Gravidez

É normal sangrar na gravidez? Veja o que pode ser

Publicado em: 13/09/2019Última atualização: 03/01/2023
Publicado em: 13/09/2019Última atualização: 03/01/2023
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Sangrar na gravidez pode ser normal, mas também pode ser um sinal de alerta. A gravidade dessa manifestação depende de alguns fatores, tais como idade gestacional e as possíveis causas do sangramento. 

Nas semanas finais da gestação, por exemplo, a expulsão do tampão mucoso pode gerar sangramento devido ao rompimento de pequenos vasos sanguíneos, o que é considerado normal.

Por outro lado, o deslocamento do óvulo ou da placenta nos primeiros meses pode gerar pequenos sangramentos que podem ser sinais de que algo está errado.

De modo geral, os sangramentos na gravidez são preocupantes, principalmente quando acompanhados de dores intensas, febre e desmaios. Algumas pesquisas, inclusive, identificaram que a hemorragia obstétrica é a principal causa de mortalidade materna, principalmente nos países em desenvolvimento.

Por isso, além de auxílio médico, o pré-natal é um dos procedimentos mais importantes da gestação. O acompanhamento de um(a) profissional de saúde é essencial para evitar ou detectar problemas durante a gravidez.

Neste artigo, veremos algumas das causas do sangramento na gravidez. Continue lendo para saber quais são os sintomas mais preocupantes e quando a ajuda médica deve ser procurada:

Índice — Neste artigo, você irá encontrar:

  1. Quando pode ocorrer sangramento durante a gravidez?

Quando pode ocorrer sangramento durante a gravidez? 

O sangramento pode ocorrer em qualquer fase da gravidez, mas nem sempre é um sinal de que algo está errado.

Depois da fecundação e antes do parto, a nidação e a expulsão do tampão mucoso podem causar fluxos sanguíneos que são normais. A preocupação, no entanto, surge quando há infecções e/ou feridas internas capazes de causar sangramentos anormais.

Saiba um pouco mais sobre cada uma dessas situações: 

Sangramento de Implantação

Logo após a fecundação do óvulo, forma-se o zigoto, que irá se fixar no endométrio, tecido que reveste a parte interna do útero e que, quando não há fecundação, é descartado pelo corpo na menstruação.

O processo de fixação do óvulo fecundado na parede do útero é conhecido como nidação e pode provocar um pequeno sangramento do endométrio. Nesses casos, observa-se uma secreção de coloração rosada por um período de, em média, 2 dias. 

Em alguns casos, a pessoa poderá notar manchas de sangue ou mesmo um sangramento mais significativo, que poderá ser confundido com um episódio mais curto de menstruação.

A data em que a pessoa percebeu esses sintomas pode ajudar o(a) obstetra a determinar a provável data do parto.

Leia mais: O que é nidação, sintomas e quando ocorre

Primeira metade da gravidez

Nos primeiros meses de gravidez, o sangramento pode ser um sinal de alerta. O corrimento marrom, tipo “borra de café”, ou quantidades mais significativas de sangue não são um problema em si, mas podem ser sintomas de:

  • Gravidez ectópica;
  • Infecção uterina;
  • Aborto;
  • Lesões (cervicais ou vaginais);
  • Doença trofoblástica gestacional.

Nesses casos, a pessoa gestante poderá sentir também cólicas, inchaço, náuseas, vômito e/ou dor ao urinar. O sangramento na primeira metade da gravidez é apenas um sintoma e nada deve ser concluído sem a avaliação de um(a) especialista. Sendo assim, um(a) médico(a) obstetra deverá ser consultado(a) caso haja qualquer sinal de hemorragia.

Segunda metade da gravidez

Após as 20 primeiras semanas, o sangramento pode ser interpretado como indício de:

O sangramento em uma gravidez mais avançada pode ser ainda mais preocupante, uma vez que é um indício de condições que podem levar a pessoa gestante, o bebê ou ambos a óbito.

Caso observe qualquer sinal de sangramento durante a gestação, procure seu(a) obstetra para realizar um exame mais aprofundado das possíveis causas desse sintoma.

Sangramento de contato (após relação sexual)

É possível que o sangramento após a relação tenha uma causa puramente mecânica, como ocorre quando há o rompimento acidental de algum vaso e o consequente sangramento. Esses casos costumam ser episódicos e não são acompanhados de outros sintomas.

Há, no entanto, a possibilidade de que o sangramento após a relação sexual seja um sintoma de placenta prévia ou acretismo placentário. Essas condições também podem causar sangramento sem motivo aparente, que inicia e acaba subitamente e, muitas vezes, não é acompanhado por dor.

É preciso ficar ainda mais alerta se o sangue apresentar um aspecto vermelho vivo e com presença de coágulos.

Leia também: Sangramento durante o sexo: o que pode ser?

Tampão mucoso

Conforme o parto se aproxima, o corpo da mulher tende a preparar-se para esse momento, com contrações uterinas, dilatações do canal vaginal e a expulsão do tampão mucoso. 

O tampão mucoso é uma barreira de muco que se forma no final do canal vaginal. Sua principal função é proteger o neném de bactérias, vírus e fungos que possam entrar pela vagina. 

Mas para o bebê nascer pelo canal vaginal, esse tampão precisa ser expelido, o que pode causar pequenos sangramentos que duram poucas horas e não apresentam volume intenso, dor ou febre

Após a expulsão do tampão mucoso, o trabalho de parto pode começar em algumas horas ou levar semanas para acontecer.

Leia também: 36 semanas de gestação: sintomas, dicas e cuidados


O sangramento durante a gestação pode ser sinal de que alguma coisa não está bem, como nos casos de gravidez ectópica, deslocamento do óvulo ou da placenta, infecções e atritos devido às relações sexuais. 

Por outro lado, em alguns momentos específicos a gestação, os sangramentos são normais, desde que não estejam acompanhados de outros sintomas. Lembre-se de manter o pré-natal em dia e procurar o(a) obstetra sempre que surgir alguma dúvida ou suspeita.

Para saber mais sobre saúde na gravidez, acompanhe o portal do Minuto Saudável e nos siga nas redes sociais!


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Referências

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Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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