A alergia ocorre quando o sistema imunológico reage a substâncias geralmente inofensivas. Tais elementos são conhecidos como alérgenos e podem induzir a uma reação de hipersensibilidade (alergia), provocando inflamações em pessoas vulneráveis.
O processo alérgico costuma ocorrer em pacientes atópicos, ou seja, pessoas com tendência genética para desenvolver doenças deste tipo. Quando há o contato com determinado alérgeno, o sistema imunológico responde com anticorpos e libera certas substâncias, como a histamina, responsável pelo inchaço e irritação presentes na alergia.
As substâncias que mais provocam reações alérgicas são encontradas em ácaros, pólen, animais de estimação, insetos, alimentos, medicamentos e mofo. É importante destacar que cada organismo reage de maneira diferente. Portanto, os alérgenos variam de pessoa para pessoa.
Índice - neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:
Basicamente, as reações alérgicas podem ser diferenciadas por suas causas e regiões do corpo que atingem. Os tipos mais comuns são:
Esse tipo de alergia atinge as vias respiratórias, composta pelas cavidades nasais, faringe, laringe, traqueia e brônquios. A manifestação mais comum é a rinite alérgica, que registra mais de 2 milhões de casos por ano no Brasil.
Conhecida como febre dos fenos, pode se manifestar de duas maneiras: sazonal (ocorre apenas em uma parte do ano) e perene (ocorre o ano todo). A rinite pode ser provocada por diversos fatores, como pólens, pelos, ácaros, mofo, cigarro e até mesmo perfume. Os sintomas incluem coceira, olhos lacrimejantes, coriza e espirros.
Esse tipo de alergia respiratória também possui fator genético como causa, na maioria dos casos.
Os ácaros presentes na poeira são um dos maiores responsáveis pelas alergias respiratórias. Pessoas que sofrem com esse problema costumam apresentar sintomas de asma. Além de ácaros, a poeira pode conter pelos de animais, pedaços de baratas mortas e esporos de mofo, substâncias consideradas alérgenos.
O mofo está presente em toda a parte, uma vez que se espalha facilmente liberando esporos pelo ar. Em algumas pessoas, a inalação desses esporos provoca reações alérgicas, especialmente no trato respiratório. O mofo também pode desencadear ou agravar os sintomas da asma.
Um dos tipos de rinite alérgica sazonal, a alergia ao pólen é bastante comum, especialmente nas crianças. Ela é desencadeada devido aos pequenos grãos liberados pelas flores de algumas plantas. Esses grãos, chamados de pólen, se espalham pelo ar, provocando sintomas na região do nariz e/ou problemas respiratórios em pessoas alérgicas.
A concentração de pólen varia de acordo com o clima, sendo a maior frequência registrada condições de temperaturas amenas, chuvas abundantes e pouco sol.
As proteínas encontradas nas células da pele, bem como a saliva ou urina de animais de estimação, podem provocar alergia em algumas pessoas. Comumente, a reação é desencadeada pela exposição aos flocos mortos de pele (caspa) do pet.
Esse tipo de alergia está relacionado, na grande maioria das vezes, com gatos e cães, mas qualquer animal com pelos apresenta potencial alérgeno.
As alergias respiratórias também podem estar relacionadas às mudanças climáticas, manifestando-se assim, em diferentes épocas do ano. Como dito anteriormente, o pólen é um dos principais causadores de reações. Além disso, especialmente no inverno, o mofo e a poeira podem desencadear sintomas de alergia.
O contato com alérgenos pode gerar irritações na pele de pessoas alérgicas, sendo as principais manifestações:
Lesão na pele que provoca inchaço e intensa coceira, a urticária pode se manifestar em qualquer região do corpo, inclusive rosto, lábios, língua, garganta e orelhas. É dividida entre casos agudos e crônicos, podendo durar poucos dias ou semanas. Entre as causas estão produtos químicos, látex, picadas de insetos, luz solar e medicamentos.
Quando o inchaço ocorre na parte profunda da pele e não na superfície, o quadro é chamado de angioedema. Geralmente surge em torno dos olhos, lábios, genitais, mãos e pés.
Quando erupções cutâneas e bolhas surgem na pele, é possível que o quadro se trate de uma dermatite de contato. Essa condição é provocada após o contato com certas substâncias. Pode ser classificada em dois tipos: irritativa e alérgica. Suas causas mais comuns são: detergentes, shampoos, metais, vernizes, medicamentos tópicos, luvas de látex.
Condição crônica frequentemente associada com alergia alimentar, rinite alérgica e asma, a dermatite atópica costuma surgir na infância. Provoca pele seca, vermelha e irritada, além de coceira. Os desencadeantes incluem alguns alimentos, caspa de animais, ácaros de poeira, sudorese, lã e sabonetes.
