funcionar em ritmos diferentes, em alguns momentos mais acelerados e outros mais lentos.
Não é normal essa condição e geralmente é influenciada por outras doenças que o indivíduo possa ter.
A mudança brusca dos batimentos pode a longo prazo enfraquecer a atividade do coração, levando à insuficiência cardíaca.
Algumas outras doenças também podem ocasionar ou favorecer a insuficiência cardíaca, entre elas:
A insuficiência cardíaca pode se manifestar com sintomas que não parecem graves, como cansaço ou falta de ar, dependendo da pessoa. Mas alguns deles são bastante característicos como batimento cardíaco irregular, tosse com muco, entre outros:
Sentir falta de ar após alguma atividade física leve ou em momentos de repouso é sinal de que há algo errado.
Isso ocorre devido ao acúmulo de líquido e congestão nos pulmões, que não conseguem fazer as trocas de oxigênio, reduzindo a nutrição ao organismo. Junto à falta de ar é comum que se manifeste a fraqueza e posteriormente a fadiga.
É comum que a insuficiência cardíaca possa provocar o aumento de peso, isso é decorrente do acúmulo de líquido nos pulmões e resto do corpo.
O inchaço também acontece porque o coração não consegue distribuir o sangue para os órgãos vitais, como rins e fígado, assim vão se acumulando em certas partes do corpo junto aos outros líquidos, causando inchaço nas pernas, tornozelos, pés e abdome.
A insuficiência cardíaca faz com que o coração tenha que trabalhar dobrado para compensar a dificuldade no bombeamento sanguíneo.
Esses batimentos podem ocorrer de forma irregular, sendo às vezes mais rápidos e outras vezes mais calmos, podendo levar à sensação de que o coração está latejando ou acelerando demais.
Quando surge uma tosse e, mesmo passando semanas, ela persiste, é um sinal para observar melhor os sintomas que vêm junto dela. Entre eles, o chiado no peito ou inchaço na região do abdômen.
Comer pouco e sentir-se cheio ou faltar a vontade de comer são alguns dos sinais da insuficiência cardíaca. Ela vem acompanhada também de náuseas, que se tornam frequentes principalmente nos momentos de alimentação.
A tosse pode persistir por semanas e vir acompanhada de muco de coloração rosa ou amarela. Como a tosse é frequente, acaba sendo comum que haja dores no peito pelo esforço provocado ao ato de tossir.
Esses dois sintomas juntos podem significar o desenvolvimento de insuficiência cardíaca.
O especialista que pode diagnosticar e decidir o melhor tratamento em caso de insuficiência cardíaca é o médico cardiologista ou o clínico geral.
Para confirmar a insuficiência cardíaca, de acordo com as Diretrizes para o Diagnóstico da IC, o profissional deve verificar a presença pelo menos 1 critério maior e 2 menores:
É preciso apresentar pelo menos 1 dos critérios maiores:
São necessários ao menos 2 dos seguintes quadros:
A consulta poderá ainda traçar o quadro por meio do histórico médico do paciente, doenças que existem na família, estilo de vida etc.
Além de examinar o paciente, alguns exames são solicitados pelo cardiologista para auxiliar no diagnóstico e escolha do tipo de tratamento:
Neste exame é possível observar o órgão e toda a sua estrutura.
Para isso é passado um gel no peito do paciente, em seguida um aparelho percorre a superfície da pele e consegue transmitir uma imagem do coração e pulmões. Essa imagem é exibida em um monitor, em que o médico consegue avaliar a saúde do coração.
É um exame rápido e indolor, sendo atualmente o mais indicado no ramo da cardiologia pelo seu baixo custo e qualquer faixa etária pode realizá-lo.
O eletrocardiograma ou ECG é um exame que o paciente se deita em uma maca e são colocados e distribuídos eletrodos (semelhantes a pequenos adesivos) pelo peito.
