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Kisqali: é quimioterapia? Saiba tudo sobre o medicamento

Por Redação Minuto SaudávelPublicado em: 31/01/2020Última atualização: 02/06/2020
Por Redação Minuto Saudável
Publicado em: 31/01/2020Última atualização: 02/06/2020
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Kisqali é um medicamento novo indicado para o tratamento de alguns tipos de câncer de mama.

Neste artigo, há todas as informações necessárias sobre esse fármaco que está trazendo mais saúde e qualidade de vida a muitas pacientes.   

O que é Kisqali?

Kisqali pertece ao grupo de medicamentos chamados de inibidores da quinase dependente de ciclina. Sendo indicado para o tratamento de tumores avançados ou metastáticos relacionados ao câncer de mama. 

Tal fármaco é apresentado em comprimidos que devem ser tomados em ciclos de 28 dias. 

O princípio ativo de Kisqali é o Ribociclib. Seu uso é feito juntamente com outros medicamentos conhecidos como inibidores de aromatase.

O(a) médico(a) irá indicar qual deve ser a dose ideal desses outros remédios e quando a paciente deverá ingeri-los.    

Se você tem histórico de complicações no fígado ou cardiovasculares e infecções recentemente, informe o(a) médico(a) antes de tomar Kisqali. 

Também converse sobre outros medicamentos que está tomando. Isso porque Kisqali pode causar interação medicamentosa, ou seja, reduzir ou afetar o efeito de outros fármacos. 

Esse medicamento só deve ser utilizado por mulheres que já tiveram menopausa e não deve ser utilizado por crianças e adolescentes menores de 18 anos. O(a) médico(a) ainda pode solicitar um teste de gravidez para descartar a possibilidade de uma gestação. 

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Para que serve?

Kisqali é indicado para o tratamento de mulheres que já passaram pela menopausa e que possuem um tipo de câncer de mama chamado de receptor hormonal positivo (RH+) e receptor para o fator de crescimento epidérmico humano tipo 2 negativo (HER2-). A doença, nesse caso, deve estar localmente avançada ou ter se espalhado para outras partes do corpo (metastática).

Se você tiver alguma dúvida sobre o porque esse medicamento lhe foi indicado, procure o(a) seu(sua) médico(a). 

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Como tomar? 

É importante ressaltar que esse medicamento deve ser tomado corretamente conforme a indicação da bula e receita médica. Em casos de dúvidas, procure orientação profissional. 

Kisqali deve ser tomado inteiro, ou seja, não se deve quebrar, cortar, partir ou mastigar o comprimido. 

O tratamento é feito em ciclos de 28 dias, porém, a caixa com a medicação possui cartelas múltiplas de 21. Então como se deve tomar Kisqali? 

Os comprimidos devem ser tomados, um por dia, durante 21 dias. Depois disso, faz-se 7 dias de pausa, ou seja, sem a ingestão do remédio.  

Por exemplo, a cartela iniciou no 1º dia do mês. Nesse caso, a paciente vai tomar o medicamento entre os dias 1 e 21. 

A pausa deve ser feita nos dias 22 e 28 daquele mesmo mês, encerrando um ciclo completo.

Conforme a bula, se, após a ingestão do remédio, a paciente vomitar o comprimido, essa dose está perdida e deve ser pulada, ou seja, não se deve tomar outro comprimido. 

Isso também vale para os casos que em que se esquece de tomar a dose no horário correto. Assim, a paciente deve aguardar até a hora da próxima ingestão habitual.

Precisa tomar Kisqali em jejum? 

Não. Kisqali pode ser tomado depois das refeições ou em jejum, dependendo da vontade da paciente. 

Nesse quesito, a única coisa que vale lembrar é que os comprimidos devem ser sempre engolidos com a ajuda de um gole de água

Qual a posologia recomendada? 

Kisqali deve ser tomado conforme a recomendação médica. No geral, pode-se tomar entre 200mg, 400mg e 600mg em um mesmo dia, sempre de acordo com a indicação médica.

Mas lembrando que o Kisqali só é disponibilizado na posologia de 200mg.  

Assim, por exemplo, se a recomendação médica foi de 600mg por dia, será necessário consumir 3 comprimidos. 

Se a paciente precisa ingerir mais de 1 comprimido, eles devem ser tomados juntos, no mesmo horário. 

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Como age o Ribociclib?

A substância ativa de Kisqali é Ribociclib (também pode ser chamada de Ribociclibe). 

Ela atua no bloqueio de algumas proteínas conhecidas como quinase (que controlam o crescimento e a divisão das células). 

Assim, ao reduzir a quantidade de quinase, as células cancerígenas tendem a sofrer uma redução do crescimento, retardando a progressão do câncer. 

É quimioterapia?

Não, Kasili não é quimioterapia. Na quimioterapia, são utilizados medicamentos conhecidos como antineoplásicos, ou seja, que são capazes de destruir as células doentes que se unem e formam um tumor. 

Já o Kisqali está em um grupo de remédios que é conhecido como imunomodulador. Essa classe medicamentosa age como inibidores da quinase (CDK).  

Os inibidores da quinase possuem uma função um pouquinho diferente dos medicamentos quimioterápicos. Isso porque, ao invés de destruir as células doentes, eles as impedem de crescer e multiplicar-se. 

Quanto tempo dura o tratamento? 

