O câncer de mama é uma doença que pode acometer mulheres e homens, sendo um dos tipos mais comuns de acordo com a Organização Mundial da Saúde.
Saiba como a doença se manifesta, como identificá-la e quais as formas de diminuir as chances dela surgir.
Índice – neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:
- O que é o Câncer de Mama?
- Quais as causas?
- Fatores de risco não modificáveis
- Tipos de câncer de mama
- Estadiamento: quais os estágios do câncer da mama?
- Quais os sintomas do câncer de mama?
- Câncer de mama tem cura?
- Diagnóstico: Como saber se estou com câncer de mama?
- Tratamentos: quais as opções?
- Efeitos colaterais do tratamento: como minimizá-los?
- Convivendo com o câncer de mama
- Quais as complicações do câncer de mama?
- Como prevenir o câncer de mama?
- Perguntas frequentes
O que é o Câncer de Mama?
O câncer é uma doença causada pela perda da capacidade de regulação das células do corpo, criando um ambiente em que elas se multiplicam de maneira desordenada, perdem o autocontrole e adquirem capacidade de invadir (infiltrar) e proliferar em órgãos à distância (metástases).
O câncer de mama é aquele que é primário, ou seja, se origina na mama. Atualmente, no Brasil, é o que possui maior incidência entre as mulheres.
Apesar de rara, a doença também acomete homens — representando cerca de 1% do total de casos, segundo o Ministério da Saúde.
Essa doença tem como principal sintoma clínico a presença de um nódulo, na maioria das vezes indolor, percebido na mama.
Ressalta-se que além da percepção de um nódulo, outras modificações menos perceptíveis podem ocorrer. Por exemplo, saliências e reentrâncias no contorno da mama, saída de secreção avermelhada pelo mamilo de forma espontânea (sem apertar) e endurecimento da mama.
Como esses sinais clínicos também estão presentes nas doenças benignas da mama, a consulta e aconselhamento com profissional especializado na área é indispensável.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres e responde por 29,5% dos casos novos da doença no Brasil.
Dados do INCA afirmam que, no ano de 2016, o câncer de mama levou a óbito 16.069 mulheres.
Ainda segundo o Instituto, será computado em 2019 cerca de 59.700 mil novos casos da doença.
Quais as causas?
Somente 10% dos cânceres de mama estão associados a alterações conhecidas no nosso gene que levam a um favorecimento ao desenvolvimento da doença. Geralmente, são genes que possuem atividade de reparo (controle) do nosso DNA que são inativados, causando essa suscetibilidade
Para maioria dos casos (outros 90%), não existe uma única causa conhecida. Sabe-se que a influência de um conjunto de fatores desencadeia o início da doença.
Entre as condições e comportamentos que mais elevam as chances da doença manifestar-se estão:
- Excesso de peso ou obesidade;
- Falta de atividade física;
- Consumo de bebidas alcoólicas;
- Exposição à radiação ionizante (presente na radioterapia e em exames de imagem).
Fatores de risco não modificáveis
Além dos comportamentos e hábitos de vida, há algumas condições que independem das pacientes, tais como:
Gênero
Ser mulher é o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de mama.
Idade
Com o avançar da idade, aumentam as chances de uma mulher desenvolver câncer de mama. Elas chegam a aproximadamente 12% aos 80 anos de idade.
Fatores genéticos
Cerca de 5 a 10% dos casos de câncer de mama são hereditários. A causa mais comum de câncer de mama hereditário é uma mutação (falha no nosso gene) herdada nos genes BRCA1 e BRCA2.
Mutações em outros genes, embora menos frequentes, podem também levar ao câncer de mama hereditário, como, por exemplo, ATM, TP53, CHEK2 (síndrome de Li-Fraumeni), PTEN (doença de Cowden), CDH1, e STK11 (síndrome de Peutz-Jeghers) entre outros.
Histórico familiar
O risco de câncer de mama é maior entre as mulheres com parentes em primeiro grau (mãe, irmã ou filha) que tiveram a doença.
