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Antidepressivo: qual é o melhor e o mais usado? E os novos?

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 01/09/2021Última atualização: 17/05/2022
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 01/09/2021Última atualização: 17/05/2022
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Antidepressivo é o medicamento que atua no Sistema Nervoso Central (SNC) e é indicado para o tratamento de transtornos e doenças mentais e neurológicas. Desde a depressão em si e transtornos de ansiedade, pânico até insônia e outras. 

Sendo assim, o (a) médico (a) que acompanha o (a) paciente pode determinar quando esse tipo de remédio deve ser indicado e qual o melhor tratamento a curto, médio e longo prazo. 

Este artigo é um complemento atualizado com novos tratamentos e uma lista dos antidepressivos mais usados. Para saber tudo sobre o que são, como agem, quando são indicados e quais as contraindicações de antidepressivos, você pode ler o material que fizemos em parceria com o Dr. Emerson Rodrigues Barbosa (CRM/PR 25901), diretor clínico do Instituto de Psiquiatria do Paraná (IPP), em: Remédio antidepressivo: engorda? Veja nomes, como age e mais.

Qual é o melhor antidepressivo?

Antes de mais nada, vale frisar que cada antidepressivo tem seus benefícios e contraindicações, sendo assim, somente um (a) psiquiatra pode receitar o melhor para cada caso. Além disso, é importante considerar os sintomas a serem tratados, se há outras doenças e se a pessoa já faz uso de algum medicamento contínuo. 

Isso porque muitos antidepressivos possuem várias contraindicações de interação medicamentosa, ou seja, remédios que não devem ser tomados ao mesmo tempo, pois podem ter seus efeitos alterados e se tornarem prejudiciais à saúde. 

Mas por que não é possível dizer qual é o melhor antidepressivo? Ao mesmo tempo que determinado remédio pode ser o ideal para uma mulher de 45 anos com um transtorno de ansiedade generalizada, pode não ser o mais indicado para uma outra com as mesmas condições. Justamente porque cada organismo é único e se adapta melhor a um ou outro composto. 

Além disso, cada classe de medicamentos atua de maneiras distintas e dependendo do conjunto de sintomas e possíveis causas medicamentos podem funcionar para uma e não para outra pessoa.

Este processo de ajustes pode ser longo e envolve encontrar um psiquiatra confiável e com quem você se sinta à vontade para contar sobre o que tem sentido (sintomas físicos e emocionais). Dessa forma, o profissional consegue orientar sobre a necessidade de tomar ou não medicamento, além de acompanhar ao longo das próximas etapas do tratamento. 

Em resumo, cada caso é único e precisa ser acompanhado por um profissional de saúde especializado. No entanto, podemos listar quais são os mais comumente receitados, seus efeitos e modo como agem no organismo, para ajudar quem já está nesse processo a entender melhor sobre o assunto. 

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Quais os antidepressivos mais usados? 

Se antes da pandemia os casos de depressão e transtornos mentais como a ansiedade e a síndrome do pânico já vinham aumentando, agora esses números estão ainda mais expressivos. Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos, 53% dos brasileiros tiveram piora em sua saúde mental durante a pandemia. 

Isso porque o distanciamento social, as mudanças na rotina que aumentaram estresse, angústia e insegurança, além da grande quantidade de pessoas em luto por algum amigo ou familiar aumentou muito. Sendo que em alguns casos, o quadro de tristeza e ansiedade (sentimentos naturais do ser humano) passaram de um nível normal e se tornaram realmente problemas de saúde.  

Dessa forma, vale frisar que a consulta regular a um (a) psiquiatra é de extrema importância para qualquer problema de saúde mental e uma receita médica adequada, assim como o acompanhamento com psicólogo (a) para melhorar a efetividade do tratamento. 

É importante saber que cada pessoa se dapta melhor a um antidepressivo

Somente este ano, entre janeiro e julho, os 5 antidepressivos mais procurados no Consulta Remédios somaram mais de 2,5 milhões de buscas. Por isso, a seguir você confere um pouco mais sobre cada um deles: 

Fluoxetina

Em 1º lugar, está o cloridrato de fluoxetina, um dos principais antidepressivos receitados por causar menos efeitos colaterais. Sendo assim, é um bom início de tratamento para avaliar se há ou não a necessidade de testar outros medicamentos. 

Além disso, a fluoxetina faz parte do grupo de inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), que ajudam a melhorar o humor e a qualidade do sono. Dessa maneira, costumam ser indicados principalmente para depressão e transtornos ansiosos, além de poder ser recomendado em casos de transtorno obsessivo compulsivo (TOC), bulimia e quadros severos de tensão pré-menstrual (como o transtorno disfórico pré-menstrual).   

Especialmente para quem nunca tomou antidepressivos, é comum que haja reações durante o período de adaptação do organismo ao medicamento. No entanto, é importante acompanhar junto ao psiquiatra para avaliação da relação de benefícios e reações.

Entre os efeitos colaterais mais comuns estão diarreia, enjoo, dor de cabeça e sintomas respiratórios (gripe, sinusite, faringite), além da diminuição do peso e da libido. Também pode causar inquietação e nervosismo, piora inicial do quadro de ansiedade, entre outros.

Leia mais em Fluoxetina: Nomes, Preços e Farmácias Onde Comprar | CR (consultaremedios.com.br)

Escitalopram 

Assim como a fluoxetina, o oxalato de escitalopram é um inibidor seletivo de recaptação da serotonina (ISRS) recomendado para depressão e TOC, mas também pode ser indicado para transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtorno do pânico e fobia social.