Leia mais: Dermatite: o que é e tratamentos
Após sofrer uma picada, algumas pessoas apresentam reações alérgicas ao veneno dos insetos. Os maiores causadores são as abelhas, vespas e formigas. É importante ressaltar que algumas reações são comuns em todas as pessoas e não necessariamente se tratam de alergia. No quadro alérgico ocorrem sintomas como dor, vermelhidão, inchaço e coceira no local da picada, que duram por mais tempo. Em casos mais graves, é possível haver uma reação anafilática.
As reações alérgicas ao látex ocorrem em pessoas que têm alergia a proteína presente nos produtos feitos com a borracha natural. Esse componente é bastante comum em materiais médicos e odontológicos (luvas, bandagens, curativos), preservativos, balões, brinquedos, óculos e pneus. A condição é mais comum na classe médica, devido ao contato direto e diário ao látex.
Apesar de rara, a exposição ao frio pode provocar alergias na pele em forma de erupções e coceira. O quadro se manifesta após a exposição a temperaturas baixas, contato com água fria ou objetos frios e ingestão de alimentos ou bebidas frias.
Alguns produtos de beleza, como shampoos, perfumes, sabonetes e itens de maquiagem, podem deixar a pele irritada e provocar erupções cutâneas, dermatites e urticária. Em alguns casos, pode haver ainda dificuldade para respirar e irritação da mucosa. É causada por alérgenos sintéticos ou naturais presentes na composição dos cosméticos.
Muito usado em bijuterias e acessórios, o níquel é um metal que apresenta alto potencial alérgico. Os sintomas costumam surgir de 12 a 48 horas após o contato e incluem coceira, vermelhidão, erupções e inchaço. Em situações mais graves, a pele pode ficar infectada, causando queimação e pus.
As alergias alimentares ocorrem quando há uma reação anormal às proteínas dos alimentos, podendo surgir manifestações até mesmo dias depois da ingestão. Os sintomas podem atingir a pele, o trato gastrointestinal, o sistema cardiovascular e o trato respiratório.
Dentre os alimentos que podem causar alergia estão:
Alergias alimentares são mais comuns na infância e tendem a ser superadas mais facilmente em comparação a fase adulta. A duração das alergias também pode variar de acordo com o alimento: amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar tipicamente persistentes.
Mais comum em crianças na fase de transição alimentar, a alergia ao leite de vaca é uma reação do sistema imunológico às proteínas presentes no leite.
O quadro pode provocar sintomas gastrointestinais (dor de estômago, vômitos, gases, diarreia) e no trato respiratório (sibilância). Além disso, pode evoluir para uma reação mais grave, conhecida como Síndrome da Enterocolite Induzida por Proteína Alimentar (FPIES), que causa uma inflamação intestinal intensa.
Apesar de apresentarem sintomas semelhantes, a intolerância é diferente da alergia alimentar. No primeiro caso, o organismo apresenta dificuldade na digestão e não existe a interferência do sistema imunológico. Já no processo alérgico, ocorre uma reação anormal acionada pelo sistema imune, que pode trazer complicações mais graves.
É importante saber diferenciar a condição para prevenir-se de reações alérgicas em casos comprovados de alergia ao alimento.
O uso de remédios sem orientação médica pode representar uma ameaça e provocar reações graves em pessoas alérgicas, como queda de pressão arterial, falta de ar e até mesmo anafilaxia. Caso o paciente note qualquer reação diferente após o uso de um medicamento, é possível que exista a alergia.
Os principais causadores da alergia a medicamentos incluem:
O diagnóstico dessa condição pode ser feito por meio do histórico do paciente. É importante que o médico e o dentista tenham conhecimento de possíveis reações para prescrever o tratamento adequado nesses casos.
Essa reação inflamatória é provocada pelo contato com diferentes tipos de alérgenos. Os sintomas incluem vermelhidão, coceira e queimação na região dos olhos ou em suas estruturas próximas, como as pálpebras. A secreção também pode ocorrer em alguns casos, mas costuma ser mais comum na forma infecciosa da doença.
Qualquer pessoa, em qualquer idade, pode desenvolver um processo alérgico. Porém, em crianças as alergias são bastante comuns, especialmente as alimentares.
As chances de apresentar a condição também são aumentadas pelo fator genético. Se existirem casos de alergia nos membros da família, é muito provável que você também apresente a doença ao entrar em contato com o alérgeno.
Situações que causam imunidade baixa, como após contrair uma doença e durante uma gravidez, além de fatores como o fumo, poluição, infecção e hormônios, também contribuem para o desenvolvimento de alergias.
