A imunidade baixa é uma condição perfeita para que agentes infecciosos invadam o organismo e causem doenças, por isso, é de extrema importância adotar cuidados para que isso não ocorra.
Na sequência, o Minuto Saudável te explica porque a imunidade fica baixa, quais são os sintomas que essa condição causa e o que pode ser feito para reverter o quadro. Confira:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
- O que é imunidade baixa?
- Qual é a causa da imunidade baixa?
- Quais os sintomas da imunidade baixa?
- Como aumentar a imunidade?
- Alimentação: dicas para aumentar a imunidade
O que é imunidade baixa?
A imunidade baixa é um sinal de que o sistema imunológico (composto por um conjunto de células, tecidos e órgãos) não está funcionando adequadamente, ou seja, não está conseguindo proteger o organismo de possíveis infecções e doenças.
Devido a essa fragilidade, alguns problemas podem começar a afetar o corpo, tais como as infecções bacterianas e virais. Ou até mesmo condições como o reumatismo (conjunto de doenças que afetam os músculos, articulações e ossos), sendo essa uma forma do corpo “avisar” que há um déficit imunológico.
Quando isso ocorre, é necessário buscar por um(a) especialista em imunologia para que ele(a) possa prescrever uma terapia medicamentosa e/ou indicar hábitos que podem ser adotados para reverter o quadro e estabilizar novamente o funcionamento do sistema imunológico.
Qual é a causa da imunidade baixa?
A imunidade baixa pode ser causada por inúmeros fatores, visto que cada organismo se comporta de uma forma diferente em relação ao mecanismo de defesa. Por isso, é necessária uma avaliação médica para saber a verdadeira causa da queda da imunidade.
Mas na maioria dos casos a imunidade baixa se dá devido há maus hábitos diários, como:
- Não se alimentar corretamente — os alimentos são fontes de nutrientes como vitaminas, sais minerais, fibras, carboidratos, gorduras boas e proteínas, por isso, se a dieta não for equilibrada e contar com alimentos que fornecem esses componentes, há grandes chances da imunidade ficar baixa;
- Não se excitar — a prática regular de exercícios físicos ajuda a evitar o sedentarismo, uma condição que favorece o aumento de peso corporal e que, consequentemente, facilita a queda da imunidade e propicia o surgimento de inúmeras doenças;
- Consumo excessivo de substâncias tóxicas — ingerir diariamente itens como o álcool e produtos industrializados (com conservantes e corantes artificiais), por exemplo, afeta diversos órgãos e sistemas do corpo, dentre eles, o sistema imunológico;
- Fumar — o uso de tabaco contribui para que a resposta imune seja reduzida e, por consequência, pode ocorrer o desenvolvimento de infecções e doenças que prejudicam os pulmões e o sistema cardiovascular, ambos fundamentais para manter a saúde e qualidade de vida;
- Não tratar doenças corretamente — muitas pessoas não têm o hábito de buscar por um médico assim que notam a presença de sintomas leves de determinadas doenças, o que dá “brechas” para que a doença se agrave e afete o funcionamento do sistema imunológico, deixando o organismo suscetível a mais complicações.
Quais os sintomas da imunidade baixa?
Os sintomas que surgem em função da imunidade baixa não costumam ser muito graves ou atípicos, de forma que podem acabar não sendo associados a esse problema.
Portanto, para conseguir identificar os sinais, é necessário estar atento à frequência com que eles ocorrem, o que costuma ser bem maior quando se trata de imunidade baixa.
Sendo assim, os sintomas que podem surgir devido a danos no sistema imune, são:
- Febre e calafrios;
- Cansaço excessivo;
- Náuseas e vômitos;
- Desidratação;
- Diarreia;
- Manchas na pele;
- Queda de cabelo;
- Herpes.
Ao notar que o aparecimento desses sintomas é constante e que os sinais não estão associados a nenhuma outra condição, é preciso buscar por um(a) clínico(a) geral.
Ele(a) irá avaliar o quadro e determinar se os sintomas estão (ou não) associados a imunidade baixa. Caso estejam, o paciente pode ser encaminhado a um profissional imunologista para a prescrição do melhor tratamento.
Como aumentar a imunidade?
Para aumentar a imunidade podem ser feitas mudanças no estilo de vida, adotando hábitos mais saudáveis no dia a dia — como praticar atividade física, cuidar da saúde mental e ter uma alimentação equilibrada.
Dessa forma, vale procurar um especialista em imunologia, para que ele(a) faça orientações que se apliquem ao seu caso e que, consequentemente, possam aumentar a imunidade. Algumas dessas orientações podem ser:
Vitaminas e suplementos
Os diversos nutrientes que fornecemos ao organismo por meio da alimentação são de extrema importância para o funcionamento adequado de variados sistemas, incluindo o imunológico.
