Ter um maior condicionamento físico, reduzir os riscos de lesões, melhorar a postura e diminuir as dores nas costas são benefícios atraentes, ainda mais somados a um gasto calórico de até 800 calorias por aula.
Esses são alguns dos objetivos buscados pelos praticantes de treino funcional, uma modalidade de exercício que se inspira nos movimentos naturais do corpo. No texto a seguir, descrevemos como funciona esse tipo de atividade. Boa leitura!
Índice — neste artigo você encontrará as seguintes informações:
O treino funcional é uma modalidade de exercício que se inspira nos movimentos funcionais das pessoas, como andar, agachar, puxar, empurrar, pular e correr. Tem como objetivo aprimorá-los para o dia a dia, trabalhando habilidades como flexibilidade, resistência, força, condicionamento e equilíbrio.
Ou seja, um treino funcional é aquele que considera as atividades cotidianas de cada pessoa.
Para quem passa a maior parte do dia na mesma posição, por exemplo, trabalhando em escritórios ou em linhas de produção, o treino deve ser pensado para proporcionar o fortalecimento dos músculos mais exigidos durante essas atividades.
Já um atleta que atua em esportes que realizam muitos saltos (como no vôlei e no basquete), skatistas ou surfistas, que precisam de equilíbrio, podem aprimorar a estabilização do corpo.
O principal diferencial dessa modalidade de trabalho muscular está no fato dela ter maior foco na qualidade dos movimentos, não apenas na intensidade para o ganho de massa muscular ou para a queima de calorias.
Ainda que os treinos deem ênfase para a região do tronco (quadril, lombar e abdômen), que é o centro de força do corpo humano, os exercícios visam trabalhar os músculos de forma geral, não sobrecarregando partes musculares, o que ajuda a reduzir o risco de lesões.
Com movimentos mais diversificados, que podem ou não ser feitos com o uso de acessórios, como cordas, barras, bolas ou pesos, o treino funcional é uma opção para quem está cansado de manter uma rotina apenas com exercícios de musculação ou aeróbicos na esteira.
Esse tipo de atividade pode ser feito em academias, ao ar livre ou até mesmo em casa. No entanto, o ideal é sempre ter o acompanhamento de um educador físico para realizar os movimentos adequadamente e evitar lesões.
Antes de iniciar as aulas de treino funcional, é importante que o aluno passe por uma avaliação física com um médico ou com um educador físico.
Geralmente, é realizada uma entrevista (anamnese), em que é perguntado sobre o uso de medicamentos, cirurgias, lesões, doenças anteriores, doenças na família e sobre hábito de fumar. Após avaliação e a liberação do educador físico, o aluno pode começar as aulas.
Elas duram em média 1 hora — mesmo para quem está começando — sendo a maioria dos exercícios feita com o uso do peso do corpo e alguns deles realizados com acessórios, como bola, plataformas para se equilibrar, trampolim, cordas e halteres.
Como há uma variedade grande de movimentos que podem ser realizados, as aulas são sempre variadas. É possível fazer diferentes combinações de atividades para não deixar nenhum treino igual ao outro, o que torna a modalidade mais dinâmica e interessante para quem não gosta de rotina.
É um exercício que pode ser realizado dentro de academias, em parques, praias ou quadras esportivas, sendo recomendado uma média de 3 vezes por semana.
As aulas são estruturadas a partir dos movimentos naturais do ser humano, tais como correr, puxar, agachar, girar, empurrar e pular. Através disso, desenvolve-se o equilíbrio, flexibilidade, força e condicionamento físico.
Para isso, o educador físico orienta os alunos para que realizem os exercícios funcionais, após estarem devidamente aquecidos e alongados.
As aulas, podem ser praticadas nas academias, em casa, em quadras abertas, em grupos ou individualmente. Saiba mais sobre a prática:
O aluno que pretende fazer o treino funcional em casa pode contar com videoaulas que orientam em relação aos exercícios montando uma série de movimentos ou com a ajuda de um educador físico particular.
Vale ressaltar que, se não houver a supervisão de um profissional, o cuidado e a atenção com a realização dos movimentos deve ser grande para evitar lesões.
Por ser a maioria dos exercícios feitos sem acessórios, o treino em casa não é muito prejudicado em relação ao feito nas academias.
