O que é insônia?
Insônia é um distúrbio do sono caracterizado pela dificuldade em adormecer e manter o sono. É um transtorno extremamente comum que atinge 1 em cada 5 pessoas e que pode ser resolvido com o tratamento adequado.
O ritual é o de sempre: preparar-se para dormir, apagar as luzes e deitar na cama. Sempre funciona. Mas, nos últimos dias, o sono simplesmente não vem. É a temida insônia, condição que afeta milhares de pessoas ao redor do mundo, e que pode ou não estar relacionada a problemas mais graves.
A insônia é caracterizada pela dificuldade em pegar no sono ou permanecer dormindo. Em muitos casos, também pode dificultar quando a pessoa tenta voltar a dormir após ser acordada por algum evento externo. Suas causas estão relacionadas a maus hábitos, como uso de aparelhos eletrônicos e alimentos estimulantes logo antes de dormir, distúrbios psiquiátricos e até mesmo doenças.
Pode ser encontrada no CID-10 pelos códigos F51.0 (Insônia não orgânica) e G47.0 (Desordens de início de manutenção do sono).
Índice — Neste artigo você encontrará as seguintes informações:
- O que é insônia?
- Tipos
- Causas
- Quem sofre de insônia?
- Insônia infantil
- Insônia Familiar Fatal (IFF)
- Sintomas
- Insônia: o que fazer?
- Quando devo procurar um médico?
- Como é feito o diagnóstico da insônia?
- Insônia tem cura?
- Como tratar?
- Medicamentos para insônia
- Consequências e complicações
- Como prevenir a insônia?
Tipos de insônia
Apesar do estereótipo da pessoa que não consegue dormir de jeito nenhum, existem tipos de insônia que são classificados de acordo com o tempo de duração e causa:
Classificação de acordo com o tempo de duração
Quando se trata do tempo de duração ou frequência, a insônia pode ser:
- Transiente: Dura apenas alguns dias e pode chegar até 3 semanas;
- Crônica: Também chamada de longa duração, a insônia crônica é aquela que dura mais de 3 semanas;
- Intermitente: É o tipo de insônia de curta duração que ocorre de tempos em tempos. Entre esses tempos, há períodos de sono regular e revigorante.
Classificação de acordo com a causa
Por ter um grande leque de causas possíveis, a insônia é classificada em:
- Primária: Quando não há nenhuma doença causando a insônia — ela acontece por si só;
- Secundária: Quando a insônia é sintoma de alguma condição médica, distúrbio mental ou efeito colateral de alguma droga.
Causas da insônia
Saber o quê causa a insônia é o primeiro passo para se livrar dela. O problema é que existe uma infinidade de causas possíveis para o problema, sendo que algumas podem ser facilmente resolvidas enquanto outras, infelizmente, precisam de um tratamento mais complexo. Entenda:
Estresse
O conceito de estresse é qualquer tipo de evento externo que altere o estado de equilíbrio do organismo. No caso da insônia, o estresse mental é um dos principais vilões.
Problemas em casa, no trabalho, situações maçantes que causam a exaustão, são todos fatores que contribuem para um nível aumentado de estresse que, por sua vez, pode impedir uma boa noite de sono para se recuperar de tudo isso.
De modo geral, insônias causadas por estresse são curtas, pois os períodos de estresse intenso não costumam durar muito. A menos, é claro, que haja algum transtorno mental envolvido. Mas falaremos mais sobre isso depois. Por enquanto, basta saber que o estresse mental pode ser a causa dos seus problemas para dormir e que, felizmente, simples mudanças em hábitos rotineiros podem ajudar no problema.
Ambiente e hábitos inadequados
O ambiente onde se dorme é de extrema importância para que se possa ter uma boa noite de sono. Locais desconfortáveis, barulhentos e com muita luz dificultam bastante na hora de adormecer.
A luz atrapalha a produção de melatonina, substância conhecida como hormônio do sono, e a presença de outros estímulos chama atenção do cérebro, impedindo-o de descansar. Por isso, hábitos como o de utilizar aparelhos eletrônicos logo antes de dormir pode ser uma das causas da dificuldade em pegar no sono.
