O período de transição para a menopausa deve ser acompanhado pelo profissional ginecologista, a fim de encaminhar tratamentos, reposição hormonal e esclarecimentos à paciente.
Clinicamente, é possível diagnosticar a menopausa com a solicitação de alguns exames, incluindo os hormonais, como o hormônio folículo-estimulante (FSH) e estrogênio, pois na menopausa os níveis de FSH aumentam, enquanto o do estrogênio diminuem.
O ponto principal do diagnóstico da menopausa é diferenciar a amenorreia de outras condições, pois a ausência menstrual às vezes pode ser uma ocorrência secundária, apontando outras disfunções ou alterações.
Para isso, o médico precisa avaliar se a interrupção da menstruação não é devido, por exemplo, a:
- Hipertiroidismo (disfunções da glândula da tireoide);
- Hiperprolactinemia (aumento da produção hormonal de prolactina);
- Gravidez;
- Medicações;
- Síndrome carcinoide (tumores nas células produtoras de hormônio);
- Feocromocitoma (tumor nas células adrenais).
Além disso, mulheres que antes da menopausa optam por métodos contraceptivos para não menstruar (como emendar cartelas de anticoncepcional), podem demorar mais para perceber a chegada dos sintomas ou da ausência menstrual.
Nesses casos, é importante que os exames de acompanhamento hormonal sejam feitos e a suspensão do contraceptivo ou a alteração do tratamento sejam conduzidas pelo especialista.
Após suspeitas do início da perimenopausa ou aproximação da menopausa, é necessário realizar o acompanhamento para as alterações que podem ocorrer no organismo.
A avaliação clínica e fisiológica na pré-menopausa ou no climatério pode ser fundamental para acompanhar o quadro da mulher. Em geral, é um período delicado e de significativas mudanças no organismo.
Muitas pacientes podem se sentir fragilizadas ou desamparadas, sendo que é papel do profissional de saúde atender e assistir as alterações, prestando suporte clínico e informacional. Entre as medidas que o médico poderá tomar, estão:
Exames físicos
O peso e a altura são taxas que deverão ser acompanhadas de perto pelo médico. O IMC (índice de massa corporal) pode indicar a necessidade de alterações alimentares ou adoção de uma vida mais ativa fisicamente.
Medir a pressão arterial e a circunferência abdominal também é necessário, pois além do peso, o funcionamento do organismo precisa ser considerado como um todo.
Exames ginecológicos, a avaliação das mamas e o exame íntimo (verificando a rugosidade das mucosas, lubrificação do colo e da vagina) são necessários para avaliar e encaminhar a paciente para terapias medicamentosas.
Exames clínicos
Alguns exames que podem ser solicitados para verificar a saúde do organismo são:
- Exames laboratoriais (incluindo hemograma, TSH, glicemia, colesterol e funções hepáticas);
- Mamografia e ultrassonografia mamária (para avaliação de câncer de mama);
- Exames e colo de útero (preventivos ao câncer);
- Ultrassonografia transvaginal;
- Densitometria óssea (avaliação da saúde da massa óssea).
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