Nesses casos, o risco da doença praticamente dobra. Ter dois parentes de primeiro grau aumenta a possibilidade em cerca de 3 vezes.
Salienta-se que esse risco é específico para cada família e possui outras influências, como a idade em que o familiar desenvolveu o câncer. Quanto mais precoce a idade, maior o risco familiar.
Histórico clínico
Uma mulher que já teve um câncer de mama têm um risco de maior de desenvolver um novo câncer de mama. Isso é diferente de uma recidiva (retorno do mesmo tumor).
Raça e etnia
As mulheres brancas são ligeiramente mais propensas a desenvolver câncer de mama do que as de outras raças.
Os dados de raça conhecidos na literatura são relacionados a estudos feitos em locais como EUA e Europa ocidental. Como moramos em um país com histórico de colonização diversificada e extensa miscigenação racial, é mais difícil estabelecer uma relação.
Mamas densas
Densidade mamária é um dado obtido através do exame de mamografia e está relacionada à proporção entre o tecido mamário da mulher (responsável pela produção do leite) e o tecido adiposo (gordura).
Diz-se que uma mama é densa quando ela possui maior quantidade de tecido mamário em relação ao tecido adiposo.
Mulheres com mamas densas têm um risco aumentado de câncer de mama em relação àquelas com mamas menos densas.
Uma série de fatores podem afetar a densidade da mama, como idade, estado menopausal, uso de medicamentos, gravidez e genética.
Lesões precursoras de câncer de mama
Mulheres diagnosticadas com determinadas condições benignas da mama podem ter um risco aumentado de câncer de mama.
São lesões que, embora ainda benignas, conferem um risco maior do desenvolvimento de um câncer de mama no futuro.
Destacam-se entre elas as hiperplasias ductal e lobular atípicas, que conferem uma chance de 3 a 5 vezes de desenvolver a doença, e o carcinoma ductal e lobular in situ de mama, que resulta em um risco 10 vezes maior.
Embora possua o nome carcinoma, ele é considerado uma lesão precursora porque ainda não adquiriu a capacidade de invadir e enviar células para outros órgãos (metástases).
Hoje, já existem medicamento profiláticos (preventivos) para que mulheres, uma vez diagnosticadas com estas lesões, não mais fiquem expostas a este risco
Regulação hormonal ligada à fase reprodutiva
As mulheres que tiveram menarca precoce (antes dos 12 anos) ou tiveram a menopausa após os 55 anos têm um risco levemente aumentado de câncer de mama.
O aumento do risco pode ser devido a uma exposição mais longa a hormônios femininos.
Radioterapia prévia
As mulheres que fizeram radioterapia na região do tórax até os 20 anos de vida como parte do tratamento para linfoma (um tipo de câncer que atinge o sistema linfático) têm um risco aumentado de câncer de mama.
Fatores de risco relacionados ao estilo de vida
Algumas condições e comportamentos são observados como ligados ao maior risco de câncer de mama, como:
Gestação
As mulheres que não tiveram filhos ou que tiveram o primeiro filho após os 30 anos têm um risco levemente aumentado de câncer de mama. Mulheres que têm muitos filhos e engravidam em idade precoce reduzem o risco de câncer de mama.
Uso de anticoncepcional hormonal
O uso de métodos contraceptivos hormonais (independente da via de uso) aumentam o risco de câncer de mama. Esse risco está diretamente relacionado ao tempo de uso.
Da mesma maneira, o risco reduz com a interrupção do uso. Mulheres que pararam de usar os anticoncepcionais há mais de 10 anos não parecem ter qualquer aumento no risco.
Reposição hormonal após a menopausa
O uso de reposição hormonal por tempo prolongado (mais do que 5 anos) pode aumentar discretamente o risco de câncer de mama.
Foi evidenciado que o uso concomitante de estrogênio e progesterona acima de 5 anos, aumenta o risco. Em contrapartida, o uso de estrogênio isolado não parece aumentar o risco de câncer de mama.