Estilo de vida
Pessoas que estão sempre viajando e sofrem com o jet lag ou aqueles que trabalham em turnos e não têm hora definida para ir dormir e acordar todos os dias são fortes candidatos para sofrer de insônia.
Transtornos mentais
Quando se trata de insônia crônica, a causa pode estar em um transtorno mental. Isso pode ser por conta do estresse que essas condições trazem, assim como disfunções na química cerebral, que influencia muito nos padrões de sono.
No caso da depressão, por exemplo, um neurotransmissor chamado serotonina pode estar em falta. Dentre outras funções, esse neurotransmissor é responsável pela regulação do sono e do humor.
Vale lembrar, também, que a falta de sono pode alterar algumas estruturas no cérebro e, com isso, ajudar no desenvolvimento de transtornos de humor como a depressão. Assim, pode-se muito bem tratar de um ciclo vicioso.
Outras condições associadas à insônia são ansiedade, stress pós-traumático, esquizofrenia, transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, hiperatividade, etc.
Condições médicas
Não raramente, a insônia pode estar sendo causada por doenças fisiológicas. Algumas delas são:
Transtornos neurológicos
São doenças que afetam o sistema nervoso central (SNC). As principais causadoras da insônia nesses casos são traumatismos cranioencefálicos, demência, mal de Parkinson, mal de Alzheimer e, raramente, a chamada insônia familiar fatal.
Transtornos hormonais
Hipertireoidismo, menopausa, TPM e síndrome de Cushing, são todos exemplos de transtornos hormonais que podem dificultar o sono.
Problemas respiratórios
A respiração é extremamente importante mesmo quando todo o resto do corpo parece estar fazendo nada. Condições como apneia do sono, asma e DPOC acabam por dificultar o sono.
Síndrome das pernas inquietas
Essa síndrome é caracterizada por uma compulsão por mexer as pernas. Ela impossibilita a entrada em estágios mais profundos do sono por conta de falta de imobilização do corpo.
Dores crônicas
Quem convive com isso sabe: pegar no sono sentindo dores é extremamente difícil, especialmente quando não se tem uma maneira de resolvê-las.
Problemas gastrointestinais
Refluxo gastroesofágico e constipação são duas condições que podem alterar o sono.
Medicamentos e substâncias
Alguns medicamentos e substâncias podem estar relacionados a dificuldade em pegar no sono. Em geral, eles são estimulantes do sistema nervoso central, mas a abstinência de substâncias depressoras também podem dar insônia.
Antidepressivos, cafeína, nicotina, anfetaminas, metanfetaminas e cocaína são drogas que, quando usadas, estimulam o SNC. Já a abstinência de álcool, nicotina, benzodiazepínicos, antipsicóticos, opióides e anticonvulsivantes podem dificultar o sono.
Quem sofre de insônia?
Existem alguns grupos de risco para a insônia, embora ela possa aparecer em qualquer pessoa, por qualquer motivo. São eles:
- Viajantes: Pessoas que viajam muito e trocam de fuso horário frequentemente tendem a sofrer muito mais com o jet lag;
- Mulheres: Por algum motivo, as mulheres são mais afetadas pela insônia do que os homens;
- Trabalhadores em turnos: Pela falta de horário fixo para dormir e acordar, pessoas que trabalham em turnos podem ter problemas para pegar no sono;
- Idosos: A melhor idade sofre muito com insônia, tanto por causas médicas quanto psicológicas;
- Mulheres grávidas ou na menopausa: A grande flutuação dos hormônios nessas fases pode ser a causa de insônia em algumas mulheres;
- Usuários de drogas: Pessoas que usam drogas estimulantes podem ter problemas para dormir enquanto usam, já pessoas que costumam usar drogas depressoras sofrem de insônia quando estão em abstinência;
- Pessoas com distúrbios mentais: Os distúrbios mentais podem causar insônia, assim como a insônia pode ajudar a desenvolver um distúrbio mental.
