Saúde

Guia da Alergia: conheça os diferentes tipos e como tratar

Publicado em: 30/06/2017Última atualização: 01/04/2021
Publicado em: 30/06/2017Última atualização: 01/04/2021
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O que é alergia?

A alergia ocorre quando o sistema imunológico reage a substâncias geralmente inofensivas. Tais elementos são conhecidos como alérgenos e podem induzir a uma reação de hipersensibilidade (alergia), provocando inflamações em pessoas vulneráveis.

O processo alérgico costuma ocorrer em pacientes atópicos, ou seja, pessoas com tendência genética para desenvolver doenças deste tipo. Quando há o contato com determinado alérgeno, o sistema imunológico responde com anticorpos e libera certas substâncias, como a histamina, responsável pelo inchaço e irritação presentes na alergia.

As substâncias que mais provocam reações alérgicas são encontradas em ácaros, pólen, animais de estimação, insetos, alimentos, medicamentos e mofo. É importante destacar que cada organismo reage de maneira diferente. Portanto, os alérgenos variam de pessoa para pessoa.

Índice - neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:

  1. O que é alergia?
  2. Tipos e causas
  3. Alergias respiratórias
  4. Alergias na pele
  5. Alergia alimentar
  6. Alergia a medicamentos
  7. Alergia ocular (conjuntivite alérgica)
  8. Fatores de risco
  9. Sintomas da alergia
  10. Quando devo procurar um médico?
  11. Como é feito o diagnóstico?
  12. Alergia tem cura? Qual o tratamento?
  13. Medicamentos para alergia
  14. Convivendo
  15. Complicações
  16. Mitos e Verdades
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Tipos e Causas

Basicamente, as reações alérgicas podem ser diferenciadas por suas causas e regiões do corpo que atingem. Os tipos mais comuns são:

Alergias respiratórias

Esse tipo de alergia atinge as vias respiratórias, composta pelas cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios. A manifestação mais comum é a rinite alérgica, que registra mais de 2 milhões de casos por ano no Brasil.

Rinite alérgica

Conhecida como febre dos fenos, pode se manifestar de duas maneiras: sazonal (ocorre apenas em uma parte do ano) e perene (ocorre o ano todo). A rinite pode ser provocada por diversos fatores, como pólens, pelos, ácaros, mofo, cigarro e até mesmo perfume. Os sintomas incluem coceira, olhos lacrimejantes, coriza e espirros.

Esse tipo de alergia respiratória também possui fator genético como causa, na maioria dos casos.

Alergia à poeira

Os ácaros presentes na poeira são um dos maiores responsáveis pelas alergias respiratórias. Pessoas que sofrem com esse problema costumam apresentar sintomas de asma. Além de ácaros, a poeira pode conter pelos de animais, pedaços de baratas mortas e esporos de mofo, substâncias consideradas alérgenos.

Alergia ao mofo

O mofo está presente em toda a parte, uma vez que se espalha facilmente liberando esporos pelo ar. Em algumas pessoas, a inalação desses esporos provoca reações alérgicas, especialmente no trato respiratório. O mofo também pode desencadear ou agravar os sintomas da asma.

Alergia ao pólen

Um dos tipos de rinite alérgica sazonal, a alergia ao pólen é bastante comum, especialmente nas crianças. Ela é desencadeada devido aos pequenos grãos liberados pelas flores de algumas plantas. Esses grãos, chamados de pólen, se espalham pelo ar, provocando sintomas na região do nariz e/ou problemas respiratórios em pessoas alérgicas.

A concentração de pólen varia de acordo com o clima, sendo a maior frequência registrada condições de temperaturas amenas, chuvas abundantes e pouco sol.

Alergia a animais de estimação

As proteínas encontradas nas células da pele, bem como a saliva ou urina de animais de estimação, podem provocar alergia em algumas pessoas. Comumente, a reação é desencadeada pela exposição aos flocos mortos de pele (caspa) do pet.

