Sempre quando falamos de doenças, apresentamos os sintomas que podem indicar que o corpo está com aquela enfermidade.
A febre é um desses sintomas que são comuns a muitas doenças. Ela nada mais é, do que um aumento da temperatura corporal (em termos médicos, ela chamada de pirexia).
Ao deparar-se com esse sinal, é comum que surja uma pergunta: afinal de contas, a partir de quantos graus é considerado febre?
Se a sua curiosidade para esse assunto está forte, então vamos logo ao texto:
É considerado febre quando a temperatura do corpo atinge mais que 37,6ºC, sendo que a temperatura corporal abaixo desse valor é considerada normal.
Acima de 39,6ºC é considerado estágio de febre alta ou estágio febril. Nesses casos, é comum que a pessoa tenha delírios ou perca a consciência.
Se o número do termômetro indicar mais de 41°C, a pessoa está com hipertermia. Quando isso acontece, o organismo entra em colapso e há grandes chances de morte ou sequelas graves.
Essa relação com os valores pode ser um pouco complicada, por isso a imagem abaixo ajuda a compreender melhor:
É importante lembrar que a febre não é uma doença e sim, uma forma de combater algo que está prejudicando o organismo.
Assim, ela não é necessariamente uma coisa ruim. Nos casos de infecções, por exemplo, ela funciona como um mecanismo de defesa do organismo, ajudando-o a se livrar do agente infeccioso.
Também vale ressaltar que o valor da temperatura ideal pode ser alterado conforme o momento do dia.
Por exemplo, pela manhã é comum que a temperatura esteja um pouquinho mais baixa. Durante esse período do dia, as temperaturas maiores que 37,2º C já requerem atenção.
Já ao anoitecer, a temperatura corporal normalmente tende a estar mais elevada e, por isso, nessas condições os números do termômetro devem ser preocupantes somente se ultrapassarem 37,7°C.
A temperatura do nosso corpo é controlada pelo hipotálamo, uma parte do cérebro que ajusta a temperatura dos órgãos internos.
O equilíbrio acontece da temperatura acontece por meio da perda de calor (entre o contato da pele e o ambiente externo) ou então da produção de calor pelo metabolismo interno.
O estado febril é como se fosse uma “pré-febre”. A sua principal característica é a temperatura corporal: entre 37,3°C e 37,7ºC.
Mas o que isso significa na prática?
Bom, quando a pessoa apresenta essa temperatura, é como se acendesse uma luzinha de alerta no organismo.
A partir desse momento, é importante estar monitorando a temperatura corporal com frequência. Pode-se também fazer compressas mornas ou ingerir água, numa tentativa de baixar os números no termômetro.
Tenha em mente que algo precisou acontecer para que a temperatura subisse. A questão é tentar descobrir qual foi esse fator.
Se o corpo estiver aumentando a temperatura para combater um agente infeccioso, a pessoa pode apresentar sintomas como dores de cabeça, tosse e coriza.
Mas existem outras questões que podem elevar a temperatura para o estado febril e são bem comuns, como a ovulação feminina ou a movimentação corporal durante um exercício físico.
Mas uma dica para tentar descobrir se é grave ou não é observar se esse estado febril é passageiro ou não.
A maneira mais segura de medir a temperatura interna do organismo é com a ajuda de um termômetro que pode ser de mercúrio ou digital. Para isso, basta colocar a ponta desse objeto debaixo da axila (temperatura axilar), que é a maneira mais comum sobretudo se feita em casa.
Mas, algumas vezes, não se consegue determinar um valor exato da temperatura axilar. Nesses casos, também é possível medir a temperatura retal, introduzindo delicadamente o termômetro no ânus — geralmente feita em hospitais.
Até mesmo o termômetro introduzido na boca, se usado corretamente, pode medir a temperatura interna do corpo.
Porém, a temperatura bucal é uma prática pouco recomendada uma vez que a saliva presente na boca pode acabar diminuindo os graus indicados no termômetro.
Como se trata de partes diferentes do corpo, essas temperaturas também apresentam valores diferentes para o que é considerado ou não febre.
Dessa forma, considera-se febre quando a:
De maneira geral, a febre deve ser preocupante se for acompanhada de outros sintomas como dor de cabeça, dor de garganta, vômitos, dificuldades para respirar, confusão mental, sensibilidade à luz (fotofobia) ou aos sons e tremores. Nesses casos, o ideal é sempre buscar orientações médicas.