Insônia infantil
Apesar da insônia em adultos ser bem conhecida, pouca gente sabe que bebês e crianças podem sofrer com o distúrbio também. Mas calma! Nem sempre é algo grave. Entenda como ocorre a insônia infantil:
Em bebês
Muitas mães conhecem aquela velha história do bebê que acorda e chora a noite toda. Isso pode acontecer, é claro, algumas vezes por semana. O problema é quando acontece todos os dias, e sem motivos aparentes.
Vale lembrar que, algumas vezes, é normal que os bebês tenham problemas com o sono. Pra começo de conversa, eles nem mesmo sabem qual o horário certo pra dormir e, muitas vezes, tem dificuldade em pegar no sono sozinhos. A fome e as cólicas também tem um papel importante na hora de dormir.
No entanto, quando o bebê passa a acordar muitas vezes durante a noite, chorar e não conseguir voltar a dormir, pode ser um sinal de que há algo errado.
Muitas vezes, o problema pode estar relacionado ao local de dormir: berço desconfortável, excesso de estímulos e brincadeiras muito agitadas antes de dormir, entre outros.
O próprio aprender os horários de dormir pode ser um problema, principalmente se a família não tiver horários fixos, que devem começar a ser implantados logo no terceiro mês de vida.
Usar sempre de artifícios como brinquedinhos, mamadeira, entre outros, para ajudar o bebê a dormir também não é uma boa ideia, pois ele acaba por criar associações não conscientes entre essas coisas e a hora de pegar no sono. Assim, ele acaba nunca aprendendo a iniciar o sono sozinho.
Outro fator que pode influenciar nos padrões de sono do bebê é o estado emocional da mãe: quando elas estão muito estressadas ou ansiosas, os bebês “sentem” isso e ficam angustiados também.
Infelizmente, existem casos em que a insônia está relacionada à doenças. Algumas podem não ser tão graves, como a otite, mas outras podem trazer bastante consequências, como a asma e malformações congênitas.
Em crianças
Dormir é extremamente importante para criança poder crescer saudavelmente, visto que é durante o período de sono que o hormônio do crescimento é liberado no corpo da criança.
A principal causa de insônia nas crianças, assim como em bebês, é o ambiente inadequado e agitação logo antes de dormir, além da falta de horários fixos.
Outro ponto é a soneca da tarde, muito importante para as crianças, pois elas precisam de mais tempo de sono do que os adultos. No entanto, essa soneca não deve ser tirada após as 4 da tarde, para não interferir no sono da noite.
Assim como nos bebês, dormir com a ajuda de outros artifícios não é recomendado. Por isso, nada de televisão ou colo para dormir. Para crianças mais velhas que um ano, porém, pode-se usar bichinhos de pelúcia na hora de dormir.
Insônia Familiar Fatal (IFF)
Imagine que, um dia, o seu corpo entre em pane. Você começa a suar demais, suas pupilas se tornam menores, você sofre com constipações e, progressivamente, vai perdendo o sono. Esse é o início da Insônia Familiar Fatal, uma doença neurológica de rápida progressão que leva ao óbito.
Causada por uma mutação genética que afeta uma proteína cerebral chamada príon, a IFF é caracterizada pela destruição de partes do tálamo, a parte do cérebro responsável por diversos eventos automáticos do corpo: regulação da temperatura corporal, batimentos cardíacos, liberação de hormônios, entre outros.
Pouco a pouco, o paciente passa a apresentar sintomas como ataques de pânico e alucinações, além de perder cada vez mais o sono. Após cerca de 9 meses, o indivíduo entra em uma espécie de “coma acordado”, até que chega à sua morte.
Felizmente, essa é uma doença extremamente rara que acomete apenas algumas famílias, a maior parte na Europa. Não existe realmente uma perspectiva de cura ainda, mas pesquisadores buscam por um tratamento em Milão, na Itália.
