A insônia é caracterizada pela dificuldade em adormecer ou manter o sono. Em muitos casos, ela pode dificultar o retorno ao sono após ser despertado por algum evento externo. Algumas pessoas têm dificuldades em iniciar o sono e manter-se dormindo por longos períodos, e isso pode começar na infância e persistir até a vida adulta.
Durante muitos anos, a insônia foi considerada um sintoma de outra condição de saúde, geralmente relacionada a alguma doença grave e o tratamento envolvia apenas a modificação do sono. Recentemente, reconheceu-se a insônia como um transtorno em si, o que possibilitou a criação de um novo paradigma para abordá-la.
Estima-se que esse transtorno afete aproximadamente entre 3,9% a 22,1% da população mundial, com uma duração média de cerca de 3 anos. Além disso, ele está presente em cerca de 56% a 74% dos pacientes ao longo de um ano.
As causas da insônia estão relacionadas a maus hábitos, como o uso de aparelhos eletrônicos e o consumo de alimentos estimulantes pouco antes de dormir, bem como distúrbios psiquiátricos e até mesmo doenças.
Para mais informações sobre insônia, suas causas, sintomas e como é feito o diagnóstico, continue acompanhando o artigo!
Índice — Neste artigo você encontrará as seguintes informações:
A insônia é uma condição com diversas causas, portanto, entender o que está desencadeando os sintomas e a condição, é fundamental. Abaixo, você confere as possíveis causas:
De acordo com o Manual Estatístico e Diagnóstico de Transtornos mentais, há a possibilidade de classificar a insônia das seguintes maneiras:
Além disso, existem outras classificações descritas no DSM-V, sendo elas:
Embora a insônia seja mais conhecida em adultos, é comum que afete também bebês e crianças. No entanto, nem sempre é um problema grave.
Muitas vezes, a causa da insônia em bebês e crianças está relacionada ao ambiente de sono, como um berço desconfortável, excesso de estímulos ou brincadeiras muito agitadas antes de dormir.
Aprender horários adequados para dormir também pode ser um desafio, especialmente se a família não estabelece horários fixos, o que deve ser implementado a partir do terceiro mês de vida.
Infelizmente, existem casos em que a insônia está relacionada a doenças. Algumas dessas condições podem não ser tão graves, como a otite, mas outras podem ter consequências mais significativas, como asma, cólicas, refluxo, alergias ou resfriados.
Leia mais: Ansiedade ou insônia? Saiba a relação e quando buscar ajuda
Apesar de poder ser um sintoma em si, a insônia traz outros sinais que podem auxiliar no diagnóstico e reconhecimento do problema. São eles:
Existem alguns grupos de risco para a insônia, embora ela possa aparecer em qualquer pessoa, por qualquer motivo. São eles:
Se você identifica a presença e persistência de um ou mais dos sinais citados acima, e acredita que há algo errado com seu sono, vá ao médico. Sono demasiado durante o dia, irritabilidade e problemas de concentração são sinais muito claros de que está na hora de procurar um especialista.
As especialidades médicas que podem te ajudar com esse problema são o clínico geral, neurologista e psiquiatra.
Para realizar o diagnóstico da insônia, o médico irá realizar uma avaliação completa, levantando o histórico de saúde física e mental do paciente, além de explorar os hábitos de sono.
Além disso, podem ser solicitados exames complementares para entender melhor as causas e os fatores que influenciam na insônia. Alguns desses exames incluem:
O(a) paciente é orientado(a) a manter um registro dos horários de ir dormir e acordar, a quantidade de sono durante o dia e a descrição das atividades realizadas antes de dormir.
Esse diário pode ajudar a identificar padrões e possíveis causas da dificuldade em dormir, permitindo a modificação de maus hábitos e o acompanhamento da melhora da insônia.
Podem ser solicitados para verificar se há alguma doença subjacente não diagnosticada que esteja contribuindo para a insônia.
Problemas hormonais, como disfunções da tireoide, por exemplo, podem ser identificados por meio de exames de sangue e podem ser a principal causa da insônia em algumas pessoas.
Em casos em que as alternativas anteriores não forneceram respostas satisfatórias, o(a) médico(a) pode recomendar uma polissonografia. Nesse exame, o(a) paciente passa uma noite em uma clínica do sono, conectado a aparelhos que monitoram diferentes aspectos do sono.
Esse estudo do sono fornece informações detalhadas sobre os padrões de sono, a presença de distúrbios do sono e a qualidade do sono.
O diagnóstico preciso da insônia é fundamental para direcionar o tratamento adequado e proporcionar alívio dos sintomas. É importante seguir as orientações do(a) médico(a) e realizar os exames necessários para uma avaliação completa.