Outro sinal que indica que a febre pode ser uma complicação é o tempo que ela perdura, mesmo que se faça compressas ou use medicamentos.
Em geral, após adotar alguma medida para baixar a febre, o ideal é esperar entre 30 e 40 minutos para medir a temperatura novamente.
Se a pessoa passar horas com a temperatura alta, sem diminuir ao longo do período, é melhor ir para o hospital.
Além do tempo, também é importante monitorar a temperatura: febre alta (acima de 39,6ºC) requer supervisão médica imediatamente, independente das outras circunstâncias.
Bom, a febre é causada pelo próprio organismo. Quando o corpo está sendo ameaçado (por um vírus ou bactéria, por exemplo) ele aumenta a temperatura numa tentativa de eliminar esse agente infeccioso e assim se manter vivo.
Agora que isso foi esclarecido, vamos aos fatores que podem provocar essa reação no organismo:
A febre alta é bastante perigosa principalmente porque ela pode causar confusões mentais, falta de ar, sangramentos e alterações dos sinais vitais (aceleração do coração, por exemplo). Em casos mais extremos, a temperatura acima de 39,6ºC pode induzir estado de coma.
Desmaios, pulso fraco e suores excessivos, provocando desidratação são outros perigos que a febre alta pode trazer.
Além desses, também é possível que a febre alta cause um estágio conhecido como convulsão febril.
As principais caracterizada dessa convulsão generalizada são perda de consciência, tremedeiras em braços e pernas dos 2 lados do corpo, virada dos olhos para cima, salivação excessiva e dificuldades respiratórias.
Em grande parte dos casos, ela não causa grandes danos e tem duração curta, que varia entre 10 e 15 minutos.
As crianças até 5 anos são o grupo mais propenso a ser atingido pela convulsão febril.
Infelizmente sim. A febre em si não mata, mas ela pode provocar convulsões e ataques cardíacos porque o corpo entrou em pane, como se estivesse "cozinhando" por dentro.
Nesse estágio, geralmente a pessoa não está mais consciente ou lúcida. É normal que haja momentos de delírios e demaio.
A partir de 40ºC, provavelmente a pessoa também estará desidratada, já que haverá eliminado toda a água do corpo por meio do suor.
A temperatura máxima que uma pessoa pode atingir sem danos à saúde é 42ºC. Depois disso, não há garantias que ela continuará viva, uma vez que os seus órgãos, células e tecidos estarão prejudicados com o excesso de calor.
Bom, o corpo dos bebês não é tão diferente dos adultos. Assim, a temperatura adequada para um também o é para outro. Por isso, pode-se dizer que bebês com mais de 37,5ºC estão com febre. A diferença entre os nenéns e os adultos é a forma de cuidado durante a situação.
Os bebês são mais sensíveis. Por isso se a criança com menos de 3 meses tiver temperatura superior a 38ºC deve ser avaliada por um(a) pediatra.
É importante dizer que no primeiro ano de vida, é comum que a temperatura do bebê varie bastante.
Isso, porque o hipotálamo (parte do cérebro que controla a temperatura) ainda não está bem desenvolvida nos pequenos.
Assim, se o bebê estiver com bastantes cobertas, é normal que sua temperatura corporal aumente rapidamente.
Mas então como saber quando é realmente febre?
Uma dica é medir a temperatura da criança após um banho com água morna. Isso tende a ajudar a regularizar os números no termômetro.
Observe também se há sinais de irritação (choro e indisposição). Se o neném estiver incomodado e a temperatura estiver subindo, vá para o hospital buscar auxílio.
Uma das formas mais eficazes de baixar a febre é tomando remédios anti-térmicos que devem ser receitados por um(a) médico(a) conforme cada caso. Esses fármacos ajudam a reduzir a temperatura do corpo, mas só devem ser tomados com orientação médica, pois podem causar reações adversas ou mesmo mascarar o problema — o que dificulta e atrasa o diagnóstico correto.
Outras dicas incluem as compressas frias no tronco e nos membros, colocar uma toalha úmida na testa ou tomar um banho com água morna.
Por fim, repousar e consumir bastante água são orientações que podem ser seguidas quando a temperatura do corpo está alta, pois ajudam a recuperar do organismo.
A febre é um sintoma de que algo está errado no organismo e por isso requer cuidados e orientação médica.
Quando a temperatura é muito elevada, a pessoa pode correr sérios riscos. Por isso, ao suspeitar de algo e tiver dúvidas, procure visitar um hospital o quanto antes possível
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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