Os rins estão localizados logo abaixo da caixa torácica, sendo um em cada lado da coluna vertebral. Diariamente, eles filtram aproximadamente de 120 a 150 litros de sangue e produzem de 1 a 2 litros de urina.
Além disso, são responsáveis por controlar os níveis de minerais como sódio, potássio, cálcio, fósforo e magnésio, a pressão arterial e a quantidade de água do corpo. Também estimulam a produção de glóbulos vermelhos, vitamina D, etc.
Nem sempre. A dor nos rins pode ter diferentes causas como alterações nas funções do rim, infecções ou problemas de coluna, que podem causar sintomas como dor, alteração na cor da urina e ardor ao urinar.
Nem sempre essas dores estão associadas a doenças graves. Elas podem acontecer em casos de infecções e até lesões no corpo que podem inflamar os rins.
Entretanto, algumas doenças renais apresentam poucos ou nenhum sintoma no início. Muitos(as) pacientes só descobrem que têm a doença em estágios avançados, sendo muito difícil recuperar a função renal.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), estima-se que 850 milhões de pessoas no mundo tenham doenças renais, provenientes de diversas causas. Isso significa que cerca de 1 a cada 10 pessoas sofre com essa condição.
Com o intuito de aumentar a conscientização e criar estratégias para a prevenção das doenças renais, a SBN promove o Dia Mundial do Rim, no dia 14 de março.
Portanto, é importante ter atenção quando as dores nos rins aparecem e investigar as possíveis causas. No artigo a seguir, falaremos mais sobre essas dores e o que fazer quando elas aparecem.
A dor no rim costuma ser de apenas um lado (unilateral) e se projeta na região das costas. Ela se caracteriza por cólicas de diferentes intensidades que podem ser acompanhadas de sintomas como náuseas, vômitos e alterações na urina. Essas cólicas costumam ser descritas como semelhantes à dor do parto e podem também ser confundidas com dor muscular ou na lombar.
O acúmulo de gases intestinais também podem causar dores nas costas e abdômen, com pontadas ou fisgadas e em uma parte das costas ou barriga. Sintomas que também podem ser confundidos com a dor nos rins.
Embora a dor nos rins possa muitas vezes ser confundida com dor nas costas, a sensação é mais profunda e se localiza acima dos quadris, na parte superior das costas e logo abaixo das costelas.
Para saber se a dor é realmente nos rins, existem também alguns exames que podem diagnosticar. Confira a seguir quais são:
A manobra de Giordano consiste em realizar pequenas batidas com o punho fechado na região lombar do(a) paciente de cima para baixo. Isso é feito com o paciente sentado e inclinado para frente.
Se na realização do procedimento o(a) paciente sentir dor aguda com pontadas, o sinal de Giordano é positivo e indica grande probabilidade de a dor ser proveniente de uma doença renal.
Outra maneira de identificar doenças renais é por meio dos exames de sangue e urina. A dosagem da creatinina no sangue permite calcular a taxa de filtração sanguínea dos rins.
Já o exame de urina analisa a densidade, o pH e a presença de elementos como glicose, proteínas e nitritos (que sinaliza a existência de bactérias) o que aponta para possíveis doenças renais.
Diversos fatores podem levar à dor nos rins, que pode ser percebida em diferentes situações. Confira a seguir algumas das possíveis causas:
A dor nos rins ao acordar pode acontecer devido à grande quantidade de urina acumulada na bexiga.
Como passamos muitas horas sem ingerir líquidos, a presença de água nessa urina é menor, tornando-a mais concentrada.
Ela tem o objetivo de eliminar os microrganismos acumulados. Por isso, demorar para ir ao banheiro faz com que esses microrganismos se proliferem, podendo levar a uma infecção urinária, que causa dor pélvica, nos rins e ardência ao urinar.
Os rins são essenciais para o funcionamento do organismo e, por isso, é importante ter cuidado durante a prática esportiva.
Quando muito intensas, algumas atividades podem afetar os rins, levando a complicações, sendo a mais grave delas a rabdomiólise.
Isso acontece quando há um dano muscular severo, que pode levar à liberação de conteúdo intramuscular para a corrente sanguínea.
