Saúde

Alopecia (queda de cabelo): tem cura? Causas e tratamentos

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 04/01/2019Última atualização: 16/12/2021
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 04/01/2019Última atualização: 16/12/2021
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Um dos aspectos que influenciam a construção da autoestima é o cabelo. Suas variações e as possibilidades de cortes e cores são exploradas pelo público feminino e também masculino. Segundo a Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), 50% das mulheres têm alguma queixa sobre queda capilar. Lembrando que é considerado normal, a queda de até 100 fios por dia. Quando, porém, essa taxa passa a ser maior, pode ser um sinal de que algo está errado.

O que é a alopecia?

A alopecia é a perda anormal de cabelo, que pode acontecer por meio de alterações hormonais, inflamação, genética e até doenças sistêmicas. No tipo androgenético, ela também pode ser chamada de calvície.

A queda pode acontecer em outras partes do corpo que contêm fios de cabelo, por exemplo, na barba, sobrancelha, bigode, entre outros.

Ciclo de vida capilar

Para crescer e se desenvolver, o cabelo possui um ciclo de vida programado, no qual ocorrem as fases:

  • Anágena (fase de crescimento, com duração de 2 a 6 anos, e crescimento médio de 1 cm por mês, algo em torno de 12 cm a 15 cm por ano.);
  • Catágena (fase de crescimento transicional e início da fase de repouso, com duração de 2 a 4 semanas);
  • Telógena (fase de repouso, com duração de 2 a 4 meses).

É normal que na fase de repouso ocorra a queda, pois nesse momento, os fios antigos e sem vida são empurrados pelos novos fios em crescimento. Essa queda pode ter influência de situações individuais, como o estresse e a falta de vitaminas.

A alopecia se manifesta em cerca de 50% dos homens e 40% nas mulheres acima dos 50 anos. Alguns casos por influência genética podem surgir ainda na adolescência.

Os valores são maiores nos homens pois a queda de cabelo também está relacionada à conversão da testosterona (hormônio sexual masculino). A substância sofre processos enzimáticos que dão origem à Di-hidrotestosterona, popularmente conhecida como DHT, podendo resultar no afinamento dos fios de cabelo e causando a queda.

O corpo das mulheres também produz o hormônio, mas em quantidades significativamente menores. Apesar de ter menos testosterona, elas sofrem maiores variações hormonais (sobretudo na gravidez e menopausa), o que gera também a alopecia.

Mas, além das taxas hormonais, outras condições podem auxiliar no enfraquecimento dos fios, como inflamações, alterações da tireoide, estresse e uso inadequado de produtos químicos.

CID-10

A doença pode ser encontrada no CID-10 sob os códigos:

  • L63 - Alopecia areata;
  • L64 - Alopecia androgenética;
  • L66 - Alopecia cicatricial.
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Quais são os tipos de alopecia?

Há mais de um tipo de alopecia e eles podem ser classificados de acordo com as causas do problema. Entenda:

Alopecia areata

A alopecia areata é uma inflamação crônica dos folículos pilosos, que provoca a queda de cabelo. As causas não são bem definidas, mas a condição é caracterizada pela perda de fios em tufos, deixando falhas circulares pelo couro cabeludo ou outras regiões do corpo.

Entre as possibilidades, aponta-se que estresse e fatores autoimunes podem desencadear ou agravar os episódios de queda dos fios. Geralmente, surge devido a outras enfermidades, como tireoidites, diabetes, lúpus, vitiligo, rinites, etc.

Nesse quadro, o tratamento pode incluir o uso de medicamentos orais ou injetáveis, que atuam controlando a queda e estimulando o crescimento dos fios.

Qual a diferença entre alopecia areata e a queda de cabelo comum?

A diferença entre ambos é que a alopecia areata tem relação com outras doenças e, em alguns casos, não há cura. Já a queda de cabelo comum, ocorre devido a alguma situação pontual (como estresse ou pós-parto).

Geralmente, a alopecia areata causa a perda de cabelo em várias partes do couro cabeludo, no formato e tamanho de uma moeda grande. O cabelo não volta a crescer naturalmente nestes casos, sendo necessário o tratamento.

Por outro lado, na queda de cabelo comum, geralmente os fios voltam a ficar grossos e saudáveis em pouco tempo.

