A pílula anticoncepcional é um dos métodos de prevenção da gravidez. O uso é simples, pois, em geral, basta tomar um comprimidinho por dia.
Desde que usado corretamente — dias e horários regulares — o método tem uma eficácia de proteção bastante alta. Mas isso não significa que é completamente seguro, pois sempre há riscos de falha — cerca de 1%.
Além disso, por tratar-se de um medicamento, há contraindicações e pode haver efeitos colaterais. Por isso, assim como qualquer remédio, só deve ser usado com prescrição médica e com acompanhamento.
Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
A pílula anticoncepcional é um medicamento utilizado para inibir a produção do progesterona, impedindo que o período fértil da mulher se inicie.
Existem dois tipos principais deste medicamento, as pílulas orais combinadas e as minipílulas. A versão combinada apresenta dois tipos de hormônios na composição, progestógeno e estrógeno, normalmente em suas versões sintéticas.
A minipílula, no entanto, apresenta apenas o progestógeno, também chamado de progesterona ou progestina.
É o método contraceptivo mais utilizado pelas mulheres para evitar uma gravidez indesejada. Também é utilizado para o tratamento de problemas como acne, seborreia, ciclo menstrual desregulado e ovários policísticos.
Para que o índice de eficácia seja maior, deve-se seguir corretamente o uso, tomando a pílula todos os dias indicados na cartela e no mesmo horário. Com o uso adequado, o índice de falha pode ser menor que 3%.
Quando o uso é desregular ou acontece alguma interação medicamentosa, por exemplo, o índice de falha aumenta.
Para saber qual o melhor anticoncepcional para cada caso, recomenda-se, sempre, a procura por um médico ginecologista. As pílulas não são iguais e não podem ser tomadas sem que se tenha uma orientação médica.
Os efeitos colaterais, temidos por muitas mulheres, apresentam baixa recorrência. No entanto, podem acontecer. Um deles é a trombose e a redução da libido.
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O ação do anticoncepcional no organismo é a de inibir o hormônio que estimula o ovário, a progesterona. Dessa forma, a mulher tem seu período fértil alterado.
Os hormônios presentes no medicamento causam interferência nos hormônios produzidos pela mulher e isso acaba inibindo a liberação dos óvulos.
Além desse bloqueio temporário, digamos assim, do período fértil, a pílula anticoncepcional também pode provocar alteração no muco cervical, deixando-o mais espesso e dificultando a entrada do espermatozoide no útero, e no endométrio, reduzindo a adesão do óvulo fecundado na parede uterina.
A pílula anticoncepcional tem como principal objetivo reduzir os riscos de gravidez, mas o seu uso não está apenas relacionado isso. Outros efeitos da pílula incluem os seguintes benefícios:
Dentro da classe de anticoncepcionais orais existem dois tipos: as pílulas combinadas e a minipílula. Conheça:
As pílulas contraceptivas combinadas são de uso diário e contém dois hormônios em sua composição, sendo eles o estrogênio e o progestina, normalmente.
A minipílula, assim como os anticoncepcionais combinados, também é utilizada para evitar a gravidez. A principal diferença está na composição, uma vez que a minipílula contém apenas um hormônio, o progestina.
Normalmente, a minipílula é recomendada quando se tem alguma reação ou efeito colateral com outros tipos de pílulas.
Dentro dos dois tipos de pílulas anticoncepcionais, existe ainda uma divisão de acordo com a quantidade hormonal em cada pílula da cartela.
Todas previnem da mesma forma contra a gravidez e apresentam efeitos colaterais, riscos ou eficácia com pouquíssima variação.
As pílulas monofásicas são aquelas que fornecem a mesma quantidade de progestógeno e estrógeno em todas as pílulas da cartela, o que significa que não há uma ordem obrigatória em que a mulher deve tomar as pílulas da cartela.
Diferente da monofásica, as pílulas bifásicas apresentam alteração na quantidade de hormônios disponíveis em cada pílula. As 10 primeiras da cartela tem uma dosagem diferente das outras 11 restantes.
Assim, a mulher deve seguir a ordem da cartela para não tomar uma dosagem desordenada dos hormônios presentes no anticoncepcional.
A trifásica é semelhante a bifásica, a diferença é que a dosagem muda entre as 7 primeiras pílulas, as próximas 7 pílulas do meio e as 7 finais.
A ação do adesivo anticoncepcional é a mesma da pílula, mas o organismo, no lugar de receber as doses hormonais por via oral, absorve através da pele.
O adesivo é semelhante a um esparadrapo, normalmente de cor bege, no qual os hormônios estrógeno e progesterona são continuamente liberados.
Para fazer o uso correto, a mulher deve colar o adesivo na pele no primeiro dia da menstruação e trocar após 7 dias, colocando outro no lugar. Deve ser feito o uso consecutivo de 3 adesivos (21 dias) e fazer a pausa de 7 dias.
As partes do corpo onde o adesivo variam, mas não devem ser colocados próximo às mamas. Os lugares mais indicados são braço, barriga, nádegas e lombar.
Existem algumas vantagens do uso do adesivo, quando comparado ao uso da própria pílula anticoncepcional e outros métodos.
Da mesma forma que em outros métodos, existem algumas desvantagens no uso do adesivo anticoncepcional.
A injeção anticoncepcional é uma opção para quem tem dificuldade de se adaptar ao uso da pílula, por esquecer de tomar no mesmo horário e todos os dias.
É um método composto pelo hormônio progesterona ou progesterona e estrogênio juntos, com doses de longa duração. A aplicação pode ser realizada mensal ou trimestral, na região glútea.
Apesar de ser considerado um método prático, não é recomendado para todas as mulheres. Para recebê-lo, antes, é necessário verificar a possibilidade com o ginecologista. Quem deve aplicar a injeção é um profissional da área da saúde.
Um dos principais atrativos, digamos assim, é a sua durabilidade. Durante 1 a 3 meses a mulher não precisa se preocupar diariamente com essa questão. Outras características consideradas positivas na injeção contraceptiva envolvem os seguintes fatores:
Uma característica negativa da injeção anticoncepcional é o fato de ser irreversível pelo tempo de 1 ou 3 meses. Diante de efeitos colaterais, não tem como interromper o seu uso.
