Os hormônios são substâncias que têm como uma de suas principais funções regular o funcionamento das células do corpo. Se um hormônio não está em quantidade adequada, pode ser que o organismo não funcione de maneira ideal.
É o que ocorre com a testosterona que, se em baixas quantidades, pode afetar tanto homens quanto mulheres e provocar sintomas como fadiga intensa e queda da libido.
Para resolver o problema, existem algumas técnicas que podem ser empregadas. Quer saber mais sobre o assunto? Continue lendo o texto!
Índice — neste artigo você vai encontrar:
A testosterona é o principal hormônio sexual masculino, que atua em diferentes áreas do corpo, como o engrossamento da voz, aumento da massa muscular, crescimento de barba e pelos e também a produção de espermatozoides.
É gerado predominantemente pelos testículos e é um andrógino, ou seja, atua na manutenção dos traços masculinos no homem.
Apesar disso, o hormônio também está presente no organismo feminino, porém, em menores quantidades, cerca de 20 a 30 vezes menos.
Nas mulheres, ele é produzido pelos ovários e glândulas suprarrenais, e auxilia a equilibrar algumas funções do corpo, como o ganho de massa muscular, aumento da massa óssea e até mesmo os níveis de libido.
Tanto no homem quanto na mulher a testosterona também tem funções como o equilíbrio da vitalidade e energia e até mesmo influencia os níveis de fertilidade.
Quando o hormônio está em quantidade abaixo do normal, pode provocar disfunções emocionais e físicas, desencadeando sintomas de depressão ou a queda da libido, por exemplo.
Vale ressaltar que geralmente após os 50 anos é comum que os níveis de testosterona diminuam gradativamente no corpo. Entretanto, caso a baixa ocorra antes disso, pode ser que algo não esteja certo e seja caso de Hipogonadismo — mal funcionamento dos testículos e inibição da produção de testosterona —, por exemplo.
Por isso, é indicado procurar um(a) médico(a) para avaliar o quadro e indicar o diagnóstico correto.
Quando o organismo está com problemas, geralmente o corpo dá alguns sinais, e no caso da testosterona baixa não é diferente. Tanto mulheres quanto homens podem ter seus níveis do hormônio diminuídos e manifestar diferentes sintomas, entre eles: a redução de pelos pelo corpo, impotência sexual, queda na libido, falta de energia e alterações no humor.
De maneira geral, o diagnóstico é feito pela análise de sintomas e exames de sangue. Para a confirmação do problema, nos homens geralmente os níveis de testosterona devem estar abaixo de 200ng/dL.
Já nas mulheres, valores menores de 14ng/dL já podem indicar a presença do problema.
Entre os sintomas específicos da baixa de testosterona estão:
Quando o assunto é testosterona, é comum que as pessoas relacionem com a libido. Isso, pois o hormônio é um dos reguladores do desejo sexual e, caso haja uma baixa em seus níveis, pode acontecer alteração em homens e mulheres.
Apesar disso, vale ressaltar que não necessariamente toda pessoa com baixo nível de testosterona terá uma queda nos desejos sexuais.
Existem outros fatores, tanto psicológicos quanto hormonais, que podem interferir na condição, provocando ou não o problema.
Uma das funções da testosterona é regular o crescimento de pelos no corpo do homem.
Quando há uma queda na testosterona, pode ocorrer a diminuição na velocidade de aparecimento desses pelos, como na barba, por exemplo.
A testosterona atua na densidade e fortificação dos ossos e, quando está em falta no organismo, pode desencadear uma maior fragilidade e porosidade óssea.
Esses sintomas podem provocar o desenvolvimento da Osteoporose — condição em que há o enfraquecimento dos ossos e o aumento do risco de fraturas — e, por isso, é importante consultar um(a) médico(a) para evitar o agravamento do quadro.
Também conhecida como disfunção erétil, a impotência sexual é um problema que faz com que o homem não consiga manter, ou até mesmo ter, uma ereção para a relação sexual.
Existem diferentes fatores que influenciam para o desenvolvimento da condição, que podem ser físicos e/ou psicológicos. Entre os físicos, está a baixa na testosterona, já que o hormônio é diretamente ligado à potência sexual masculina.
