Difícil encontrar quem nunca sentiu este mal-estar no estômago. A azia é um sintoma bastante desconfortável, ocorrendo por diversas causas. Na gravidez costuma ser comum também. Começa a se tornar um problema mais comum especialmente no início e no fim da gestação.
Nos últimos meses, quando o bebê está muito maior, a azia acontece porque o feto comprime os órgãos da mãe. Essa pressão pode fazer com que o conteúdo presente no estômago retorne para o esôfago (refluxo), causando o sintoma.
De modo geral, é comum a gestante relatar uma sensação de queimação na garganta e peito, refluxo e uma vontade maior de arrotar.
Um episódio de azia na gravidez é semelhante a um quadro de azia em qualquer pessoa, o que é diferente é a causa, pois, além dos hormônios, o bebê crescendo pode ter uma parcela de culpa nisso.
Continue a leitura para entender mais sobre a azia na gravidez!
Sim. É normal e esperado que gestantes tenham esse sintoma. Para entender porque a azia na gravidez acontece, é interessante entender o que pode ocasioná-la de modo geral — ou seja, nas pessoas não gestantes.
O estômago produz um suco gástrico com substâncias que atuam na digestão dos alimentos. Ele e´bastante forte, mas não afeta o estômago, porque o órgão é revestido por uma mucosa protetora.
Contudo, em outras regiões, como o esôfago (estrutura acima do estômago), não há essa camada protetora impedindo que o suco gástrico cause algum dano.
Um músculo chamado esfíncter esofágico inferior (que faz movimentos de abrir e fechar para passagem dos alimentos) é o responsável por evitar o ácido estomacal de voltar ou subir à garganta.
Na gestante, entretanto, existem duas condições que podem interferir no funcionamento perfeito desse sistema.
Um deles é o tamanho do útero (ou do bebê), que acaba provocando uma pressão maior no estômago da mulher, facilitando o retorno do suco gástrico. Por isso, o quadro é comum no final da gestação, quando o bebê já está bem grandinho.
Outro fator é que a musculatura da mulher pode se tornar mais flácida durante a gestação, por uma ação provocada por hormônios como o progesterona. Isso faz com que o esfíncter esofágico inferior se torne menos tonificado, facilitando o refluxo.
A gestante com azia sente os mesmos sintomas que outras pessoas com a condição, tais como:
Se a gestante sentir uma dor muito forte e que não passa, deve procurar um gastroenterologista, pois pode ser indício de algum problema digestivo mais sério.
Dores no lado direito e no alto da barriga, associadas a enjoo, podem também ser sintoma de alguma complicação no fígado.
Caso surjam outros sintomas ou se forem persistentes, a gestante deve procurar o(a) obstetra para a investigar a causa.
A melhor forma de evitar ou amenizar a azia na gravidez é através da alimentação. Alguns alimentos devem ser evitados, por exemplo, frituras, molhos, chocolate, café, frutas cítricas e refrigerantes.
Se a gestante estiver com uma azia muito forte, é bom evitar sopa ou beber muita água. Isso pode piorar o desconforto causado pelo refluxo. O melhor é consumir algum alimento que ajude a empurrar o conteúdo ácido para o estômago.
Outras dicas que ajudam a amenizar e prevenir são:
Se a azia continuar intensa mesmo com essas dicas, procure ajuda médica.
Se a automedicação é um risco para todas as pessoas de modo geral, na gravidez o alerta deve ser duplamente reforçado. O mais recomendado é tentar evitar e amenizar a azia através de mudanças na alimentação, como nas dicas citadas anteriormente.
Quando, mesmo seguindo esses passos, a dor continua persistente, é compreensível que algumas gestantes queiram apelar para medicamentos em busca de alívio imediato.
No entanto, o uso de remédios de forma inadequada pode causar riscos à saúde da mãe e do bebê.
O ideal é procurar um médico para que ele possa avaliar a necessidade de remédios e, se preciso, prescrever qual deve ser tomado e como.
Além de consultar um médico, é sempre importante ler atentamente a bula de qualquer medicamento. Nela, deve constar se o uso é liberado na gravidez e quais as reações adversas possíveis.
Se a dor for tão intensa, não passando nem com o medicamento prescrito, é preciso investigar se há outros fatores mais sérios causando esse desconforto.
Não. Isso, na verdade, não passa de uma crendice popular. Pode ser uma coincidência em alguns casos, mas a azia não tem nenhuma relação com a quantidade capilar do bebê, cientificamente.
Por tratar-se de uma alteração fisiológica no organismo da mulher, com um bebê cabeludo ou não, é possível que a gestante sinta a azia. Os cuidados para amenizar e prevenir o desconforto são os mesmos independente das características físicas do feto.
É comum que gestantes sintam azia durante a gravidez, especialmente no segundo e no terceiro trimestre.
Algumas dicas simples podem ajudar a amenizar o desconforto, mas se não for o suficiente o ideal é buscar ajuda de um profissional.
Para saber mais sobre gestação e saúde, acompanhe o Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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