O urologista é um profissional indispensável para a saúde do homem, mas não se limita apenas ao atendimento do sexo masculino. Por tratar de todas as condições associadas ao trato urinário, é também uma especialidade importante para as mulheres.
Da infância à terceira idade, é esse o profissional que pode melhor contribuir para o diagnóstico e tratamento das desordens relacionadas ao sistema urinário de ambos os sexos e ao sistema reprodutor masculino.
No texto a seguir, explicamos quando se consultar com um urologista. Boa leitura!
Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
- O que é e o que faz o urologista?
- Sistema urinário e sistema reprodutor masculino
- O urologista cuida de que?
- Quando procurar um urologista?
- Doenças diagnosticadas
- Como funciona a consulta?
- Formação
- Médico urologista: quais as áreas de atuação?
- Especialidades
- Procedimentos e exames
- Salário: quanto ganha um urologista?
- Sociedade Brasileira de Urologia
- Perguntas frequentes
O que é e o que faz o urologista?
A urologia é a especialidade médica responsável por diagnosticar e tratar as condições relacionadas ao trato urinário dos homens e das mulheres, e por tratar os problemas relacionados ao sistema reprodutor especificamente masculino.
É uma especialidade médica bastante abrangente apesar de estar geralmente associado à saúde do homem. Ela pode acompanhar pacientes em diferentes fases da vida, começando na formação fetal, passando pela infância e adolescência, vida adulta e chegando à terceira idade.
O urologista é, portanto, o médico responsável por atuar nessa especialidade, atendendo em consultório, realizando exames diagnósticos, procedimentos cirúrgicos e no acompanhamento de pacientes internados.
Ele pode ainda se aprofundar nas subespecialidades da área, como na urologia oncológica, neuro urológica, pediátrica, feminina e reconstrutiva, por exemplo.
Para tratar ou investigar doenças como infecções urinárias, infertilidade, impotência sexual, câncer de próstata, ejaculação precoce e outras patologias, pode solicitar, realizar ou orientar o paciente para diferentes exames e procedimentos.
Entre os mais comuns estão o exame de próstata e a vasectomia, além da realização de procedimentos cirúrgicos, como na retirada de tumores.
Para se consultar nessa especialidade, o paciente pode procurar nos hospitais públicos (SUS), clínicas particulares e também em centros especializados em urologia.
Sistema urinário e sistema reprodutor masculino
Sabendo o que é a urologia e o que faz o médico urologista, é interessante entender um pouco também sobre o trato urinário (masculino e feminino) e o sistema reprodutor masculino:
O sistema urinário possui um papel fundamental no corpo humano, filtrando e eliminando substâncias que o organismo não precisa mais, sendo responsável por produzir, armazenar e eliminar a urina.
Fazem parte do trato urinário:
- Rins: filtram o sangue para selecionar as substâncias úteis (água, glicose e sais minerais) e retorná-las à corrente sanguínea. Também separam as substâncias que serão eliminadas, isto é, uma quantidade de água, ureia, amônia, ácido úrico e resíduos, que formam a urina;
- Ureteres: são dois canais (tubos) que transferem a urina produzida nos rins até a bexiga;
- Bexiga: é um órgão elástico, como se fosse uma bolsa, que armazena a urina que chega através dos ureteres;
- Uretra: é o canal por onde a urina é eliminada do corpo.
A principal diferença entre o sistema urinário feminino e masculino está no fato da uretra dos homens ser maior do que a das mulheres.
De modo geral, o canal mede aproximadamente 20cm neles e 5cm nelas. Junto com a proximidade da vagina com o ânus, a uretra mais curta são fatores que favorecem a ocorrência de infecções urinárias, pois quando agentes infecciosos invadem a região, o percurso até a bexiga, por exemplo, é muito mais curto.
Quanto ao sistema reprodutor masculino, que também é especialidade do urologista, os órgãos que o compõe são:
- Pênis: o órgão que elimina a urina do organismo e que expele os espermatozoides;
- Testículos: são as gônadas sexuais (glândulas) dos homens, que possuem a função de produzir o hormônio testosterona e os espermatozoides;
- Próstata: é uma glândula responsável por produzir e armazenar um fluido que, junto aos espermatozoides, forma o sêmen.
O urologista cuida de que?