As ereções matinais, apesar de consideradas um tabu para algumas pessoas, são um mecanismo comum e normal do corpo do homem.
Durante o sono, o corpo entra em um estado de relaxamento e ereções involuntárias costumam acontecer, mesmo que a pessoa não perceba. O que acontece é que os homens costumam acordar justamente em um dos momentos de ereção, ocorrendo a chamada ereção matinal.
Caso o homem perceba que elas pararam de ocorrer de maneira repentina, pode ser que seja um caso de testosterona baixa.
Entretanto, vale lembrar que existem outros fatores que influenciam no problema, sendo importante buscar um(a) médico(a) para um diagnóstico correto.
Alguns estudos acreditam que há ação da testosterona no cérebro, interferindo no comportamento. De acordo com pesquisas, acredita-se que quando há alguma alteração nos níveis do hormônio, elas também ocorrem no humor.
Dessa maneira, caso a testosterona esteja baixa, é possível que a pessoa apresente uma maior irritabilidade, mau-humor e até mesmo depressão.
Se esses sintomas ocorrerem de maneira repentina, é possível que tenha relação com a falta do hormônio no organismo.
A testosterona influencia diretamente na disposição e energia. Sentimentos de fadiga intensa durante o dia e falta de energia, seja em homens ou mulheres, podem ser sinais de que o hormônio está com seus níveis abaixo do ideal.
O hormônio atua no metabolismo, ajudando na queima de gordura corporal. Caso a pessoa esteja com baixa da substância no organismo, o metabolismo pode ficar um pouco comprometido, dificultando a perda de gordura e, consequentemente, o aumento de peso.
É por isso que, em geral, pessoas com mais de 40 anos apresentam uma maior dificuldade para emagrecer, já que os níveis de testosterona começam a reduzir de maneira gradual e natural.
Quando há um desequilíbrio hormonal como a diminuição da testosterona, é possível que ocorra o desenvolvimento de ginecomastia nos homens, ou seja, crescimento inchaço das mamas.
Caso o aumento do tecido mamário ocorra por conta da baixa do hormônio, geralmente após a regularização da testosterona as mamas retornam ao seu tamanho normal.
A testosterona é um hormônio anabólico, ou seja, atua diretamente no mecanismo de ganho de massa muscular, já que estimula a produção de proteínas e o crescimento do músculo.
Quando há uma redução nos níveis da substância, há também uma interferência nesse mecanismo. Por isso, caso haja a percepção repentina de uma maior resistência do corpo ao ganhar massa muscular, pode ser problema de testosterona.
Caso haja sintomas relacionados a baixa da testosterona, seja em homens ou mulheres, a primeira coisa a fazer é consultar um(a) profissional que indicará o diagnóstico correto de cada pessoa. Se houver a confirmação, é possível iniciar um tratamento para elevar o hormônio no organismo.
Em um primeiro momento, é possível recorrer a ações naturais como a prática de exercícios e alimentação balanceada para elevar a testosterona. Caso não haja resultado, é possível realizar a reposição hormonal.
Ela consiste em adicionar hormônios sintéticos ao corpo, ou seja, produzidos em laboratório. Existem diferentes tipos de apresentação, entre elas: gel, creme, comprimido, adesivos transdérmicos (uso na pele) ou ou injeção intramuscular (dentro do músculo) ou subcutânea (embaixo da pele).
Esse método é geralmente administrado em casos quando os hormônios não são produzidos da maneira correta pelo organismo e deve ser utilizado apenas com indicação médica.
As principais indicações de reposição são:
O tratamento para a baixa testosterona na mulher depende da causa do problema. Mulheres que fazem o uso de anticoncepcionais, por exemplo, tendem a ter uma baixa no hormônio, já que o medicamento inibe a ovulação e reduz a produção de testosterona.
Se a causa for essa, uma opção é interromper o uso do fármaco. Entretanto, é importante conversar com um(a) profissional responsável, que indicará a melhor solução para cada quadro clínico.
Caso a origem do problema seja outra, há tratamentos de reposição hormonal de DHEA ou até mesmo da própria testosterona, sempre sob indicação médica.