Alopecia androgenética (calvície)

Esse tipo de queda faz com que o cabelo passe a ficar mais fino, a partir do meio da cabeça até toda a região de trás. Está associada com a predisposição genética, ou seja, quando na família existe alguém que já possui a doença.

A calvície pode atingir homens e mulheres e também tem relação com a idade, sendo mais frequente na fase adulta. Porém, a população está desenvolvendo a calvície cada vez mais precocemente.

Alopecia cicatricial

A alopecia cicatricial provoca a perda permanente dos folículos pilosos e gera cicatrizes que destroem a capacidade de regeneração do fio. Costuma ser causada por queimaduras químicas, físicas ou por radioterapia/quimioterapia, mas também tem relação com várias doenças.

Alopecia mecânica

Perda temporária ou definitiva dos cabelos, as principais causas são procedimentos químicos realizados como alisamentos, alongamentos e até queimaduras.

Alopecia traumática ou alopecia de tração

Ocorre quando há uma ação sobre o couro cabeludo, em situações como pós-cirurgias, fios muito presos por longos períodos, penteados de tranças, dreadlocks, entre outros. Caso o problema seja detectado de forma precoce, é possível revertê-lo.

Alopecia seborreica

Este tipo de queda tem início nas laterais e parte de trás da cabeça, mais comum nos homens. A alopecia seborreica pode evoluir e atingir todo o couro cabeludo. Quanto mais cedo o início da queda, mais preocupante é a condição.

Alopecia total (totalis)

Essa condição faz com que aconteça a perda de todos os fios de cabelo, mas as outras partes do corpo que contêm pelos não sofrem alteração alguma. Geralmente, é causada por herança genética, mas, em alguns casos, tem fundo emocional.

Alopecia universal (universalis)

Essa é uma versão mais grave da alopecia total, em que além dos fios de cabelo, a pessoa perde também todos os pelos do corpo, incluindo sobrancelhas, cílios e pelos pubianos.

Eflúvio

Caracteriza-se pela quebra e queda temporária dos fios de cabelo, possuindo várias causas, como estresse, parto e doenças graves. Este tipo de queda de cabelo é comum ao público feminino e responde bem aos tratamentos capilares que fazem o fio voltar a crescer saudável.

O eflúvio pode ser subdividido em:

Eflúvio telógeno

Neste caso o cabelo cai após uma experiência estressante, como um parto ou uma grande cirurgia. Essa condição atinge as fases anágena e catágena, fazendo com que o fio passe diretamente para a fase de repouso (em que os fios tendem a cair).

O eflúvio telógeno é reversível, sendo possível fazer um tratamento e obter o crescimento dos fios novamente.

Eflúvio anágeno

Caracteriza-se pela perda incomum de cabelo, ainda durante a fase inicial do ciclo de crescimento (anágena) pelo qual o cabelo passa.

Suas causas podem incluir os tratamentos realizados durante o combate a um câncer, como a radioterapia e quimioterapia. Isso porque, esses métodos são agressivos e acabam atingindo todas as células do corpo, inclusive as saudáveis.

Alopecia feminina

Em síntese, a queda de cabelo pode ser uma queixa comum entre as mulheres. Chamada de alopecia feminina, a condição causa o aumento da quantidade de fios que caem do couro cabeludo, além de gerar o afinamento e a dificuldade deles crescerem.

Nas mulheres, a queda de cabelo se manifesta na parte superior da cabeça, diferente dos homens em que geralmente ocorre nas entradas do cabelo (rente à testa).

Após notar a queda dos fios, é preciso analisar qual o motivo para eles caírem. Pode ser desde um novo produto capilar utilizado, fatores genéticos, nutricionais, emocionais e também as alterações hormonais da mulher (sobretudo na gravidez e menopausa).

Nesses casos, é necessário manter a calma. Isso não quer dizer que todos os fios capilares vão cair de uma vez só.

Na realidade, eles caem em tufos (pequenas quantidades), portanto há tempo para reverter a situação.

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Há diferenças entre a queda de cabelo no homem e na mulher?

Sim, a queda de cabelo ocorre de forma diferente para o homem e para a mulher, devido alguns fatores, por exemplo:

Idade

Um dos principais fatores que determina as diferenças da queda de cabelo no homem e na mulher é a idade. Nos homens, geralmente ela começa no início da puberdade — embora algumas vezes os sintomas possam ficar mais expressivos somente a partir dos 40 anos.

