A gestação é um período que traz grandes mudanças à vida da mulher e, nesse momento, é normal que surjam algumas dúvidas. Quando isso ocorre, a melhor alternativa é sempre perguntar diretamente ao(à) obstetra que está acompanhando o seu pré-natal.
Mas para ajudar a esclarecer alguns mitos sobre a gravidez, o Minuto Saudável conversou com a Dra. Karen Rocha De Pauw, médica ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana e certificada pela AMB e FEBRASGO.
Confira e saiba o que realmente é verdade e o que é um mito sobre a gestação:
Índice — neste artigo você vai encontrar:
Verdade. O primeiro trimestre gestacional é o momento de formação do feto e dos órgãos, de forma que qualquer “erro” nesse período pode impactar em todo o desenvolvimento fetal e, consequentemente, na vida da criança.
Sendo assim, é um período bastante delicado. Porém, é preciso deixar claro que não é o único, pois a gestação como um todo requer cuidados e muita atenção, a fim de prezar pelo pleno desenvolvimento e pela saúde do bebê.
Mito. A pele da gestante pode ficar mais sensível e até mudar bastante, o que costuma estar relacionado às alterações hormonais devido à gravidez. Entretanto, isso não quer dizer que ela precise usar apenas cosméticos especiais para gestantes.
A Dra. Karen reforça que “qualquer cosmético deve ser levado para avaliação pelo(a) médico(a)”, seja ele indicado para gestantes ou não.
Isso é muito importante, considerando que tudo que entra em contato com a derme vai para o organismo e, dependendo da substância, pode se tratar de um ingrediente potencialmente tóxico à saúde do feto.
Sendo assim, a mulher pode sim usar cosméticos na gravidez (sejam eles especiais para gestantes ou não), desde que com a devida autorização médica.
Depende. As tinturas sem amônia podem ser usadas na gravidez depois do terceiro trimestre, mas isso deve ser feito sem contato direto com a raiz e apenas utilizando produtos devidamente certificados.
Também é recomendado buscar por um(a) profissional qualificado(a) para fazer o processo, não sendo indicado usar tinturas caseiras ou realizar a aplicação por conta própria.
Além disso, em todos os casos, é preciso a autorização médica. Converse com o(a) obstetra responsável pelo seu acompanhamento pré-natal, pois de acordo com as suas condições será possível dizer se é (ou não) seguro pintar o cabelo na gravidez.
Lembrando que não é algo recomendado e o ideal é esperar para depois da gestação.
Mito. Realmente é normal que as mulheres sintam enjoos na gravidez e isso só costuma ser um motivo de preocupação quando o sintoma se torna muito intenso, quando são necessários alguns cuidados e tratamentos para evitar prejuízos à mãe e ao bebê.
Entretanto, nem todas as mulheres têm enjoo gestacional e isso não quer dizer que há, necessariamente, algo errado com a gravidez.
Simplesmente algumas gestantes apresentam mais enjoo e outras menos. Há, inclusive, mulheres que não apresentam esse sintoma em nenhum momento da gravidez.
Verdade. A Dra. Karen comenta que “não se recomenda aumentar a intensidade dos exercícios durante a gestação” e que, para quem já faz exercícios, indica-se apenas a manutenção da intensidade, de acordo com as recomendações médicas.
Além disso, ela também reforça que costuma ocorrer “a limitação da própria gestante, que vai sentir dificuldade em alguns exercícios”, o que, consequentemente, limita a intensidade.
Destaca-se que isso se refere a uma gestação normal e sem complicações, uma vez que quando há qualquer condição (ou problema) associada, as orientações médicas podem mudar.
Mito. Se a gravidez está dentro da normalidade e a gestante não apresenta nenhuma complicação ou fatores de risco, não há problema ou restrição em tomar banho de banheira, mar ou piscina (seja com água quente ou fria).
Caso você tenha dúvidas sobre a segurança ou esteja em uma fase mais avançada da gestação, vale sempre conversar com o(a) obstetra previamente. Assim, é mais garantido que não haverá nenhum risco à integridade do bebê.
Verdade. A Dra. Karen explica que as mulheres que tiveram uma gestação de risco apresentam, sim, uma maior chance de terem esse quadro outra vez.
Entretanto, a médica reforça que “tudo depende do porquê da gestação de risco, por exemplo, uma gestação gemelar é de risco, mas se a próxima for de apenas um bebê, não há mais esse risco”.
Além disso, embora as chances sejam maiores, não quer dizer necessariamente que a mulher irá mesmo ter outra gravidez de risco. Exceto quando há, por exemplo, alguma doença ou até mesmo fatores genéticos atrelados ao quadro, quando as chances são mais significativas.
Mito. De acordo com a Dra. Karen, “sempre se pode optar pelo parto normal após a cesárea, porém, quanto mais cortes (cesáreas) esse útero tiver, maior a chance de ruptura do útero no trabalho de parto. Isso porque as cicatrizes não têm elasticidade e podem se romper, o que pode causar a morte tanto da mãe quanto do bebê”.
Dessa forma, a única maneira de saber qual a melhor opção para o seu caso é conversando com o(a) obstetra. Lembrando que, muitas vezes, essa decisão acaba mudando na hora do parto, de maneira que nunca se trata de uma escolha definitiva.
Gostou desse conteúdo? Se você deseja saber mais sobre o assunto, basta acessar a aba “Gravidez” do Minuto Saudável e continuar nos acompanhando diariamente!
Dra. Karen Rocha De Pauw
Compartilhe
Somos uma empresa do grupo Consulta Remédios. No Minuto Saudável você encontra tudo sobre saúde e bem-estar: doenças, sintomas, tratamentos, medicamentos, alimentação, exercícios e muito mais. Tenha acesso a informações claras e confiáveis para uma vida mais saudável e equilibrada.