Esse tipo de alergia está relacionado, na grande maioria das vezes, com gatos e cães, mas qualquer animal com pelos apresenta potencial alérgeno.

Alergia sazonal

As alergias respiratórias também podem estar relacionadas às mudanças climáticas, manifestando-se assim, em diferentes épocas do ano. Como dito anteriormente, o pólen é um dos principais causadores de reações. Além disso, especialmente no inverno, o mofo e a poeira podem desencadear sintomas de alergia.

Alergias na pele

O contato com alérgenos pode gerar irritações na pele de pessoas alérgicas, sendo as principais manifestações:

Urticária

Lesão na pele que provoca inchaço e intensa coceira, a urticária pode se manifestar em qualquer região do corpo, inclusive rosto, lábios, língua, garganta e orelhas. É dividida entre casos agudos e crônicos, podendo durar poucos dias ou semanas. Entre as causas estão produtos químicos, látex, picadas de insetos, luz solar e medicamentos.

Quando o inchaço ocorre na parte profunda da pele e não na superfície, o quadro é chamado de angioedema. Geralmente surge em torno dos olhos, lábios, genitais, mãos e pés.

Dermatite de contato

Quando erupções cutâneas e bolhas surgem na pele, é possível que o quadro se trate de uma dermatite de contato. Essa condição é provocada após o contato com certas substâncias. Pode ser classificada em dois tipos: irritativa e alérgica. Suas causas mais comuns são: detergentes, shampoos, metais, vernizes, medicamentos tópicos, luvas de látex.

Dermatite atópica (eczema)

Condição crônica frequentemente associada com alergia alimentar, rinite alérgica e asma, a dermatite atópica costuma surgir na infância. Provoca pele seca, vermelha e irritada, além de coceira. Os desencadeantes incluem alguns alimentos, caspa de animais, ácaros de poeira, sudorese, lã e sabonetes.

Leia mais: Dermatite: o que é e tratamentos

Alergia a picada de inseto (estrófulo)

Após sofrer uma picada, algumas pessoas apresentam reações alérgicas ao veneno dos insetos. Os maiores causadores são as abelhas, vespas e formigas. É importante ressaltar que algumas reações são comuns em todas as pessoas e não necessariamente se tratam de alergia. No quadro alérgico ocorrem sintomas como dor, vermelhidão, inchaço e coceira no local da picada, que duram por mais tempo. Em casos mais graves, é possível haver uma reação anafilática.

Alergia ao látex

As reações alérgicas ao látex ocorrem em pessoas que têm alergia a proteína presente nos produtos feitos com a borracha natural. Esse componente é bastante comum em materiais médicos e odontológicos (luvas, bandagens, curativos), preservativos, balões, brinquedos, óculos e pneus. A condição é mais comum na classe médica, devido ao contato direto e diário ao látex.

Alergia ao frio

Apesar de rara, a exposição ao frio pode provocar alergias na pele em forma de erupções e coceira. O quadro se manifesta após a exposição a temperaturas baixas, contato com água fria ou objetos frios e ingestão de alimentos ou bebidas frias.

Alergia a cosméticos

Alguns produtos de beleza, como shampoos, perfumes, sabonetes e itens de maquiagem, podem deixar a pele irritada e provocar erupções cutâneas, dermatites e urticária. Em alguns casos, pode haver ainda dificuldade para respirar e irritação da mucosa. É causada por alérgenos sintéticos ou naturais presentes na composição dos cosméticos.

Alergia ao níquel

Muito usado em bijuterias e acessórios, o níquel é um metal que apresenta alto potencial alérgico. Os sintomas costumam surgir de 12 a 48 horas após o contato e incluem coceira, vermelhidão, erupções e inchaço. Em situações mais graves, a pele pode ficar infectada, causando queimação e pus.