Sintomas da insônia
Apesar de poder ser um sintoma em si, a insônia traz outros sinais que podem auxiliar no diagnóstico e reconhecimento do problema. São eles:
- Dificuldade para pegar no sono;
- Acordar frequentemente durante a noite;
- Ter dificuldades para voltar a dormir ao acordar repentinamente;
- Acordar mais cedo do que o esperado;
- Sentir-se cansado mesmo após uma longa noite de sono;
- Fadiga e sonolência durante o dia;
- Irritabilidade, ansiedade e sentimentos ruins;
- Dificuldade em manter a concentração;
- Problemas de memória;
- Prejuízo na coordenação motora;
- Dores de cabeça;
- Dificuldades para socializar;
- Sintomas gastrointestinais (diarreia, constipação, náuseas etc.);
- Preocupações quanto ao sono.
Esses são apenas alguns dos sintomas que podem decorrer da falta de sono causada pela insônia. Vale lembrar, no entanto, que cada organismo se comporta de uma maneira diferente e que você pode ter outros sintomas além desses, ou não apresentar qualquer outro fora a dificuldade para dormir.
Insônia: o que fazer?
Muitas vezes, a insônia não está relacionada a algum problema mais grave e, por isso, algumas pessoas podem tentar resolvê-la em casa. Algumas dicas para isso são:
- Tenha horários fixos para se deitar e acordar;
- Faça atividades relaxantes antes de dormir, como tomar um banho morno ou ouvir música calma;
- Use cortinas, blackouts, máscara para os olhos e protetores de ouvido para evitar que estímulos externos como luzes e sons atrapalhem seu sono;
- Evite cafeína, nicotina, álcool, certos medicamentos e fazer exercícios algumas horas antes de ir dormir;
- Outra coisa a se evitar é o uso de telas de aparelhos eletrônicos logo antes de dormir. Ou seja, nada de telefone celular, tablets, computadores, Netflix…
- Evite tirar sonecas durante o dia, pois podem atrapalhar o sono da noite;
- Antes de se deitar, faça uma lista sobre suas preocupações e o que você pode fazer por elas — deste modo, seu cérebro não ficará ruminando as ideias enquanto você tenta dormir.
Evite utilizar medicamentos sem prescrição antes de dormir, pois muitas vezes não tratam o problema e podem ter efeitos colaterais bem sérios. Caso você precise muito de alguma ajuda para dormir, sempre consulte um médico antes de tomar qualquer medicamento.
Quando devo procurar um médico?
Sabemos que é normal ter insônia uma noite ou outra, especialmente ao sofrer períodos de estresse. Sendo assim, quando saber a hora certa de procurar ajuda?
É simples: se você tem qualquer suspeita de que há algo errado com seu sono, vá ao médico. Passar uma ou duas noites em claro nem sempre é tão ruim, mas depois de 3 semanas vivendo esse pesadelo acordado, é difícil pensar que está tudo bem, especialmente se houve mudanças de hábitos do sono que não surtiram efeito.
Além disso, não é raro que a falta de sono influencie sua rotina. Sono demasiado durante o dia, irritabilidade e problemas de concentração são sinais muito claros de que está na hora de procurar um especialista.
As especialidades médicas que podem te ajudar com esse problema são o clínico geral, neurologista e psiquiatra.
Como é feito o diagnóstico da insônia?
Existem diversas maneiras de se avaliar os sintomas da insônia, mas não existe um exame específico para isso. Por isso, é bem provável que seu médico faça diversas perguntas relacionadas aos seus hábitos e peça uma bateria de exames para ter certeza da causa da insônia.
Vale lembrar que, para ter um diagnóstico de insônia primária, deve-se anular as possibilidades de ser qualquer outra coisa: condições médicas, maus hábitos, transtornos mentais, entre outros.
Diário do sono
Provavelmente uma das maneiras mais simples de reconhecer a insônia, o diário do sono é um pequeno caderno onde você deve relatar seus horários de ir dormir e acordar, a quantidade de sono sentida durante o dia, além de descrever o que você fez logo antes de ir para a cama.
Com esse método simples, é fácil de identificar se alguma coisa relacionada à sua rotina é o culpado pela dificuldade em dormir. Assim, pode-se facilmente mudar maus hábitos e acompanhar a melhora da insônia.