Outros pontos não muito vantajosos desse método são:
As pílulas de emergência, mais conhecidas por pílulas do dia seguinte, são utilizadas quando se houve relação sexual sem o uso de nenhum método contraceptivo.
Assim como as pílulas anticoncepcionais de uso contínuo, a pílula do dia seguinte também apresentam progestógeno e estrógeno, ou apenas progestógeno.
Essas pílulas são para uso emergente e devem ser utilizados o mais breve possível após a relação sexual. Não é aconselhado o uso desse método com frequência.
O ideal é que se busque outras formas de manter relações sexuais seguras, para evitar uma gestação indesejada e para prevenir DST’s.
Da mesma forma que a pílula anticoncepcional de uso contínuo, a pílula do dia seguinte não é abortiva. Na hipótese de uma mulher tomar esse medicamento mesmo estando grávida, as consequências para ela ou para o feto são mínimas.
No Brasil, os medicamentos abortivos são proibidos, ou seja, se o risco da pílula do dia seguinte ser abortiva fosse alto, a venda, provavelmente, seria suspensa.
O que acontece é justamente o contrário. Desde 2013, o Ministério da Saúde facilita o acesso à pílula, distribuindo-a nos postos de saúde sem necessidade de receita médica.
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De acordo com as necessidades de cada mulher, o tipo de anticoncepcional recomendado muda. Como se sabe, esse medicamento não tem ação apenas contraceptiva, pois pode ajudar a tratar outros problemas. Veja qual usar de acordo com a finalidade desejada:
As pílulas que podem ajudar a amenizar acnes são as que possuem ação antiandrogênica, ou seja, que inibem os hormônios que estimulam características masculinos no corpo.
Além de reduzir as espinhas, esse tipos de anticoncepcional auxilia na redução da oleosidade da pele e a presença de pelos.
Compostos como o progesterona e o ciproterona são responsáveis por ajudar nesses casos.
Pode variar para cada mulher, pois cada organismo possui uma reação diferente ao medicamento. No entanto, a presença da drospirenona, uma substância com ação diurética, pode ajudar a reduzir a retenção de líquido.
A maior parte dos anticoncepcionais são capazes de contribuir para o controle dessas duas doenças. A combinação do estrogênio e da progesterona, presentes na maioria, inibe a produção de hormônios e a ovulação, que agravam os sintomas.
Mulheres que estão amamentando devem retomar o uso da pílula após 40 dias do parto, evitando os medicamentos que contêm estrogênio.
Esse hormônio pode diminuir a produção do leite materno e por isso é contraindicado nessa situação. O ideal é que utilizem a minipílula, que apresenta apenas progesterona em sua composição.
As pílulas combinados podem ser usadas apenas após o sexto ou sétimo mês pós-parto, pois a partir desse período não afetam a produção do leite.
Não existe um consenso sobre qual o melhor anticoncepcional para quem nunca tomou, pois é necessário uma avaliação individual com o ginecologista. No entanto, alguns especialistas recomendam o uso de pílulas de baixa dosagem.
De acordo com a resposta do organismo da mulher, em que não tenha sofrido efeitos colaterais, doses mais fortes podem ser receitadas.
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Existem várias opções de pílulas anticoncepcionais disponíveis atualmente. Há algumas variações entre o modo de uso, efeitos colaterais e ação sobre o corpo.
Nem todas são usadas exclusivamente como método contraceptivo. Alguns desses medicamentos são usados para ajudar no tratamento de doenças. Confira alguns desses anticoncepcionais e seus nomes comerciais:
Veja como funcionam alguns desses medicamentos:
Esse é um anticoncepcional oral combinado, contém os hormônios feminino gestodeno (progestógeno) e o etinilestradiol (estrogênio). É considerado uma pílula oral de baixa dose.
Entre as ações não associadas a concepção, esse medicamento tem como função ajudar a reduzir o fluxo do ciclo menstrual, redução ou solução para as cólicas neste período.
Os números 20 e 30, ao lado do nome do medicamento, indicam a dosagem de cada cartela. Ele contém 21 comprimidos, com pausa de 7 dias no uso.
É usado como método contraceptivo e para o tratamento da acne papulopustulosa moderada. A cartela contém 21 comprimidos, com pausa de 7 dias.
A composição do Belara contém acetato de clormadinona (2mg) e etinilestradiol (0,03mg).
O Ciclo 21 é uma pílula anticoncepcional utilizada para prevenção de gravidez e também indicado para mulheres que não possuem ciclo menstrual regular. Sua composição apresenta a combinação do Como o nome indica, deve ser tomado durante 21 dias e com pausa de 7 dias.
O Cerazette é um medicamento anticoncepcional composto por progestagênio desogestrel. É chamado de pílula com progestagênio isolado ou minipílula.
É indicado para mulheres que possuem maior risco de terem trombose, como as que apresentam histórico da doença na família ou que fumam.
Diferente da maioria, o Cerazette contém 28 comprimidos em cada cartela, isto significa que seu uso é contínuo e a mulher não menstrua.
Contudo, mesmo sem pausas na cartela, a mulher pode apresentar alguns escapes, que podem acontecer enquanto a mulher está tomando o medicamento. Alguns efeitos colaterais que pode provocar incluem aumento da oleosidade da pele e acne no rosto.
É uma pílula anticoncepcional combinada, apresenta hormônios como o etinilestradiol e ciproterona.
Além de prevenir gravidez indesejada, o Diane 35 é usado para ajudar no tratamento de acnes, controle de pelos e ovários policísticos. A cartela contém 21 comprimidos de uso diário e pausa de 7 dias.
Contém 21 comprimidos e prevê uma pausa de 7 dias no uso. Além de contraceptivo, o Yasmin também pode ajudar mulheres que sofrem com acnes, retenção de líquido e redução de oleosidade da pele e dos cabelos.
É um contraceptivo oral combinado de baixa dose, composto pelos hormônios drospirenona (progestógeno) e o etinilestradiol (estrogênio).