Principalmente nas primeiras duas semanas, pode causar dor de cabeça, enjoo, diarreia, tontura, além de influenciar no apetite (causando aumento ou diminuição do peso), na qualidade do sono (sonolência ou insônia) e diminuir a libido. 

Leia mais em Oxalato de Escitalopram | CR (consultaremedios.com.br)

Sertralina

Outro ISRS frequentemente indicado é o cloridrato de sertralina, que também costuma causar náusea, diarreia, dor de cabeça e insônia. Seu uso é recomendado em casos de estresse pós-traumático, depressão, ansiedade, síndrome e distúrbios do pânico, fobia social, síndrome e transtorno pré-menstrual (STPM e TDPM) e TOC.

Sendo que este medicamento pode ser mantido a longo prazo como forma de evitar recorrências das doenças por até 2 anos. Desde que com recomendação médica, a sertralina é um dos poucos antidepressivos que pode ser utilizado por crianças (a partir dos 6 anos) e adolescentes.

Leia mais em Cloridrato de Sertralina | CR (consultaremedios.com.br)

Amitriptilina

De outro lado, o cloridrato de amitriptilina faz parte dos antidepressivos tricíclicos (ADT), primeira classe descoberta, que atua aumentando a disponibilidade da serotonina, noradrenalina e dopamina. Apesar de ser um medicamento antigo, ainda é um dos mais eficazes no tratamento da depressão. 

Principalmente em sua fase de adaptação pode levar a uma piora no quadro depressivo, inclusive com aumento de pensamentos suicidas, portanto, o (a) paciente deve ser acompanhado (a) de perto pelo (a) psiquiatra e psicólogo (a). 

Também costuma afetar o corpo, podendo causar ganho de peso, boca seca e tontura. 

Leia mais em Cloridrato de Amitriptilina | CR (consultaremedios.com.br)

Paroxetina

Fechando a lista dos 5 antidepressivos mais buscados no Consulta Remédios em 2021, está o cloridrato de paroxetina, outro ISRS. Recomendado também para tratamentos nos casos de transtorno depressivo maior, fobia social, transtorno do pânico e transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM).

Leia mais em Cloridrato de Paroxetina | CR (consultaremedios.com.br)

Vale lembrar que a venda desses medicamentos é feita apenas mediante receita médica específica em que uma via fica retida na farmácia. 

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Durante o uso de antidepressivos não faça o uso de bebidas alcoólicas e outras drogas ou medicamentos que atuem no Sistema Nervoso Central. Essa combinação é extremamente perigosa e pode levar a diversos efeitos adversos sérios e até à morte em alguns casos. Converse e siga todas as orientações médicas.

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Outras alternativas e novos antidepressivos 

Se por um lado, os primeiros antidepressivos eram os tricíclicos e os inibidores da monoaminoxidase (IMAOs), com a evolução da farmacologia e de estudos em saúde, surgiram classes que atuam de maneira mais específica em substâncias como a serotonina e a noradrenalina. 

Ainda em alguns casos, os ADTs e IMAOs são indicados, mas a preferência é para medicamentos que afetem menos outros receptores do sistema nervoso central sem associação direta com os sintomas do transtorno depressivo, e, por consequência, apresentem menos efeitos colaterais e toxicidade para o organismo.

Frequentemente, surgem novos estudos e tratamentos para a depressão e outros quadros neurológicos e mentais. Nesse sentido, é fundamental que o médico avalie o caso do paciente levando em conta seu histórico, sua adaptação a medicamentos e gravidade dos casos. 

Entre os novos tratamentos, há vários bem promissores para diferentes finalidades, como o Cloridrato de escetamina (SPRAVATO ®): liberado para uso nos Estados Unidos, em 2019, e, no Brasil, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro de 2020. Seu uso é restrito às clínicas psiquiátricas e é recomendado para pacientes com depressão resistente a outros tratamentos medicamentosos. 

No entanto, não necessariamente um novo tratamento ou medicamento vai ser melhor ou pior do que os já existentes no mercado. Mais uma vez, é uma questão de equilíbrio entre a eficácia e a adaptação para cada pessoa.

Ainda que em muitos casos o medicamento seja fundamental para a melhora do (a) paciente, é importante que o tratamento também envolva o acompanhamento com psicoterapeuta, um cuidado para que a alimentação seja equilibrada (para não faltar nutrientes que garantem o bom funcionamento do corpo) e a prática de atividades físicas, sociais e de lazer que ajudem no bem-estar.


Busque ajuda

Transtornos mentais não são causados por falta de Deus ou do que fazer, como algumas pessoas ainda insistem em dizer. Sendo que crenças como essas acabam gerando preconceito e adiando a ida de pessoas ao psicólogo e psiquiatra, até chegar a um estágio muito mais avançado dos sintomas e até quadros de tentativa de suicídio. 

Não compartilhe desinformação, não espere a piora do quadro para procurar atendimento e apoie as pessoas à sua volta a procurarem ajuda profissional. 

Aqui no Minuto Saudável, você fica bem informado (a) para cuidar da sua saúde e ter mais qualidade de vida e bem-estar. Siga nos acompanhando e encaminhe esse conteúdo para quem você acredita que precisa ler.

Fontes consultadas:

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Imagem do profissional Emerson Barbosa
Este artigo foi escrito por:

Dr. Emerson Barbosa

CRM/PR: 25901CompletarLeia mais artigos de Dr. Emerson
Imagem do profissional Francielle Mathias
Este artigo foi escrito por:

Dra. Francielle Mathias

CRF/PR: 24612CompletarLeia mais artigos de Dra. Francielle
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