Por isso, quando a rotina alimentar não dá conta de suprir as necessidades do organismo, é preciso resolver o problema com o uso de vitaminas e suplementos que ajudem a completar a quantidade correta de cada nutriente e, consequentemente, evitar alterações metabólicas que afetam a imunidade.
Em geral, vitaminas e suplementos são fabricados com plantas, ervas, alimentos ou substâncias artificiais ricas em determinado nutriente. Para consumi-los, é recomendado procurar um(a) nutricionista, pois ele(a) irá determinar a dose exata para que não haja nem um déficit, nem um excesso do nutriente no corpo, já que ambas as situações são prejudiciais.
Dentre as opções de suplementos e vitaminas que podem ser indicados por um(a) especialista em nutrição estão as seguintes:
- Addera +Imunidade (suplemento);
- Centrum (multivitamínico);
- Lavitan Memória (multivitamínico e mineral);
- All 26 Geriatric FDC (polivitaminico);
- Ferro Nutramix (suplemento);
- Nutren Protein (suplemento).
Controle de doenças adjacentes
Pessoas que apresentam doenças crônicas (como diabetes, asma, câncer, depressão, AIDS) e fazem uso de medicamentos específicos para tratar e estabilizar a doença, devem ter atenção redobrada em relação à imunidade, visto que o organismo já está fragilizado e outras alterações podem agravar a situação e causar deficiência na resposta imunológica.
Sendo assim, é muito importante que, além de realizar o acompanhamento médico adequado para seu caso, o(a) paciente também tenha uma rotina baseada em práticas saudáveis.
O que inclui, por exemplo: tomar todas as vacinas indicadas, consumir alimentos nutritivos e se exercitar com frequência. Dessa forma, possibilitando manter a doença controlada e o sistema imune funcionando corretamente.
Exercícios físicos
Quando a pessoa se exercita, a frequência cardíaca consequentemente aumenta, fazendo com que as células de defesa iniciem um processo de deslocamento. Ou seja, saindo dos locais onde normalmente ficam agrupadas (pulmão, linfonodos, baço) e indo em direção a outros pontos do corpo.
Esse movimento ajuda a melhorar a resposta imune de tecidos e órgãos importantes para o bom funcionamento do organismo.
Portanto, a prática regular e moderada atividade física pode aumentar a resposta imunológica e ajudar no combate a agentes infecciosos — os quais podem desencadear diversas doenças e prejudicar diferentes sistemas do corpo humano.
Saúde mental
Cuidar da saúde mental também é importante para manter o sistema imunológico fortalecido, pois alterações emocionais e psíquicas (como estresse e ansiedade) impactam diretamente no eixo neurológico e hormonal, fundamentais para o pleno funcionamento do sistema imunológico.
Por isso, procurar atividades que auxiliem na redução do estresse e que proporcionem relaxamento e bem-estar no dia a dia é uma excelente alternativa para cuidar da imunidade.
Alimentação: dicas para aumentar a imunidade
Segundo a Associação Brasileira de Nutrologia, a alimentação é uma das melhores formas de manter a imunidade alta, pois é a partir dela que ingerimos nutrientes considerados imunomoduladores, ou seja, que atuam diretamente no sistema imunológico e favorecem seu funcionamento.
Para ter uma rotina alimentar equilibrada e que contenha uma quantidade suficiente de alimentos imunomoduladores, o ideal é buscar um(a) nutricionista. Assim, ele(a) pode lhe orientar e auxiliar a montar um cardápio diário rico em alimentos benéficos para a imunidade.
Ainda, outras dicas de alimentação que podem ser recomendadas por esse(a) profissional, são:
Hidratação
Beber cerca de 2L de água por dia é uma das melhores atitudes para aumentar a imunidade, visto que ela é predominante em nosso corpo, fazendo parte da composição de células, tecidos e órgãos.
Além disso, sem água no organismo, o sangue tem sua consistência reduzida, o que acaba prejudicando o transporte de oxigênio e nutrientes para todas as regiões do organismo. O que pode impactar na ação de nossas células de defesa (glóbulos brancos).
Sendo assim, uma boa dica é lembrar de manter uma garrafa de água sempre por perto para beber ao longo dia. Com isso, pode-se evitar a desidratação e prevenir o surgimento de doenças que afetem o sistema imunológico.
Frutas cítricas
A vitamina C (ácido ascórbico) é uma das vitaminas mais benéficas para manter a imunidade alta, visto que ela faz parte da formação dos glóbulos brancos, células que participam do sistema imunológico e que combatem agentes estranhos que podem prejudicar o corpo.
Com isso, há a ampliação na quantidade de anticorpos no organismo, que são fundamentais para combater bactérias, vírus, fungos e outros grupos de parasitas que danificam alguma estrutura celular.