Questionários
O médico pode pedir para que você preencha um questionário sobre sua saúde, história médica e padrões de sono. Estes são úteis para descobrir se existe alguma causa adjacente, com uma doença, que pode estar influenciando no sono.
Exames de sangue
A fim de identificar se existe uma doença adjacente não descoberta ainda, o médico pode pedir um exame de sangue. Problemas hormonais, como disfunções na tireóide, podem ser facilmente detectadas por esse tipo de exame, sendo que podem ser a principal causa da insônia em algumas pessoas.
Polissonografia
Em alguns casos, como quando nenhuma das alternativas anteriores deu uma resposta satisfatória, o médico pode pedir que você passe uma noite inteira numa clínica do sono, conectado a aparelhos que irão acompanhar o seu sono. Esse exame é chamado de polissonografia, ou “estudo do sono”.
Para realizá-lo, você irá dormir numa cama especial equipada com diversos aparelhos que irão medir suas frequências cerebrais (eletroencefalograma) — para acompanhar os estágios do sono —, níveis de oxigênio, movimentos do corpo, além do batimento cardíaco e respiração.
Insônia tem cura?
Felizmente sim, a insônia tem cura. Mas para que ela seja alcançada, vai depender de diversos fatores, como suas causas e tratamentos administrados.
Algumas pessoas podem ter insônia durante apenas um período, por motivos específicos, enquanto outras poderão ter que lidar com crises durante toda a vida. Cada caso é um caso e deve ser avaliado como tal.
Como tratar a insônia?
O tratamento da insônia vai depender de suas causas. De nada adianta prescrever remédios para dormir quando a doença é causado por uma condição médica, por exemplo. Por isso, muitas vezes, o tratamento vai ser focado em uma doença específica. Outras vezes, o tratamento pode ser justamente focado numa melhora da qualidade do sono.
Mudança de hábitos
Uma das primeiras tentativas ao se tratar a insônia é a mudança de hábitos. Evitar comer e beber antes de dormir, diminuir o consumo de drogas estimulantes (e até mesmo depressivas) durante o dia, entre outras condições que atrapalham o sono, são o ponto chave desse tratamento.
Psicoterapia
Quando efeito colateral de um transtorno mental, a insônia pode ser tratada com a psicoterapia. De fato, até mesmo pessoas que não sofrem com algum distúrbio podem se beneficiar desse método de tratamento, que ajuda a lidar com problemas como crises existenciais e preocupações excessivas.
Pessoas com muitas dificuldades em formar e manter hábitos podem ser ajudados pela Terapia Cognitivo-Comportamental, que busca trabalhar os comportamentos do indivíduo.
Recondicionamento
O recondicionamento é uma ótima técnica para combater a insônia, pois busca fazer com que a pessoa associe o horário de dormir e cama com o sono. Dessa forma, toda vez que for se deitar no mesmo horário, irá sentir sono e não terá muita dificuldade para adormecer.
Esse tratamento, geralmente feito com a ajuda de um psicólogo, consiste em utilizar a cama apenas para dormir e realizar atividades sexuais. Ou seja, nada de usar a cama para ler, assistir televisão, usar o celular ou qualquer outra atividade do tipo!
Ao se deitar e não conseguir dormir, deve-se levantar novamente e fazer outras atividades — relaxantes, de preferência — até que o sono venha. Então, pode-se deitar novamente.
Com o tempo, o corpo irá se associar a cama e o horário de dormir com o sono, sendo mais fácil ir dormir no horário correto todos os dias.
Relaxamento
Utilizar técnicas de relaxamento antes de dormir, como meditação ou hipnose, pode ser de ajuda para dormir mais facilmente. Essas técnicas auxiliam a “silenciar” a mente, relaxar os músculos do corpo para, então, pegar no sono.
Restrição do sono
Evitar dormir em momentos inoportunos, como sonecas da tarde, é importante para que se possa ter uma boa noite de sono revigorante. Para isso, deve-se privar de dormir nesses momentos, mesmo que o sono seja demasiado.