O urologista é o médico que cuida do diagnóstico, prevenção e tratamento de qualquer condição de saúde ligada ao sistema urinário de ambos os sexos e do sistema reprodutor masculino.
Dessa forma, fica responsável por verificar a funcionalidade de órgãos e outras estruturas, como os rins, uretra, bexiga, próstata, pênis, o ducto que coleta e armazena os espermatozoides, glândulas adrenais e epidídimo (tubo responsável por levar a urina da bexiga para fora do corpo).
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As condições que o urologista trata podem ser divididas de acordo com a idade e sexo do paciente, da seguinte forma:
Criança
Durante a infância, as principais condições que o urologista trata são obstrução ou bloqueio do trato urinário, testículos que não desceram e alterações urinárias, como micção noturna (enurese).
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Mulher
Nas mulheres, o urologista pode ajudar no diagnóstico de condições como bexiga baixa (prolapso da bexiga), pedras nos rins, cistite, bexiga hiperativa, incontinência urinária e tumores na bexiga, rins ou nas glândulas suprarrenais.
Durante a menopausa, gravidez ou com o envelhecimento, as consultas podem ser mais frequentes, pelo maior risco de problemas no trato urinário.
Homem
O urologista, no que diz respeito à saúde dos homens, contribui em diversos aspectos, desde o diagnóstico de problemas como câncer de próstata, disfunção renal, tumores, problemas de ereção, ejaculação precoce, infertilidade e infecções urinárias.
Na fase adulta e no envelhecimento, o homem deve manter uma rotina frequente de consultas como esse especialista, para realizar exames preventivos.
Quando procurar um urologista?
Sempre que houver algum problema de saúde relacionado ao trato urinário em ambos os sexos ou ao sistema reprodutor dos homens, o urologista pode ser procurado. Mas, dependendo da condição do paciente, o tratamento pode ser feito por um especialista de outra área ou em conjunto do urologista.
Em casos de infecções urinárias, o paciente pode receber o tratamento e diagnóstico através de um clínico geral ou, no caso das mulheres, pela ginecologista.
Nesses casos, diante de complicações ou persistência do problema, o paciente pode ser encaminhado para o urologista, por este ser o médico especializado no tratamento.
Pacientes diagnosticados com câncer de próstata , por exemplo, podem ser tratados por oncologistas e urologistas de forma conjunta.
Mas, para ter uma noção de quando procurar o urologista, é importante prestar atenção a alguns sintomas que são válidos para homens e mulheres:
- Presença de sangue na urina;
- Alteração na cor da urina;
- Dificuldade de urinar;
- Necessidade excessiva ou urgente de urinar;
- Dor ou ardor na hora de urinar;
- Dor na pélvis ou costas;
- Fluxo urinário muito fraco.
Relacionado ao aparelho reprodutor masculino, alguns indícios de que está na hora de se consultar com um urologista são:
- Redução da libido;
- Caroços no testículos;
- Dificuldade em ter ou manter ereção;
- Ejaculação precoce.
Doenças diagnosticadas
A lista de doenças diagnosticadas e tratadas pelo urologista é bem extensa, por ser uma especialidade médica que está presente no acompanhamento dos pacientes em diferentes fases da vida, tanto para os homens como para as mulheres.
Abaixo, listamos as principais condições que levam os pacientes até o consultório desse especialista:
Infecções urinárias
Infecção urinária ou Infecção do Trato Urinário (ITU) é um processo infeccioso provocado por bactérias que invadem alguma das estruturas do sistema urinário, seja bexiga, uretra, rins ou ureteres.
São vários os fatores que podem provocar uma infecção urinária, como falta de higiene, baixa ingestão de água, segurar a urina, permanecer por muito tempo com o absorvente e uso inadequado de produtos que afetam o pH vaginal (como sabonetes íntimos ou medicamentos).
Obstrução urológica
Também chamada de Estenose uretral, a obstrução urológica se caracteriza por um bloqueio em alguma parte do sistema urinário, dificultando ou impedindo o paciente de urinar.
A condição é bem mais comum nos homens, ainda que possa ocorrer nas mulheres. Neles, a condição é mais frequente em decorrência do envelhecimento, devido à hiperplasia da próstata (que é um inchaço da região).
Além da dificuldade em liberar a urina, podem ocorrer dor forte, dilatação da bexiga e maior facilidade em contrair infecções devido ao acúmulo de urina na bexiga.