O Yaz é comercializado em cartelas de 24 comprimidos com pausa de 4 dias. É um contraceptivo oral combinado, parecido com o Yasmin. Também pode ajudar mulheres que sofrem com retenção de líquido, aumento do peso e oleosidade de pele.
O selene é uma pílula anticoncepcional que ajuda no tratamento de acnes, pelos e ovários policísticos. Não é usado apenas como método contraceptivo, sendo indicado para mulheres que precisam do medicamento para os tratamentos citados.
O microvlar é indicado para prevenir gravidez e ajuda a reduzir cólicas e a regular o ciclo menstrual. É um dos medicamentos com o custo mais acessível entre as opções listadas. A cartela contém 21 comprimidos.
Alguns dos anticoncepcionais injetáveis que podem ser utilizados são:
Lembrando que o modo de uso, formas de aplicação e orientações gerais devem sempre ser passados pelo(a) ginecologista, visando a melhor adaptação e efeitos do medicamento.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Para começar a tomar a pílula anticoncepcional é necessário, antes de tudo, se consultar com um médico ginecologista. Somente este profissional poderá orientar qual o melhor medicamento para cada caso.
Após consulta, o uso do anticoncepcional deve ser feito de acordo com a orientação da bula e médica.
Normalmente, as mulheres que vão começar o uso de anticoncepcional iniciam a caixa no primeiro dia da menstruação. É considerada uma forma eficaz de iniciar o método.
Assim, devem seguir durante todos os dias da cartela e respeitar as pausas. Alguns medicamentos são de uso contínuo e portanto não é necessário 7 ou 4 dias para começar a nova cartela.
É importante criar o hábito de tomar o medicamento sempre no mesmo horário e achar formas de não esquecer, como o uso de alarmes e aplicativos, uma vez que esquecer a pílula torna o método falho e aumenta o risco de gravidez.
Também é importante ressaltar que não se deve ficar alterando as marcas de um ciclo para o outro, nem mesmo trocar sem consultar o médico. Os anticoncepcionais são diferentes um do outro, ainda que todos tenham o mesmo objetivo de prevenir a gravidez indesejada.
Muitos contribuem para o tratamento de outras doenças e possuem combinação hormonal e dosagem diferente, por isso não é aconselhado a mudança de marcas.
Vale lembrar que, alguns medicamentos possuem indicação na embalagem da ordem em que os comprimidos devem ser tomados, com a orientação por setas ou pelos dias da semana. Dessa forma, torna-se mais fácil não se perder e acabar esquecendo alguma pílula.
Há injeções anticoncepcionais usadas mensalmente ou trimestralmente. Para aquelas versões que devem ser usadas todo mês, as características (como vantagens e desvantagens) são bem próximas às da pílula comum.
Já em relação à versão trimestral, o espaço de tempo é uma das principais vantagens, reduzindo inclusive a taxa de esquecimento ou erros de utilização.
No entanto, o método pode causar alterações menstruais, sobretudo no início do tratamento. O uso deve começar preferencialmente no 1º dia do ciclo menstrual, assim como a pílula comum. Ou seja, a aplicação é feita no dia que a menstruação desce.
Em geral, a orientação é de repetir a aplicação após 30 dias (para injeções mensais) ou 90 dias (para injeções trimestrais).
Caso haja especificidades do medicamento, é sempre necessário consultar o(a) ginecologista e a bula.
Esse é uma das maiores dúvidas em relação ao uso do medicamento. Muitas mulheres temem ou abandonam o uso por medo do aumento do peso.
O que acontece, normalmente, não é um aumento da porcentagem de gordura corporal, mas sim uma maior retenção de líquido, o que deixa as mulheres com a impressão de terem engordado com o uso da pílula.
Não é um efeito colateral comum a todas as mulheres que utilizam o anticoncepcional, também não se aplica a todos os medicamentos.
Quanto maior a dosagem hormonal, maior a chance de causarem esse acúmulo de líquido. Portanto, diante de uma pílula de baixa dosagem, não é esperado que isso aconteça.
Ao contrário de algumas mulheres que ganham peso com a pílula, algumas podem sofrer o efeito contrário e acabar emagrecendo.
No caso de mulheres que sofrem com retenção de líquido causado pelo anticoncepcional, praticar atividades físicas regularmente pode ajudar a eliminar esses poucos quilos a mais.
Entretanto, se o aumento de peso for relativamente alto, recomenda-se conversar com o médico para investigar se é realmente a pílula. Se for, investigue se há possibilidade de troca de medicamento.
De acordo com os possíveis efeitos colaterais, em alguns casos, o uso da pílula anticoncepcional não deve ser feito.
O uso da pílula anticoncepcional oral não é indicado para mulheres que fumam e que possuem mais de 35 anos, pois o tabagismo é um fator de risco para a saúde e pode contribuir para problemas como a trombose.
Nesses casos, a orientação é de que essas mulheres busquem outro método contraceptivo ou que larguem o vício.
Mulheres que têm ou tiveram doenças como cirrose, tumor hepático ou alguma infecção devem, preferencialmente, fazer uso de outros métodos contraceptivos sem uso de hormônios.
No caso de icterícia, amarelão nos olhos e pele, é possível utilizar injetáveis mensais quando a doença se desenvolveu pelo uso do anticoncepcional oral.
A pílula é contraindicada no caso de mulheres que apresentam pressão arterial de 140/90mm de Hg ou mais. O médico deve orientá-la a usar outro método sem estrógeno. No caso de pressão 160/100 mmHg, nem mesmo o uso de injetáveis deve ser feito.
É necessário que a mulher passe por um tratamento para reduzir a pressão alta antes de começar o uso dos anticoncepcionais orais ou opte por outro método mais seguro para sua saúde.
A pílula também não é indicada para mulheres que tiveram diabetes por mais de 20 anos ou que apresentem algum dano em suas artérias, rins, visão ou sistema nervoso, decorrente desta doença.
Pacientes que apresentam essa condição e que estejam tomando medicamento para tratá-la não são indicadas a fazer o uso da pílula anticoncepcional, assim como o adesivo combinado e o anel vaginal.
