A vitamina D tem como principal função melhorar a absorção de cálcio e fósforo que ocorre no intestino e nos ossos. Além disso, estudos apresentam seu envolvimento com outros processos vitais, como a reprodução celular, secreção de hormônios e a atuação no sistema imunológico.
Médicos e pesquisadores têm demonstrado bastante interesse em estudos sobre a ação da vitamina D. Não há resultados conclusivos sobre todas as interdependências do pré-hormônio e outras doenças.
No entanto, diversas patologias e condições podem estar direta ou indiretamente associadas aos níveis vitamínicos, especialmente com relação a falta de vitamina D. Em geral, as pesquisas identificam a prevalência da hipovitaminose (baixa concentração de vitamina) D, que pode acarretar ou piorar os quadros patológicos.
Há também indícios de que essas doenças são prevenidas ou apresentam melhoras no tratamento quando se alia a suplementação da vitamina D, que pode ser indicada por um médico após a análise de exames de sangue.
Conheça as condições e doenças associadas:
Estudos recentes apontam a correlação entre a falta de vitamina D e a vulnerabilidade à depressão. Pacientes com histórico da doença psicológica demonstraram ainda mais riscos de recaídas.
O UT Southwestern Medical Center (escola de medicina do Texas), nos EUA, acompanhou cerca de 12 mil pacientes, entre 2006 e 2010, e constatou que houve maior incidência de depressão naqueles que apresentavam índices mais baixos de vitamina D.
Por isso, manter a suficiência vitamínica pode reduzir os riscos à depressão, além de auxiliar em melhores respostas às terapias e medicamentos.
Há indícios que níveis baixos de vitamina D podem causar cansaço e fadiga crônica. Pesquisas apontam que os sintomas são mais presentes em quem ingere menos vitamina, mesmo que não haja deficiência da substância.
A carência de vitamina D em gestantes pode estar associada a desvios no desenvolvimento cerebral do bebê, acarretando na síndrome do espectro autista.
Estudos apontam que a maioria dos diagnosticados com autismo apresentam hipovitaminose D. Em 75% dos casos estudados, houve melhoras no aprendizado e desenvolvimento do autista ao regular os níveis vitamínicos através da suplementação e maior exposição solar.
Devido ao estímulo da síntese de peptídeos e antimicrobiais, níveis baixos de vitamina D favorecem infecções e inflamações pela baixa na imunidade.
Em um estudo publicado na Annals of the New York Academy of Sciences (revista científica da Academia de Ciências de Nova York), sugere-se que a vitamina ainda pode atuar como agente anti-infeccioso, reduzindo a incidência de infecções do trato urinário, gripe, dengue, hepatites B e C e doenças nas vias respiratórias. Pode ainda reduzir a utilização de antibióticos.
Pesquisadores do British Medical Journal (publicação periódica do Reino Unido) avaliaram pacientes de todas as faixas etárias que faziam suplementação vitamínica. Os resultados apontam que houve melhorias imunológicas, diminuindo os casos de infecções agudas do trato respiratório.
Para quem inicia tratamento com antibiótico, a resposta do organismo é geralmente mais rápida, evitando adaptação ou resistência ao medicamento.
Na ausência do nutriente, pode haver uma queda de 30% da absorção do cálcio ingerido. Isso acarreta no enfraquecimento ósseo e eleva as chances de osteoporose.
Nesse caso, quedas ou fraturas podem ser agravadas pela carência da vitamina D, pois a recuperação é mais lenta. Além disso, a hipovitaminose pode estar associada aos altos índices de dor óssea, sobretudo na região lombar.
Isso ocorre porque a falta de vitamina D ocasiona a mineração inadequada de substâncias pelo osso. Significando que há um desequilíbrio da absorção e liberação de cálcio pelo tecido.
Para restabelecer os valores, o organismo eleva a reabsorção óssea de substâncias, com a finalidade de liberar mais cálcio para o sangue.
Com a redução cálcica nos ossos, os índices de fratura, esfarelamento ou fragilização da massa óssea são aumentados.
