Saúde

Conjuntivite Viral, Alérgica e Bacteriana: sintomas e colírios

Publicado em: 29/06/2017Última atualização: 16/10/2020
Publicado em: 29/06/2017Última atualização: 16/10/2020
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O que é conjuntivite?

A conjuntivite é uma doença ocular que causa inflamação da conjuntiva e na esclera (parte branca do olho), uma membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular e a parte interna das pálpebras.

A inflamação pode afetar um ou os dois olhos, mas é comum que os dois olhos sejam afetados, por conta da proximidade um do outro. Costuma durar entre 1 e 2 semanas, geralmente não causa sequelas e é bem frequente no verão. A conjuntivite pode ser caracterizada como aguda ou crônica. .

Os vasos sanguíneos da esclera estão na conjuntiva e, quando inflamada, eles ficam com um aspecto avermelhado.

Índice — neste artigo você irá encontrar as seguintes informações:

  1. O que é conjuntivite?
  2. Tipos e Causas
  3. Distinção de conjuntivite alérgica, viral e bacteriana
  4. Grupos e fatores de risco
  5. Sintomas da conjuntivite
  6. Diagnóstico
  7. Tratamento
  8. Complicações
  9. Prevenção
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Tipos e Causas

Existem seis tipos de conjuntivite mais conhecidas, elas são:

  • Conjuntivite alérgica;
  • Conjuntivite viral;
  • Conjuntivite bacteriana;
  • Conjuntivite fúngica;
  • Conjuntivite gonocócica;
  • Conjuntivite de inclusão.

É sabido que a mais comum das conjuntivites é a viral, seguida da bacteriana. Ambas são transmitidas facilmente entre as pessoas. A terceira mais comum é a conjuntivite alérgica, mas, diferente das outras, não é transmissível de pessoa para pessoa.

Conjuntivite alérgica

A conjuntivite alérgica acontece quando os olhos entram em contato com alguma substância que irrita os olhos. As substâncias que mais causam a reação alérgica aos olhos são: pó, pólen, mofo, pelos de animal, entre outros.

Esse tipo de conjuntivite não é transmissível, portanto não é necessário faltar aula ou trabalho. Também não é preciso utilizar outros objetos, como talheres, roupa de cama e de banho.

Na maioria das vezes, além da conjuntivite alérgica, espirros e coriza também estão presentes, esses últimos causadores de muita coceira.

Leia mais: Colírios antialérgicos: quais são as opções?

Conjuntivite viral

Essa é a forma mais comum de conjuntivite e, geralmente, esse tipo é causado por um vírus conhecido como adenovírus. Sintomas de virose pode ser comum ao ser contaminado, como febre e sintomas parecidos com os de resfriado.

Esse é o tipo de conjuntivite mais transmissível e as pessoas podem se infectar por meio de secreções oculares. Se o paciente encostar nos olhos e logo após tocar em algum objeto e outra pessoa também utilizar o mesmo objeto, ela pode ser infectada.

Mas é importante deixar claro que a doença não é transmitida pelo ar. Não tocar nas mesmas coisas que alguém com a doença já é o bastante para não ser contaminado. Se o paciente estiver com sintomas respiratórios, como tosse e espirro, aí sim o vírus pode ser transmitido. Não pelo ar, mas sim pelas secreções que emitiu.

Esse tipo de conjuntivite começa em um olho e, de 1 a 2 dias, já é transmitida para o outro olho. A doença é curada sozinha, entre 7 a 10 dias o problema é resolvido, sem a necessidade de tratamento. Mas, muitas vezes, o médico pode recomendar colírio para causar menos desconforto.

O contágio pode ser feito durante todo o tempo em que o olho estiver vermelho.

Conjuntivite bacteriana

Esse tipo de conjuntivite é bem menos comum do que a viral. Há apenas cinco tipos de bactérias que podem acometer aos olhos, e elas são conhecidas como:

  • Streptococcus pneumoniae;
  • Staphylococcus aureus;
  • Moraxella catarrhalis;
  • Pseudomonas aeruginosa;
  • Haemophilus influenzae.

A transmissão se dá através do contato entre secreções, sendo que uma delas precisa estar contaminada. Na conjuntivite bacteriana é necessário o contato pessoal para que a transmissão seja feita. Dividir toalhas e roupas de cama pode ser um fator de risco.

Apesar da conjuntivite ocorrer nos olhos, a secreção pode estar por todas as  partes da pele e apenas um toque é o suficiente para infectar outra pessoa. O uso de colírios com antibiótico na composição é indicado para tratar o problema.

Conjuntivite fúngica

É rara de acontecer, mas ocorre quando uma pessoa se acidenta com madeira nos olhos ou com lentes de contato.

Conjuntivite gonocócica

Causada por Neisseria gonorrhoeae, a conjuntivite gonocócica é um tipo de doença sexualmente transmissível. A doença pode ser transmitida na hora do parto e é tratada com antibióticos sistêmicos e oculares. Se não houver tratamento, a infecção gonocócica pode penetrar o olho íntegro e destruí-lo.

Conjuntivite de inclusão

Causada por Chlamydia trachomatis, um sorotipo D-K que pertence ao trato genital de adultos. A duração desse tipo de conjuntivite é maior e costuma afetar jovens sexualmente ativos. Esse tipo de conjuntivite pode ser tratada com azitromicina ou doxiciclina.