Alergia alimentar

As alergias alimentares ocorrem quando há uma reação anormal às proteínas dos alimentos, podendo surgir manifestações até mesmo dias depois da ingestão. Os sintomas podem atingir a pele, o trato gastrointestinal, o sistema cardiovascular e o trato respiratório.

Dentre os alimentos que podem causar alergia estão:

  • Soja;
  • Leite;
  • Amendoim;
  • Glúten;
  • Peixe;
  • Ovo;
  • Nozes;
  • Castanhas;
  • Peixes e frutos do mar;
  • Trigo.

Alergias alimentares são mais comuns na infância e tendem a ser superadas mais facilmente em comparação a fase adulta. A duração das alergias também pode variar de acordo com o alimento: amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar tipicamente persistentes.

Alergia ao leite de vaca (APVL)

Mais comum em crianças na fase de transição alimentar, a alergia ao leite de vaca é uma reação do sistema imunológico às proteínas presentes no leite.

O quadro pode provocar sintomas gastrointestinais (dor de estômago, vômitos, gases, diarreia) e no trato respiratório (sibilância). Além disso, pode evoluir para uma reação mais grave, conhecida como Síndrome da Enterocolite Induzida por Proteína Alimentar (FPIES), que causa uma inflamação intestinal intensa.

Intolerância ou alergia?

Apesar de apresentarem sintomas semelhantes, a intolerância é diferente da alergia alimentar. No primeiro caso, o organismo apresenta dificuldade na digestão e não existe a interferência do sistema imunológico. Já no processo alérgico, ocorre uma reação anormal acionada pelo sistema imune, que pode trazer complicações mais graves.

É importante saber diferenciar a condição para prevenir-se de reações alérgicas em casos comprovados de alergia ao alimento.

Alergia a medicamentos

O uso de remédios sem orientação médica pode representar uma ameaça e provocar reações graves em pessoas alérgicas, como queda de pressão arterial, falta de ar e até mesmo anafilaxia. Caso o paciente note qualquer reação diferente após o uso de um medicamento, é possível que exista a alergia.

Os principais causadores da alergia a medicamentos incluem:

  • Analgésicos;
  • Anti-inflamatórios (Aspirina, Ibuprofeno, Dicoflenaco);
  • Antibióticos (Penicilina);
  • Quimioterapia.

O diagnóstico dessa condição pode ser feito por meio do histórico do paciente. É importante que o médico e o dentista tenham conhecimento de possíveis reações para prescrever o tratamento adequado nesses casos.

Alergia ocular (conjuntivite alérgica)

Essa reação inflamatória é provocada pelo contato com diferentes tipos de alérgenos. Os sintomas incluem vermelhidão, coceira e queimação na região dos olhos ou em suas estruturas próximas, como as pálpebras. A secreção também pode ocorrer em alguns casos, mas costuma ser mais comum na forma infecciosa da doença.

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Fatores de risco

Qualquer pessoa, em qualquer idade, pode desenvolver um processo alérgico. Porém, em crianças as alergias são bastante comuns, especialmente as alimentares.

As chances de apresentar a condição também são aumentadas pelo fator genético. Se existirem casos de alergia nos membros da família, é muito provável que você também apresente a doença ao entrar em contato com o alérgeno.

Situações que causam imunidade baixa, como após contrair uma doença e durante uma gravidez, além de fatores como o fumo, poluição, infecção e hormônios, também contribuem para o desenvolvimento de alergias.

Sintomas da alergia

Os sinais de quadros alérgicos variam de acordo com o tipo de alergia e dependem da substância (alérgeno) envolvida. Tais sintomas podem afetar as vias aéreas, seios paranasais, pele e sistema digestivo.

Alergias respiratórias

  • Espirros;
  • Nariz congestionado;
  • Olhos lacrimejantes, vermelhos ou inchados;
  • Prurido nasal;
  • Inchaço da boca e/ou vias respiratórias;
  • Pálpebras inchadas;
  • Coriza.