Existem vários exercícios que podem ser feitos só com o peso do corpo e outros que podem ser adaptados com o que se tem em casa, como escada para estepes, cadeiras para agachamentos e usando as paredes para se apoios, por exemplo.
Também podem ser feitos polichinelos, corrida e diferentes tipos de abdominais.
O treino funcional, do modo como é feito, já é um recurso para quem quer perder peso, pois proporciona um gasto calórico alto em cada aula realizada.
Mas a dinâmica pode ser adaptada para queimar mais calorias. Com muitas repetições, movimentos mais acelerados, pouco peso e sem descanso entre os exercícios, 1 hora de treino funcional pode queimar até 800 calorias.
Se for realizado com frequência semanas de pelo menos 3 vezes, uma rotina alimentar equilibrada e hábitos saudáveis em geral, o emagrecimento é favorecido.
O treino funcional em circuito é feito a partir de um revezamento de exercícios em "estações". Cada estação possui um exercício específico, que pode ser feito com o uso de acessórios ou só com o próprio corpo.
Antes da aula começar, o instrutor deve separar os acessórios necessários e posicioná-los pela sala de acordo com a sequência em que devem ser realizados.
Para ser considerado um circuito funcional, essa sequência deve seguir uma lógica que estimule o aluno a realizar os movimentos funcionais com seu potencial máximo, mas sem provocar um desgaste excessivo ao final de cada estação.
Alguns exemplos de atividades feitas durante o treinamento funcional em circuito incluem agachamentos, polichinelos, exercícios com cordas, uso de trampolins, halteres e bolas.
O objetivo é descansar menos entre a troca de atividades, variando os movimentos e otimizando o gasto calórico.
O treinamento funcional é um exercício que proporciona maior qualidade de vida, condicionamento físico e mobilidade, tanto para pessoas sedentárias ou atletas de alta performance.
Além dos objetivos de movimentar o corpo, o treino pode ser feito como parte da reabilitação de pessoas que sofreram algum tipo de lesão (desde que recomendado pelo fisioterapeuta) ou para melhorar o rendimento em determinados movimentos.
Assim, equilíbrio, força, flexibilidade, resistência, agilidade e condicionamento podem ser otimizados ou desenvolvidos.
Como um exercício físico completo, o treino funcional acaba refletindo em diversos benefícios para o corpo. Confira os principais:
Em cada aula de 1h é possível perder até 800 calorias, o que é considerado um gasto alto. Por isso, para quem quer perder peso e deseja começar um treino de queima calórica significativa, essa é uma opção interessante.
Por ser adaptável, os exercícios podem variar constantemente, fazendo com que vários grupos musculares sejam trabalhados e o gasto calórico seja otimizado.
Mesmo não sendo um exercício físico que trabalha os músculos de maneira isolada, como na musculação, o treino funcional também promove definição muscular, definindo e tonificando sobretudo os glúteos, pernas e barriga.
Ainda que não haja foco no exercício de força, a intensidade e a repetição promovem grande trabalho das fibras musculares, fazendo com que elas sejam fortalecidas.
O core representa os músculos da região do tronco, como umbigo, lombar, região pélvica, quadril e abdominal. Quanto melhor for trabalhada essa região, melhor será para a proteção da coluna vertebral e sustentação do tronco.
É a partir do core que todos os movimentos de potência começam e, dessa forma, o fortalecimento desses músculos se torna indispensável, principalmente em atletas.
O treino funcional diminui os riscos de lesões e dores nas articulações por proporcionar maior preparo para realizar os movimentos do dia a dia corretamente, como carregar sacolas, caixas, agachar-se ou se levantar.
Nos atletas, ajuda a prevenir lesões por otimizar a performance durante os esportes, preparando-os para diferentes movimentos ao trabalhar músculos ou habilidades mais específicas.
Esses benefícios ocorrem justamente pelo fato do treino funcional trabalhar o fortalecimento da musculatura do core e por contar com exercícios que exigem maior equilíbrio. Além disso, ao estimular o hábito de contração dos músculos do abdômen e o alinhamento dos ombros, quadris e pescoço, estimula uma maior consciência corporal.