Já nas mulheres, o problema costuma ser algo pontual. São poucas as que sofrem com a queda no início da adolescência devido aos hormônios.

Nos casos em que a mulher tem síndrome do ovário policístico (SOP), devido à doença, a queda ocorre independente da idade e precisa ser tratada.

Na fase da menopausa também é comum os cabelos caírem, por causa das alterações hormonais.

Locais em que ocorre a perda dos fios

Quando ocorre a perda de fios nos homens, são afetadas as entradas frontais e a parte atrás da cabeça. Já nas mulheres, a perda começa no topo da cabeça e aos poucos os fios das outras partes começam a cair, deixando o cabelo mais ralo.

Quais as causas da alopecia?

A alopecia pode ocorrer por vários fatores, são eles:

Uso de medicamentos

Alguns medicamentos podem causar a queda de cabelo temporária, como medicamentos quimioterápicos, pílulas anticoncepcionais, diluidores de sangue, bloqueadores para controlar a pressão arterial, entre outros.

Estresse

Qualquer tipo de estresse, seja ele físico ou emocional, pode ocasionar a perda de cabelo por um período. Após tudo se tranquilizar, os fios tendem a crescer novamente.

Produtos químicos

Utilizar muitos produtos químicos no cabelo também pode fazer com que ele caia. Lavar com frequência, fazer escovas progressivas ou tingir demais acaba enfraquecendo o fio, tornando-o fácil de quebrar.

Doenças e condições subjacentes

A queda de cabelo pode ser influenciada por outras doenças que estão se manifestando, sendo, na verdade, um sintoma de outro problema. Exemplos de doenças que influenciam na queda de cabelo são: anemia, tireoidite, lúpus, entre outras.

Reação hormonal pós-parto

A gravidez é um processo que mexe muito com o corpo da mulher, sendo também um tipo de estresse físico às várias reações hormonais causadas no organismo.

Após o nascimento da criança, o corpo feminino passa por um processo de renovação e é comum que os fios caiam em decorrência disso. Mas, após esse período, os fios voltam a crescer normalmente.

Má alimentação

Não manter uma dieta equilibrada, rica em proteínas, vitaminas e minerais pode fazer os fios caírem devido à falta destes componentes, essenciais ao funcionamento do organismo. Após a reposição, os fios tendem a retomar o crescimento sem nenhum problema.

Herança genética

Quando os pais possuem queda de cabelo desde jovens, é provável que os filhos também sofram do mesmo mal. Os genes influenciam na predisposição da pessoa, ocasionando uma possível perda de cabelo tanto em homens quanto mulheres.

Hoje em dia, já é possível realizar testes genéticos para saber qual é a probabilidade de um indivíduo desenvolver a calvície. Com isso é possível iniciar o tratamento precocemente.

Menopausa

Quando a menopausa tem início, ocorrem muitas alterações hormonais que podem afetar o desenvolvimento dos fios de cabelo, ocasionando posteriormente a queda.

É uma perda de cabelo que costuma ser temporária. Com uso de produtos indicados e alimentação, é possível que os fios voltem a crescer.

Tricotilomania

A tricotilomania faz com que as pessoas sintam uma vontade de puxar constantemente seus cabelos. Algumas pessoas não se dão conta do problema e puxam seus fios inconscientemente, durante alguma atividade.

Em alguns casos não são só os fios de cabelo arrancados, mas também cílios, sobrancelhas e até mesmo pelos do nariz. A tricotilomania é vista como um transtorno mental, que possui tratamento.

Excesso de vitamina A

Tudo em excesso acaba fazendo mal para a nossa saúde. E exagerar em medicamentos ou suplementos com vitamina A também pode causar a queda de cabelo.

É necessário observar a reação dos cabelos, e caso seja constatado que a perda dos fios se deve ao excesso da vitamina A, será necessário diminuir o consumo.

Micose no couro cabeludo

A micose é uma infecção causada por fungos, que surgem no cabelo e provocam muita coceira, gerando inflamação e ocasionando a queda dos fios.

Esse tipo de doença pode ser transmitido de pessoa para pessoa, por meio do compartilhamento de pentes, toalhas, chapéus entre outros objetos que tenham contato com os cabelos.

Este caso pode ser tratado e os cabelos voltam a crescer sem problemas.