Alergias na pele

  • Inchaço;
  • Edema;
  • Coceira;
  • Vermelhidão;
  • Pele seca;
  • Erupção cutânea;
  • Prurido cutâneo;
  • Tosse, aperto no peito, chiado ou falta de ar (alergia a picada de insetos).

Alergia alimentar

  • Inchaço nos lábios, língua, face ou garganta;
  • Urticária;
  • Formigamento na boca;
  • Diarreia;
  • Dor de estômago;
  • Náuseas e vômitos.

Alergia a medicamentos

  • Comichão na pele;
  • Erupção cutânea;
  • Inchaço facial;
  • Sibilância (chiado no peito).

Alergia ocular (conjuntivite alérgica)

  • Pálpebras inchadas;
  • Olhos lacrimejantes;
  • Prurido nos olhos;
  • Olhos vermelhos.

Como diferenciar: resfriado, alergia ou sinusite?

Um quadro de resfriado comum pode ser confundido facilmente com o de uma alergia ou sinusite. Porém, essas condições podem ser diferenciadas pelo tempo de duração e alguns sintomas.

O resfriado costuma desaparecer em poucos dias, enquanto que a sinusite persiste por semanas ou meses. Já a alergia costuma durar de maneira proporcional ao tempo de exposição ao alérgeno.

Além de sintomas semelhantes à alergia (nariz entupido, corrimento nasal, espirros), o resfriado pode incluir dor de garganta, febre e dores no corpo. No caso da sinusite, o paciente costuma apresentar sensação de inchaço em torno da testa, olhos e bochecha; secreção nasal; mau hálito; náusea; tosse e fadiga.

Vale destacar que a sinusite tende a ser uma complicação de quadro alérgico crônico.

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Quando devo procurar um médico?

Consulte um profissional sempre que desconfiar ser alérgico a alguma substância. Isso ajudará a realizar o diagnóstico correto. Ao notar sintomas depois de utilizar um novo medicamento, também é importante buscar ajuda médica.

Em casos de reações mais graves, como a anafilaxia, procure auxílio imediatamente. Nessas situações é importante manter consultas regulares com um médico especializado em alergias e imunologia.

Como é feito o diagnóstico?

O médico mais recomendado para detectar a condição é o alergista. O diagnóstico é feito a partir da análise do histórico clínico do paciente, juntamente com exame físico. Nesse momento é importante relatar casos de alergia na família, uma vez que o fator genético contribui para o surgimento da condição.

Além disso, existem alguns testes cutâneos e exames de sangue que podem confirmar se uma pessoa é alérgica. São eles:

Teste de pele

Esse é o método mais utilizado para diagnosticar quadros de alergia. O teste de pele utiliza extratos de alérgenos comuns (pólen, ácaros, mofo, alimentos) para verificar a reação do organismo ao entrar em contato com tal substância.

Existem alguns métodos diferentes para realizar o teste cutâneo, mas todos envolvem a exposição da pele à pequenas quantidades desses extratos. Um deles envolve a aplicação de um emplastro que fica na pessoa por até 72 horas.

A partir do que for observado, o médico irá indicar o tratamento adequado.

Exame de sangue

O exame de sangue utilizado no diagnóstico de alergia mede a quantidade de anticorpos envolvidos no processo alérgico (imunoglobulina E) e presentes na corrente sanguínea. A amostra de sangue será enviada para análise laboratorial, sendo testada para provas de sensibilidade a possíveis alérgenos.

Testes de alergia alimentar

Em casos de suspeita de alergia alimentar é possível que o médico solicite testes complementares, como:

  • Diário alimentar: o paciente deverá anotar todos os alimentos que ingere, bem como os horários das refeições. Além disso, deverá registrar quaisquer sintomas de alergia.

