Método Ramzi: a maneira mais ágil de identificar o sexo do bebê

O que é o método de Ramzi? 

Trata-se de uma teoria desenvolvida pelo Dr. Saam Ramzi Ismali, nomeada de método Ramzi. Nela, pretende-se desvendar qual será o sexo do bebê mas com maior agilidade, ainda nas primeiras semanas de gestação. 

Segundo o método, isso é possível a partir da observação de como a placenta está se desenvolvendo. A ideia partiu de um estudo, onde foram analisadas mais de 5300 mulheres grávidas,  entre os anos de 1997 e 2007.  

O autor, Saam Ramzi Ismail, concluiu que 97,2% dos fetos do sexo masculino tinham o cordão umbilical do lado direito, enquanto 97,5% dos fetos femininos tiveram à esquerda.

Entretanto, o estudo de Saam Ramzi já não está mais disponível no site de origem.  Além disso, o método ainda não foi confirmado por nenhum outro estudo, mas mesmo assim é bastante comentado e seguido por gestantes em todo o mundo. 

Porém, segundo os obstetras e ginecologistas, não é possível identificar o sexo da criança antes da 9ª semana de gestação, pois além de a genitália ainda não poder ser vista com clareza, durante esse período, é muito semelhante a genital feminina e masculina. A essa semelhança dos sexos dá-se o nome de tubérculo genital.

Como funciona o método de Ramzi?

O método Ramzi desvenda o sexo do feto com apenas seis semanas, através da imagem de ultrassom. O resultado do sexo da criança é obtido com a verificação de qual lado da placenta em que o feto está ligado. Se estiver à direita, significa que provavelmente é um menino, mas se estiver à esquerda, a possibilidade é de ser uma menina.

O método usa a ecografia com Doppler (que emite ondas sonoras e imagens em tempo real) para análise e, segundo o estudo, deve ser realizada entre a quinta e a oitava semana de gestação, período em que geralmente é possível ver o saco vitelino e também o embrião. 

Como descobrir o sexo do bebê?

Como dito anteriormente, geralmente os médicos especialistas não conseguem avaliar o sexo do bebê antes de completar, pelo menos, doze semanas de gestação. 

A identificação correta é possível conforme o lado que se dará o desenvolvimento do tubérculo, que ocorre geralmente, a partir do quarto mês de gravidez. Ou seja, a identificação de fato, só acontece a partir da 15ª ou 16ª semana,  dependendo da posição do embrião. Sendo que da 12ª semana a chance de determinar o sexo correto é de 75%; na 13ª semana 95%; e a partir da 16ª já é 99% de acerto.

Segundo especialistas, não é possível acontecer mudança de sexo no período gestacional. Nos meninos, o segundo trimestre desenvolve o pênis, e o terceiro trimestre os testículos, uretra e glande. Nas meninas, no primeiro trimestre o tubérculo fica direcionado para baixo e no segundo trimestre forma-se os grandes lábios e os pequenos lábios e, apenas no terceiro trimestre, o útero.

Caso os órgãos genitais forem ambíguos, se houver alguma anomalia física dos genitais externos que atrapalhe a identificação do sexo, será necessário investigação médica. 

Outros métodos

A ciência vem trabalhado para desenvolver novas técnicas para a identificação prematura do sexo do feto, ainda antes da 12ª semana. Mas há também exames invasivos e não invasivos, que podem detectar o sexo do bebê e outras informações importantes sobre a saúde dele.

A maneira mais precisa de saber o sexo do bebê é analisando os cromossomos. Isso é feito através de testes invasivos, como a amostragem de vilosidades coriônicas (AVC), ou amniocentese.

A primeira, se trata de um teste pré-natal que identifica problemas e doenças, pode ser  realizada entre 10 e 14 semanas. A realização consiste em retirar um pouco de amostra da placenta em desenvolvimento. Entretanto, essa técnica apresenta um baixo risco de perder o feto.

A segunda (amniocentese), também é considerada invasiva. Com ajuda de uma agulha fina a parte abdominal é perfurada para realizar a coleta de um líquido presente em volta do feto. O processo ajuda na descoberta de problemas na saúde do bebê e pode ser realizado em cerca de 16 semanas. Vale lembrar que essa opção pode gerar traumas no bebê e até induzir a um parto precoce.

Das técnicas não invasivas, podemos citar a chamada lombo-sacro, que verifica a posição do feto, se estiver posicionado em um ângulo maior que 30 graus, é do sexo masculino, mas se estiver em um ângulo menor, o sexo é feminino. 

O teste de DNA também é uma opção. Pode ser realizado a partir da 11ª semana de gravidez com coleta de sangue, onde é possível analisar a presença ou ausência do cromossomo “ Y ” (um dos cromossomos de identificação do sexo) e, com isso, ter a revelação. Mas é bom validar com um ultrassom para ter certeza do resultado.

Vale lembrar que o método Ramzi não foi validado cientificamente, ou seja, não tem qualidade comprovada. 

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Fontes consultadas: 

• The Relationship Between Placental Location and Fetal Gender (Ramzi’s Method) — Contemporary OB/GYM.
• Il Metodo Ramzi è affidabile? L'esperta: «Non ha alcuna validità scientifica» - Luiz Gonzaga Neto/Instituto Frutal —  Alice Dutto/NostroFiglio.
• The Ramzi Theory: Is It for Real? — Healthline