Algumas dessas substâncias, como a mioglobina, quando liberadas, podem ser nocivas aos rins podendo até levar a uma insuficiência renal aguda.
A dor nos rins durante a gravidez costuma ser comum e pode ter diversas causas como alterações na coluna, devido ao esforço necessário para sustentar o peso da barriga, cálculo renal, infecção urinária e até cansaço muscular.
Entretanto, a principal causa é a infecção urinária, que pode surgir em qualquer fase da gravidez. Isso ocorre pois, com o aumento da circulação sanguínea, a produção de urina também aumenta fazendo com que ela se acumule na bexiga rapidamente.
O aumento do hormônio progesterona durante a gravidez pode provocar o relaxamento dos músculos da bexiga e das demais estruturas do sistema urinário, facilitando também o acúmulo de urina e o crescimento de bactérias.
Já a dor nos rins no final da gravidez pode ser um sinal de início do trabalho de parto, devido às contrações.
Nem sempre a dor está associada a alterações renais, mas nos casos em que há dor ao urinar, deve-se buscar orientação médica para identificar a causa do problema e evitar complicações.
Quando o quadro de dor nos rins apresenta também enjoo como sintoma, pode ser indício de infecção urinária que já afetou os rins.
Ela é chamada de pielonefrite e pode causar dor ou ardor ao urinar, desconforto abdominal, calafrios e febre acima de 38ºC, dor de um lado das costas, enjoo e vômitos.
Já os casos de pedras nos rins (cálculo renal), apresentam dor intensa que começa subitamente quando a pedra se move no trato urinário. A dor pode associar-se a sintomas como náuseas, vômitos e diarreia.
Dor é sempre um sinal de alerta. Ainda que ela possa ser leve e de curta duração, é sempre indicado investigar as possíveis causas.
A seguir, listamos quais os procedimentos a serem realizados em caso de dores nos rins:
Em casos de dor aguda na região lombar, cólica acompanhada de urina escura ou turva, dor ou ardor ao urinar, vontade constante de ir ao banheiro ou histórico familiar de pedras nos rins deve-se buscar ajuda médica.
A atenção deve ser dobrada sempre que o desconforto renal for muito forte a ponto de impedir a realização das atividades cotidianas, ou quando é frequente.
Também se recomenda realizar exames de rotina como o parcial de urina e a dosagem de creatinina regularmente e em caso da presença de qualquer sintoma citado, os exames devem ser feitos o quanto antes.
Em caso de infecção urinária recorrente, também é importante investigar. Quando não tratada corretamente, ela pode levar a um quadro de doença crônica com risco de perda das funções renais.
A especialidade médica que diagnostica e trata as doenças do sistema urinário, em especial do rim, é a nefrologia.
Esse(a) especialista solicita exames para diagnosticar as doenças renais medindo os níveis de creatinina, ureia, ácido úrico, sódio e potássio no sangue, assim como exames de imagem como ecografia dos rins e das vias urinárias.
Primeiramente, é importante procurar um(a) médico(a) clínico geral para que seja diagnosticado se a dor é mesmo nos rins.
Se ela for mesmo renal, pode haver o encaminhamento a um(a) nefrologista, que irá definir qual a melhor medicação para o tratamento.
Alguns remédios podem ser indicados para aliviar as dores e tratar infecções menos sérias como anti-inflamatórios, antiespasmódicos e analgésicos comuns. Confira a seguir algumas opções:
É importante sempre verificar as contraindicações do medicamento em casos como gestação, hipertensão, diabetes etc. Por isso não é recomendado ingerir qualquer medicamento sem orientação médica.
Além disso, há outras formas de aliviar as dores quando em menor intensidade, como chá de quebra-pedras ou chá misto de boldo, camomila e alecrim.
A Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) relaciona alguns hábitos que podem ajudar a prevenir os problemas renais e evitar as dores. Confira a seguir essas medidas:
As dores nos rins costumam ser muito agudas e causar grande desconforto. Por isso, é importante seguir as recomendações da Sociedade Brasileira de Nefrologia para prevenir complicações renais.
Caso apresente qualquer sintoma, recomenda-se que a pessoa orientação médica para diagnosticar o problema.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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