  • Dieta de eliminação: consiste em eliminar alguns alérgenos da alimentação, para depois incluí-los na dieta novamente, sempre observando possíveis reações. Esse teste costuma ser realizado em conjunto com o diário alimentar.

Alergia tem cura? Qual o tratamento?

A alergia é uma doença tratável, mas sem cura. Seu tratamento consiste basicamente em evitar a exposição aos alérgenos e fazer uso de medicamentos para o alívio de sintomas.

O médico poderá sugerir medicamentos de venda livre ou prescritos sob forma de pílulas, comprimidos, sprays nasais, líquidos, colírios, cremes ou pomadas.

Casos que envolvem reações mais graves podem necessitar de aplicação de adrenalina (epinefrina). O uso acontece por meio de injeções, que devem ser adquiridas sob prescrição médica.

Imunoterapia

Também conhecida como dessensibilização, a imunoterapia é um tratamento que tem como objetivo mudar a resposta do sistema imunológico aos alérgenos. O método consiste em administrar doses regulares de extratos alergênicos de maneira gradual, por meio de injeções, pastilhas sublinguais ou gotas.

Medicamentos para alergia

Os medicamentos comumente utilizados no tratamento de alergias incluem:

Anti-histamínicos

Esse tipo de medicamento auxilia no bloqueio à liberação de histamina no organismo, reduzindo os sintomas da alergia. Costumam ser usados para tratar rinite alérgica ou urticária.

Corticoides

Os corticoides ou corticosteroides por vezes são utilizados no tratamento de alergias graves. Podem apresentar-se em versões orais, pomadas, cremes e colírios.

Sprays nasais

Eficazes no tratamento da rinite alérgica moderada a severa, os sprays nasais devem ser usados de maneira apropriada, de acordo com orientação médica. Seu uso alivia a congestão, coriza e outros sintomas da alergia.

Atenção!

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Convivendo

Sabendo que a alergia sempre será desencadeada após a exposição ao alérgeno, é importante adotar medidas para evitar que um quadro de reação apareça. É claro que algumas situações são bastante difíceis de evitar, como o contato com o pólen por exemplo, mas algumas dicas simples podem facilitar o dia a dia do paciente.

Em casa

  • Mantenha a umidade abaixo de 50% para prevenir o crescimento do mofo;
  • Limpe com frequência áreas mais fechadas e propícias ao surgimento do mofo, como porões e garagens. De preferência, peça para uma pessoa não-alérgica realizar a tarefa;
  • Instale desumidificadores de ar pela casa;
  • Evite deixar roupas molhadas na máquina de lavar;
  • Lave cortinas e azulejos do banheiro com soluções antimofo;
  • Troque a roupa de cama semanalmente e lave-as com água quente;
  • Não permita que alguém fume dentro de casa;
  • Ao limpar ou aspirar a casa, use máscaras e luvas;
  • Evite o uso de tapetes. Dê preferência para pisos de madeira;
  • Instale um exaustor acima do fogão, a fim de remover vapores de cozimento.

Ao ar livre

  • Evite caminhadas em áreas arborizadas ou jardins;
  • Utilize uma máscara quando estiver em áreas verdes;
  • Ao voltar de um passeio, tome um banho e lave os cabelos, a fim de remover resquícios de pólen;
  • Proteja-se de picadas de insetos utilizando sapatos fechados, calças e blusas de manga comprida. Evite utilizar desodorantes perfumados, perfumes, shampoos e outros produtos de cabelo;
  • Carregue sempre consigo o kit injetor de adrenalina, caso seja portador de alergias graves e houver prescrição médica;
  • Evite pendurar roupas ou lençóis para secar do lado de fora, pois podem coletar mofo e pólen.

Em viagens

  • Se for o caso, carregue seus medicamentos na bagagem de mão;
  • Leve sempre um suprimento extra de medicamentos;
  • Em hotéis, peça travesseiros sem penas. De preferência, leve o seu na bagagem.