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Fatores de risco para a queda de cabelo

Há fatores que contribuem com os quadros de alopecia, são eles:

  • Histórico familiar de calvície;
  • Idade;
  • Perda de peso significativa;
  • Cirurgia Bariátrica
  • Outras doenças, como diabetes e lúpus;
  • Estresse;
  • Gravidez;
  • Excesso de vitamina A;
  • Falta de proteínas e alguns minerais;
  • Disfunções hormonais;
  • Deficiência de vitamina B12.

Quais são os sinais e sintomas da alopecia?

O principal sintoma da alopecia é a queda brusca dos fios de cabelos e/ou pelos do corpo. Em resumo, a condição pode ser percebida quando é possível visualizar facilmente o couro cabeludo em algumas áreas da cabeça, em que faltam cabelos.

Geralmente, o couro cabeludo fica sem a presença de fios, com falhas de formato arredondado em círculos únicos ou múltiplos. A falta de pelos também pode ser perceptível na barba, sobrancelhas e outras regiões.

Alguns sinais que podem indicar a condição são:

  • Queda de cabelo, especialmente no topo da cabeça;
  • Perda completa de todos os pelos no corpo;
  • Falhas e perda de cabelo no couro cabeludo e nas sobrancelhas;
  • Falhas circulares ou irregulares;
  • Fios de cabelo quebrados, vermelhidão, coceira e inchaço;
  • Fios de cabelo cada vez mais finos.

Como é feito o diagnóstico?

Para diagnosticar o problema, é necessário realizar uma consulta com o médico tricologista/dermatologista, que fará um exame clínico, como a tricoscopia ou dermatoscopia do couro cabelo.

Durante os exames, o tricologista/dermatologista pode retirar uma amostra de fio de cabelo para conseguir realizar a análise, fazer as avaliações e obter os resultados.

Com a ajuda de aparelhos, o especialista analisa o couro cabeludo e o aspecto da saúde dos fios, assim, é possível um diagnóstico correto e a definição de um tratamento específico para cada caso.

Exames

Conheça um pouco mais sobre cada exame utilizado para diagnosticar a alopecia:

Exame clínico

O exame consiste em observar e anotar falhas e entradas, além da densidades e consistência do cabelo. Qualquer alteração que for encontrada será anotada pelo profissional.

Quando o caso é diagnosticado como alopecia, ocorre a avaliação das extremidades do cabelo, fissuras e mais alguns detalhes para então indicar qual melhor tratamento.

Tricograma

Para este exame é necessário retirar uma amostra de cabelo, de 50 a 100 fios de alguma área do couro cabeludo. Após a coleta, os fios são colocados em lâminas e levados para análise no microscópio.

Dermatoscopia

Por meio de um equipamento, é possível aumentar as imagens em 10 a 20 vezes e fotografar a espessura dos fios, o couro cabeludo e a distribuição de pigmentos e processos inflamatórios. Dessa maneira, com as imagens detalhadas, o especialista consegue analisar as condições do cabelo.

Tricoscopia

A tricoscopia é um dos exames mais importantes na tricologia e consiste no manuseio de um equipamento chamado tricoscopio eletrônico para avaliar a saúde capilar dos pacientes.

Através da tricoscopia, o tricologista consegue identificar várias condições que afetam o couro cabeludo, inclusive antes delas se manifestarem.

Além de ser um exame prático e fácil de ser realizado, a tricoscopia é um altamente conclusiva. Sendo possível identificar a presença de doenças autoimunes, alopecias e outras condições que afetam o couro cabeludo.

Alopecia tem cura?

Depende, a alopecia tem cura somente em alguns tipos. Nos casos genéticos, por exemplo, o problema pode persistir. Mas, no geral, a queda pode ser resolvida com diversas opções de tratamento, que podem ajudar o cabelo voltar a crescer, além de evitar as quedas futuras.

Qual o tratamento para alopecia?

O tratamento consiste em identificar a origem da alopecia. Com cuidados devidamente indicados pelo médico, o cabelo geralmente retorna a crescer. Porém, se a condição for genética, a queda pode ser persistente.

Nesses casos, é possível recorrer aos transplantes, lasers, entre outros tratamentos, garantindo uma melhora na qualidade de vida e autoestima do paciente.

O tratamento irá variar de acordo com o diagnóstico. Muitos casos de queda não precisam ser tratados, pois boa parte dos fios volta a crescer em pouco tempo. Mas, se esse não é o seu caso, há diversos tratamentos disponíveis para tratar a alopecia, confira:

Microagulhamento

O tratamento com microagulhamento envolve um aparelho que realiza microperfurações no couro cabeludo.