Assim, as pessoas que apresentam maior dificuldade em se manterem eretas ou que passam maior parte do dia sentadas ganham também uma melhora na postura. No entanto, esse deve ser um hábito criado, pois é comum que as pessoas relaxem um pouco e permaneçam com a coluna torta na maior parte do tempo. Por isso, se vigiar em relação à postura também deve ser um exercício diário e constante.
Leia mais: O que é Pilates, para que serve, benefícios, exercícios, emagrece?
A hipertrofia é o aumento da massa muscular, também chamada de massa magra. Em geral, ela consiste em exercícios de força e resistência muscular.
Ainda que o treinamento funcional não tenha tanto foco nas atividades de força e uso de pesos, a prática estimula as fibras musculares e dá mais resistência ao praticante.
Quem tem predisposição (ou seja, facilidade) em ganhar músculos, pode perceber resultados só com a prática da modalidade.
Mas, para quem precisa de mais esforço para aumentar a massa magra, encontra no treino funcional melhorias no condicionamento físico, fazendo com que a musculação seja beneficiada também.
Ou seja, com mais resistência física, aumentar os pesos no trabalho muscular fica bem mais fácil.
Dentro de um treino funcional há alguns exercícios específicos que ajudam a melhorar a coordenação motora, flexibilidade e equilíbrio, sendo um benefício importante para o dia a dia.
Isso se dá também pelo fortalecimento dos músculos do core, músculos centrais que ajudam a proporcionar equilíbrio.
Para pessoas idosas, o treino funcional é bastante vantajoso pois, ao melhorar o equilíbrio e coordenação, ajuda a reduzir o risco de lesões provocados em quedas.
O treino funcional pode ser uma opção mais atraente para quem não gosta de rotina e precisa de atividades mais dinâmicas para se sentir motivado, pois diferente da musculação, os movimentos são mais livres e variados.
De acordo com o professor e o perfil do aluno, os treinos podem variar tanto nos exercícios, quanto nos objetivos: mais velocidade, mais força ou mais ritmo, por exemplo.
As músicas podem auxiliar na diversão, ajudando a combinar movimentos e deixar cada aula mais divertida e interessante para quem não gosta de treinos monótonos.
Não só os músculos são beneficiados pelos exercícios funcionais, o sistema cardiorrespiratório também.
Durante os treinos, a velocidade dos exercícios e o tempo gasto em cada posição aumentam a frequência cardíaca e respiratória, tornando, a longo prazo, a pessoa mais resistente e com um condicionamento físico melhor.
Praticar atividades físicas, seja um treino funcional ou não, ajuda a aumentar a sensação de bem-estar, contribui para a redução de estresse e ansiedade.
Um dos motivos para isso acontecer é que durante a prática do exercício o organismo libera substâncias como a endorfina (neurotransmissor relacionado ao bem-estar), ajudando a reduzir tensões.
Por isso, além dos benefícios físicos, praticar o treino funcional pode se tornar uma atividade prazerosa, divertida e um momento para deixar o estresse do dia a dia de lado.
Os exercícios realizados no treino funcional são bem variados, mas bastante conhecidos por quem já pratica algum tipo de atividade física. Eles podem ser feitos com o uso de bolas, cordas, halteres, cones ou outros tipos de aparelhos, mas também apenas com o uso do peso do próprio corpo.
A seguir, listamos alguns dos principais exercícios do treino funcional que podem ser feitos sem o uso de aparelhos:
O agachamento é um exercício completo para trabalhar a musculatura das pernas, abdômen e glúteos, por exemplo.
É considerado um movimento funcional, pois o realizamos em diversos momentos ao longo do dia, no movimento de sentar, levantar e se agachar para pegar objetos, por exemplo.
Realizar agachamentos ajuda a melhorar a capacidade cardiorrespiratória, reduz problemas de coluna e auxilia na realização de tarefas diárias, assim, agachar, levantar e sentar se torna mais fácil.
A prancha isométrica é um exercício que usa apenas o peso do corpo e que estimula a contração dos músculos do core, promovendo maior proteção e sustentação da coluna vertebral.
É um exercício que ajuda a melhorar a postura, proporciona um aumento da força muscular, melhora o equilíbrio e flexibilidade.
Com a ponta dos pés e os braços flexionados (fazendo os cotovelos e antebraços de apoio) em contato com o solo, a pessoa deve erguer o tronco, mantendo todo o corpo alinhado.