Fimose
A fimose é uma condição em que ocorre um estreitamento da pele do prepúcio (pele que recobre o pênis), impedindo que a glande do pênis fique exposta totalmente durante uma ereção.
Apesar de ser mais comum durante a infância e ir regredindo de acordo com o crescimento da criança, a fimose também pode acometer os adultos.
Nesses casos, é possível que o paciente tenha de usar pomadas ou fazer cirurgia, pois é uma condição que pode provocar dor, fissuras e dificultar a higiene.
Pedra nos rins
Conhecida também por cálculo renal, esta é uma condição caracterizada pela formação de pedras nos rins. A maior causa se dá pela absorção excessiva de minerais pelo intestino, o que acaba sobrecarregando os rins.
A partir disso acontece a formação de massas sólidas (pedrinhas) que se concentram na urina. Por ser difícil a passagem desses cristais pelo trato urinário, a condição pode causar bastante dor no paciente, especialmente na região lateral do abdômen.
Para ajudar no tratamento, é importante que o paciente ingira bastante água. Em casos mais graves, pode ser necessário cirurgias para remover as pedras.
Incontinência urinária
Nesta condição, o paciente não possui controle sobre a micção e acaba sofrendo perdas involuntárias de urina. A incontinência é mais comum em gestantes e na menopausa, no entanto, não é uma doença exclusiva das mulheres.
Leia mais: Descubra o que é menopausa e entenda suas fases
Homens também podem sofrer com a disfunção urinária, sendo mais comum quando também apresentam alguma alteração na próstata. Já no caso das crianças, a micção involuntária está mais relacionada a fatores psicológicos ou a disfunções nos nervos que controlam a bexiga.
Câncer de próstata
O câncer na próstata é causado pela presença de um tumor na região. É uma condição muitas vezes assintomática, por isso necessita de um monitoramento mais frequente para prevenção.
Os pacientes com esse diagnóstico podem precisar de radioterapia, terapia hormonal, quimioterapia ou passar por procedimentos cirúrgicos, o que pode ser feito com o acompanhamento do urologista oncológico.
Impotência sexual masculina
A impotência sexual nos homens, também chamada de disfunção erétil, é a condição em que há dificuldade em manter ou ter uma ereção, o que acaba prejudicando a sua vida sexual.
Pode ser causada por diferentes fatores, podendo ser uma questão física ou até mesmo psicológica, como baixa autoestima, problemas no relacionamento e estresse.
Por tratar do aparelho reprodutor masculino, o urologista não é o médico responsável por cuidar dos casos de impotência ou baixa libido feminina, que são normalmente tratados pelo ginecologista.
Infertilidade masculina
O urologista também ajuda no diagnóstico e tratamento da infertilidade masculina, que pode ser causada por baixa no número de espermatozoides, pouca mobilidade, ausência de produção, vasectomia, dificuldade em ter relação sexual (impotência) ou DSTs.
Ejaculação precoce
A procura por um urologista em relação à ejaculação precoce deve acontecer quando ela é frequente durante as relações sexuais, não sendo um motivo de preocupação quando ocorre de forma esporádica.
A causa da ejaculação precoce, no entanto, ainda é incerta. Mas os fatores associados apontam que essa é uma condição ligada à ansiedade, disfunção erétil, problemas emocionais e uso de medicamentos.
Varicocele
A varicocele é uma inflamação que ocorre nos testículos, caracterizada pelo alargamento das veias na região escrotal.
Normalmente, não apresenta sintomas perceptíveis, mas pode interferir na produção de espermatozoides ou na qualidade do esperma. Dessa forma, interfere na fertilidade masculina.
Como funciona a consulta?
Na primeira consulta com o urologista, o médico normalmente realiza uma entrevista com o paciente para conhecer melhor os seus problemas e para um diagnóstico preciso. Essa entrevista (anamnese), ajuda o especialista a compreender melhor os sintomas e a entender qual os exames são necessários solicitar.
Pode, portanto, questionar ao paciente sobre sua vida sexual, histórico familiar de doenças, comorbidades, uso de medicamentos e drogas, e hábitos alimentares.
Além disso, deve perguntar sobre os hábitos urinários, como quantas vezes por dia sente necessidade de urinar ou se percebe variação de cheiro, cor ou dor durante a micção.