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Distinção de conjuntivite alérgica, viral e bacteriana

Como muitas pessoas tem essa dúvida, abaixo você consegue distinguir as 3 principais (alérgica, viral e bacteriana):

  • Os três tipos de conjuntivite costumam causar secreção nos olhos. Enquanto na bacteriana a secreção é purulenta, na viral e alérgica a secreção costuma ser mais aquosa.
  • Na forma viral, outros sintomas de virose costumam estar presentes, como dor de garganta, espirros, tosse e mal estar.
  • A forma alérgica costuma afetar os dois olhos ao mesmo tempo, enquanto a bacteriana e a viral primeiro afeta um dos olhos e, dias depois, o outro.
  • Linfonodos palpáveis na região posterior das orelhas costumam estar presentes nas formas bacterianas e virais, diferente da alérgica, que não costuma apresentá-los.

O diagnóstico não é fácil de fazer e, muitas vezes, os oftalmologistas erram, dando diversos colírios que possuem antibióticos para conjuntivites que não necessitam, como a viral e a alérgica.

Grupos e fatores de risco

Estar com a imunidade baixa pode ser um fator de risco da conjuntivite. Estar com as mãos sujas, não trocar constantemente as roupas de cama e toalhas também pode facilitar o contato com a doença. Outro fator que pode trazer risco é a predisposição à doenças autoimunes ou virais.

Os grupos mais propensos a terem o problema são:

  • Pessoas alérgicas;
  • Recém-nascidos;
  • Trabalhadores que trabalham com estilhaço de metais e vidros e não utilizam o óculos de proteção;
  • Pessoas que tenham contato com produtos de limpeza;
  • Pessoas que trabalham na manipulação de medicamentos e produtos químicos sem o uso do óculos de proteção.
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Sintomas da conjuntivite

Os principais sintomas da conjuntivite são:

  • Olhos vermelhos;
  • Coceira;
  • Pálpebras inchadas;
  • Secreção purulenta, no caso de conjuntivite bacteriana;
  • Secreção esbranquiçada, no caso de conjuntivite viral;
  • Visão borrada;
  • Ao acordar, o paciente tem dificuldade em abrir os olhos;
  • Sentir dor nos olhos ao olhar para lugares com claridade;
  • Sensação de areia nos olhos.

Diagnóstico

O médico especialista em realizar o diagnóstico da conjuntivite é o oftalmologista.

O primeiro passo é descobrir o tipo de conjuntivite (alérgica, bacteriana ou viral).

Para isso, ele um exame conhecido como bomicospia é feito, através de um aparelho que aumenta a imagem, no mínimo, 10 vezes, realizando uma detalhada avaliação. Após isso, o médico, através da instilação de fluoresceína, detecta possíveis lesões na córnea.

Tratamento

O tratamento pode ser feito com compressas embebidas em soro fisiológico e colírios indicados pelo médico, além de ser muito importante limpar os olhos com frequência. É muito importante consultar o médico para fazer o tratamento, pois é ele quem indicará o tipo de conjuntivite e, consequentemente, o tratamento. O uso do colírio correto é fundamental pois existem alguns antiinflamatórios, outros antibacterianos e outros antialérgicos.

Compressas à base de camomila podem acalmar os sintomas da conjuntivite, por evitar a inflamação. Ao aplicar, é importante que seja feito com gaze para filtrar e aplicar em cima do olho.

Lentes de contato não devem ser usadas durante o tratamento. Cuidado especial com a higiene também deve ser redobrado para evitar a evolução da infecção.

Medicamentos para conjuntivite

É importante ressaltar que o automedicamento nunca deve ser feito.

Colírios para conjuntivite

Existem colírios específicos para cada tipo de conjuntivite. Para as três principais, separamos os mais indicados e utilizados pelos oftalmologistas. Confira:

Conjuntivite viral

Conjuntivite alérgica

Conjuntivite bacteriana

Atenção! 

NUNCA se automedique ou interrompa o uso de um medicamento sem antes consultar um médico. Somente ele poderá dizer qual medicamento, dosagem e duração do tratamento é o mais indicado para o seu caso em específico. As informações contidas nesse site têm apenas a intenção de informar, não pretendendo, de forma alguma, substituir as orientações de um especialista ou servir como recomendação para qualquer tipo de tratamento. Siga sempre as instruções da bula e, se os sintomas persistirem, procure orientação médica ou farmacêutica.

Complicações

Se não for tratada corretamente, lesões e danos na córnea podem ocorrer e até mesmo causar cegueira. É importante proteger os olhos com medidas higiênicas, e não apenas eles, mas as mãos também!

Se mesmo após a indicação de tratamento médico não houver melhora em 7 dias, é necessário voltar ao consultório para que ocorra a reavaliação e, se necessário, a troca de medicamentos.

Prevenção

A melhor forma de prevenção para a conjuntivite, é:

  • Não coçar os olhos;
  • Evitar aglomerações;
  • Lavar as mãos frequentemente;
  • Não utilizar lentes de contato durante o período de tratamento;
  • Evitar banhos de sol;
  • Não frequentar ambientes com bebês;
  • Não compartilhar toalhas, rímel, delineadores ou outro produto de beleza;
  • Trocar fronhas com frequência.

A conjuntivite é muito comum durante a infância e em locais que tenham muita aglomeração. Para que mais pessoas se interem sobre o problema compartilhe esse texto com seus amigos, colegas e familiares!

Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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