É preciso prestar atenção na postura e não deixar o quadril acima ou muito abaixo da linha dos ombros, pois é comum que durante o esforço realizado para manter a postura correta as pessoas relaxem a região, deixando o bumbum empinado ou pendendo mais para o chão.
Para evitar esse erro, é importante não esquecer de contrair os glúteos.
O ideal é que cada elevação seja mantida por cerca de 10 segundos ou mais, podendo variar na quantidade de repetições de acordo com cada treino.
A ponte é um exercício que consiste, basicamente, na elevação do quadril. É um movimento que trabalha com maior intensidade os músculos do quadril, glúteos e lombar, promovendo maior consciência corporal, equilíbrio e fortalecimento dos músculos, sem sobrecarregar as articulações.
Nessa atividade, a pessoa permanece com o corpo apoiado no chão, joelhos flexionados e, a partir disso, realiza o movimento de elevar o quadril. Pode ser feito apenas com o peso do corpo (como na figura) ou com o uso de pesos adicionais.
Pode ser feito em repetições seguidas ou com pausas. Ou seja, ao erguer o quadril, a pessoa deve mantê-lo sustentado no ar, bem alinhado, por cerca de 10 segundos. Em seguida, retorna-se ao solo e se repete o movimento.
A quantidade de repetições varia conforme o treinamento, mas em geral fica entre 10 e 30.
Nessa atividade, a pessoa deve manter os braços esticados e apoiados no chão, mantendo o corpo ereto e contraindo o abdômen. Enquanto isso, deve dobrar, alternadamente e em movimentos rápidos, os joelhos, como se realmente estivesse escalando uma montanha.
É um movimento que exige maior fôlego, pois é preciso fazer esforço com os músculos das pernas, barriga e braços, além de trabalhar equilíbrio e o sistema cardiorrespiratório.
Podem ser realizadas, em média, entre 10 e 30 movimentos de cada perna em uma única série.
O burpee é um exercício bastante completo, que trabalha diversas habilidades físicas, tais como coordenação, força muscular, potência, respiração e resistência.
O movimento inicia com um agachamento e apoio das mãos no chão, jogando o corpo para trás (ficando em posição de prancha), seguindo com o retorno das pernas à posição de cócoras e se levantando com um salto. É um exercício feito, geralmente, em repetições.
Para que seja realizado corretamente, é fundamental ter o acompanhamento de um educador físico. Pelos movimentos serem complexos, é necessário um cuidado maior para evitar lesões.
Existem vários tipos de abdominais que podem ser realizados dentro de um treino funcional, sendo o abdominal bicicleta apenas um dos exemplos.
A variação exige a contração dos músculos do core, melhora a capacidade cardiorrespiratória, estimula maior consciência corporal e equilíbrio.
É feito com a elevação do tronco, como no abdominal comum, mas com a elevação alternada das pernas.
Em média, são realizados entre 15 e 30 elevações do tronco para cada perna.
Este exercício movimenta os músculos do glúteo, panturrilha e quadril, além de estimular a contração do abdômen e das costas para manter a postura ereta.
É feito com a elevação dos joelhos e movimento dos braços, sendo necessário dar atenção à postura, evitando deixar as costas curvadas.
Não há muito segredo, basta simular uma corrida, erguendo as pernas até os joelhos formarem um ângulo de 90º (altura dos quadris), mas sem sair do lugar.
Este movimento, que une o afundo (chamado de agachamento com avanço ou unilateral) com saltos alternados, é considerado um exercício funcional que trabalha potência e força, sendo os músculos mais exigidos os do quadril, glúteos e abdominal.
É uma atividade de nível mais avançado, por isso, pode não ser uma fácil para os iniciantes no treino funcional ou sedentários.
A execução consiste em colocar um pé na frente do outro (anteroposterior) e flexionar o joelho na frente em um ângulo de 90º, fazendo com que todo o eixo do corpo (quadril e tronco) desça.
O pé posicionado à frente deve estar totalmente apoiado no chão, enquanto o pé de trás deve manter o calcanhar elevado (apenas a ponta do pé toca o chão).
O treinamento funcional em circuito é a realização dos movimentos em sequência acelerada, sem pausas e combinados.