Mulheres que tiveram algum derrame, infarto, doença cardíaca provocada por artérias bloqueadas ou estreitas não devem utilizar métodos contraceptivos hormonais como a pílula.
O uso não é recomendado para pacientes diagnosticadas com câncer de mama. Quando curadas, não devem fazer o uso, pelo menos, até 5 anos após o fim do tratamento.
A enxaqueca com aura é uma condição em que a pessoa enxerga uma área brilhante de visão apagada no olho antes de sentir fortes dores de cabeça, normalmente apenas em um lado da cabeça.
Essa enxaqueca pode variar entre algumas horas ou durar por vários dias, causando sintomas como náusea e vômitos.
Mulheres que sofrem com esse tipo de enxaqueca são aconselhadas a buscar um método contraceptivo diferente da pílula
Alguns medicamentos podem interferir na eficácia da pílula anticoncepcional, tais como os medicamentos utilizados no tratamento de crises convulsivas e tuberculose.
Diante do uso de medicamentos como barbitúricos, carbamazepina, fenitoína, primidona, topiramato, oxcarbazepina ou rifampicina, verifique com o médico a necessidade de usar outro tipo de método que não tenha interação com o anticoncepcional.
A pílula anticoncepcional não é indicada no caso de mulheres que planejam passar por alguma cirurgia que as impedirá de andar por uma semana ou mais. Após as semanas de repouso após o procedimento, é possível voltar normalmente ao uso, contudo, dentro desse período, devem utilizar outro método, como o preservativo.
Nenhum método anticoncepcional é 100% eficaz, sempre há o risco de uma gestação. Apesar de muitos métodos chegarem bem perto da eficácia total, é importante relembrar o quanto é necessário atentar-se ao uso correto ou combinado dos métodos, como o uso de preservativos e o uso correto da pílula anticoncepcional.
No caso dos anticoncepcionais, é preciso seguir corretamente as orientações passadas pelo médico e presentes na bula. A eficácia, então, dependerá do uso diário, em horário regular e início das cartelas nos dias certos. É muito importante também prestar atenção ao prazo de validade dos medicamentos.
Dessa forma, fazendo o uso correto da pílula, a eficácia pode estar entre 97% a 99%, o que depende de cada usuária.
Começar a cartela com três ou mais dias de atraso ou deixar de tomar três ou mais pílulas no fim da cartela já é o suficiente para ampliar essa margem de erro.
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Os anticoncepcionais são motivo de preocupação para muitas mulheres, pois muito se fala do risco de provocar doenças, de engordar, de aumentar acnes e oleosidade da pele.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, alguns dos efeitos colaterais que podem ocorrer são os seguintes:
Abaixo, descrevemos como acontecem os efeitos colaterais mais comuns em relação ao uso da pílula:
O uso da pílula pode provocar escapes, os sangramentos vaginais fora do período menstrual. É considerado um efeito colateral comum e costuma acontecer com maior frequência durante os primeiros ciclos com o uso do medicamento, pois a parede do útero está mais sensível.
Ocorre com maior frequência para mulheres que não tomam o medicamento corretamente, esquecendo um dia ou outro. Essa variação pode deixar o organismo da mulher confuso, devido a variação constante nos níveis dos hormônios.
Quando os escapes acontecem por esse motivo, é possível que o efeito contraceptivo se torne falho. Nos casos em que o escape acontece, mas o uso é feito de forma adequada, não há risco de interferir na eficácia do medicamento. Esse efeito colateral tende a desaparecer ou a diminuir com o tempo.
A amenorreia é a ausência de menstruação, que pode acontecer devido ao uso da pílula anticoncepcional de uso contínuo ou pelas pílulas que apresentam pausa de 4 a 7 dias.
Quando acontece em mulheres que fazem uso do medicamento de forma contínua, a amenorreia é algo esperado, mas é um efeito colateral que pode surgir também em mulheres que utilizam a pílula com pausa prevista.
A presença desse efeito, contudo, não significa uma falha na ação do medicamento. Também não é considerado um sintoma grave.
Também é comum, em mulheres que utilizaram por anos a pílula, que ocorra a amenorreia pós-pílula, quando a mulher decide não utilizar mais a pílula, mas dentro dos próximos 1 ou 2 meses a menstruação ainda não acontece.
90% das mulheres que usam a pílula por um longo tempo e largam voltam a menstruação dentro de um período de 3 meses. Em casos onde a menstruação não acontece dentro desse período, é recomendado a ida à ginecologista para investigar a causa.
Esse efeito colateral é um dos que mais divide opiniões, apresentando resultados contraditórios até mesmo em pesquisas, pois alguns estudos demonstram que o uso da pílula contribui para o aumento da líbido das mulheres, outros mostram o contrário.
É considerado um efeito colateral que envolve fatores além da ação do medicamento, sendo algo mais individual e até mesmo de ordem psicológica.
A diminuição da líbido, no caso da pílula, pode ocorrer pelo efeito dos níveis séricos da proteína SHBG (Sex Hormone Binding Globulin), responsável por transportar os esteroides sexuais.
Assim, o androgênio, hormônio ligado ao SHBG, produz menor quantidade de testosterona livre, o que interfere na excitação genital. Dessa forma, a mulher acaba tendo uma menor lubrificação vaginal, o que pode lhe causar dores durante a relação sexual e acabar interferindo na sua líbido.
O fato da pílula anticoncepcional trazer maior liberdade e controle em relação a vida sexual da mulher é um dos fatores considerados quando se trata do efeito de aumento da líbido.
No entanto, quando o desejo sexual é reduzido pela presença do medicamento, a mulher pode buscar anticoncepcionais com formulação hormonal diferente ou optar por outro método que não a afete desse jeito.
Alguns medicamentos podem interferir na eficácia do anticoncepcional, principalmente quando o uso é irregular. Existem algumas interações que são conhecidas e outras que são mitos.
É importante, antes de tudo, lembrar da importância do uso correto do medicamento e de esclarecer com o ginecologista quais as possíveis interações que podem ocorrer e atrapalhar a eficácia da pílula. Diante do uso dos medicamentos listados abaixo, procure utilizar métodos contraceptivos combinados.