Alcoolismo
O uso de álcool está claramente associado a um aumento do risco de desenvolver câncer de mama. O risco aumenta com a quantidade de álcool consumida.
Obesidade
Estar acima do peso ou ser obesa após a menopausa aumenta o risco de câncer de mama.
Falta de atividade física
A prática de atividade física regular está diretamente relacionada a um melhor controle de peso e à redução do risco de câncer de mama.
Dieta
Muitos estudos têm procurado uma ligação entre o que as mulheres comem e o risco de câncer de mama.
Em um estudo recente, publicado em 2019, em que aproximadamente 50.000 mulheres foram acompanhadas por 20 anos, evidenciou-se que a redução no consumo de gorduras, reduz de maneira importante o risco de câncer de mama.
Tabagismo
O tabagismo está associado a uma pequena elevação do risco de câncer de mama.
Tipos de Câncer de Mama
O câncer de mama possui vários tipos diferentes. Dentre eles, destacam-se o carcinoma ductal que se origina nos ductos mamários, e os lobulares, que se originam dos lóbulos mamários (ambos estruturas das mamas).
Esses dois tipos correspondem a mais de 90% de todos os cânceres. Outros tipos menos comuns são os carcinomas medulares, adenoide císticos, papilíferos, cribiformes e secretores, embora todos se originam do tecido mamário.
A mama também é afetada por outros cânceres mais raros, tais como sarcomas (tumores originados dos tecidos de sustentação da mama), linfomas e também metástases de cânceres originados em outros órgãos.
Câncer de mama inflamatório: o que é?
Carcinoma inflamatório, ou câncer inflamatório, é o mesmo carcinoma ductal ou lobular de mama, mas que se manifesta clinicamente de uma maneira muito diferente do habitual.
Ao passo que a maioria dos casos são diagnosticados pela palpação de um nódulo indolor na mama, este tipo surge simulando um processo inflamatório com dor, aumento de volume e vermelhidão na mama.
Devido a sua aparência, muitas vezes é confundido com um quadro de mastite (infecção da mama), o que pode atrasar o seu diagnóstico.
Possui evolução (crescimento) mais rápido e, invariavelmente, está relacionado a um pior prognóstico.
Felizmente, o carcinoma inflamatório corresponde a menos de 1% de todos os casos de câncer de mama.
Doença de Paget
Esse tipo de câncer tem início nos ductos da mama, possui evolução bastante lenta e, conforme cresce, afeta a pele, a aréola e o mamilo.
Muitas vezes, é confundido com processos alérgicos que acometem a aréola e o mamilo.
A doença de Paget pode acontecer de forma isolada ou concomitante a outros cânceres na mama.
Estadiamento: quais os estágios do câncer da mama?
O câncer de mama, quando diagnosticado, é classificado em estágios de acordo com seu tamanho na mama, comprometimento de linfonodos (ínguas) axilares e presença ou não de metástases à distância (em outros órgãos).
Estes estágios variam de 0 (carcinomas in situ de mama, que ainda são lesões precursoras) até o IV (onde já há evidências de metástases à distância)
Os estágios I, II e III ainda possuem várias subdivisões de acordo com o tamanho do tumor na mama e a presença de linfonodos axilares comprometidos.
Essa classificação é útil para o médico definir o tratamento mais adequado.
Câncer de mama metastático
Quando o câncer de mama se dissemina para outras partes do corpo, é chamado de câncer metastático.
Nesses casos, a doença tem poucas possibilidades de cura, mas pode ser controlada e garantir uma vida confortável às pacientes.
O que se deseja ao tratar uma paciente com metástase de câncer de mama é cronificar (ou seja, estabilizar) a doença através do uso de medicamentos que vão desde quimioterápicos, bloqueadores hormonais, terapias alvos e imunoterapias.
Eles possibilitam um controle da doença e, principalmente, a manutenção de uma qualidade de vida.
Quais os sintomas do Câncer de Mama?