Algumas pesquisas apontam que a vitamina D pode afetar a resposta da insulina à glicose. A forma ativa da vitamina atua diretamente na ação insulínica. A vitamina D, ao agir na regulação do cálcio, estimula a expressão do hormônio insulina.
Quando os níveis de cálcio estão reduzidos, prejudicam a ligação dos receptores de insulina, fazendo com que os níveis de glicose sejam afetados.
Portanto, há indícios que quanto maior a carência da vitamina D, maiores os riscos do paciente desenvolver diabetes tipo 2.
Como a vitamina D atua na absorção de cálcio, todos os órgãos e tecidos que interagem com o mineral são afetados.
Apesar da queda de cabelos ser uma condição causada por inúmeras desregulações ou doenças, há indícios que a falta de vitamina D está relacionada com algumas delas.
A alopecia areata é uma doença autoimune em que há enfraquecimento ósseo e severa perda de cabelo, que apresenta baixa síntese de nutrientes.
Além disso, o cálcio promove a síntese de queratina, substância que impacta na saúde dos cabelos e das unhas. Assim, indiretamente, os níveis adequados de vitamina D reduzem a queda dos fios, fortalecem as unhas e melhoram a aparência dos tecidos.
Estudos sugerem que a vitamina D pode atuar no sistema imunológico e na prevenção de doenças autoimunes, como esclerose múltipla, diabetes tipo 1, artrite reumatoide e doença inflamatória intestinal.
Ainda que não seja conclusivo, pode haver relação entre baixos níveis de vitamina D e a diabetes tipo 1 (insulino dependente). Também é possível que o desenvolvimento da diabetes 1 seja prevenida com a normalização dos níveis vitamínicos.
Apesar da suplementação com a vitamina D não substituir o tratamento primário, nem ser um consenso entre a comunidade médica, manter os níveis adequados do nutriente pode auxiliar no controle e prevenção de doenças autoimunes em geral.
Alguns casos apontam que a deficiência de vitamina D pode estar associada com o desenvolvimento de câncer. Entre os tipos mais relacionados à carência vitamínica, os de mama, colorretal, de ovário, próstata e melanoma se mostram bastante frequentes em estudos já realizados.
Isso pode ocorrer pois a hipovitaminose incide na desregulação celular, fazendo com que células se proliferem descontroladamente.
As pesquisas apontam que, quando há o diagnóstico de câncer, o metabolismo da vitamina D pode estar diretamente relacionado com a prevenção de angiogênese (quando novos vasos sanguíneos são criados, alastrando a doença). Por isso, a ingestão adequada do nutriente pode retardar a evolução da doença, inclusive, impedindo a progressão para o câncer maligno.
Muitos estudos sugerem a relação entre a obesidade e os baixos níveis de vitamina D. Quando há redução da gordura corporal, os níveis de síntese vitamínica tendem a melhorar, mesmo sem a alteração alimentar ou da exposição ao sol. Ou seja, a perda de peso traria melhoras diretas à síntese do pré-hormônio.
Como a vitamina D melhora as condições imunológicas, a carência pode favorecer a rejeição embrionária, ocasionando o aborto, que tem maior incidência no primeiro trimestre.
A pré-eclâmpsia (hipertensão durante a gravidez) e diabetes gestacional podem estar relacionados com os níveis de vitamina D, pois há uma interação da substância com a produção de renina (que interage com as funções cardíacas) e a atuação da insulina (que regula a glicemia).
Os riscos de infecções e mau desenvolvimento do bebê são reduzidos. A baixa síntese de vitamina D da gestante pode favorecer o autismo e os problemas respiratórios na criança.
Além disso, para quem ainda está planejando engravidar, manter o níveis vitamínicos adequados favorece a fertilidade, agindo na ovulação.
Associar uma alimentação equilibrada, exposição ao sol (sempre com proteção solar) e suplementos de vitamina D, caso sejam indicados por um especialista, são medidas que auxiliam na prevenção das doenças citadas.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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