Embora os antibióticos sejam os mais temidos em relação a interação com o anticoncepcional, apenas dois tipos realmente estão comprovados que cortam o efeito do medicamento, sendo eles a rifampicina e a rifabutina, usados no tratamento de tuberculose, meningite e hanseníase.
Para evitar uma gravidez indesejada, é importante utilizar outros métodos contraceptivos diante do uso de antibióticos como os citados.
Os medicamentos utilizados no tratamento de pacientes com epilepsia podem reduzir a eficácia da pílula. Alguns medicamentos que apresentam essa interação são:
Algumas classes de anticonvulsivantes, felizmente, podem ser utilizados junto ao uso da pílula anticoncepcional, tais como:
O álcool pode interagir com os anticoncepcionais ao aumentar os níveis de estradiol, um hormônio sexual feminino. Isso pode aumentar os riscos de efeitos colaterais a longo prazo, como a trombose e o câncer de mama.
Além disso, a taxa de metabolização do álcool é reduzida em mulheres que tomam anticoncepcionais, assim ele permanece por mais tempo na corrente sanguínea.
Os anti-hipertensivos não cortam o efeito do anticoncepcional, o que pode acontecer é um aumento da taxa de potássio no sangue do paciente que utiliza anti-hipertensivos inibidores da ECA (Enzima de Conversão da Angiotensina), tais como o ramipril, lisinopril e enalapril.
Para que esses medicamentos não afetem a eficácia do anticoncepcional e não prejudiquem a saúde da mulher, é possível alterar a dose dos medicamentos.
O anticoncepcional pode oferecer alguns riscos à saúde mais graves do que os listados dentro de efeitos colaterais. Eles são considerados raros, mas podem ocorrer.
Os riscos mais conhecidos são:
A trombose é a condição em que ocorre uma coagulação do sangue nas veias e esses coágulos acabam bloqueando. O maior risco está quando o coágulo se solta e viaja pela corrente sanguínea, pois ele pode se alojar em órgãos como pulmão e cérebro, um processo conhecido como embolia. Essa doença é grave, pois pode levar a pessoa a morte.
A pílula anticoncepcional combinada apresenta maior chance de desenvolver trombose, pois os hormônios interferem no fluxo sanguíneo.
As chances de acontecer em pessoas que não possuem histórico familiar da doença ou de doenças vasculares é menor. O tabagismo também é um dos fatores de risco para a trombose.
Outros fatores que aumentam o risco da trombose são a obesidade, idade acima de 39 anos, histórico de cirurgia nos membros inferiores, histórico de doenças que interfiram na coagulação sanguínea como deficiência de proteína S, C ou antitrombina, distúrbios renais e outros problemas.
Atualmente, existem várias opções de métodos contraceptivos além da convencional pílula. Eles se dividem em alguns tipos. Para saber qual será o melhor para cada pessoa, é preciso uma avaliação individual.
Os métodos contraceptivos de barreira são os que impedem a entrada dos espermatozoides no útero. Alguns exemplos são os preservativos, diafragma, esponja contraceptiva e capuz cervical. Entre os métodos de barreira, alguns utilizam espermicidas.
Os métodos comportamentais têm como premissa a abstinência sexual durante os dias em que o óvulo pode ser fertilizado. São os métodos contraceptivos com maior índice de falha. Também exclui as mulheres que não possuem ciclo menstrual regular. Um dos mais conhecidos é o método da tabelinha.
Os métodos permanentes são utilizados por pessoas que não queiram uma gestação de forma definitiva, sendo a vasectomia realizada pelos homens e a ligação das tubas uterinas nas mulheres.
Os anticoncepcionais podem ser encontrados em farmácias. O preço dos anticoncepcionais pode variar de acordo com o tipo. Em relação às pílulas, essa variação pode ser ainda maior.
Na hora de buscar esse tipo de medicamento, no entanto, não é bom se orientar apenas pelo preço. Quem deve receitar o anticoncepcional ideal é o médico ginecologista, de acordo com as necessidades de cada mulher. A partir disso sim, a preocupação em encontrar o melhor preço começa.
Os valores podem ir de 2,45 a 110 reais, dependendo da marca e do produto, se é genérico ou não. O preço do anticoncepcional injetável pode variar de 13 a 17 reais. O adesivo, por outro lado, tem um custo maior, variando de 72 a 98 reais, de acordo com o comparador de preços Consulta Remédios.
A pílula anticoncepcional é um medicamento que, muitas vezes, acompanha a mulher pela maior parte de sua vida. Seu uso pode ser necessário não só para evitar uma gestação e por isso se torna ainda mais importante saber como conviver com a pílula. Pelo medo dos riscos e complicações, esse convívio pode não ser fácil.
Além disso, quando a mulher é ainda muito nova e está iniciando sua vida sexual, pode haver um constrangimento em falar sobre isso com os pais ou em procurar um ginecologista para conversar sobre o tema. Algumas dicas podem ajudar em relação a esse momento.
Antes de iniciar o uso da pílula, se informe sobre como funciona o medicamento e quais as possíveis reações. Se informe também sobre os outros tipos de contraceptivos, hormonais ou não, e vá percebendo qual seria o melhor para o seu caso.
Nem sempre a pílula será o ideal, por isso existem as outras opções como DIU, adesivo, injeção e todos os outros.
A pílula anticoncepcional não deve ser usada sem antes uma consulta com um ginecologista, pois existem vários tipos de medicamento e eles agem de forma diferente.
Por exemplo, uma mulher que tem acne excessiva e faz o uso de uma pílula que não proporciona o tratamento desse problema pode ter a condição piorada. No caso de mulheres que possuem cólicas menstruais intensas, existem anticoncepcionais mais indicados para isso.
Por isso, durante a consulta, além de deixar claro se o uso será exclusivamente como um método de prevenção da gravidez, a mulher deve detalhar se existe outra necessidade para o medicamento.
Neste momento, não existem motivos para ter vergonha do profissional, portanto, tire todas as suas dúvidas. Assim, ele poderá receitar a melhor pílula anticoncepcional para o seu caso.