O sintoma mais comum do câncer de mama é a palpação de um nódulo indolor na mama.
Contudo, outros sintomas menos comuns também podem servir de alerta para um possível diagnóstico de câncer, tais como:
- Modificações na pele de uma parte da mama (saliências ou reentrâncias);
- Pele inchada e avermelhada;
- Mamilo invertido;
- Nódulo aumentado na axila;
- Espessamento ou retração da pele ou do mamilo;
- Secreção clara ou sanguinolenta nos mamilos (somente quando sai espontaneamente);
Quem tem câncer de mama sente dor?
A dor mamária (conhecida como mastalgia) é um sintoma extremamente frequente e pouquíssimo associado ao câncer de mama. Dificilmente uma mulher que possua só dor na mama terá qualquer relação com câncer de mama.
Na maioria das vezes, a dor mamária é causada por modificações hormonais. Elas são mais observáveis nos dias que antecedem a menstruação ou estão associadas ao uso de alguns contraceptivos hormonais.
Salienta-se que mesmo não tendo uma associação comum com câncer de mama, na presença de um episódio de dor mamária, a mulher deve procurar um profissional da saúde para que seja avaliada, investigada e orientada.
Câncer de mama tem cura?
Felizmente, a maioria dos casos de câncer de mama possui chances de cura.
Porém, para que isso possa acontecer, é preciso que a doença seja diagnosticada precocemente e o tratamento seja iniciado o quanto antes.
Diagnóstico: Como saber se estou com câncer de mama?
Geralmente, o diagnóstico começa quando a paciente ou a(o) médica(o) percebe uma alteração mamárias no autoexame ou exame clínico.
Em alguns casos, é na própria mamografia de rotina que se levanta a suspeita. Com isso, uma série de exames são solicitados para investigar e caracterizar o nódulo como maligno ou benigno.
Entre os procedimentos indicados estão:
Mamografia
O exame faz parte dos procedimentos que, após os 40 anos, devem virar rotina. Ele consiste em uma espécie de raio-X das mamas, permitindo uma boa visualização dos tecidos mamários.
Vale lembrar que a mamografia é o único exame capaz de diagnosticar o câncer de mama em seu estágio inicial, pois os nódulos com menos de 1cm ainda não podem ser apalpados ou sentidos.
Por conta disso, a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda que mulheres façam uma mamografia anual a partir dos 40 anos de idade.
Ultrassonografia
Indolor e não invasiva, a ultrassonografia é um método auxiliar à mamografia que ajuda no diagnóstico. É com auxílio da ultrassonografia que são realizadas a maioria das biópsias de mama.
Ressonância magnética
O exame pode ser solicitado, de acordo com a orientação médica, não sendo necessária a todas as pacientes. Por isso, é um exame complementar aos demais.
Biópsia
A biópsia consiste na retirada de uma parte ou amostra do tecido, que é enviada ao laboratório para análise e confirmação do diagnóstico.
Em geral, é utilizada uma agulha, com anestesia local.
Pode, ainda, ser feita a biópsia cirúrgica, quando o uso da agulha não permite a coleta da amostra. Nesse caso, pode ser removida uma parte ou todo o nódulo.
Tratamentos: quais as opções?
Para tratar um câncer de mama, é preciso avaliar o tipo e o estágio em que se encontra a doença. Feito isso, a definição terapêutica pode ser determinada de forma individualizada.
O intuito é sempre curar a doença ou reduzir os impactos dela no organismo, controlando-a.
Com base nisso, os tratamentos da doença podem ser classificados de duas maneiras:
- Terapia local;
- Terapia sistêmica.
Salienta-se que o tratamento é sempre composto de um conjunto de terapias que, de forma agregada, trazem ao paciente a melhor perspectiva de sucesso aliado à manutenção da sua qualidade de vida
Acompanhamento psicológico, o apoio dos amigos e familiares, além da prática de atividades de lazer são fundamentais para promover uma melhor sucesso terapêutico.