A partir das respostas, o médico pode fazer um exame físico ou pedir testes laboratoriais e de imagens para o diagnóstico.
Formação
Para atuar como médico urologista é necessário cursar bacharelado em medicina, em instituições que devem ser reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).
O curso tem duração de 6 anos em período integral e possui uma grade com disciplinas como genética, bioquímica, biofísica médica, imunologia, clínica médica e cirurgia, por exemplo.
Após a conclusão do curso de medicina, deve realizar residência em cirurgia geral, com duração de 2 anos, e só depois se especializar em urologia, com duração de 3 anos.
Na especialização, esse profissional terá contato com disciplinas como:
- Anatomia urogenital;
- Urooncologia;
- Urodinâmica.
- Uropediatria;
- Doenças Sexualmente Transmissíveis;
- Urologia feminina;
- Urologia clínica;
- Prática Cirúrgica urológica.
Médico urologista: quais as áreas de atuação?
O urologista pode escolher entre duas áreas de atuação dentro do campo de trabalho, sendo elas a urologia clínica e a hospital.
Urologia clínica
O médico urologista que atua em clínica pode optar por um consultório particular ou em trabalhar de forma conjunta com outros profissionais da área em uma clínica, por exemplo.
O foco está nas consultas e em atendimentos que, em geral, não caracterizam emergências, acompanhando o paciente em longo prazo.
Tanto o sistema privado (particular ou planos de saúde) quanto o público (SUS) possuem profissionais especialistas, de acordo com a disponibilidade de cada local.
Urologia hospitalar
O urologista hospitalar, em geral, faz atendimentos de modo multidisciplinar, envolvendo especialistas de áreas diversas.
Ainda que seja possível realizar consultas de rotina, geralmente são os casos emergenciais ou de pronto-atendimento os mais associados às práticas hospitalar, sempre preservando pela integridade e assistência ao paciente.
Especialidades
Dentro da urologia, o médico urologista pode escolher entre diferentes especializações, contribuindo de forma mais específica em tratamentos e diagnósticos nas seguintes subáreas:
Urologia oncológica
Também tratado por uro-oncologia, essa subespecialidade representa a área em que se é realizado o tratamento, os procedimentos cirúrgicos e acompanhamento de casos de tumores na região genital masculina ou urinária de ambos os sexos.
O médico que escolhe essa área de atuação geralmente fica responsável por rastrear diferentes tipos de câncer, como o de próstata, pênis, de bexiga, testículo e rim.
Endourologia
É a área da urologia responsável por lidar com procedimentos endoscópicos, feitos para o diagnóstico de problemas no trato urinário, sendo uma forma minimamente invasiva de investigar possíveis complicações.
É feito com o uso de um aparelho fino e com uma câmera em conjunto, o que torna possível a sua introdução nos orifícios do corpo para uma melhor visualização da bexiga, próstata, ureter, uretra e interior dos rins, por exemplo.
Por ter uma recuperação mais facilitada, menos dolorida e com resultados mais rápidos, esse procedimento é bastante utilizado.
Neurourologia
Normalmente, os pacientes procuram esse tipo de especialista quando apresentam alguma condição que está provocando micção anormal relacionada a doenças neurológicas.
Pessoas que sofrem com esclerose múltipla, doença de Parkinson, que sofreram algum acidente vascular cerebral (AVC) ou alguma lesão da medula espinhal podem desenvolver problemas urinários, como incontinência, retenção urinária e bexiga hiperativa.
Urologia pediátrica
A urologia pediátrica é a subespecialidade responsável por tratar as doenças e condições referentes ao sistema urinário de crianças e adolescentes.
Normalmente, são os distúrbios como enurese noturna (frequência exagerada de urina à noite), genitália ambígua, anormalidades hereditárias no trato geniturinário e outras disfunções.
Urologia reconstrutora
A urologia reconstrutora é a subespecialidade que se aprofunda no tratamento de pacientes que sofreram algum trauma que possam necessitar de restauração da função ou estrutura urinária e genital.
Essas reconstruções são possíveis através do uso de conhecimentos de diferentes técnicas e especialidades, como a urologia em si, a cirurgia plástica, ginecologia e cirurgia digestiva.
Pacientes que sofreram acidentes mais graves e que tiveram lesões na região podem precisar se consultar com esse especialista.