Essas microperfurações formam uma espécie de ferida, em que o organismo recebe estímulo para cicatrizar o ferimento. Assim, com o estímulo, é produzido o crescimento capilar.

O aparelho utilizado lembra os mesmos usados para fazer tatuagem e o procedimento deve ser realizado por um profissional habilitado.

Terapia com laser

Neste procedimento, são utilizados lasers de baixa e média potência para tratar a inflamação no folículo capilar que está comprometendo a saída do fio no couro cabelo.

Dessa maneira, o laser aumenta a chance do crescimento saudável do fio.

Há uma diversidade de aparelhos para o tratamento, desde os mais simples até os que fazem contagem e espessura do fio.

Transplante capilar

Casos mais avançados podem ser tratados por meio do transplante capilar. Este tratamento consiste em retirar os fios de cabelo da parte de trás da cabeça (próximo ao pescoço) e implantá-los no couro cabeludo, onde existem falhas.

Nos locais de onde foram retirados os folículos capilares, nunca mais nascerão cabelos, porém, se o procedimento for bem feito, a diferença será imperceptível.Também podem ser utilizados pelos do peito e até das costas.

Existem no mercado, duas técnicas para realizar o transplante capilar:

Extração de Unidades Foliculares (FUE)

Com o auxílio do equipamento cirúrgico, são retirados um a um os folículos capilares e colocados diretamente na região sem cabelo. A recuperação é rápida e as cicatrizes não ficam aparentes, pois o cabelo cobre-as facilmente.

Geralmente esta técnica é um pouco mais cara, por ser realizada utilizando um robô, comandado pelo especialista.

Transplante de Unidade Folicular (FUT)

É retirada uma faixa do couro cabeludo, em que são selecionadas unidades dos folículos capilares que posteriormente vão ser colocadas no couro cabelo, no local em que faltam os fios.

Geralmente essa técnica é indicada para tratar áreas maiores, que estão sem cabelo. É uma técnica acessível, mas que exige tempo de repouso e deixa uma cicatriz mais visível.

Aparelhos de uso doméstico

Fora do Brasil é comum o uso dos chamados “gadgets”, aparelhos para utilizar em casa para ajudar no crescimento dos fios. Alguns estão chegando ao país, como o HairMax.

Trata-se de um tipo de aparelho de baixa intensidade que aumenta o fluxo de oxigênio e nutrientes, estimulando dessa maneira os fios a saírem mais saudáveis do couro cabeludo.

Mas lembre-se, antes de investir nesses aparelhos de uso doméstico, consulte seu médico para investigar e tratar a origem do problema.

Implantes capilares

Esse tratamento consiste em um implante feito com fios de náilon cirúrgico, de aparência próxima ao cabelo humano, que são implantados no couro cabeludo.

Utilizando um sistema de ancoragem, o médico responsável realiza o implante no cabelo de forma rápida com uma espécie de pistola, utilizando apenas de anestesia local.

Os fios podem ser escolhidos conforme a cor que o paciente deseja, sendo aplicados de 12 a 25 fios por vez, com pouco risco de rejeição.

Existe tratamento caseiro para alopecia?

Existem tratamentos naturais ou caseiros que podem ajudar a fortalecer os fios, hidratar o cabelo e reduzir as quedas devido à quebra. Esses procedimentos são indicados para manter os fios saudáveis, mas não resolvem e queda devido à alopecia. Isso porque a perda de cabelo não ocorre por má hidratação ou nutrição dos fios, mas sim por condições inflamatórias crônicas.

Medicamentos para alopecia

Diversos medicamentos estão disponíveis para o tratamento da alopecia. A escolha de qual será utilizado deve ser feita pelo médico dermatologista, junto ao paciente. 

Os medicamentos têm o objetivo de reduzir as falhas e evitar que novas possam surgir, estimulando o crescimento do cabelo novamente.

As informações a seguir têm apenas caráter informativo, não sendo indicado fazer o uso sem antes uma consulta com o especialista.

Algumas das medicações comumente utilizadas são:

Existem ainda outros medicamentos que podem ser indicados em casos de alopecia e são considerados mais populares:

Finasterida

Utilizada para tratar exclusivamente a alopecia androgenética (calvície hereditária), a finasterida pode ser utilizada em baixas dosagens, quando prescrita pelo médico.