Terapia local para câncer de mama
Esse tipo de terapia visa tratar o tumor no local onde se encontra e pode ser realizado de duas formas:
Cirurgia
Modalidade de tratamento mais antiga, a cirurgia é realizada quando o tumor encontra-se em seu estágio inicial e em condições favoráveis para sua retirada. Pode ser utilizada como método inicial de tratamento ou após o uso de quimioterapia ou bloqueadores hormonais.
Ainda hoje, para a maioria dos cânceres de mama, a cirurgia é o principal método terapêutico.
Radioterapia
Muito utilizada em tumores localizados, a radioterapia é feita através do uso de radiação ionizante.
Ela é usada tanto nos casos em que a mulher foi submetida a uma cirurgia conservadora (preservando a maior parte da mama) quanto em alguns casos onde a paciente foi submetida a uma mastectomia (retirada total da mama).
A radioterapia funciona como um aditivo à cirurgia no controle local, reduzindo o risco de uma recidiva do câncer de mama.
Terapia sistêmica para câncer de mama
Nesse tipo de tratamento, são utilizados medicamentos, a fim de atingir as células cancerosas, estejam elas em qualquer parte do corpo. A terapia sistêmica pode ser de quatro maneiras:
Quimioterapia
Consiste na utilização de medicamentos orais ou intravenosos e tem o objetivo destruir, controlar ou impedir que as células cancerosas.
Terapia hormonal
Essa forma de tratamento impede a ação dos hormônios nas células do câncer levando à morte celular. Assim, age bloqueando o efeitos desses hormônios.
Terapia-alvo (anticorpos monoclonais)
É realizada através de drogas que agem bloqueando sítios (ou seja, locais) específicos nas células do câncer, levando à morte dessas células.
Imunoterapia
Modalidade nova de tratamento que ainda é utilizada para poucos casos, porém que provavelmente terá seu uso muito expandido nos próximos anos.
Consiste em medicamentos que agem em alvos imunológicos do tumor, causando o enfraquecimento e morte das células tumorais
Efeitos colaterais do tratamento: como minimizá-los?
Os tratamentos para câncer de mama podem provocar diversos efeitos colaterais, que podem afetar a rotina do paciente. Saiba quais são eles e como minimizá-los:
Quimioterapia
A manifestação dos efeitos colaterais da quimioterapia depende de cada pessoa. É possível que eles sejam intensos para alguns e suaves para outros.
A queda de cabelo, feridas cutâneas, náuseas, vômitos e dor são os mais comuns. Esses efeitos ocorrem, em sua maioria, devido ao fato que a quimioterapia afeta células saudáveis do nosso corpo da mesma maneira que as células do tumor.
Também são efeitos colaterais dos quimioterápicos:
- Anemia;
- Alteração intestinal (diarreia ou constipação);
- Fadiga;
- Mudanças no apetite;
- Infecções recorrentes;
- Infertilidade.
É importante que cada paciente relate os sintomas à equipe médica, para que as orientações específicas sejam repassadas.
Entre as opções indicadas para reduzir esses efeito adversos estão:
- Reduzir a carga de atividades físicas e profissionais, adequando ao cansaço do paciente;
- Reforçar a alimentação com produtos naturais e saudáveis (frutas, verduras, proteínas) com orientação de um profissional da nutrição sempre que possível;
- Comer de forma mais fracionada, reduzindo a quantidade de alimentos ingerida de uma só vez;
- Usar roupas e sapatos confortáveis, que promovam segurança (evitando quedas e melhorando a movimentação).
Radioterapia
O efeito colateral mais comum da radioterapia de mama são as reações cutâneas, tais como vermelhidão, ressecamento da pele e aumento da sensibilidade.
Algumas mulheres podem sentir fadiga e dor de garganta ao longo do tratamento.
Durante o período de radioterapia é fundamental que a paciente siga as orientações do radioterapeuta e só aplique produtos na mama com a indicação do profissional.