Durante o circuito, os exercícios propostos podem ser muito variados. Listamos alguns principais, lembrando que eles devem ser programados de modo conjunto e alternado:
Esse exercício movimenta os músculos estabilizadores do quadril, que dificilmente são movimentados no dia a dia, principalmente em pessoas que possuem uma rotina mais sedentária e que trabalham boa parte do dia sentados.
É feito com a mini band, um elástico pequeno e estreito em formato circular (como um bambolê), que deve ser posicionado ao redor das pernas.
O objetivo é limitar o movimento, fazendo com seja preciso empregar mais força e contração muscular para caminhar ou fazer passadas laterais.
É um acessório muito comum dentro das academias e permite uma série de movimentos que trabalham os músculos dos braços, pernas e quadril. Pode ser usado no circuito para agachamentos, elevação do quadril e flexão de cotovelo.
O jump é uma atividade aeróbica realizada em trampolins e pode ser incluído também no treino funcional de circuito. Os exercícios feitos no jump podem variar em intensidade e movimento, contribuindo para tonificação dos músculos, melhora da coordenação e equilíbrio, por exemplo.
Existem algumas opções de acessórios para adicionar ao treino funcional e tornar a atividade ainda mais dinâmica e com movimentos completos. Alguns exemplos dos acessório que podem incrementar os treinos são:
O treino funcional pode ser feito por qualquer pessoa que esteja com boas condições de saúde, de modo geral. Mas, antes de começar uma atividade, é importante buscar liberação médica e informar ao educador físico sobre a presença de algum problema de saúde ou restrição que possa agravar-se com a prática do exercício.
Fazer outros esportes ou atividades físicas não interfere na realização. Ou seja, seja um aluno sedentário ou esportista, o treino funcional é uma boa opção. A diferença consiste no condicionamento, pois que já realiza atividades, no geral, consegue acompanhar o ritmo com mais facilidade.
Para as pessoas sedentárias pode não parecer a melhor opção, no entanto, no início, a intensidade e o tempo do treino são reduzidos para se adequar ao aluno.
Para quem já conhece o crossfit, pode ter percebido até aqui várias semelhanças com o treino funcional, sendo até mesmo confuso entender qual a diferença entre as duas modalidades.
No entanto, existem algumas particularidades em cada modalidade que podem se adequar mais a cada objetivo e perfil de aluno.
Por exemplo, todo treino crossfit é funcional, mas nem todo treino funcional é um crossfit, porque para ser crossfit é preciso também ser constantemente variado e de alta intensidade.
O crossfit é, nesse sentido, uma modalidade que trabalha mais capacidades físicas do que o treino funcional, que são resistência cardiorrespiratória, resistência muscular, força, flexibilidade, potência, velocidade, agilidade, equilíbrio, precisão e coordenação.
Leia mais: Para que serve o Crossfit?
Apesar de serem encontradas também no reino funcional, não é uma regra e nem sempre estão todas presentes na aula.
Além disso, o crossfit é também uma marca. As academias para utilizarem esse nome precisam de uma licença e também que os profissionais de educação física façam um curso oferecido pela Crossfit inc.
Mas as diferenças não são apenas essas. Diferente do crossfit, praticado geralmente em grandes galpões (ou box), o treino funcional pode ser feito em academias convencionais, ao ar livre e até mesmo em casa.
Além do mais, o treino funcional normalmente é buscando por quem quer ter (ou manter) um corpo mais atlético e definido, sem tanto foco na hipertrofia (crescimento muscular). No público praticante de crossfit, no entanto, o ganho de massa magra é um dos objetivos recorrentes.
Se o treino funcional trabalha todos os músculos de uma forma mais completa, pode parecer que seja mais benéfico esse tipo de exercício em vez da musculação isolada, feita com aparelhos localizados. No entanto, quando falamos de atividades físicas e resultados é difícil elencar qual o melhor, pois cada pessoa possui necessidades diferentes.
Nesse caso, não existe uma resposta certa sobre qual é o melhor, pois tudo depende dos objetivos desejados.
Para quem quer ganhar massa muscular (hipertrofia), por exemplo, a musculação pode ser o mais recomendado, pois nela há um treinamento mais focado, com o trabalho de força acentuado.