O medicamento impede que a testosterona se transforme em di-hidrotestosterona, uma forma do hormônio que pode provocar a perda de cabelo.

A finasterida foi desenvolvida inicialmente para tratar casos em que as glândulas das próstatas estão aumentadas, mas durante o teste em pacientes, os médicos notaram um efeito colateral.

Os pacientes começaram a apresentar crescimento nos fios de cabelo. Assim, uma versão de menor concentração do fármaco foi desenvolvida para o tratamento da calvície.

Em alguns pacientes, a finasterida tem como efeito colateral a redução de libido, problemas durante a ereção e na consistência do esperma. Portanto, é preciso uma prescrição médica e acompanhamento para utilizar o medicamento.

A Finasterida é conhecida comercialmente por nomes como Fendical, Finalop e Finastil.

Vale lembrar que a Finasterida é uma medicação muito antiga. Na Europa e nos EUA, por exemplo, a medicação mais usada é a Dutasterida.

Minoxidil

Utilizado para estimular o desenvolvimento dos cabelos e pelos, o Minoxidil é um medicamento que ajuda na vasodilatação dos folículos, fazendo com que os fios voltem a crescer.

É usado no tratamento de calvície masculina para combater falhas no couro cabeludo e fortalecer os fios.

Em algumas pessoas, a substância pode provocar efeitos colaterais, como coceira, ardência e vermelhidão na região em que houve a aplicação do produto.

Minoxidil é comercializado pelo nome Regaine, em formato de solução capilar e com concentração de 5%.

Antralina e Difenciprona

Estes dois medicamentos são indicados principalmente para tratar a psoríase, mas estudos clínicos demonstram que eles têm eficácia para alopecia, sobretudo nos casos em que as quedas acontecem em regiões específicas.

É como se estes medicamentos pudessem conter uma resposta imune do organismo, responsável por gerar a queda.

Espironolactona

O Espironolactona também é eficaz no tratamento da alopecia por atuar por mecanismos hormonais. Ele inibe a ação de andrógenos (testosterona e derivados) que atuam causando a queda.

Nesses casos, o controle da queda é como se fosse um efeito secundário do princípio ativo. Por isso, não é um medicamento para se utilizar por conta própria, pois apresenta muitos efeitos colaterais.

Atenção! 

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, e não pretende, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Convivendo com a queda de cabelo difusa

Algumas dicas são importantes para conviver e se sentir melhor com a condição:

Reduza o estresse

Para ajudar o organismo, tente diminuir o estresse do cotidiano, distraia a mente e foque em pensamentos positivos para ajudar a resolver o problema. Pratique exercícios ou alguma atividade de sua preferência para acalmar o corpo e mente. Além disso, praticar métodos alternativos, como yoga e acupuntura, pode ser uma boa opção.

Leia mais: Meditação (guiada, transcendental): como fazer, para dormir, músicas

Cuide da alimentação

Adote uma dieta com boa fonte de vitaminas, incluindo os ácidos graxos, como o ômega 3, que ajudam na saúde da pele, cabelos e unhas. Por isso, dê preferência a alimentos que contêm esses ácidos, como salmão, óleo de linhaça, nozes e amêndoas.

Alimentos com vitamina B6, como bananas, batatas e espinafre, ajudam a produzir anticorpos para a defesa do nosso corpo. Além disso, a vitamina B12, encontrada em carnes, aves, peixes e laticínios, auxilia na formação e reparo das células.

Frutas, vegetais frescos e grãos fortificados, como feijão e lentilhas, também são bem-vindos, pois dão uma força na dieta, devido à presença de ferro.

Leia mais: Alimentos para anemia que ajudam na cura e prevenção

Informe-se

Busque se informar sobre a condição para que não haja dúvidas ou medos. Assim você também estará preparado para o tratamento. Isso ajuda a reduzir a ansiedade devido ao problema pelo qual se está passando.

Proteja sua cabeça

Os raios solares podem causar queimaduras e até manchas de pele nas áreas em que estão faltando os fios de cabelo. Por isso, evite permanecer no sol por muito tempo ou em horários que podem causar queimaduras na pele. 

Busque ajuda na terapia

Mesmo não sendo uma condição grave, a alopecia pode afetar o estado emocional, principalmente das mulheres que são mais apegadas ao cabelo.