Às vezes, os efeitos adversos são rapidamente amenizados após o término do tratamento, mas é possível que, em alguns casos, eles ainda demorem algum tempo para melhorar.
Por isso, adotar algumas medidas desde o início da terapia pode ajudar a minimizar o surgimento e intensidade deles, como:
- Cuide da pele com banhos mornos e hidrantes liberados pela equipe médica;
- Evite totalmente a exposição ao sol da área que está sendo irradiada;
- Use roupas confortáveis e de tecidos naturais;
- Não utilize nenhum produto além dos orientados pelo seu médico;
- Alimente-se bem e mantenha uma boa hidratação.
Convivendo com câncer de mama
O câncer de mama afeta a rotina do paciente de diversas maneiras. Seja decorrente do tratamento ou mesmo no impacto psicológico que a doença traz, de forma geral,pacientes familiares e amigos podem ter suas rotinas alteradas no seu dia a dia.
Algumas sugestões ajudam a minimizar este impacto:
- Conversar com seus amigos e família sobre a questão;
- Conversar com outras pessoas que sofrem ou já sofreram de câncer de mama;
- Descobrir o máximo de informação possível sobre a condição;
- Evitar fazer coisas que exijam muito de você;
- Dar tempo para si mesmo, fazendo o que gosta e o que te faz bem.
Quais as complicações do câncer de mama?
Uma das principais complicações do câncer de mama é a recidiva, isto é, a volta de um tumor que já foi tratado.
Entre algumas possíveis complicações decorrentes do tratamento da doença:
Linfedema
O linfedema é o acúmulo de drenagem linfática decorrente dos tratamentos cirúrgico e radioterápicos nos gânglios da axila.
A retirada total dos gânglios axilares (conhecida como esvaziamento axilar) e a radioterapia de axila são os responsáveis pelos linfedemas associados ao tratamento do câncer de mama.
Ele se manifesta com aumento de tamanho do braço, bem como espessamento da pele e dor local.
Salienta-se que técnicas cirúrgicas mais modernas, como a do linfonodo sentinela, evitam que as mulheres tenham risco de linfedema.
Dor
A dor pode ocorrer devido às alterações de sensibilidade local, podendo estar relacionada a o procedimento cirúrgico ou a radioterapia.
Diminuição da amplitude de movimento
Em pacientes submetidas à mastectomia, pode ocorrer redução da amplitude dos movimentos. Isso faz com que os ombros tenham limitações que afetam os braços e, portanto, a autonomia da paciente.
Redução da força muscular
Assim como os tratamentos podem afetar a movimentação articular, é possível ocorrer comprometimentos da força muscular. Isso reduz a capacidade de contração das fibras dos músculos, podendo comprometer as habilidades motoras.
Como prevenir o câncer de mama?
Embora as causas de um câncer de mama ainda não sejam totalmente elucidadas, tomar medidas preventivas auxilia a reduzir os riscos do seu desenvolvimento.
Elas não apenas ajudam a reduzir o câncer de mama, mas também permitem a prevenção de uma série de outras doenças.
Entre as medidas preventivas, destacam-se:
- Praticar atividade física;
- Ter uma alimentação saudável;
- Manter o peso corporal adequado;
- Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
- Manter a amamentação por pelo menos 6 meses;
- Não fumar;
- Manter exames e consultas periódicas (mamografia anual após os 40 anos);
- Reduzir o estresse;
- Cuidar da saúde como um todo.
Perguntas frequentes
Não. Ectasia ductal é uma doença benigna, que provoca secreções devido ao alargamento ou dilatação dos ductos mamários (canais que passa o leite). É importante consultar o especialista e avaliar o quadro, mas a ectasia não é câncer e nem provoca maiores riscos à doença.
O tratamento de um carcinoma lobular invasor pode necessitar de quimioterapia. É o médico que vai definir a estratégia de tratamento de forma individualizada.
O câncer de mama tem boas chances de cura quando descoberto em estágios iniciais e tratado da maneira adequada. Realizar visitas regulares ao médico ajuda no diagnóstico precoce.
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