Já no funcional, esse crescimento não é o principal objetivo. É mais recomendado para quem busca condicionamento físico e maior queima calórica.
Além disso, também é uma opção mais atraente para quem não gosta de rotina e deseja mais motivação. Além da variedade das aulas, músicas e circuitos, os alunos podem fazer aulas em grupos, o que pode ser mais motivador.
O treino funcional é uma atividade física que, quando feita de forma correta, proporciona um gasto calórico alto. É possível perder até 800 calorias durante uma aula completa. Por isso, aliado a uma alimentação saudável e equilibrada, ajuda no emagrecimento.
Como o treino funcional trabalha o corpo todo em movimentos associados e acelerados, promovendo a contração dos músculos de forma constante e integrada.
Além disso, quando o treino funcional é feito em formato de circuito, isto é, sem pausas para descanso entre um exercício e outro, o gasto energético se torna mais intenso, o que é diferente em atividades como a musculação, por exemplo.
Intercalando exercícios e velocidades de execução, cada aula pode ter uma intensidade ainda mais elevada, fazendo com que o metabolismo trabalhe de modo mais rápido. Ou seja, gaste mais calorias.
Mas, como dito, o treino funcional é uma atividade que ajuda no emagrecimento quando dentro de uma rotina de vida saudável. Fazer aulas intensas não adianta se não for associada à alimentação saudável e moderada.
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Sim, é possível trabalhar definição muscular no treino funcional, pois essa é uma modalidade que também melhora o tônus muscular, ajuda a reduzir percentual de gordura e aumentar a massa magra. Como resultado temos um corpo com maior definição.
Em, partes, sim. A hipertrofia é o aumento da quantidade de massa muscular no corpo, sendo gerada por exercícios feitos com peso. Em um treino de hipertrofia, o músculo sofre uma micro lesão nas fibras e, durante o repouso, passa por um processo de cicatrização, aumentando a síntese de proteína e aumentando o tamanho muscular.
Para isso, os movimentos precisam ter um foco maior em força e potência, normalmente feitos com algum peso extra — como halteres e fitas elásticas —, não só o do corpo.
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Nesse sentido, o treino funcional pode ajudar na hipertrofia, mas não é o objetivo principal do treino. Além disso, para o crescimento muscular ocorrer, outros fatores precisam ser considerados, como alimentação, predisposição genética, qualidade de sono e frequência dos treinos.
Uma aula de treino funcional com duração de 1 hora pode gerar um gasto calórico de até 800 calorias quando feito de forma adequada. No entanto, para iniciantes esse valor pode ser um pouco inferior, devido a falta de condicionamento e pouca experiência para executar todas as atividades da forma mais eficiente.
Antes do treino funcional é importante investir em alimentos energéticos, ricos em proteínas e carboidratos bons, pois ajudam a melhorar o desempenho durante os exercícios e evitam o processo de catabolismo (perda de massa muscular).
São boas opções alimentos a batata-doce, pães integrais, ovos, iogurte desnatado, frutas e frango grelhado. O ideal é sempre buscar orientação de um profissional em nutrição, que vai indicar uma dieta adequada a cada objetivo e necessidade.
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A frequência do treino funcional pode variar de acordo com o condicionamento físico e objetivo de cada pessoa. Em média, é recomendado de 3 a 5 vezes por semana, em aulas que variam de 50 minutos a 1 hora.
Depende. O tempo necessário para alcançar um corpo mais atlético ou para perder uns quilinhos a mais é muito relativo e depende de vários fatores, além do exercício físico em si. No caso do emagrecimento, é preciso avaliar a alimentação, hábitos e qualidade de vida, de modo geral.
Mas para melhorar o condicionamento e resistência física, bastam entre 2 e 4 semanas para os resultados começarem a aparecer. Nesse tempo, o fôlego, a coordenação e a capacidade de acompanhar a aula melhoram.
O treino funcional é uma modalidade de exercício pensada nos movimentos realizados no dia a dia, como agachar, levantar, puxar, correr e pular. Trabalhando os músculos de forma generalizada, proporciona diversos benefícios para a saúde.
Se você pratica a atividade ou tem interesse em começar, fique a vontade para deixar sua opinião sobre o tema em nosso espaço de comentários. Obrigada pela leitura!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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