Depois de serem ligados a um aparelho, os eletrodos começam a avaliar os batimentos do coração, transformando-os em uma espécie de gráfico. Por meio desse gráfico gerado, o médico consegue identificar os problemas e avaliar a frequência cardíaca.
O procedimento é rápido, feito em cerca de 5 minutos, e indolor.
Leia mais: Para que serve o Eletrocardiograma?
Conhecida também por coronariografia e cateterismo cardíaco, o exame precisa ser feito com anestesia, em que, após aplicação dela, é introduzido um cateter na região da virilha ou braço.
Pela corrente sanguínea, ele levado até ao coração nas artérias coronárias.
Injeta-se um contraste nas artérias, permitindo que elas fiquem mais visíveis para serem analisadas por meio do raio-x.
O procedimento é realizado em torno de 20 minutos até uma hora.
Consiste em um exame do tipo raio-x concentrado na região do tórax.
Utilizando a radiação ionizante (ondas eletromagnéticas), produz imagem de uma parte do corpo, nesse caso, do tórax.
Após esse exame ficar pronto, o médico utiliza as imagens para identificar a presença de doenças cardiovasculares por meio do tamanho do coração ou líquidos acumulados no órgão.
Os exames de sangue podem ser solicitados quando o diagnóstico não está claro o suficiente ao especialista e outras causas precisam ser excluídas.
Geralmente são recomendados os exames hemograma completo, creatinina, ureia, albumina, eletrólitos, dextrose e função hepática.
Ainda há outras opções de exames a serem realizados pelo médico, caso seja necessário para o diagnóstico. Eles podem ser:
Alguns casos, sim, mas depende do tipo.
Alguns tipos de insuficiência cardíaca podem ter cura, como na cardiopatia periparto e em alguns casos de inflamação do músculo cardíaco, chamados de miocardites.
Segundo o médico cardiologista, Emilton Lima Júnior, mesmo nestas situações com potencial de cura, essas doenças podem ser muito graves podendo deixar sequelas e levar à morte do paciente.
Aliados aos medicamentos, alguns tratamentos conseguem auxiliam na melhoria do paciente que possui a insuficiência cardíaca. Em curto prazo, é possível melhorar os sintomas e evitar outras doenças, como disfunção renal.
Já em longo prazo, consegue-se melhorar as funções cardíacas e a qualidade de vida, prevenindo também outras doenças.
O tratamento para insuficiência cardíaca tem evoluído cada vez mais desde o transplante cardíaco, passando por novos medicamentos e equipamentos.
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Mas, ainda assim, a maioria dos pacientes acaba por ter sua vida bastante abreviada a partir do diagnóstico ou tem sua qualidade de vida muito comprometida nos seus últimos anos de vida. Entre os tratamentos estão:
A oxigenioterapia é um tipo de tratamento indicado para quem possui um baixo nível de oxigênio no sangue e necessita corrigir a deficiência do ar para que o organismo funcione normalmente.
Em geral, a oxigenação é feita por meio de máscaras ou cateteres posicionados na entrada do nariz, levando O2 em alta concentração aos pulmões.
O tratamento pode ser curto e pontual, até que o quadro se estabilize, ou prolongado, sendo necessárias várias inalações durante a semana.
Em alguns casos, o coração sozinho não é capaz de funcionar, nesses casos é necessário um suporte que o ajude a manter os batimentos.
Existem diferentes dispositivos que podem ser implantados para auxiliar o coração, geralmente possuem características parecidas: são pequenos, possuem bateria e são inseridos com o uso de anestesia em partes externas do corpo, não sendo visíveis.
Algumas das opções são:
Os medicamentos podem ser utilizados para aliviar os sintomas e auxiliar no tratamento.
Podem ser recomendados diuréticos, nitratos ou digoxina, além de betabloqueadores, antagonistas da aldosterona e inibidores de ECA.
Mas é preciso que o médico realize o diagnóstico para então recomendar o uso da medicação.