Se necessário, busque ajuda de um terapeuta, psicólogo ou grupos de apoio para lidar com as emoções e inseguranças devido à condição.

Prevenção: como evitar a queda capilar?

Nem sempre há formas de evitar a alopecia, especialmente quando ela está relacionada a fatores genéticos. Mas existem dicas para prevenir os danos que podem provocar a queda dos cabelos:

  • Use seu cabelo de forma natural e evite químicas — se não for possível, realize hidratações sempre que puder;
  • Escolha produtos específicos para seu tipo de cabelo;
  • Escove o cabelo com escovas de cerdas naturais, pois o dano é menor aos fios;
  • Seja cuidadoso ao escovar o cabelo molhado, pois o fio fica mais frágil que o normal;

Além disso, é importante realizar consultas regulares ao médico para evitar que outras doenças provoquem a queda de cabelo como sintoma.

Caso você perceba uma grande quantidade de perda dos seus fios capilares, não hesite em consultar um dermatologista para diagnosticar a causa.

Perguntas frequentes

Meu cabelo caiu em forma de círculo. É sinal de alopecia?

Sim. A alopecia pode causar quedas bem delineadas, com perda de fios bem específicas, em formatos circulares. Toda queda de cabelo deve ser investigada por especialistas, mas, aquelas que são expressivas e acarretam buracos e espaços com ausência de pelos merecem atenção mais imediata para a possibilidade de alopecia.

Queda de cabelo difusa tem cura?

Depende da causa. A alopecia gera uma queda de cabelo aguda e difusa, podendo resultar em grande partes do couro cabeludo ou outras regiões sem a presença de fios.

A condição precisa ser corretamente diagnosticada e, assim, tratada. Cada quadro pode exigir tratamentos diferentes para controlar e repor os fios afetados.

Por exemplo, a alopecia androgenética não tem cura, porque envolve condições genéticas que não podem ser alteradas. Mas os quadros podem ser controlados.

Alopecia areata tem tratamento?

Sim. O melhor tratamento deve ser orientado pelo médico ou médica tricologista/dermatologista, de acordo com cada paciente. Mas, entre as opções, pode-se empregar o uso de medicamentos tópicos, como minoxidil, corticoides e antralina, além de corticoides injetáveis. Essas substâncias reduzem a perda dos fios e estimulam os folículos, fazendo com que os cabelos não parem de nascer.

Toda alopecia acomete o cabelo?

Não. A alopecia é uma condição em que há perda dos pelos. Apesar de um dos locais acometidos mais conhecidos ser o couro cabeludo, a condição pode provocar redução de pelos em todo o corpo, incluindo barba, cílios e sobrancelha.

Alopecia androgenética tem cura?

A alopecia androgenética é uma condição de origem genética, isso faz com que não se possa curá-la, mas, o tratamento existe e pode controlar o quadro. Assim, com alguns cuidados e tratamentos, os pacientes podem até reverter a manifestação da doença, fazendo com que a queda de cabelo não seja perceptível. 

Com o uso de medicamentos adequados, que estimulam o crescimento capilar e bloqueiam a perda dos fios, o tratamento da alopecia androgenética apresenta bons resultados.

Existe alopecia nervosa?

Quadros emocionais, como estresse e ansiedade, podem agravar os episódios de queda de cabelo. Assim, pessoas com predisposição à alopecia ou que já apresentam a condição, podem perceber a intensificação da perda dos fios em situações de estresse e nervosismo.

Qual a doença que faz cair os pelos do corpo?

Episódios de queda dos pelos, incluindo cabelos, cílios, sobrancelhas e pelos de outras parte do corpo, são quadros de alopecia. No entanto, podem haver diferentes causadores, como estresse, uso de medicamentos ou condições genéticas. Por isso, o correto diagnóstico e condição do tratamento devem ser feitos por profissionais em dermatologia ou tricologia.


A queda de cabelo atinge homens e mulheres e pode ser causada por fatores que vão desde o emocional até questões genéticas. Compartilhe com os amigos essas informações para que eles também saibam sobre os cuidados com a alopecia!

Imagem do profissional Lucas Fustinoni
Este artigo foi escrito por:

Dr. Lucas Fustinoni

CRM/PR: 30155CompletarLeia mais artigos de Dr. Lucas
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