Portanto, as frutas cítricas como, laranja, limão, kiwi e morango são ótimas para aumentar a imunidade (já que são ricas em vitamina C). A tabela a seguir mostra quais frutas cítricas contêm maior quantidade desta vitamina, veja:
Fruta | Vitamina C (em 100g) |
Acerola | 1046mg |
Kiwi | 72mg |
Laranja | 57mg |
Limão | 56mg |
Morango | 47mg |
Abacaxi | 47,8mg |
Maracujá | 30mg |
Tangerina | 32mg |
Vale destacar, que além de fortalecer a imunidade, a vitamina C também promove benefícios à pele, que fica mais saudável e iluminada com a atuação desse composto.
Temperos
Utilizar temperos como o alho, açafrão, pó de gengibre e pimenta-do-reino para preparar refeições no dia a dia é uma excelente opção para prevenir doenças que promovem a queda da imunidade, visto que esses temperos são ricos em substâncias antioxidantes e anti inflamatórias.
Ademais, temperos são fontes de vitaminas e minerais, importantes para a execução de variadas atividades metabólicas e, por consequência, para o bom funcionamento do organismo.
Por isso, incluir temperos na rotina alimentar é uma prática que melhora a saúde e o bem-estar.
Hortaliças verdes
As hortaliças verdes escuras são uma grande fonte de fibras e auxiliam o processo de digestão. São também ricas em vitaminas (A, C, E, K) e minerais (zinco e selênio) com ação antioxidante, que ajudam na proteção das células saudáveis do organismo.
Por isso, acrescentar couve, agrião, espinafre, rúcula, entre outros alimentos verdes na dieta, além de colorir o prato, vai fornecer nutrientes que podem fortalecer a imunidade e ajudar na prevenção de doenças que afetem o seu desempenho.
Oleaginosas
Pertencem a esse grupo alimentar as nozes, castanhas (caju e do pará), pistache, avelã, amêndoas, macadâmia e pinhão, por exemplo.
As oleaginosas, além de muito saudáveis, são fonte de nutrientes como ômega 3, vitamina E, selênio, cálcio, ferro, fósforo, magnésio e potássio — que são essenciais na dieta de quem deseja aumentar a imunidade.
Além disso, são ricas em substâncias com ação antioxidante, que ajudam a combater os danos causados por radicais livres às células.
Chá
Os chás são excelentes opções para aumentar a imunidade durante as estações mais frias do ano, isso porque são feitos a partir da extração de plantas e ervas que têm propriedades anti-inflamatórias, analgésicas e que combatem infecções que podem prejudicar o sistema de defesa do organismo.
Dentre as melhores opções, estão as seguintes:
Apesar dos inúmeros benefícios, consumir chá de maneira exagerada pode prejudicar o organismo. Por isso, procure sempre beber com moderação.
Alertamos que pessoas que estão fazendo tratamento medicamentoso ou mulheres grávidas devem ter maior cautela ao ingerir chás, pois bebidas à base de plantas e ervas podem causar interferência no tratamento, ou comprometer a saúde da grávida e/ou do bebê.
Sendo assim, nessas circunstâncias, é recomendado consultar o(a) médico(a) e se certificar que o chá não será prejudicial.
Sucos
Preparar sucos naturais que combinam frutas, legumes e verduras fontes de vitaminas (C, E e A) e sais minerais (zinco e selênio) é uma forma de se refrescar e proteger a saúde imunológica.
Uma das melhores receitas é a de suco verde, uma opção que mistura diversas folhas e legumes verdes como couve, espinafre, agrião e pepino, com frutas como laranja, maçã, limão e abacaxi.
Esse suco é rico em propriedades que aceleram o metabolismo e combatem radicais livres que comprometem o funcionamento do sistema imunológico, sendo assim, é uma ótima maneira de cuidar da imunidade.
Cuidar da imunidade é sempre muito importante e uma forma de fazer isso é por adotar práticas saudáveis no seu dia a dia.
Com isso, ajudando o corpo a manter uma resposta imunológica eficiente frente aos agentes infecciosos que podem colocar sua saúde em risco..
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Fontes consultadas
- Cartilha de Orientações Nutricionais Para Aumentar a Imunidade — Associação Brasileira de Nutrologia;
- O fino equilíbrio entre nutrição e imunidade — Sociedade Brasileira de Imunologia;
- 16 alimentos superpoderosos para aumentar a imunidade — Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia;
- Saiba como usar a vitamina C a favor da imunidade — Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina;
- Imunidade e Saúde mental — Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo;
- Nutrição, Imunidade e Diabetes em Tempos de Coronavírus — Sociedade Brasileira de Diabetes;
- Coronavírus: os quatro pilares para manter a imunidade em dia — Folha de São Paulo.