Depende de cada caso. O tratamento com Kisqali pode durar meses ou anos e deve ser interrompido somente com recomendação médica. 

Parar de consumir o medicamento sem a supervisão de um(a) médica(a) pode agravar o câncer de mama e os seus sintomas. 

Antes e durante o tratamento, a paciente terá que fazer alguns exames para monitorar as atividades do fígado, coração e células sanguíneas (como os glóbulos e plaquetas). 

Se o medicamento estiver comprometendo essas funções, o(a) profissional pode optar por reduzir a dose ou indicar outro fármaco. 

https://minutosaudavel.com.br/o-que-e-mamografia-preco-preparo-e-como-e-feito-o-exame/

A ANVISA aprovou?

Sim. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou Kisqali em outubro de 2018. 

O processo de aprovação de um medicamento pela ANVISA inclui a prova científica (com testes em laboratórios) que aquele remédio é seguro e eficaz contra uma determinada doença. 

Além disso, o efeito do mesmo ainda precisa ser mais vantajoso que as reações adversas que ele provoca. 

Posso conseguir Kisqali pelo plano de saúde? 

Muitos convênios médicos não oferecem esse medicamento alegando que o mesmo não consta no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). 

Se o seu plano se recusar a oferecer Kisqali, é possível entrar com um processo no poder judiciário. Por se tratar de questões de saúde, os trâmites tendem a ser rápidos.  

Para o processo judicial, é necessário vários documentos, incluindo um orçamento com o preço de 3 farmácias ou drogarias diferentes. 

Nessas horas, você pode contar com a assessoria do Consulta Remédios. Basta acessar o link, informar o seus dados e em algumas horas enviaremos um documento personalizado com o orçamento necessário. 

Quais os efeitos colaterais?

Como todos os medicamentos, Kisqali pode provocar alguns efeitos colaterais, ainda que não necessariamente eles vão ocorrer. Essas reações adversas são divididas conforme a frequência que acontecem: 

Muito comum (mais de 10% dos casos) 

Em situações mais comuns, Kisqali pode causar sintomas relacionados a infecções ou problemas no fígado. Entre eles: 

  • Febre; 
  • Perda de peso e de apetite; 
  • Diarreia;
  • Tosse;
  • Dor de estômago e no abdômen; 
  • Enjoos; 
  • Vômitos; 
  • Falta de ar; 
  • Amarelamento da pele ou dos olhos; 
  • Feridas ou dores pelo corpo; 
  • Cansaço; 
  • Suores ou calafrios, 
  • Urina escura (em tons castanhos); 
  • Facilidade para ter hemorragias ou hematomas. 

Comum (entre 1% e 10% dos casos) 

As reações adversas comuns provocadas pelo uso de Kisqali incluem: 

  • Inchaço dos membros inferiores; 
  • Falta de ar; 
  • Lábios azulados; 
  • Dor no peito; 
  • Mudança no ritmo cardíaco (o coração acelera ou diminui a frequência dos batimentos); 
  • Palpitações durante os batimentos cardíacos;  
  • Desmaios. 

Incomum (menos de 1% dos casos) 

Entre os efeitos colaterais incomuns estão os relacionados à ocorrência de sepse (infecção generalizada grave). Eles podem ser falta de ar, respiração acelerada ou ofegante, febre, calafrios, infecções que podem aumentar o ritmo cardíaco. 

Frequência desconhecida 

Por ser um medicamento novo, existem algumas possíveis reações que ainda não tiveram a sua frequência estudada e calculada em laboratório. 

Esses efeitos colaterais incluem descamação, feridas ou irritação da pele (que também pode ficar vermelha),  formação de bolhas nos lábios ou olhos, sintomas semelhantes aos da gripe, linfonodos aumentados e febre alta (acima de 39,6°C). 

Também vale ressaltar que Kisqali ainda pode causar outras reações que não constam na bula medicamentosa. 

Nesses casos, a paciente deve ser levada ao hospital o quanto antes possível e o laboratório fabricante (Novartis) deve ser avisado pelo serviço de atendimento ao consumidor. 

Tem alguma contraindicação?

Kisqali é contraindicado para pessoas que têm alergias à: 

  • Ribociclib (substância ativa); 
  • Soja; 
  • Amendoim; 
  • Outras substâncias que compõem o conteúdo ou o revestimento do comprimido (entre elas está lecitina de soja, álcool polivinílico e óxido de ferro preto ou vermelho). 
https://minutosaudavel.com.br/nozes-inibem-o-cancer-de-mama/

Qual o preço de cada posologia? 

A posologia de Kisqali é única, sendo que cada comprimido contém 200mg de a substância ativa Ribociclib. 

Assim, o preço varia conforme a quantidade de comprimidos que contém em cada caixa. Os valores médios aproximados são:

*Preços consultados em dezembro de 2019. Os valores podem sofrer alterações. 


Kisqali é um medicamento indicado para o tratamento de câncer de mama em mulheres que já passaram pela menopausa. 

Seu uso tem trazido melhorias significativas às pacientes, que dispõem de melhores opções para o controle da doença.

Para saber mais sobre outros remédios, confira os textos do Minuto Saudável!   

Imagem do profissional Francielle Mathias
Este artigo foi escrito por:

Dra. Francielle Mathias

CRF/PR: 24612CompletarLeia mais artigos de Dra. Francielle
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