O DHEA é a sigla para Desidroepiandrosterona, um hormônio naturalmente produzido pelo corpo. Ele atua auxiliando na produção do estrogênio e da testosterona e mantém os níveis hormonais equilibrados.
Já a reposição com testosterona também pode ser feito, dependendo do quadro clínico da mulher. É importante que haja o diagnóstico por um(a) médico(a), que irá decidir qual a melhor opção.
Se a produção de testosterona não está ocorrendo da forma ideal, existem alguns meios para aumentar naturalmente os níveis do hormônio no corpo, como a prática de exercícios físicos, por exemplo. Especificamente, algumas ações que podem ser feitas são:
A prática de exercícios físicos como a musculação pode ajudar a estimular a produção de testosterona. De acordo com alguns estudos, o levantamento de pesos ajuda a elevar os níveis do hormônio no corpo, para suprir a demanda muscular.
Vale lembrar que os exercícios devem ser feitos regularmente e uma dica é, em vez de treinos com grandes repetições, investir em repetições curtas, porém, com mais carga.
Uma alimentação balanceada e rica em minerais como o zinco é muito importante para quem busca elevar a testosterona de forma natural. O zinco é um dos minerais que estimulam a produção de testosterona, ajudando a aumentar o hormônio.
Além disso, alimentos fonte de vitaminas A e D também podem ser bons aliados, já que estudos revelaram que o aumento dessas vitaminas no corpo ajuda a elevar os níveis de testosterona no organismo.
Ter uma boa noite de sono é essencial para o bom funcionamento do organismo, inclusive, para uma boa produção de testosterona.
Isso, pois regular o descanso ajuda a diminuir os níveis de estresse e ansiedade durante o dia a dia, que estimulam a produção da substância cortisol. Ela é conhecida como o hormônio do estresse e, quando liberada em grandes quantidades, pode interferir negativamente na produção de testosterona.
Dessa forma, além de dormir bem e garantir que o corpo está descansado, vale procurar mecanismos que aliviem os desconfortos e irritabilidades diárias, como a meditação, por exemplo.
A vitamina D é um composto que pode ajudar a elevar os níveis de testosterona no organismo. Para absorver e ativar os efeitos da vitamina no corpo, é importante tomar cerca de 15 a 20 minutos por dia de sol.
Vale ressaltar que esse é o tempo ideal para a exposição solar e, permanecer por mais tempo sob os raios solares pode provocar problemas como queimaduras.
Os alimentos geralmente são fontes de nutrientes como vitaminas e minerais, os quais estão relacionados com a produção de hormônios no corpo. Alguns deles, como como frutas e cereais, ajudam a estimular a fabricação de testosterona pelo organismo, o que pode elevar sua quantidade no corpo.
Mas vale lembrar que, em geral, quando há alterações hormonais acentuadas ou patologias, apenas os alimentos não vão regularizar o quadro. Entre os alimentos que podem ajudar estão:
O alho pode ser um bom aliado na hora de elevar a testosterona. O alimento contém uma substância chamada Alicina, que atua combatendo os altos níveis de cortisol, substância que prejudica a produção do hormônio.
Dessa forma, com menos cortisol, o organismo pode fabricar a testosterona de maneira mais eficiente.
As frutas são grande fonte de minerais e nutrientes que podem ser benéficos, mesmo que indiretamente, para a produção da testosterona. Entre alguns desses alimentos que podem auxiliar na produção do hormônio estão:
Frutas como a laranja, morango e kiwi possuem vitamina C em sua composição, composto que ajuda a regular os níveis de cortisol no organismo.
Quando as frutas são ingeridas e há o equilíbrio dessa substância, assim como no caso do alho, a produção de testosterona é melhorada.
O Abacate é rico em gorduras boas que ajudam a aumentar o bom colesterol (HDL) no corpo e diminuir o ruim (LDL).
Esse HDL está relacionado a produção da testosterona e, com seu aumento, há um maior estímulo para a fabricação do hormônio.
Além disso, a fruta é rica em magnésio, mineral que, de acordo com estudos, ajuda a elevar os níveis de testosterona no corpo.
A manga é uma fruta fonte de vitamina A e pode ajudar a equilibrar os níveis da testosterona.
