Gravidez

Azia na gravidez: quando começa, como evitar e o que comer

Publicado em: 14/09/2019Última atualização: 14/10/2020
Publicado em: 14/09/2019Última atualização: 14/10/2020
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Difícil encontrar quem nunca sentiu este mal-estar no estômago. A azia é um sintoma bastante desconfortável, ocorrendo por diversas causas. Na gravidez costuma ser comum também. Começa a se tornar um problema mais comum especialmente no início e no fim da gestação.

Nos últimos meses, quando o bebê está muito maior, a azia acontece porque o feto comprime os órgãos da mãe. Essa pressão pode fazer com que o conteúdo presente no estômago retorne para o esôfago (refluxo), causando o sintoma.

De modo geral, é comum a gestante relatar uma sensação de queimação na garganta e peito, refluxo e uma vontade maior de arrotar. 

https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-refluxo/

Um episódio de azia na gravidez é semelhante a um quadro de azia em qualquer pessoa, o que é diferente é a causa, pois, além dos hormônios, o bebê crescendo pode ter uma parcela de culpa nisso.

https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-bom-para-refluxo/

Continue a leitura para entender mais sobre a azia na gravidez!

O que provoca azia na gravidez? É normal?

Sim. É normal e esperado que gestantes tenham esse sintoma. Para entender porque a azia na gravidez acontece, é interessante entender o que pode ocasioná-la de modo geral — ou seja, nas pessoas não gestantes.

O estômago produz um suco gástrico com substâncias que atuam na digestão dos alimentos. Ele e´bastante forte, mas não afeta o estômago, porque o órgão é revestido por uma mucosa protetora.

Contudo, em outras regiões, como o esôfago (estrutura acima do estômago), não há essa camada protetora impedindo que o suco gástrico cause algum dano.

Um músculo chamado esfíncter esofágico inferior (que faz movimentos de abrir e fechar para passagem dos alimentos) é o responsável por evitar o ácido estomacal de voltar ou subir à garganta.

Na gestante, entretanto, existem duas condições que podem interferir no funcionamento perfeito desse sistema.

Um deles é o tamanho do útero (ou do bebê), que acaba provocando uma pressão maior no estômago da mulher, facilitando o retorno do suco gástrico. Por isso, o quadro é comum no final da gestação, quando o bebê já está bem grandinho.

Outro fator é que a musculatura da mulher pode se tornar mais flácida durante a gestação, por uma ação provocada por hormônios como o progesterona. Isso faz com que o esfíncter esofágico inferior se torne menos tonificado, facilitando o refluxo. 

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Quais os sintomas da azia na gravidez?

A gestante com azia sente os mesmos sintomas que outras pessoas com a condição, tais como:

  • Sensação de queimação;
  • Ardência e dor na garganta;
  • Inchaço na região do estômago;
  • Gosto amargo na boca;
  • Dor próxima às costelas;
  • Arroto involuntário e constante;
  • Má digestão.

Se a gestante sentir uma dor muito forte e que não passa, deve procurar um gastroenterologista, pois pode ser indício de algum problema digestivo mais sério.

Dores no lado direito e no alto da barriga, associadas a enjoo, podem também ser sintoma de alguma complicação no fígado.

Caso surjam outros sintomas ou se forem persistentes, a gestante deve procurar o(a) obstetra para a investigar a causa.

https://minutosaudavel.com.br/e-normal-sentir-colicas-na-gravidez/
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Como evitar a azia na gravidez?

A melhor forma de evitar ou amenizar a azia na gravidez é através da alimentação. Alguns alimentos devem ser evitados, por exemplo, frituras, molhos, chocolate, café, frutas cítricas e refrigerantes.

Se a gestante estiver com uma azia muito forte, é bom evitar sopa ou beber muita água. Isso pode piorar o desconforto causado pelo refluxo. O melhor é consumir algum alimento que ajude a empurrar o conteúdo ácido para o estômago.

Outras dicas que ajudam a amenizar e prevenir são:

  • Comer de forma fracionada, em pequenas porções;
  • Mastigar bem os alimentos, colocando pouca quantidade de comida na boca;
  • Não beber líquidos durante a refeição;
  • Não fumar;
  • Não comer ou beber muito perto da hora de dormir;
  • Dormir em uma posição em que o tronco fique mais elevado;
  • Verificar o uso de medicamentos que possam estar associados;
  • Usar roupas confortáveis e que não apertem a região do estômago;
  • Evitar alimentos de digestão mais lenta, como couve, granola, feijoada, churrasco etc;
  • Evitar alimentos gordurosos, como salgadinhos, margarina, manteiga, queijos amarelos, presunto etc.

Se a azia continuar intensa mesmo com essas dicas, procure ajuda médica.

O que tomar para azia na gravidez?

Se a automedicação é um risco para todas as pessoas de modo geral, na gravidez o alerta deve ser duplamente reforçado. O mais recomendado é tentar evitar e amenizar a azia através de mudanças na alimentação, como nas dicas citadas anteriormente.

Quando, mesmo seguindo esses passos, a dor continua persistente, é compreensível que algumas gestantes queiram apelar para medicamentos em busca de alívio imediato.

No entanto, o uso de remédios de forma inadequada pode causar riscos à saúde da mãe e do bebê.

O ideal é procurar um médico para que ele possa avaliar a necessidade de remédios e, se preciso, prescrever qual deve ser tomado e como.

Além de consultar um médico, é sempre importante ler atentamente a bula de qualquer medicamento. Nela, deve constar se o uso é liberado na gravidez e quais as reações adversas possíveis.

Se a dor for tão intensa, não passando nem com o medicamento prescrito, é preciso investigar se há outros fatores mais sérios causando esse desconforto.

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Azia na gravidez significa que o bebê é cabeludo?

Não. Isso, na verdade, não passa de uma crendice popular. Pode ser uma coincidência em alguns casos, mas a azia não tem nenhuma relação com a quantidade capilar do bebê, cientificamente.

Por tratar-se de uma alteração fisiológica no organismo da mulher, com um bebê cabeludo ou não, é possível que a gestante sinta a azia. Os cuidados para amenizar e prevenir o desconforto são os mesmos independente das características físicas do feto.

É comum que gestantes sintam azia durante a gravidez, especialmente no segundo e no terceiro trimestre.

Algumas dicas simples podem ajudar a amenizar o desconforto, mas se não for o suficiente o ideal é buscar ajuda de um profissional.

Para saber mais sobre gestação e saúde, acompanhe o Minuto Saudável!

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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