O câncer de ovário, também conhecido como carcinoma de ovário, é o segundo tipo de neoplasia ginecológica mais comum, ficando atrás apenas do câncer de colo do útero. É também um dos mais letais, pois é silencioso e, por esse motivo, é diagnosticado tardiamente.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que mais de 6 mil diagnósticos sejam feitos anualmente, sendo que mais de 4 mil deles resultarão em mortes.
Para saber como identificar os sintomas, quando procurar ajuda médica e como tratar e prevenir a condição, continue acompanhando o artigo!
Índice - Neste artigo você vai encontrar:
O câncer de ovário é uma neoplasia ginecológica, ou seja, um câncer que acomete um ou os dois ovários. Os ovários são responsáveis pela produção dos hormônios sexuais femininos (estrogênio e progesterona) e pelo armazenamento e formação de gametas (...).
Geralmente, a doença começa a se desenvolver na superfície dos ovários, no tecido conjuntivo, por meio das células que produzem os óvulos ou nas trompas de falópio, região responsável por levar os óvulos ao encontro dos espermatozoides.
Quando acomete os ovários, essa região aumenta de tamanho e causa alguns sintomas que podem ser confundidos, inclusive, com uma má digestão.
A causa exata da condição ainda é desconhecida, mas alguns fatores são comuns nas mulheres diagnosticadas com a doença. Portando, os principais grupos de risco são:
Se você se encaixa em um desses grupos, mantenha seu acompanhamento ginecológico em dia e ao sinal de qualquer sintoma adverso, procure um (a) médico (a).
O câncer de ovário possui 4 estágios. Quanto maior o estágio, mais agressiva e disseminada a doença está. São eles:
No estágio IA, o câncer está concentrado em um dos ovários. Já na fase IB, a doença está presente nos dois ovários. A chance de sobrevivência nesse caso fica em torno de 85% a 95%.
Nesse estágio, o câncer já avançou sobre o útero, tuba e tecidos de órgãos como bexiga e reto. A chance de sobrevivência nesse caso é de 70% a 78%.
Quando está em estágio lll, significa que a doença já se disseminou pelo útero, pelos linfonodos e em órgãos como fígado e baço. Quando diagnosticada nessa fase, a taxa de sobrevivência fica em torno de 40% a 60%.
No último e mais grave dos estágios, o câncer está em metástase e já avançou para órgãos mais distantes, como o pulmão. Por se tratar de uma fase avançada, a taxa de sobrevivência cai drasticamente e fica em torno de 15% a 20%.
Os sintomas do câncer de ovário se manifestam de formas diferentes dependendo do estágio da doença. Além disso, muitas mulheres apresentam sintomas que são facilmente confundidos com má digestão ou outros distúrbios do trato digestivo, o que dificulta um diagnóstico precoce e certeiro. Entre os sintomas mais comuns da doença estão:
Se você se identifica com algum dos sintomas listados acima e eles têm se manifestado com frequência, procure ajuda médica imediatamente!
Diferente do que muitos acreditam, ter cistos ovarianos benignos não é indicativo de um possível desenvolvimento de câncer. Além disso, cistos e tumores são coisas diferentes.
Enquanto o cisto nada mais é do que uma bolsa com líquido dentro, os tumores são caracterizados pelo crescimento anormal de tecidos doentes.
Mas vale lembrar que os cistos também representam alguns perigos para a saúde feminina quando não tratados de forma adequada e com acompanhamento médico. Portanto, não deixe de consultar um (a) profissional independente do diagnóstico.
Leia também: 11 dicas para prevenir o câncer e combater fatores de risco
Muitas mulheres recebem diagnóstico tardio justamente porque os sintomas são facilmente confundidos com condições menos graves, como é o caso da má digestão. Segundo o Instituto Vencer o Câncer, 75% dos diagnósticos desse tipo de câncer são feitos tardiamente.