Ao devolver a funcionalidade e estética aos tecidos e órgãos do trato urinário ou genital, esse tipo de tratamento ajuda a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Urologia feminina
A urologia feminina é a subespecialidade que tem como foco o tratamento dos problemas do trato urinário na mulher. As principais condições assistidas são infecção urinária, bexiga hiperativa, bexiga baixa e incontinência (mais comuns na gestação e menopausa).
É possível também encontrar especialistas nessa área que se denominam uroginecologistas. A união dessas especialidades surge do interesse de ginecologistas e urologistas de se aprofundarem no sistema urinário feminino, especialmente no funcionamento do assoalho pélvico.
Contudo, não se trata de uma especialidade reconhecida pelo Conselho Regional de Medicina, sendo apenas uma área que envolve conhecimentos e atuação dentro de urologia e ginecologia.
Procedimentos e exames
Existem vários exames e procedimentos urológicos que podem ser realizados, como:
Vasectomia
A vasectomia é um dos procedimentos mais conhecidos feitos pelo urologista. Ele é uma técnica de esterilização permanente em homens que decidem não ter filhos futuramente.
O ligamento feito nos ductos deferentes do homem, canais por onde os espermatozoides passam, impede que eles se desloquem até o canal de saída (uretra) e por isso não há o risco de uma gravidez.
Exame de próstata
O exame de toque retal, ou de próstata, é um procedimento feito para prevenção e diagnóstico do câncer de próstata ou hiperplasia benigna da próstata (aumento do órgão geralmente em decorrência do envelhecimento).
O médico, para examinar a região, insere o dedo indicador no ânus do paciente, utilizando uma luva descartável nova, devidamente lubrificada.
É um exame simples, indolor e rápido, podendo durar de 15 segundos a 2 minutos. Nesse tempo, o urologista avalia o tamanho, formato e densidade da próstata, procurando por caroços, pontos moles ou endurecidos.
Cistoscopia
É um exame feito com um aparelho de endoscopia fino chamado cistoscópio. Ele permite a visualização do interior da uretra e da bexiga para investigar possíveis doenças na região. É um procedimento que não requer internação, podendo ser feito com o uso de anestesia local ou geral.
Exames de imagem
Para visualizar melhor os órgãos e tecidos do trato urinário, o urologista pode solicitar a realização de exames de imagem como a ressonância magnética, ultrassonografia e tomografia computadorizada.
Postectomia
A postectomia é uma cirurgia feita para retirada do prepúcio, excesso de pele que fica sobre a glande do pênis (fimose). Normalmente, é recomendado para os homens que sentem dor durante o ato sexual.
Cistografia
É um exame feito através do uso de raios-x para analisar a uretra e a bexiga. É realizada para avaliar alterações na função e na anatomia dessas estruturas que possam causar alguma doença ou sintoma.
O paciente deve esvaziar a bexiga para que ela possa receber o contraste, um líquido que facilita a realização da cistografia. Em seguida, usa-se anestesia (geralmente em forma de gel aplicado no local do exame) e há a inserção de um cateter na uretra do paciente.
Durante o exame, o médico deve introduzir um cateter via uretra para injetar o líquido de contraste até a bexiga. Nos homens, uma proteção de chumbo é colocada para evitar riscos da radiação nos testículos.
Isso feito, o médico realiza uma série de radiografias, solicitando que o paciente altera sua posição (de costas, lateralmente, de frente) para poder visualizar o sistema urinário de forma mais completa. Após esvaziar a bexiga, uma última radiografia sem o contraste é realizada para comparação.
Depois do exame, não existe nenhum cuidado especial que precisa ser feito, apenas a ingestão de mais água para eliminar totalmente o contraste, evitando infecções.
Cateterismo vesical
Existem dois tipos de cateterismo vesical, o demora e o de alívio. O de alívio é feito para esvaziar de forma completa e imediata a bexiga em casos de retenção urinária temporária.
No procedimento, um cateter estéril é colocado na uretra até a bexiga para que seja possível esvaziá-la. Em sequência, é retirado do paciente e descartado.
O cateterismo vesical de demora é utilizado quando o cateter fica por mais tempo no paciente, para realizar uma drenagem contínua, podendo ser usado antes de cirurgias, para reduzir o contato da urina com lesões da pele ou para irrigação vesical (lavagem da mucosa da bexiga), por exemplo.