Os sinais de quadros alérgicos variam de acordo com o tipo de alergia e dependem da substância (alérgeno) envolvida. Tais sintomas podem afetar as vias aéreas, seios paranasais, pele e sistema digestivo.
Um quadro de resfriado comum pode ser confundido facilmente com o de uma alergia ou sinusite. Porém, essas condições podem ser diferenciadas pelo tempo de duração e alguns sintomas.
O resfriado costuma desaparecer em poucos dias, enquanto que a sinusite persiste por semanas ou meses. Já a alergia costuma durar de maneira proporcional ao tempo de exposição ao alérgeno.
Além de sintomas semelhantes à alergia (nariz entupido, corrimento nasal, espirros), o resfriado pode incluir dor de garganta, febre e dores no corpo. No caso da sinusite, o paciente costuma apresentar sensação de inchaço em torno da testa, olhos e bochecha; secreção nasal; mau hálito; náusea; tosse e fadiga.
Vale destacar que a sinusite tende a ser uma complicação de quadro alérgico crônico.
Consulte um profissional sempre que desconfiar ser alérgico a alguma substância. Isso ajudará a realizar o diagnóstico correto. Ao notar sintomas depois de utilizar um novo medicamento, também é importante buscar ajuda médica.
Em casos de reações mais graves, como a anafilaxia, procure auxílio imediatamente. Nessas situações é importante manter consultas regulares com um médico especializado em alergias e imunologia.
O médico mais recomendado para detectar a condição é o alergista. O diagnóstico é feito a partir da análise do histórico clínico do paciente, juntamente com exame físico. Nesse momento é importante relatar casos de alergia na família, uma vez que o fator genético contribui para o surgimento da condição.
Além disso, existem alguns testes cutâneos e exames de sangue que podem confirmar se uma pessoa é alérgica. São eles:
Esse é o método mais utilizado para diagnosticar quadros de alergia. O teste de pele utiliza extratos de alérgenos comuns (pólen, ácaros, mofo, alimentos) para verificar a reação do organismo ao entrar em contato com tal substância.
Existem alguns métodos diferentes para realizar o teste cutâneo, mas todos envolvem a exposição da pele à pequenas quantidades desses extratos. Um deles envolve a aplicação de um emplastro que fica na pessoa por até 72 horas.
A partir do que for observado, o médico irá indicar o tratamento adequado.
O exame de sangue utilizado no diagnóstico de alergia mede a quantidade de anticorpos envolvidos no processo alérgico (imunoglobulina E) e presentes na corrente sanguínea. A amostra de sangue será enviada para análise laboratorial, sendo testada para provas de sensibilidade a possíveis alérgenos.
Em casos de suspeita de alergia alimentar é possível que o médico solicite testes complementares, como:
Diário alimentar: o paciente deverá anotar todos os alimentos que ingere, bem como os horários das refeições. Além disso, deverá registrar quaisquer sintomas de alergia.
Dieta de eliminação: consiste em eliminar alguns alérgenos da alimentação, para depois incluí-los na dieta novamente, sempre observando possíveis reações. Esse teste costuma ser realizado em conjunto com o diário alimentar.
A alergia é uma doença tratável, mas sem cura. Seu tratamento consiste basicamente em evitar a exposição aos alérgenos e fazer uso de medicamentos para o alívio de sintomas.
O médico poderá sugerir medicamentos de venda livre ou prescritos sob forma de pílulas, comprimidos, sprays nasais, líquidos, colírios, cremes ou pomadas.
Casos que envolvem reações mais graves podem necessitar de aplicação de adrenalina (epinefrina). O uso acontece por meio de injeções, que devem ser adquiridas sob prescrição médica.
Também conhecida como dessensibilização, a imunoterapia é um tratamento que tem como objetivo mudar a resposta do sistema imunológico aos alérgenos. O método consiste em administrar doses regulares de extratos alergênicos de maneira gradual, por meio de injeções, pastilhas sublinguais ou gotas.
Os medicamentos comumente utilizados no tratamento de alergias incluem:
Esse tipo de medicamento auxilia no bloqueio à liberação de histamina no organismo, reduzindo os sintomas da alergia. Costumam ser usados para tratar rinite alérgica ou urticária.
Os corticoides ou corticosteroides por vezes são utilizados no tratamento de alergias graves. Podem apresentar-se em versões orais, pomadas, cremes e colírios.
Eficazes no tratamento da rinite alérgica moderada a severa, os sprays nasais devem ser usados de maneira apropriada, de acordo com orientação médica. Seu uso alivia a congestão, coriza e outros sintomas da alergia.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Sabendo que a alergia sempre será desencadeada após a exposição ao alérgeno, é importante adotar medidas para evitar que um quadro de reação apareça. É claro que algumas situações são bastante difíceis de evitar, como o contato com o pólen por exemplo, mas algumas dicas simples podem facilitar o dia a dia do paciente.