Uma técnica para conseguir voltar a dormir bem durante a noite é restringir o sono, também, durante o horário de dormir. Para isso, deve-se restringir a noite a apenas algumas horas de sono e, gradualmente, aumentar esse tempo, até que seja possível dormir uma noite inteira.
Tratamento natural
Existem algumas ervas medicinais com propriedades sedativas que podem ajudar na hora de dormir. Essas podem ser ingeridas em forma de chá ou cápsulas, mas vale lembrar que elas possuem efeitos colaterais e que seu uso não é indicado sem antes conversar com um médico.
Algumas plantas que podem ser usadas são:
- Valeriana;
- Camomila;
- Maracujá;
- Lavanda;
- Kawa-kawa.
Medicamentos para insônia
Em alguns casos, os médicos podem receitar medicamentos para o tratamento da insônia primária. No entanto, antes de qualquer coisa, outros tratamentos devem ser tentados, visto que os medicamentos sedativos geralmente possuem efeitos colaterais graves e alguns podem até mesmo causar dependência.
Alguns medicamentos são:
Caso a insônia seja causada por algum medicamento, no entanto, pode ser que o médico apenas precise alterar a dose. Tudo depende da maneira que cada organismo se adapta.
Atenção!
NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas neste site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.
Consequências e complicações da insônia
A falta de sono pode afetar significativamente a maneira que o organismo funciona. Além do cansaço diário, o paciente com insônia pode ter maiores chances de desenvolver diversas doenças. Algumas delas são:
Diabetes tipo 2
Pessoas com má qualidade do sono tem maiores chances de desenvolver a doença quando comparadas a pessoas que dormem adequadamente.
Doenças cardiovasculares
A qualidade de sono é um grande contribuinte na prevenção de doenças do coração e do sistema circulatório. Quando há pouco sono, as chances de desenvolver hipertensão e doença arterial coronária aumentam.
Acidentes de trânsito e trabalho
Por conta da sonolência diurna e diminuição dos reflexos motores, quem sofre de insônia tem maiores chances de se envolver em acidentes, tanto de trânsito quanto no trabalho.
Distúrbios cognitivos
O sono é o maior responsável pela consolidação de diversos aspectos cognitivos, como a memória. Por isso, pessoas que sofrem de insônia podem ter problemas de memória e aprendizagem, além de sofrer com baixa na capacidade de raciocínio e prejuízo na coordenação motora.
Emoções negativas e depressão
A falta de sono é um grande fator de risco para a depressão, pois o mau descanso está relacionado a alterações na estrutura do cérebro que potencializam emoções negativas. Deste modo, pessoas com insônia tendem a sentir mais tristeza e raiva do que pessoas bem descansadas.
Essas mesmas alterações estruturais e a maior frequência de sentimentos negativos podem levar à depressão, doença caracterizada por longos períodos de tristeza e apatia incapacitantes.
Vale lembrar que a insônia é mais frequente em pessoas depressivas e que, sendo assim, pode se instaurar um círculo vicioso: pessoas depressivas sofrem com insônia, que por sua vez auxilia no desenvolvimento da depressão.
Como prevenir a insônia?
A melhor maneira de prevenir a insônia é ter um horário certo para dormir e acordar todos os dias, mesmo nos finais de semana. Dessa maneira, o corpo se adapta a esses horários e você passa a sentir sono na hora certa.
No entanto, como a insônia pode ser causada por uma série de condições adjacentes, a prevenção nem sempre é viável. Nesses casos, o que se pode fazer para evitar crises de insônia é tratar essas condições.
A insônia, embora comum e persistente na vida de várias pessoas, muitas vezes não recebe a atenção necessária para prevenir complicações. Não é raro que as pessoas procurem ajuda não porque estão preocupadas com sua saúde, mas sim porque estão irritadas com a falta de sono. Vamos tentar mudar isso!
Compartilhe este texto com seus amigos e familiares para que mais pessoas saibam o que fazer quando têm insônia. Caso tenha qualquer dúvida, pergunte-nos que responderemos com prazer!