Ureteroscopia
Normalmente, é um procedimento feito para retirada de cálculos renais, usado também para tratamento e diagnóstico de vários problemas no trato urinário.
É feito sem incisões ou cortes, em que um endoscópio fino é introduzido pela uretra para ter acesso às estruturas do trato urinário de forma menos agressiva, com anestesia local ou geral.
Frenuloplastia
É um procedimento cirúrgico em que um corte é feito no freio (frênulo bálano-prepucial), uma faixa de pele mucosa que liga a glande ao prepúcio.
Quando esse freio é curto, durante uma ereção, pode causar uma curvatura ventral da glande, o que pode causar dor, lesões e sangramentos durante as relações sexuais.
Essas lesões, mesmo quando pequenas, podem ainda aumentar as chances de inflamações e doenças sexualmente transmissíveis, como HIV e HPV.
A frenuloplastia é, portanto, um tratamento para esse problema. O corte feito ajuda a liberar mais pele. Assim, a tensão durante a ereção diminui, assim como as dores e outras complicações.
Salário: quanto ganha um urologista?
O salário do médico urologista pode variar bastante dependendo da forma como trabalha, seja hospital público, particular ou em clínica própria. Em média, o salário pode estar entre R$ 6 e R$ 12 mil mensais, variando também de acordo com a região em que o profissional atua e a experiência na área.
Sociedade Brasileira de Urologia
Assim como outras especialidades, a urologia também possui uma sociedade que a representa nacionalmente, a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).
Essa é uma instituição responsável por organizar eventos, congressos, divulgar pesquisas e novas diretrizes sobre a urologia. Os médicos dessa especialidade podem participar ativamente da SBU como associados, realizando cursos e participando dos eventos.
A história da SBU teve início em 1926, com a primeira reunião de urologistas e cirurgiões brasileiros para a fundação da sociedade, que ocorreu oficialmente no dia 13 de maio do mesmo ano e contou com a participação e ajuda de figuras políticas como o ex-presidente Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek.
Kubitschek, por ter sido também oncologista, recebeu em 2006 o título de patrono como homenagem da SBU.
Perguntas frequentes
Com que frequência ir ao urologista?
O ideal é que os paciente em geral (homens e mulheres de qualquer idade)façam uma consulta por ano com o urologista para prevenção de doenças no sistema reprodutor e urinário. Para pessoas que estão em tratamento ou que apresentam alguma condição ou alteração de saúde, essa frequência pode ser maior, de acordo com cada quadro.
No caso das mulheres, que normalmente possuem uma rotina de consultas com o ginecologista, pode ser necessário apenas em casos específicos, como doenças do trato urinário.
Qual o valor de uma consulta com um urologista?
O valor de uma consulta com um ginecologista pode variar, em média, entre R$ 80 a R$ 120 reais, mas podem também ser feitas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), de forma gratuita, ou pelos planos de saúde que cobrem a especialidade.
Qual a diferença entre urologista e nefrologista?
O nefrologista é o médico que cuida das doenças relacionadas ao rins, mas atende em especial as condições que não precisam de intervenção cirúrgica. Já o urologista, por ter residência em cirurgia, dá assistência e conduz o tratamento de pacientes com doenças renais que precisem de cirurgia.
Quando a mulher deve ir ao urologista?
O recomendado é que procurem um urologista sempre quando apresentarem algum sintoma que envolva o trato urinário, como dor ao urinar, dor nos rins, doenças sexualmente transmissíveis ou dor durante relações sexuais.
Também devem procurar esse especialista em casos de incontinência urinária e especialmente em casos de infecção urinária, uma condição bastante comum nas mulheres.
Assim, realizar consultas uma vez ao ano com o médico urologista seria o ideal para garantir a saúde e funcionamento do sistema urinário.
Conhecer um pouco mais sobre essa área médica é fundamental para que as pessoas — especialmente os homens — tenham maior consciência da importância em manter uma rotina preventiva de exames, para cuidar melhor da saúde do sistema urinário e reprodutor.
Por isso, buscamos esclarecer as principais dúvidas sobre essa especialidade médica nesse artigo. Para saber mais sobre saúde e bem-estar, continue nos acompanhando. Obrigada pela leitura!
Fonte consultada
Sociedade Brasileira de Urologia