Saúde

Doença Inflamatória Pélvica (DIP): saiba o que causa e como prevenir

Publicado em: 05/07/2023Última atualização: 05/07/2023
Publicado em: 05/07/2023Última atualização: 05/07/2023
Mulher deitada com feição de dor na região abdominalA Doença Inflamatória Pélvica é uma inflamação na região pélvica que afeta os órgãos sexuais internos.
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A Doença Inflamatória Pélvica (DIP), como o próprio nome diz, é uma inflamação que ocorre na região pélvica, afetando principalmente os órgãos sexuais internos, como útero, trompas e ovários.

Sua ocorrência é maior em mulheres de 15 a 35 anos e sexualmente ativas, principalmente com múltiplos parceiros e que não fazem uso de preservativos. A DIP não é comum antes da primeira menstruação, após a menopausa e durante a gestação.

Segundo a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID-10), os códigos que se referem às doenças inflamatórias dos órgãos pélvicos femininos vão do N70 ao N77.

Inflamação é um termo abrangente, pois pode ocorrer em decorrência de uma grande quantidade de doenças infecciosas, por isso, o CID específico pode variar conforme o diagnóstico da causa da inflamação.

É de suma importância procurar auxílio médico desde o aparecimento dos primeiros sintomas, para um diagnóstico correto e tratamento específico.

Para saber mais sobre a Doença Inflamatória Pélvica continue a leitura! A seguir, falaremos sobre os diversos aspectos da doença, como causa, sintomas e tratamento.

Índice - Neste artigo, você encontrará:

  1. O que causa?
  2. Quais os sintomas da doença pélvica inflamatória?
  3. Quanto tempo leva para os sintomas de DIP se manifestarem?
  4. Como é feito o diagnóstico?
  5. Doença inflamatória pélvica tem cura?
  6. Tratamento 
  7. Complicações
  8. Prevenção

O que causa?

Para entender melhor como a DIP ocorre, é importante saber o que exatamente é uma inflamação. O processo inflamatório se inicia como uma resposta do organismo a alguma alergia ou irritação na mucosa, lesão, como curetagem, ou a presença de algum microrganismo infeccioso, como acontece na cervicite.

Umas das principais causas da Doença Inflamatória Pélvica são as IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como clamídia gonorreia, principalmente se não forem tratadas. A DIP é comumente causada pelas bactérias Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis e Mycoplasma genitalium.

Outra possível causa é a vaginose bacteriana, que diferente das IST’s, não surge pela presença de agentes infecciosos estranhos, ou seja, na vaginose as bactérias causadoras são habitantes naturais da flora vaginal e se proliferam de forma anormal devido à um desequilíbrio no organismo.

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Quais os sintomas da doença pélvica inflamatória?

Os sintomas da DIP podem variar conforme a doença causadora dessa condição e quão evoluída a condição está, ou seja, quanto mais tempo sem tratamento, piores podem ser.

Dentre os sintomas mais comuns da Doença Inflamatória Pélvica, podemos citar:

  • Dor leve a moderada na parte de baixo do abdômen, nas costas ou mais intensa em um lado da barriga;
  • Corrimento vaginal que pode ou não ter mau odor e cor amarelo-esverdeada;
  • Sangramento vaginal;
  • Febre;
  • Fadigacansaço;
  • Náuseas e vômito.

A dor pode aparecer ao urinar ou durante a relação sexual. Contudo, é possível que os sintomas sejam leves ou sequer sejam sentidos. Por isso, é importante fazer acompanhamento ginecológico regularmente.

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Quanto tempo leva para os sintomas de DIP se manifestarem?

Normalmente, os primeiros sintomas da DIP aparecem poucos dias após o início do processo inflamatório, podendo perdurar por até cerca de 3 dias após o começo do tratamento.

É importante destacar que esse tempo pode variar de acordo com cada organismo. Além disso, o microrganismo infectante também pode ser fator determinante para o aparecimento dos sintomas.