Adotar uma dieta com muitas opções de frutas, verduras e cereais é ótimo para o controle da pressão arterial.
Deve-se evitar gordura, açúcares em excesso, carne vermelha e alimento em conserva. O sal também deve ser diminuído nos temperos, o consumo ideal é de uma colher de chá rasa para o alimento.
Não esqueça de beber água, de 1,5 a 2 litros, para manter o corpo hidratado equilibrado.
O uso de medicamentos e acompanhamento médico, assim como a realização de atividade físicas, auxilia na correta manutenção da pressão arterial.
A prática de atividade física possui muitos benefícios na reabilitação dos problemas cardíacos, pois favorece o funcionamento adequado do coração e dos sistemas pulmonar e muscular.
São indicadas atividades de baixo impacto, como caminhadas, musculação, hidroginástica etc.
Quando a insuficiência cardíaca está avançada e o tratamento não apresenta resultados satisfatórios, a opção é a realização da cirurgia cardíaca.
Dependendo do caso e do estado em que se encontra o paciente as opções de cirurgia são:
O tratamento medicamentoso para insuficiência cardíaca geralmente consiste na utilização de remédios que são determinados dependendo de cada caso, pelo especialista.
Mas são comuns os inibidores da ECA, bloqueadores dos receptores da angiotensina, diuréticos, cardiotônicos e betabloqueadores.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Quanto mais cedo for identificada a presença da insuficiência cardíaca, melhor será a resposta ao tratamento. Infelizmente não há cura, mas é possível viver bem com a condição se os cuidados certos forem adotados.
As taxas de mortalidade entre aqueles que já foram hospitalizados, são de 30% em 1 ano.
Quando a insuficiência é avançada e crônica, o risco de morte pode variar de 10% a 40%, por ano.
Pacientes com acompanhamento da condição, que conseguem reduzir os fatores de risco agravantes, podem ter boa qualidade de vida.
Quando não há a busca por tratamento pode ocorrer complicações no caso e desenvolver outras condições como pressão alta, ataque cardíaco, aumento do coração, válvulas cardíacas anormais e diabetes:
A insuficiência cardíaca provoca uma alteração na atividade do coração, ela faz com que o sangue retorne ao órgão, congestionando-o. Aos poucos, vai aumentando a pressão nas veias de todo o corpo, entre elas as do fígado.
Dessa maneira, as veias hepáticas começam a trabalhar mais, fazendo com que o órgão seja prejudicado.
Quando ocorre a insuficiência cardíaca, em alguns casos ela conseguir reduzir o fluxo sanguíneo que é enviado para os rins, o que pode causar insuficiência renal.
O músculo cardíaco precisa de sangue rico em oxigênio para que as paredes do coração funcionem corretamente, por isso, o músculo possui seus próprios vasos.
Pode ocorrer de algum vaso coagular, levando a um ataque cardíaco — que pode danificar o músculo cardíaco.
Para prevenir o caso de uma insuficiência cardíaca, é preciso realizar mudanças no comportamento alimentar e estilo de vida. Adotar hábitos saudáveis e ter acompanhamento médico são as melhores opções.
Leia mais: Tomar aspirina todos os dias ajuda a prevenir doenças cardíacas?
Entre as dicas estão:
O ato de fumar prejudica a saúde de várias formas, mas em questão com a insuficiência cardíaca o cigarro reduz a capacidade do coração em bombear sangue. Quanto maior o consumo de cigarro maiores os danos causados no músculo cardíaco.
Quando estamos estressados provocamos o aumento da arritmia cardíaca. Portanto, em situações estressantes, respire fundo e tente se acalmar para não prejudicar ainda mais sua saúde.
Praticar a atividades físicas, desde natação, corrida, caminhada, musculação entre outras, pode trazer muitos benefícios, sobretudo para o coração.
A prática de pelo menos 30 minutos de exercícios 3 vezes na semana é suficiente para trazer melhorias ao organismo.