Isso, pois a vitamina A é um composto utilizado na sua produção e em organismos em que há boas quantidades da substância, geralmente há a melhora nos níveis do hormônio.
Peixes como atum, sardinha e salmão são ricos em Ômega 3. Assim como outras substâncias, o Ômega 3 ajuda a elevar os níveis do colesterol bom no organismo e, consequentemente, ajuda a aumentar a produção de testosterona.
Além disso, eles são ricos em vitamina D, composto que ajuda a elevar a testosterona disponível no organismo.
Além de ser fonte de vitaminas do complexo B, o feijão é rico em zinco, mineral que estimula a produção de testosterona.
Por isso, incluir o alimento no cardápio diário pode ser uma boa opção para elevar o hormônio no organismo.
Da mesma maneira que o feijão, a castanha de caju é uma grande fonte de zinco, importante para a testosterona.
Para quem busca um aumento no hormônio, esse alimento pode ser uma boa opção no dia-a-dia.
Os suplementos alimentares são aqueles que dão ao corpo as substâncias necessárias para que o organismo produza mais testosterona. Existem diferentes tipos de suplementação, desde aquelas que fornecem vitaminas e nutrientes até as que atuam regulando diretamente os hormônios do corpo, como alguns ácidos, por exemplo. Entre os que podem ser utilizados estão:
O Ácido D-Aspártico é um aminoácido encontrado no aspargo e ajuda a regular os níveis de alguns hormônios do corpo, como a testosterona.
Ele age estimulando o LH (hormônio luteinizante), uma substância que ajuda a promover a produção de testosterona.
Geralmente é possível encontrar sua suplementação em cápsulas em casas de suplementos ou farmácias físicas ou online.
O zinco é um dos minerais que atuam estimulando a produção de testosterona. Quando há uma deficiência do mineral no organismo, é possível que haja uma queda nos níveis do hormônio.
Dessa forma, é possível iniciar uma suplementação de Zinco, para que haja também o aumento da testosterona.
Entretanto, vale ressaltar que os suplementos devem ser utilizados apenas quando houver uma deficiência no organismo e sempre sob orientação médica.
Entre algumas opções de suplementos estão:
Alguns estudos revelaram que o Magnésio ajuda a aumentar a testosterona disponível no sangue. Por isso, caso haja necessidade, a suplementação com o mineral pode ser uma boa opção.
Ele pode ser encontrado em cápsulas de forma isolada ou em conjunto com outros minerais na composição. Entre as opções estão:
A vitamina D é importante para a produção de testosterona. Em geral, pessoas que apresentam deficiência da vitamina têm também baixos níveis do hormônio.
Existem alguns suplementos para auxiliar a regular os níveis dela no organismo, entre eles:
Fatores como uso de medicamentos contraceptivos, estresse, alimentação inadequada e até mesmo sono irregular podem influenciar na baixa produção de testosterona na mulher. Nesses casos, assim como nos homens, os sintomas mais comuns são cansaço, queda da libido, dificuldade para emagrecer e alterações no humor.
Para reverter a situação, os mecanismos são semelhantes ao dos homens e consistem em suplementação com vitaminas e nutrientes, além de manter uma alimentação balanceada e sono regulado.
A reposição hormonal também pode ser feita, entretanto, sempre com a orientação de um(a) profissional, uma vez que as mulheres têm níveis naturalmente menores de testosterona no organismo do que os homens e, dessa forma, a reposição deve ser feita também em quantidades inferiores.
Os remédios indicados para o aumento da testosterona são geralmente a própria reposição hormonal. Ela deve ser feita apenas quando houver o diagnóstico de que, de fato, há uma deficiência na produção do hormônio pelo organismo.
Em geral, o período de tratamento e dosagens variam de acordo com o quadro clínico de cada pessoa. Algumas opções de medicamentos que podem ser utilizados são:
A testosterona é um hormônio importante tanto para homens quanto para mulheres e sua queda pode provocar disfunções no funcionamento do organismo.
Para reverter o quadro, existem alguns mecanismos que podem ser realizados para elevar a quantidade da substância no corpo, como uma alimentação balanceada e a prática de exercícios físicos.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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