Em restaurantes

Em casos de alergia alimentar, leia atentamente o cardápio e pergunte o modo de preparo do prato escolhido. Opte sempre por alimentos frescos, ao invés de processados.

Na escola

  • Comunique os professores e funcionários sobre a condição alérgica da criança;
  • Assim que possível, explique à criança sobre suas alergias, para que ela mesma possa evitar o contato com o alérgeno;
  • Avise sempre que a criança estiver fazendo uso de medicamentos e certifique-se de que a escola tenha doses extras em caso de emergência;
  • Crie uma espécie de cartão contendo todas as informações sobre a alergia da criança (sintomas, reações, nomes de medicamentos, contato médico).

Alergias na pele: o que fazer para aliviar os sintomas?

Algumas medidas podem ser tomadas assim que os sintomas (manchas, erupções, vermelhidão, etc.) surgirem na pele. Siga as seguintes etapas:

  1. Lave a região com água abundante e sabão de pH neutro;
  2. Espalhe sobre a área cremes/loções hidratantes e com ação calmante, a fim de aliviar o desconforto e hidratar a pele. Verifique sempre se o produto é hipoalergênico;
  3. Use água termal para reduzir a coceira e irritação (opcional).

Complicações

Anafilaxia (choque anafilático)

Em situações raras, um quadro de reação alérgica pode desencadear uma condição potencialmente fatal, denominada anafilaxia ou choque anafilático. Essa reação grave ocorre de forma generalizada devido ao excesso de liberação de substâncias e anticorpos pelo organismo, após o contato com o alérgeno.

A anafilaxia requer tratamento imediato e, na maioria das vezes, é revertida rapidamente por meio de uma injeção de adrenalina. Pessoas que já tiveram o quadro estão mais propensas a desenvolvê-lo novamente. Casos de anafilaxia na família também favorecem seu surgimento.

Asma

Bastante comum, a asma é um tipo de doença crônica que faz com que as vias aéreas fiquem inflamadas, dificultando a respiração. O quadro pode ser provocado por alérgenos como o pólen, produtos químicos, mudanças climáticas, fumo, ácaros, esforço e exercício. Ao entrar em contato com tais substâncias, há o inchaço, produção de muco e estreitamento das vias aéreas.

Pessoas que possuem rinite alérgica geralmente desenvolvem a asma.

Sinusite

A sinusite é uma inflamação dos seios paranasais que afetam a mucosa da face. O quadro provoca sintomas como dor de cabeça, corrimento nasal, rosto inchado, garganta inflamada, náusea e até mesmo febre.

No caso de pessoas que têm alergias, especialmente as que apresentam rinite alérgica, a doença pode se manifestar como sinusite fúngica alérgica.

Quadros crônicos de alergia também podem provocar:

  • Esofagite Eosinofílica: inflamação do esôfago — canal que conduz o alimento até o estômago. Pode provocar dificuldade para engolir, rouquidão, dor de garganta e tosse;
  • Aspergilose Broncopulmonar Alérgica: doença pulmonar que pode ocorrer em pacientes com asma, causada por uma reação à espécie de fungo Aspergillus. Na lista de sintomas e sinais estão o cansaço, febre, tosse e obstrução das vias respiratórias;
  • Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC): conjunto de doenças que levam à disfunção pulmonar, caracterizada pela dificuldade de respirar. Pode se manifestar por meio de tosse crônica, fadiga e falta de ar — especialmente após realizar tarefas diárias;
  • Síndrome de Churg-Strauss (SCS): doença autoimune que provoca uma inflamação nos vasos sanguíneos e está relacionada a asma;
  • Síndrome da Enterocolite Induzida por Proteína Alimentar (FPIES): reação alérgica do sistema gastrointestinal que pode evoluir para desidratação e choque hemorrágico;
  • Doença de Refluxo Gastroesofágico: condição que faz com que suco gástrico escape do estômago e atinja o esôfago, provocando irritação na mucosa. Os sintomas incluem indigestão, queimação no peito, náusea, vômito e tosse;
  • Síndrome Hipereosinofílica: doença rara que gera um excesso na produção de eosinófilos (células de defesa), gerando lesões em certos órgãos, como o coração. Pode se manifestar por meio de sintomas dermatológicos (angioedema, prurido), hematológicos (anemia, trombocitopenia), gastrointestinais (diarreia, náusea, cólicas abdominais), entre outros;
  • Mastocitose Sistêmica: doença que gera a proliferação e acúmulo de mastócitos (células do tecido conjuntivo) na pele e órgãos internos, ocasionando disfunções no organismo. Os sintomas incluem lesões cutâneas, prurido, sudorese, hipotensão, taquicardia, náuseas, vômitos etc.

