Seja vinho, cerveja, drinks com bebidas destiladas, chás ou até mesmo sucos, as gestantes sempre ficam em dúvida do que pode ou não beber durante a gestação. 

Não há estudos que comprovem o quanto é seguro ingerir essa substância durante a gestação. Por isso, por medidas de seguranças, o recomendado é que as grávidas não consumam álcool. 

Grávida pode beber no início da gravidez?

A gestante não deve ingerir bebidas alcoólicas em nenhuma fase da gestação. Isso porque o consumo dessa substância pode trazer consequências para o neném durante todos os meses de gravidez.

Não há estudos científicos suficientes que comprovem qual é a dose ou a idade gestacional segura para o consumo de álcool. 

Assim, por precaução, a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia) defende que o consumo deve ser zero. 

Vale ressaltar que durante a fase da amamentação a mulher também não deve consumir bebidas com álcool, já que ele pode ser transmitido ao neném pelo leite materno. 

Grávida pode beber cerveja? 

A recomendação é que não se ingira álcool na gravidez. Por isso, se a cerveja contiver algum teor alcoólico, o seu consumo não é recomendado para as grávidas e mulheres que estão amamentando. Isso vale tanto para cervejas industrializadas, com ou sem malte, artesanais, gourmet, preta, vermelha ou branca.  

Saiba um pouco mais sobre esse assunto: 


Cerveja Preta

A cerveja preta pode conter até 4% de teor alcoólico. Assim, o seu consumo não é recomendado para as gestantes e lactantes. 

Cerveja Zero

Esse tipo de cerveja pode ser consumida desde que a gestante tenha certeza que não há fermentação ou outras bebidas alcoólicas na composição da cerveja.

Seu consumo não é liberado livremente, mas com moderação. Isso porque essa bebida contém muitos gases (comos os refrigerantes) que podem aumentar a acidez do estômago e piorar os enjoos tão comuns na gestação. 

Por que gestante não pode beber?

As gestantes não devem consumir álcool porque tudo que ela ingere também é transferido (em maior ou menor quantidade) para o bebê por meio do cordão umbilical. A substância consegue ultrapassar as barreiras da placenta e chegar até o bebê, podendo causar prejuízos para ele.   

Além disso, a embriaguez facilita quedas e tombos que podem comprometer a saúde e o bem-estar do bebê.   

O consumo de álcool (principalmente em excesso) também resulta em ressaca, enxaqueca, náuseas, vômitos. Isso não é exclusivo das grávidas, mas os quadros podem ser agravados nelas, já que tonturas e náuseas são mais comuns nessa fase.  

Após o parto, a mulher ainda deve evitar o consumo etílico, por causa da amamentação, já que o álcool pode ser transferido para a criança pelo leite materno, podendo causar agitação, falta de apetite e problemas intestinais no bebê. 

O que o álcool pode causar na gravidez?

Quanto maior a quantidade ou a frequência, maiores são os prejuízos que a ingestão de álcool durante a gestação pode trazer. Entre essas complicações está a Síndrome Alcoólica Fetal que pode causar desde alterações faciais, má formação até convulsões fetais e aumento do risco de aborto espontâneo. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 12 mil bebês nascem com a Síndrome Alcoólica Fetal todos os anos. 

Outros riscos do consumo de álcool na gestação: 

No 1º trimestre

Entre o 1º e o 3º mês de gestação, o uso de álcool pode:   

  • Provocar má formação do neném; 
  • Contribuir para que bebê nasça abaixo do peso ideal; 
  • Facilitar o aparecimento de deformidades na face (como fissuras nas pálpebras, nas narinas e nos lábios); 
  • Aumentar do risco de aborto espontâneo. 

No 2º trimestre 

Dificuldades para se desenvolver saudavelmente, problemas no cérebro (um dos lados sem o desenvolvimento adequado) e no coração (como arritmia cardíaca) são as principais consequências do uso de álcool entre o 3º e o 6º mês da gravidez. 

No 3º trimestre 

Já no finalzinho da gestação (entre o 6º e o 9º mês), o álcool pode aumentar as chances de parto prematuro ou de que o bebê venha a falecer dentro do útero ou durante o trabalho de parto (criança natimorta).   

Depois do nascimento 

O consumo excessivo dessa substância pode deixar sequelas para o restante da vida do bebê, entre elas:

  • Retardo mental; 
  • Dificuldade de aprendizagem, 
  • Alterações no comportamento (a criança pode ser mais agitada ou ter dificuldades para relacionar-se socialmente);  
  • Tendência ao alcoolismo ou outros vícios. 

O consumo de álcool durante a gestação não é seguro para o neném. Por isso, a recomendação é que a mulher evite essa substância desde o descobrimento da gestação até o fim da lactação. 

Se você tem dificuldades para parar de beber e quiser ajuda, ligue para 132 (serviço governamental  de orientação sobre vícios. A ligação é gratuita, anônima, válida para todo o território brasileiro) ou procure grupos de apoio (como os Alcoólicos Anônimos). 

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