Também é importante voltar periodicamente após o uso da pílula, principalmente diante do surgimento de efeitos colaterais.
Evitar uma gravidez não programada é uma responsabilidade do casal, não só da mulher. É importante conversar com o parceiro sobre o uso de métodos contraceptivos e ir experimentando juntos.
O uso de métodos combinados, como a pílula anticoncepcional e a camisinha, é fundamental, pois além de evitar a transmissão de doenças sexualmente transmissíveis, potencializa a eficácia de ambos.
Assim, a mulher não carrega essa responsabilidade sozinha, pois está suscetível a esquecer de tomar o medicamento ou em horários desregulados.
Da mesma forma, não é necessário ter constrangimento em relação a esse tipo de conversa com o parceiro, pois é um assunto que pertence aos dois.
É comum as pessoas começarem sua vida sexual ainda na adolescência, um momento em que ainda não possuem autonomia para decidir sobre tudo em suas vidas. Também um momento de muitas dúvidas e inseguranças.
Contudo, é importante que essa conversa sobre métodos contraceptivos aconteça e que não seja um momento constrangedor.
Seus pais já passaram por esse momento e talvez não tenham recebido um aconselhamento.
Se a sua vontade é começar a usar a pílula anticoncepcional ou outros métodos, converse com eles abertamente. Tire dúvidas ou peça que eles te acompanhem a um ginecologista.
O surgimento da pílula anticoncepcional aconteceu nos anos 1960 e seu impacto foi tão grande que hoje é considerada a mãe da conhecida Revolução Sexual que aconteceu nessa década.
Quem esteve por trás da criação foram quatro pessoas, que poucos diriam que se uniriam por essa luta: o ginecologista e obstetra John Rock, a bióloga Katherine McCormick, o cientista Gregory Pincus e uma enfermeira de 80 anos que passou metade de sua vida buscando esse método, Margareth Sanger.
O desejo de Margareth Sanger era de que as mulheres pudessem decidir sobre os seus corpos e que tivessem como optar por querer ou não se prevenir de uma gestação indesejada.
Foi Sanger quem cunhou o termo “controle de natalidade” e a descoberta dessas pílulas só foi possível com a ajuda da herança herdada da família de Katharine McCormick, que foi destinada a essa causa.
Mais do que o controle de natalidade, a enfermeira, que desde 1916 buscava a solução anticoncepcional, também lutava por? direitos iguais de liberdade sexual, pois considerava que o risco iminente de concepção tornava impossível a igualdade entre os sexos.
Em 1916, a enfermeira fundou uma clínica para distribuir os contraceptivos. Como era ainda era ilegal, foi presa por duas vezes nesse período. Na segunda vez que foi presa, sua irmã, Ethel Byrne, também foi.
As duas foram condenadas a 30 dias de prisão domiciliar. Ethel chegou a fazer greve de fome como protesto.
O objetivo de todas essas pessoas que estavam engajadas em descobrir um método anticoncepcional mais eficaz do que os disponíveis, como os preservativos, era o de encontrar um modo fácil, barato e eficiente de dar às mulheres a capacidade de decidir sobre o próprio futuro .
Em 1953, somente, os estudos para se chegar nesse método se tornaram mais fortes, pois Khaterine McCormich começou a financiar a pesquisa feita pelo cientista Gregory Pincus.
A partir disso, alguns testes clínicos foram feitos nos EUA e Porto Rico e a pílula anticoncepcional foi aprovada pela agência reguladora norte-americana, a FDA. Contudo, inicialmente, não foi considerado um método contraceptivo, mas sim um medicamento para amenizar distúrbios menstruais.
Quando passou a ser comercializado, com o nome Enovid, o medicamento apresentava na bula como efeito colateral o fato de suspender temporariamente a fertilidade. Em 1960, a pílula passou a ser liberada como método contraceptivo.
Margareth Sanger faleceu em 1966, um ano após os anticoncepcionais serem liberados em todo o país pela Suprema Corte. O surgimento do anticoncepcional e a sua liberação, é relativamente recente. No entanto, foi revolucionário para as mulheres.
Esse período também marca o início da entrada das mulheres no mercado de trabalho, a liberdade sexual, o início de um pensamento de controle de natalidade e muitas outras discussões.
Também teve e tem seus contras, pois os efeitos colaterais discutidos na década de 1960 ainda estão presentes quando o debate é saúde da mulher, contudo, com a redução das doses hormonais, os riscos também diminuíram.
Hoje, além do seu uso ser liberado, há mais informação sobre os riscos e outras alternativas. A mulher não precisa se prender a um único método contraceptivo, sendo ele hormonal ou não.
Esclarecemos algumas das principais dúvidas sobre o uso da pílula anticoncepcional, sobre a injeção e o adesivo contraceptivo. Veja:
Caso aconteça de um dia você esquecer de tomar a pílula, tome-a imediatamente após se lembrar e a próxima tome no horário habitual. Com as outras cartelas, continue o uso de uma pílula a cada dia.
Mas, se for o caso de ter esquecido de tomar mais de uma pílula da cartela, as recomendações mudam um pouco.
Recomenda-se buscar outros métodos contraceptivos se ocorreu relação sexual durante os dias que se esqueceu da pílula, como o uso de pílula do dia seguinte.
Para continuar com o uso da pílula, é preciso contar quantas restam na cartela. Se houver 7 ou mais, continua o uso normalmente. Se na cartela restarem menos de 7 comprimidos, tome o restante como o de costume e inicie uma nova cartela no dia seguinte após a última desta cartela.
Se os esquecimentos forem frequentes, comum no começo do uso do medicamento, algumas dicas podem ser úteis, como colocar algum alarme para despertar no horário de tomar a pílula ou deixar o medicamento ao lado da cama ou um lugar visível.
Podem ocorrer pequenos sangramentos durante os primeiros meses de uso do anticoncepcional, pois o organismo da mulher ainda está se adaptando as doses hormonais. Por consequência disto podem ocorrer esses “escapes” durante a cartela.