Quando procurado (a), além de levar em consideração os relatos da paciente, como sintomas e sua persistência, o (a) médico (a) pode solicitar alguns exames para obter um diagnóstico preciso.
Exames de imagem, como ressonância magnética, raio-x e tomografia, são comumente solicitados pelos profissionais quando há suspeita de um estágio mais avançado. A ultrassonografia pélvica é recomendada para detecção em estágios iniciais da doença.
Exame de marcadores tumorais, avaliados por meio da coleta de sangue, também podem complementar o diagnóstico. Caso haja presença de células cancerígenas, o CA 125 apresenta alterações elevadas.
A biópsia do tecido acometido, outro recurso que pode ser aproveitado para confirmar o diagnóstico, também é uma opção para confirmar ou descartar a condição.
Somente após a confirmação do diagnóstico e detecção de seu estágio atual é possível elaborar e iniciar o tratamento.
O tratamento varia de acordo com o quadro atual da paciente, ou seja, de acordo com o estágio atual da doença. A seguir, você confere quais procedimentos e tratamentos são indicados para cada uma desses estágios:
Quando a paciente se encontra em um quadro de IA e o revestimento do órgão não é comprometido pela doença, a remoção do ovário ou da trompa, além de quimioterapia se o (a) médico julgar necessário, são capazes de controlar o câncer de ovário.
Por outro lado, se a doença é classificada como IB, ou seja, quando se tem os dois ovários comprometidos, e o revestimento foi acometido e sofreu rompimento, além da remoção da área acometida, a quimioterapia é necessária.
No caso do estágio II, em que a doença já está presente nas trompas, ovários e útero, a cirurgia radical e a quimioterapia pós-cirúrgica devem ser iniciadas o quanto antes.
Nesse estágio, a cirurgia remove o útero, as trompas e os ovários, além dos linfonodos e membranas comprometidas. A quimioterapia ainda é necessária para evitar que qualquer vestígio tumoral não retirado na cirurgia continue no organismo da paciente.
No último estágio, a quimioterapia é o procedimento mais recomendado, pois aqui já há metástase, ou seja, acometimento de outros órgãos.
Após a finalização do procedimento de quimioterapia, pode haver a recomendação médica do uso de alguns medicamentos inibidores de PARP, como é o caso do olaparibe.
A cirurgia citorredutora, ou seja, que retira os focos tumorais, pode ser recomendada em casos específicos para evitar algumas complicações em outros órgãos afetados.
Sim. Mesmo tendo o diagnóstico da condição, a mulher continua menstruando, mesmo que de forma irregular. Além disso, se a paciente está fazendo quimioterapia, o ciclo menstrual também é comprometido e sofre alterações.
Como vimos anteriormente, a menstruação desregulada é um dos vários sintomas manifestados pelo câncer de ovário. Portanto, se você está sofrendo com o problema há algum tempo, não deixe de procurar ajuda médica.
Sim, contudo, as chances de cura são mais altas para mulheres diagnosticadas em fase inicial da doença. Quanto mais cedo o câncer de ovários for diagnosticado, melhor será a resposta do tratamento e, consequentemente, maiores as chances de cura.
Visitas regulares ao (à) ginecologista, especialmente quando sintomas adversos são percebidos, são extremamente importantes para detectar a doença o quanto antes e iniciar o tratamento. A atenção deve ser redobrada, especialmente, quando há casos próximos na família ou quando a mulher está no processo de menopausa.
Manter o peso ideal e ter uma rotina saudável, com alimentação equilibrada e prática de atividade física regular são algumas formas de prevenir a doença, mas vale reforçar que o acompanhamento médico faz toda a diferença.
Não deixe de consultar seu (a) médico (a) ginecologista e realizar os exames anuais necessários! Mesmo que você não tenha sintomas, esse cuidado frequente é importante para prevenir ou diagnosticar precocemente possíveis doenças.
Para mais informações sobre saúde da mulher, continue acompanhando as redes sociais e o site do Minuto Saudável!
Rafaela Sarturi Sitiniki
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