Cuide de sua alimentação, evite alimentos industrializados, ricos em gordura e açúcares, que podem favorecer doenças em longo prazo.
Dê preferência a frutas, legumes e vegetais para que sua imunidade fique mais forte e assim evite de ficar doente.
É importante cuidar corretamente de outras doenças, como diabetes e hipertensão, para que elas não se desenvolvam e façam com que outras doenças, como a insuficiência cardíaca possa surgir e se desenvolver também.
Leia mais: 6 horas por noite é o tempo mínimo de sono para evitar doenças cardíacas
O álcool em excesso é péssimo para a saúde, principalmente para as atividades do coração. Por isso controle-se, pode beber mas com moderação e bom senso.
É possível conviver normalmente em caso do diagnóstico de insuficiência cardíaca, para isso é necessário cuidado redobrado em alguns pontos:
Não deixe de praticar atividades físicas, elas ajudam no fortalecimento muscular, no sistema imunológico, na resistência, metabolismo, alívio do estresse e auxiliam na saúde cardíaca.
Durante sua alimentação, use apenas uma colher rasa de chá de sal (5g) nos alimentos. O sódio em excesso retém água e faz com que o coração trabalhe redobrado. Desse jeito, promove a falta de ar e inchaços nos pés, pernas e tornozelos.
Leia mais: Conheça os perigos do sódio em excesso na dieta
Estabeleça um limite na quantidade de gordura que você pode consumir na sua alimentação. As gorduras possuem um potencial prejudicial alto para o aumento da doença cardíaca.
Dependendo dos medicamentos utilizados no tratamento da insuficiência cardíaca, pode ocorrer de algumas partes do corpo incharem, sendo mais comum de ocorrer nas pernas, tornozelos e pés. Fique atento e se perceber o inchaço, procure descansar e eleve as pernas por 15 a 20 minutos.
Álcool em excesso já faz muito mal a atividade do coração, mas quando se faz uso de medicamentos para a insuficiência cardíaca é preciso um cuidado maior, pois podem interagir com a medicação, podendo aumentar o risco de batimentos cardíacos anormais.
Tenha uma dieta balanceada e de qualidade, incluindo frutas, legumes, verduras e cereais de sua preferência. Evite alimentos gordurosos e industrializados, prefira proteínas magras, em relação a produtos lácteos opte pelos que possuem poucas gorduras, como iogurte.
O ato de fumar danifica severamente os vasos sanguíneos de quem possui insuficiência cardíaca, reduzindo a quantidade de oxigênio no sangue e fazendo com que o coração tenha que trabalhar mais rápido.
Corte o cigarro, se preciso procure ajuda médica para retirar esse hábito e não prejudicar ainda mais sua saúde.
A insuficiência cardíaca pode ser causada principalmente por doenças como a pressão arterial alta, doença cardíaca coronária, cardiomiopatia, doença cardíaca congênita, miocardite e anemia.
Ela é uma condição que pode ser provocada por outra doença que esteja atingindo o organismo (como as já citadas). Devido a primeira doença conseguir danificar o coração, desse modo impede que o órgão consiga exercer sua atividade corretamente fornecendo oxigênio ao corpo, resultando em um quadro de insuficiência cardíaca.
Depende de quando for realizado o diagnóstico da doença, pois é ele que vai determinar a expectativa de vida. Mas, em média, até 40% dos pacientes que são diagnosticados com insuficiência cardíaca crônica morrem em cinco anos. Nos casos agudos, com hospitalização, cerca de 30% morre em até 1 ano.
Os riscos da insuficiência cardíaca podem ser desde um ataque cardíaco (infarto do miocárdio), a válvulas cardíacas anormais, aumento do coração (cardiomiopatia), pressão alta (hipertensão), diabetes e influência genética.
Insuficiência cardíaca é uma condição grave, mas que se diagnosticada cedo pode ser tratada e o paciente consegue ter uma boa qualidade de vida.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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