Não deve ser motivo de grande preocupação, contudo, se persistir por mais de 10 dias e por mais de três meses consecutivos, é necessário investigar a causa com um médico ginecologista, pois pode ser sinal de algum outro problema, relacionado a cartela ou não.
Ainda não existe nenhum tipo de pílula anticoncepcional masculina como as femininas. Os únicos métodos contraceptivos do homem, digamos assim, são os preservativos e a vasectomia.
Os preservativos, que são mais utilizados, apesar de apresentarem uma boa porcentagem de eficácia quando usados corretamente (até 98%), estão passíveis ao erro, pois podem estourar.
Nesses casos, a responsabilidade recai sobre a mulher, que precisa recorrer à pílula do dia seguinte ou estar tomando diariamente e sem falhas a pílula anticoncepcional diária.
Contudo, ainda que não se tenha nenhuma pílula comercializada, alguns estudos estão em andamento. O mais recente é um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Washington, em Seattle.
Eles colocaram em desenvolvimento um anticoncepcional masculino que parecem ter resultados promissores, o nome químico é dimetrandrolone undecanoate, ou DMAU.
Assim como os anticoncepcionais femininos, o DMAU é feito a partir de hormônios que possam inibir a ação dos espermatozoides.
Embora alguns efeitos colaterais como aumento do colesterol HDL, diminuição da líbido e ganho de peso tenham acontecido em alguns dos homens que realizaram o teste com o DMAU, os pesquisadores mostraram entusiasmo em continuar estudando a possibilidade de comercializar futuramente o medicamento.
Sim, alguns antibióticos podem diminuir o efeito da pílula anticoncepcional e isso acaba prejudicando sua eficácia. Não são todos os tipos de antibióticos que ameaçam a ação da pílula anticoncepcional.
Os antibióticos que mais demonstram interferência na ação dos anticoncepcionais são os utilizados para destruir bactérias que provocam reações enzimáticas, responsáveis por estimular a liberação e ativação do estrogênio.
Alguns antibióticos que podem interferir são os utilizados para tratamentos de tuberculose, hanseníase e meningite, por exemplo.
Ao iniciar o uso de algum, verifique com o médico a possível interação na ação da pílula anticoncepcional. Use também métodos contraceptivos adicionais, como os preservativos;
Não, a pílula anticoncepcional não provoca aborto. Esse tipo de medicamento atua como prevenção da concepção, impedindo que ocorra o contato entre óvulo e espermatozóide e, por consequência, não aconteça a formação de um embrião.
Quando acontece a concepção, a pílula anticoncepcional não tem a função de ser abortiva. Contudo, apesar de não provocar o aborto, deve ser suspenso o uso durante a gestação, pois pode provocar algum dano ao feto.
Sim, se o uso do anticoncepcional está sendo feito corretamente, não esquecendo nenhum dia e respeitando os horários, os riscos de uma gravidez diminuem.
É possível então ter relações sexuais nos dias de pausa entre uma cartela e outra, contudo, recomenda-se o uso de preservativos, para se prevenir de doenças sexualmente transmissíveis e também pelo fato de nenhum método ser 100% seguro.
Antigamente, era comum que as mulheres fizessem pausas entre o uso do anticoncepcional para “limpar” o organismo das doses diárias de hormônios no corpo. No entanto, não existe embasamento científico que prove a necessidade dessas pausas.
Inclusive, os anticoncepcionais comercializados atualmente apresentam doses hormonais menores do que era disponibilizado quando surgiu a pílula anticoncepcional.
Mesmo em casos de mulheres que fazem o uso ininterrupto por anos, não é necessário dar esse descanso. Aliás, as pausas do uso da pílula anticoncepcional estão frequentemente relacionadas a ocorrência de gestações.
Em geral, o anticoncepcional mais indicado para quem não quer engordar ou sofrer com outros possíveis efeitos colaterais é o que tem baixas dosagens hormonais.
Mas é importante lembrar que cada organismo responde de modos diferentes aos medicamentos. Por isso, é sempre necessário buscar orientação médica. Somente profissionais ginecologistas podem indicar, com mais segurança, qual o anticoncepcional mais indicada para cada mulher.
Muitos anticoncepcionais são comercializados em cartelas com 21 comprimidos, prevendo 7 dias de pausa onde se ocorre o ciclo menstrual.
Contudo, o ciclo menstrual da mulher pode passar por alterações devido ao uso do anticoncepcional e seus hormônios e por isso pode demorar um pouco mais para se tornar regular.
Portanto, é considerado comum, para algumas mulheres, que a menstruação não aconteça nessa pausa. Se após os 21 dias de pílula anticoncepcional a menstruação não acontecer, eliminado a possibilidade de uma gestação, após os 7 dias deve-se recomeçar a nova cartela.
Não existe um consenso do início do uso da pílula anticoncepcional, pois cada mulher usa o medicamento de acordo com a sua necessidade, uma vez que ele não age apenas como uma forma de prevenção a gravidez.
Dessa forma, para saber se está na hora de começar a tomar a pílula, converse com sua ginecologista e detalhe todas as suas especificidades, histórico familiar, se já possui vida sexua ativa, entre outras questões relacionadas ao uso.
Ao receber a indicação do uso da pílula, busque se informar sobre o modo de ação deste medicamento, as interações, os possíveis efeitos colaterais e como deve ser feito o uso.
O mesmo vale para a hora de parar de tomar o medicamento. É preciso analisar cada caso individualmente e ter um acompanhamento médico para melhor auxílio.
Caso tenha tomado a pílula por um período menor de 1h, é provável que a pílula tenha sido expelida. Nesse caso, deve-se tomar outra pílula em sequência.
Se o vômito aconteceu após mais de 1h ou 2h após tomar o comprimido, não é necessário tomar outra pílula.
Não! A pílula anticoncepcional não pode ser usada com essa finalidade, pois ela não é capaz de prevenir a mulher de doenças. O método ideal para isso são os preservativos, tanto o masculino quanto o feminino.
Para evitar gravidez indesejada e DST, recomenda-se o uso combinado de dois métodos, como a pílula e a camisinha.
Não, emendar uma cartela na outra não deve trazer riscos para a saúde da mulher, quando se trata de um anticoncepcional de uso contínuo e, com algumas exceções, quando ocorre com a cartela que prevê uma pausa.