Alergia: Mitos e Verdades

Mito: Alergias são inofensivas

Verdade: Quando não tratadas corretamente, as alergias podem interferir diretamente na qualidade de vida do paciente. Além das possíveis complicações citadas acima, certos tipos de condições, como a rinite alérgica, resultam na má qualidade do sono, sonolência diurna e, consequentemente, dificuldade de aprendizado e improdutividade.

Mito: Mudar-se para outra região pode curar alergias

Verdade: O clima de cada região pode interferir em quadros de reações alérgicas, especialmente em pessoas com alergia ao pólen. Porém, afastar-se desses alérgenos por meio de uma mudança não promove a cura, apenas oferece um alívio temporário. Isso porque pessoas alérgicas tendem a desenvolver novas alergias ao longo do tempo.

Mito: Manter contato diariamente com o animal reduz a alergia

Verdade: Em casos de alergia a animais de estimação, a sensibilidade geralmente é piorada com a exposição contínua. Sendo assim, a melhor forma de aliviar os sintomas é evitar o contato com o bichinho, mantendo-o fora de casa ou o mais distante possível. Banhos regulares no animal também são importantes.

Vale ressaltar também que mesmo não tendo pet em casa, é possível desenvolver reações alérgicas, uma vez que os pelos e outros alérgenos vindos dos animais podem ser transportados em roupas.

Mito: Sprays nasais não fazem mal para a saúde

Verdade: O uso de sprays nasais ou descongestionantes é comum no tratamento de rinite alérgica. Porém, esses medicamentos não devem ser usados indiscriminadamente, uma vez que levam ao vício e podem provocar diversos problemas de saúde que incluem hipertensão, arritmia cardíaca e insônia.

Mito: Alergias em crianças desaparecem com o tempo

Verdade: Alguns tipos de alergia, especialmente as alimentares, são comuns em crianças. As reações alérgicas ao leite, por exemplo, costumam desaparecer logo que a criança entra no jardim de infância. Contudo, a alergia a outras substâncias, como o amendoim, pode persistir por toda a vida.

Mito: Não é possível eliminar os ácaros da poeira da casa

Verdade: Geralmente, os ácaros da poeira estão presentes em maior quantidade nos quartos acarpetados e casas onde existem animais domésticos. Por isso, é importante manter o local, bem como as roupas de cama, colchões e travesseiros sempre limpos. Isso ajudará a reduzir o número de alérgenos.


Alergias são bastante comuns e podem atingir pessoas de todas as idades. Mas você sabia que a genética pode ser um fator de risco para o surgimento dessa condição?

Apesar de não poder preveni-la, as dicas compartilhadas neste texto ajudam a evitar reações indesejáveis e melhoram a qualidade de vida do paciente.

Compartilhe essas informações!

Referências
http://www.asbai.org.br
http://www.phadia.com/pt-BR/Diagnostico-de-alergias/Alergia-e-Testes/Common-symptoms-of-allergy/
http://www.webmd.com/allergies/guide/default.htm
http://www.aaaai.org
https://www.allergy.org.au/
http://acaai.org/allergies

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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