Leia também: Higiene do sono: o que é e dicas de como dormir melhor
A insônia tem cura. Portanto, buscar ajuda médica, entender causas e formas de tratar é indispensável, pois, cada caso é um caso, e precisa ser avaliado por um(a) médico.
De modo geral, o tratamento da insônia é personalizado com base no diagnóstico e nas causas específicas da condição em cada paciente. Algumas recomendações comuns incluem:
Evitar comer comidas pesadas e beber antes de dormir, além de praticar exercícios relaxantes e adotar atividades que auxiliem no processo de adormecer, como a leitura.
A psicoterapia pode ser benéfica para todas as pessoas, pois é uma ferramenta importante no enfrentamento de dificuldades, preocupações, autoconhecimento e desenvolvimento de novas habilidades.
A terapia cognitivo-comportamental, em particular, pode ajudar a desenvolver estratégias e métodos para cultivar bons hábitos que auxiliem em diversos contextos e situações.
O uso de técnicas de relaxamento, como meditação ou hipnose antes de dormir, pode ser útil para facilitar o sono. Essas técnicas ajudam a acalmar a mente e relaxar os músculos do corpo, promovendo o adormecimento.
Em alguns casos, os médicos podem prescrever medicamentos para o tratamento da insônia primária. No entanto, a prescrição dependerá da avaliação médica e das causas que contribuíram para o desenvolvimento da condição. Alguns medicamentos são:
Se a insônia for causada por algum medicamento em uso, o(a) médico(a) psiquiatra pode ajustar a dose ou fazer alterações necessárias de acordo com a resposta individual.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um(a) médico(a). Somente ele(a) poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico.
As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um(a) especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
A falta de sono pode ter um impacto significativo no funcionamento do organismo. Além do cansaço diário, a insônia aumenta as chances de desenvolvimento de várias doenças, incluindo:
Pessoas com má qualidade de sono têm maior risco de desenvolver diabetes em comparação com aquelas que dormem adequadamente.
A qualidade do sono desempenha um papel importante na prevenção de doenças cardíacas e do sistema circulatório. A falta de sono aumenta as chances de desenvolver hipertensão e doença arterial coronariana.
A sonolência diurna e a diminuição dos reflexos motores podem aumentar as chances de acidentes, tanto no trânsito quanto no ambiente de trabalho.
O sono desempenha um papel crucial na consolidação de aspectos cognitivos, como a memória. Portanto, pessoas com insônia podem enfrentar problemas de memória, aprendizagem, raciocínio e coordenação motora.
A falta de sono é um fator de risco importante para a depressão, pois o descanso inadequado está relacionado a alterações na estrutura cerebral que intensificam emoções negativas.
Assim, pessoas com insônia tendem a experimentar mais tristeza, raiva, irritabilidade, estresse, isolamento social e dificuldades nas relações interpessoais. Além disso, a insônia pode reduzir a motivação em atividades prazerosas, afetando a qualidade de vida.
A melhor forma de prevenir a insônia é estabelecer uma rotina regular de sono, inclusive nos finais de semana. Dessa forma, o corpo se adapta aos horários e você passa a sentir sono na hora adequada.
É essencial criar um ambiente tranquilo, com poucos estímulos, para facilitar o sono. Além disso, seguir uma rotina de atividades relaxantes antes de dormir ajuda a preparar o corpo para o descanso, como tomar um banho quente, ler ou praticar exercícios de relaxamento.
Realizar atividades físicas regularmente também contribui para melhorar a qualidade do sono. No entanto, é importante evitar exercícios intensos momentos antes de dormir, pois isso pode estimular o corpo e dificultar o sono.
Realizar atividades relaxantes antes de dormir e estabelecer horários fixos para dormir e acordar são fundamentais para uma boa qualidade de sono.
Conforme mencionado anteriormente, criar um ambiente adequado também auxilia no processo de adormecer. Ambientes escuros favorecem a produção de melatonina, um hormônio responsável pela regulação do sono-vigília.
É importante evitar o uso de aparelhos eletrônicos antes de dormir, pois eles estimulam o cérebro e dificultam o processo de adormecimento.
Além disso, é recomendado evitar o uso de medicamentos sem prescrição para essa finalidade. Caso haja necessidade de ajuda para dormir, é sempre aconselhável consultar um médico antes de tomar qualquer medicamento.
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A insônia é caracterizada pela dificuldade em adormecer ou conseguir manter o sono. Por ser uma condição de saúde, merece atenção para o diagnóstico e tratamento.
Se você ou alguém que você conhece se identifica com um ou mais sintomas dessa condição, não deixe de buscar ajuda médica!
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Esp. Thayna Rose
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