É claro que cada mulher possui uma reação diferente ao uso do medicamento e é preciso sempre verificar com o médico essa possibilidade.
Esse ato não faz mal, pois com o uso do anticoncepcional, fisiologicamente, a mulher já não menstrua de verdade, pois não acontece a ovulação. No período de pausa, o que acontece é apenas um sangramento que simula o ciclo menstrual.
Algumas cartelas são comercializadas com essa intenção e assim as mulheres não passam por nenhuma pausa. No entanto, outras pílulas devem ser utilizadas com essa previsão de intervalo.
Quando uma mulher emenda uma cartela que precisa da pausa, pode estar ingerindo doses muito altas de hormônios, o que pode aumentar os riscos de pressão alta, alterações venosas como a trombose, desenvolvimento de mioma uterino e câncer de mama.
O que mais acontece quando se trata de emendar uma cartela na outra é no caso de mulheres que, por algum motivo - como eventos importantes, viagens para praia, etc- não querem passar pelo desconforto da menstruação naquele dia e optam por continuar com o uso da pílula.
Os métodos contraceptivos hormonais, de modo geral, estão associados a um aumento de risco do câncer de mama.
Essa comparação acontece em relação às mulheres que não usam nenhum método hormonal, mas mesmo com esse risco a pílula anticoncepcional não é contraindicada e a suspensão do uso não é indicada, pois as chances são relativamente baixas.
Sim, mas o uso deve ser retomado após 40 dias do parto, passado o período de resguardo, como é chamado. Também é necessário que o tipo de pílula seja diferente, pois as lactantes não podem tomar o anticoncepcional combinado, somente a minipílula.
As lactantes devem evitar as pílulas que apresentam estrogênio, pois este hormônio provoca uma diminuição na produção de leite materno. Dessa forma, a melhor opção para elas são os anticoncepcionais que possuem apenas progesterona.
Em combinação a este método, as lactantes podem utilizar a camisinha, DIU ou SIU ou a
A pílula anticoncepcional não tem o objetivo de tornar a mulher infértil. Para que funcione, deve ser utilizado de forma regular, no mesmo horário e todos os dias.
Para as mulheres que interrompem o uso com o propósito de engravidar, surge a preocupação em relação ao tempo que pode demorar para acontecer a fecundação.
Na maioria das mulheres, a fertilidade se restabelece logo após a pausa do uso da pílula. O tempo para que isso aconteça pode variar de acordo com cada mulher, demorando um pouco mais para algumas.
Uma média de tempo foi traçada de acordo com alguns estudos, onde 20% das mulheres que pararam o uso da pílula engravidaram em até quatro semanas após a pausa e 40% engravidaram dentro dos três primeiros meses.
Sim, você deve. Apesar do adesivo ser produzido para se manter grudado à pele por uma semana, pode acontecer dele desgrudar. Se isso acontecer, substitua por um novo o quanto antes, para não afetar a eficácia do medicamento.
Se o período entre o adesivo ter se soltado e substituído por outro passar de 24h, deve-se recorrer ao uso de outros métodos contraceptivos pelos próximos 7 dias, como auxílio ao adesivo.
Sim, é possível mudar de local o adesivo entre uma aplicação e outra. Os lugares mais comuns de uso são as nádegas, estômago, costas e parte superior do braço. Somente não deve ser utilizado nas mamas. Em todo caso, observe as instruções na bula sobre os locais onde você pode colocar.
Isso não deve acontecer. Ele é feito para aderir bem a pele, sendo raro se soltar. Por isso, a mulher não deve se preocupar durante o banho, natação ou qualquer outro exercício. No entanto, ele deve ser aplicado na pele limpa e seca, para que se fixe o máximo possível.
Sim, não é recomendado o uso de cremes, loções, maquiagem e óleos próximo da região onde o adesivo será fixado. Esses produtos podem fazer com que o adesivo se solte, perdendo o efeito contraceptivo. Também não devem ser aplicados por cima do adesivo, após aplicado, nem muito próximo.
Sim, o ciclo menstrual deve iniciar dentro de alguns dias após a retirada do terceiro adesivo, concluindo 21 dias de uso do contraceptivo. Contudo, assim como no uso da pílula, algumas alterações podem acontecer, tornando o ciclo irregular, principalmente nos primeiros meses de uso.
Ela deve ser administrada por algum profissional da área da saúde, mas não é obrigatório ir até um hospital para que a injeção seja aplicada por um médico. Ela pode ser aplicada pelo próprio farmacêutico, na compra do medicamento.
As injeções interferem de modo provisório na fertilidade da mulher, mas não deve deixá-la infértil. Contudo, pode demorar um pouco mais para engravidar após abandonar as injeções, quando comparado com a pílula.
Em algumas mulheres, pode levar até um ano. Esse tempo, no entanto, varia para cada mulher e não está associado ao tempo de uso.
Não, a reaplicação não acontece de acordo com o ciclo menstrual, mas de acordo com a periodicidade da própria injeção. Se for uma injeção mensal, a cada 4 semanas deve ser reaplicada, no caso de uma injeção trimestral, a cada 12 semanas.
Se esse for o método mais adequado para o seu caso, não existe um número mínimo ou máximo de aplicações. Deve ser feito, no entanto, alguns check-ups para verificar se sua saúde está em dia e se o uso desse método não está trazendo nenhum risco.
O que decide quantas vezes será feito o uso são fatores como vida sexual ativa e querer ou não uma gestação.
A pílula anticoncepcional é mais um entre todos os métodos contraceptivos existentes. Além de atuar na prevenção de gravidez indesejada, auxilia no tratamento de outras condições relacionadas à saúde da mulher.
Embora apresente sérios riscos e efeitos colaterais, não podemos negar a importância que esse medicamento teve e ainda tem para controle de natalidade e independência da mulher.
Neste artigo, buscamos esclarecer como surgiu e funciona este medicamento. Compartilhe para que mais pessoas possam tirar suas dúvidas sobre este anticoncepcional. Obrigada pela leitura!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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