As vacinas são eficazes e seguras na prevenção de diversas condições de saúde e em todas as fases da vida, especialmente na gestação.
No entanto, a disseminação de desinformações e fake news sobre os imunizantes, especialmente a partir da pandemia de Covid-19, resultou em diversas dúvidas sobre quais vacinas podem ser aplicadas e são seguras durante a gravidez.
Com isso em mente, o Minuto Saudável preparou um conteúdo completo a respeito das vacinas que podem ou não ser aplicadas na gestação. Confira!
Índice - Neste artigo, você vai encontrar:
Seguir corretamente o calendário de vacinação da gestante é importante tanto para a proteção da mãe, quanto para a proteção do bebê. Isso porque a grávida transfere seus anticorpos para o bebê, fornecendo proteção até os 6 meses de vida.
Ademais, os imunizantes fornecem proteção contra doenças que são evitáveis pela vacinação e contra doenças que causam problemas na gestação, como o aborto espontâneo, malformações e prematuridade.
Nem todas as vacinas podem ser administradas durante a gestação e, por conta disso, as autoridades de saúde elaboram um calendário com imunizantes seguros e recomendados para a proteção da mãe e do bebê durante o período.
A seguir, você confere mais informações sobre quais vacinas podem e quais não podem ser aplicadas durante a gestação:
Como mencionado anteriormente, todas as vacinas incluídas no calendário de vacinação da gestante têm sua eficácia e segurança comprovadas para serem aplicadas durante a gravidez. Na tabela a seguir, você confere mais a respeito de cada uma delas:
Vacina | Recomendação | Esquema Vacinal |
Tríplice bacteriana acelular - dTpa (difteria, tétano e coqueluche) | Indicada em todas as gestações, pois fornece ao bebê proteção contra a Bordetella pertussis até que ele atinja a idade de imunização | 1 dose a partir da 20ª semana de gravidez para mulheres previamente vacinadas com, pelo menos, 2 doses do imunizante antitetânico |
Dupla adulto - dT (difteria e tétano) | Indicada para prevenir o tétano acidental e o tétano neonatal | 1 dose em conjunto com 1 dose de dTpa para mulheres que receberam, ao menos, 1 dose do imunizante antitetânico ou2 doses com 1 dose de dTpa para mulheres não vacinadas |
Hepatite B | Recomendada para mulheres que não a receberam anteriormente e para as que pertencem a grupos de risco | 3 doses |
Influenza (gripe) | Grávidas são grupo de risco para complicações da gripe | 1 dose anual |
Covid-19 | Gestantes são grupo de risco para complicações da infecção por Covid-19 | 2 doses e 1 dose de reforço |
Algumas vacinas não fazem parte do calendário de vacinação da gestante, mas podem ser aplicadas em situações especiais. Descubra mais sobre elas na tabela a seguir:
Vacina | Situação especial | Esquema vacinal |
Hepatite A | A vacina pode ser aplicada ao se considerar o grande risco de exposição ao vírus da hepatite A no Brasil | 2 doses |
Hepatite A e B | Pode ser aplicada para substituir as vacinas individuais contra as hepatites A e B | 2 doses |
Pneumocócicas | Aplicada quando há fatores de risco para a doença pneumocócica invasiva | 1 dose de VPC13 e 1 dose de VPP23 |
Meningocócicas conjugadas ACWY ou C | Aplicada em situações de epidemia e/ou quando a gestante tem comorbidades para a doença | 1 dose |
Meningocócica B | Aplicada em situações de epidemia e/ou quando a gestante tem comorbidades para a doença | 2 doses, entre 1 a 2 meses |
Febre amarela | Quando os riscos de infecção superam os riscos potenciais da vacina em gestantes | 1 dose |
As vacinas feitas com vírus e bactérias vivos e atenuados (parcialmente ativos) não podem ser aplicadas em gestantes. Isso porque a gestação mexe com a imunidade e, ao entrar em contato com o organismo há um pequeno risco, de que a mulher com a imunidade alterada desenvolva a doença.
A tabela a seguir contém as vacinas que não podem ser aplicadas em mulheres grávidas, confira:
Vacina | Contraindicação | Quando vacinar? |
Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) | A vacina é feita com vírus inativado que não pode ser aplicado em gestantes | A aplicação é permitida no puerpério (pós-parto) e durante a amamentação |
HPV | A vacina é feita com vírus inativado que não pode ser aplicado em gestantes | A aplicação é permitida no puerpério (pós-parto) e durante a amamentação |
Varicela (catapora) | A vacina é feita com vírus inativado que não pode ser aplicado em gestantes | A aplicação é permitida no puerpério (pós-parto) e durante a amamentação |
Dengue | A vacina é feita com vírus inativado que não pode ser aplicado em gestantes ou em mulheres que estão amamentando | Tem a aplicação permitida apenas após o fim do período de amamentação |
Leia também: Como agem as vacinas no organismo? Veja como são feitas
Assim como acontece com qualquer imunizante, as vacinas aplicadas durante a gravidez podem causar algumas reações adversas. As reações comuns da Tríplice bacteriana são dor e inchaço no local de aplicação, cefaleia (dor de cabeça) e mal-estar.
Já as reações após a vacinação com a Dupla adulto são inchaço, vermelhidão e dor no local de injeção, febre e mal-estar.
Em contrapartida, as possíveis reações da aplicação da vacina contra Hepatite B são dor, vermelhidão e inchaço no local onde o imunizante foi aplicado, febre, cansaço, tontura e dor de cabeça.
Enquanto as reações causadas pela vacina contra Influenza são endurecimento, dor e vermelhidão no local de injeção, febre, dor muscular e mal-estar.
Por fim, as possíveis reações adversas da vacina contra Covid-19 são sensibilidade no local da aplicação, dor de cabeça, fadiga, mal-estar, calafrios, dor muscular e náusea.
Mantenha-se atenta às reações e, ao perceber algo fora do comum, alguma reação muito forte e/ou o início de uma reação alérgica, procure auxílio médico imediatamente!
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Durante a gestação é necessário tomar diversos cuidados especiais, portanto, vá ao (à) médico (a) regularmente e mantenha a carteira de vacinação em dia. Caso surjam outras dúvidas, entre em contato com um (a) médico (a) especialista.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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