Em casos de alergia alimentar, leia atentamente o cardápio e pergunte o modo de preparo do prato escolhido. Opte sempre por alimentos frescos, ao invés de processados.
Algumas medidas podem ser tomadas assim que os sintomas (manchas, erupções, vermelhidão, etc.) surgirem na pele. Siga as seguintes etapas:
Em situações raras, um quadro de reação alérgica pode desencadear uma condição potencialmente fatal, denominada anafilaxia ou choque anafilático. Essa reação grave ocorre de forma generalizada devido ao excesso de liberação de substâncias e anticorpos pelo organismo, após o contato com o alérgeno.
A anafilaxia requer tratamento imediato e, na maioria das vezes, é revertida rapidamente por meio de uma injeção de adrenalina. Pessoas que já tiveram o quadro estão mais propensas a desenvolvê-lo novamente. Casos de anafilaxia na família também favorecem seu surgimento.
Bastante comum, a asma é um tipo de doença crônica que faz com que as vias aéreas fiquem inflamadas, dificultando a respiração. O quadro pode ser provocado por alérgenos como o pólen, produtos químicos, mudanças climáticas, fumo, ácaros, esforço e exercício. Ao entrar em contato com tais substâncias, há o inchaço, produção de muco e estreitamento das vias aéreas.
Pessoas que possuem rinite alérgica geralmente desenvolvem a asma.
A sinusite é uma inflamação dos seios paranasais que afetam a mucosa da face. O quadro provoca sintomas como dor de cabeça, corrimento nasal, rosto inchado, garganta inflamada, náusea e até mesmo febre.
No caso de pessoas que têm alergias, especialmente as que apresentam rinite alérgica, a doença pode se manifestar como sinusite fúngica alérgica.
Verdade: Quando não tratadas corretamente, as alergias podem interferir diretamente na qualidade de vida do paciente. Além das possíveis complicações citadas acima, certos tipos de condições, como a rinite alérgica, resultam na má qualidade do sono, sonolência diurna e, consequentemente, dificuldade de aprendizado e improdutividade.
Verdade: O clima de cada região pode interferir em quadros de reações alérgicas, especialmente em pessoas com alergia ao pólen. Porém, afastar-se desses alérgenos por meio de uma mudança não promove a cura, apenas oferece um alívio temporário. Isso porque pessoas alérgicas tendem a desenvolver novas alergias ao longo do tempo.
Verdade: Em casos de alergia a animais de estimação, a sensibilidade geralmente é piorada com a exposição contínua. Sendo assim, a melhor forma de aliviar os sintomas é evitar o contato com o bichinho, mantendo-o fora de casa ou o mais distante possível. Banhos regulares no animal também são importantes.
Vale ressaltar também que mesmo não tendo pet em casa, é possível desenvolver reações alérgicas, uma vez que os pelos e outros alérgenos vindos dos animais podem ser transportados em roupas.
Verdade: O uso de sprays nasais ou descongestionantes é comum no tratamento de rinite alérgica. Porém, esses medicamentos não devem ser usados indiscriminadamente, uma vez que levam ao vício e podem provocar diversos problemas de saúde que incluem hipertensão, arritmia cardíaca e insônia.
Verdade: Alguns tipos de alergia, especialmente as alimentares, são comuns em crianças. As reações alérgicas ao leite, por exemplo, costumam desaparecer logo que a criança entra no jardim de infância. Contudo, a alergia a outras substâncias, como o amendoim, pode persistir por toda a vida.
Verdade: Geralmente, os ácaros da poeira estão presentes em maior quantidade nos quartos acarpetados e casas onde existem animais domésticos. Por isso, é importante manter o local, bem como as roupas de cama, colchões e travesseiros sempre limpos. Isso ajudará a reduzir o número de alérgenos.
Alergias são bastante comuns e podem atingir pessoas de todas as idades. Mas você sabia que a genética pode ser um fator de risco para o surgimento dessa condição?
Apesar de não poder preveni-la, as dicas compartilhadas neste texto ajudam a evitar reações indesejáveis e melhoram a qualidade de vida do paciente.
Compartilhe essas informações!
Referências
http://www.asbai.org.br
http://www.phadia.com/pt-BR/Diagnostico-de-alergias/Alergia-e-Testes/Common-symptoms-of-allergy/
http://www.webmd.com/allergies/guide/default.htm
http://www.aaaai.org
https://www.allergy.org.au/
http://acaai.org/allergies
Rafaela Sarturi Sitiniki
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