Imagem da cintura de uma mulher, de calcinha branca, segurando uma flor na frente da região intima.
Também há casos em que os sintomas podem ser leves ou inexistentes, por isso é de suma importância manter visitas regulares ao ginecologista.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de uma doença inicia-se sempre na anamnese, que é uma avaliação do histórico médico prévio da paciente. Nessa conversa, também há o relato dos sintomas.

Com base nessas informações, o(a) médico(a) irá solicitar os exames necessários para a confirmação ou exclusão da doença.

Qual exame detecta doença inflamatória pélvica?

Não há um exame específico que detecte a Doença Inflamatória Pélvica, no entanto, alguns exames podem auxiliar no diagnóstico, permitindo verificar a existência de uma infecção ou processo inflamatório.

Alguns testes, como os laboratoriais de sangue e urina, podem ser feitos, assim como a análise de uma amostra do corrimento vaginal. Exames de imagem também podem ser solicitados, como ultrassonografia, laparoscopia e biópsia endometrial.

Leia mais: Endometrite: saiba o que causa, sintomas e tratamentos

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Doença inflamatória pélvica tem cura?

Sim, a Doença Inflamatória Pélvica tem cura. No entanto, para assegurar uma cura rápida, eficiente e livre de complicações, é necessário seguir as orientações médicas e fazer o tratamento corretamente.

Um diagnóstico precoce também facilita o tratamento e o processo de cura, por isso é essencial fazer um acompanhamento ginecológico periódico e procurar auxílio médico assim que surgirem os primeiros sintomas.

Vale destacar que apesar de a DIP poder ser curada, algumas de suas complicações podem ser irreversíveis.

Tratamento

O tratamento para a DIP é medicamentoso, feito com o uso de antibióticos administrados por via oral ou intramuscular. Também podem ser receitados anti-inflamatóriosanalgésicos e antitérmicos, para auxiliar no alívio de sintomas relacionados, como a dor e a febre.

O tratamento exige, ainda, repouso, abstenção sexual até a cura e, se necessário, esses cuidados podem se estender para o parceiro.

Além disso, em casos graves da doença, especialmente em decorrência da resistência da doença ao tratamento inicial, pode haver internamento e intervenção medicamentosa via intravenosa.

Complicações

A Doença Inflamatória Pélvica pode causar sérias complicações de saúde. Veja a seguir alguns exemplos:

  • Propagação da infecção para outras partes do sistema reprodutor;
  • Bloqueio das trompas;
  • Infertilidade;
  • Reincidência da DIP;
  • Maior risco de gravidez ectópica;
  • Dor pélvica crônica;
  • Abscessos;
  • Síndrome de Fitz-Hugh−Curtis;
  • Peritonite.

As complicações são mais comuns em casos graves da doença, quando há demora para o diagnóstico ou quando a condição não é tratada.

Prevenção

A melhor forma de evitar a Doença Inflamatória Pélvica é prevenir as infecções que a causam. Como a maior parte dos casos tem origem em uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível), o uso de preservativo em todas as relações sexuais é indispensável.

Seguir corretamente o tratamento orientado para a infecção também é de extrema importância para evitar a ocorrência da DIP. Essa observação vale para a paciente e o(s) parceiros sexuais.

Além disso, frequentar um(a) médico(a) ginecologista e realizar o papanicolau dentro do intervalo estabelecido pode diagnosticar doenças de forma precoce e prevenir o desenvolvimento da DIP.


Caso perceba sintomas, procure imediatamente um(a) ginecologista, especialidade médica ideal para diagnosticar e orientar o tratamento mais adequado para cada caso.

O uso de preservativos é a melhor forma de prevenir doenças e complicações indesejadas. Faça sexo seguro e cuide da sua saúde!

Para saber mais sobre conteúdos de saúde, beleza e bem-estar, continue acompanhando os artigos do portal do Minuto Saudável e nossas redes sociais.


Imagem do profissional Rafaela Sarturi Sitiniki
Este artigo foi escrito por:

Rafaela Sarturi Sitiniki

CRF/PR: 37364Farmacêutica generalista graduada pela Faculdade ParananseLeia mais artigos de Rafaela
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