O Transtorno Depressivo Maior (TDM), também conhecido como Depressão Unipolar, é uma das diversas classificações da depressão. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a depressão é a principal causa de incapacidade no mundo. Um estudo publicado no The Lancet nos anos 90 já fazia esse tipo de previsão e chamava a atenção para a condição.

Considerada como um transtorno psiquiátrico complexo, a depressão, no geral, possui características e sintomas muito específicos que acometem não apenas a mente, mas o corpo também.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 19 anos. Além disso, a organização ainda estima que a condição seja a mais comum em todo o mundo até 2030, ultrapassando, inclusive, o número de casos de câncer.

Apesar de complexa, a depressão tem cura e pode ser tratada com ajuda psicológica e psiquiátrica.

Portanto, para te ajudar a entender um pouco mais sobre o Transtorno Depressivo Maior (TDM), o Minuto Saudável trouxe esse artigo que tem como objetivo desmistificar os preconceitos que envolvem a doença e, principalmente, mostrar que é possível superá-la!

Índice – Neste artigo, você vai encontrar:

  1. O que é Transtorno Depressivo Maior?
  2. Quais são os sintomas do Transtorno Depressivo Maior?
  3. Distimia e Transtorno Depressivo Maior: qual é a diferença?
  4. Diagnóstico: como é feito?
  5. Como tratar Transtorno Depressivo Maior?
  6. Como prevenir?

O que é Transtorno Depressivo Maior?

O Transtorno Depressivo Maior (TDM), ou Depressão Unipolar, é uma das classificações da depressão, encontrada na Classificação Internacional de Doenças (CID-10) pelo código F33.9. Entre suas principais características estão sentimento de tristeza sem motivo aparente, sensação de vazio constante, perda do interesse em fazer coisas e de se relacionar com outras pessoas e problemas com insônia, por exemplo.

Acredita-se que a depressão, independentemente da classificação, surge a partir de alterações psicossociais e fisiológicas, como aumento de citocinas inflamatórias ou interferência na produção de dopamina, serotonina e nas substâncias GABA (neurotransmissores inibidores do sistema nervoso responsáveis pela calma e relaxamento), por exemplo.


Alterações psicossociais e fisiológicas são a causa do TDM.

Quais são os sintomas do Transtorno Depressivo Maior

Os sintomas da condição são considerados crônicos, ou seja, persistentes. Além da manifestação psicológica, a condição também pode ser percebida em gestos e feições do (a) paciente. Entre elas estão:

  • Alterações no sono, como dificuldade para dormir (insônia), no apetite e na libido;
  • Cansaço;
  • Alterações do ciclo circadiano;
  • Mudanças comportamentais;
  • Alterações motoras (lentas);
  • Dificuldade de raciocínio;
  • Capacidade de memória e aprendizagem diminuídas;
  • Demonstração de infelicidade;
  • Expressão facial indiferente;
  • Olhar lacrimejante;
  • Sensação de vazio, angústia e pessimismo;
  • Pensamentos autodestrutivos;
  • Postura retraída;
  • Negligência com cuidados pessoais.

Se você se identificou com alguns dos sintomas descritos acima, procure o quanto antes ajuda psicológica ou psiquiátrica!

Leia também: Depressão psicótica: quais são os sintomas e tratamento?

Distimia e Transtorno Depressivo Maior: qual é a diferença?

Diferente do Transtorno Depressivo Maior, a Distimia (CID-10 F34.1) apresenta sintomas menos intensos recorrentes e que se estendem por anos, contudo, o (a) paciente consegue manter sua rotina.

Diagnóstico: como é feito?

O diagnóstico pode levar um tempo para ser finalizado, visto que é preciso avaliar cuidadosamente os sintomas e frequência com que se manifestam. Também é preciso lembrar que o (a) paciente pode receber mais de um diagnóstico.

Até lá, o (a) médico (a) psiquiatra, profissional mais capacitado para essa questão, irá analisar os sintomas manifestados, há quanto tempo eles começaram a ser percebidos pelo (a) paciente, qual é a frequência e qual é o gatilho dos sintomas.

É com base nesse processo que a prescrição de medicamentos será feita. Também é normal que o (a) psiquiatra entre em contato com o (a) psicólogo (a) para obter algumas informações que serão decisivas para um tratamento adequado às necessidades do (a) paciente.

Como tratar o Transtorno Depressivo Maior?

O tratamento varia de acordo com o quadro atual do (a) paciente e sintomas manifestados. Ele conta com o apoio e acompanhamento tanto psicológico, quanto psiquiátrico.

Além das sessões de terapia semanais com o (a) psicólogo (a) e consultas mensais ou quinzenais com o psiquiatra, o uso de medicamentos, como antidepressivos e estabilizadores de humor, podem ser prescritos a fim de amenizar os sintomas. Fisioterapia também pode ser recomendado para pacientes que apresentam alterações motoras.

A prática de atividade física é fortemente recomendada para pacientes com Transtorno Depressivo Maior, pois além de complementar a fisioterapia, esse hábito estimula a produção de neurotransmissores responsáveis pela sensação de felicidade e satisfação.

Quando feito à risca, seguindo todas as recomendações dos profissionais, o sucesso do tratamento é inevitável.

A terapia é um dos tratamentos recomendados para a condição e é extremamente eficiente quando combinada com acompanhamento psiquiátrico.

Como prevenir?

A melhor forma de prevenir a condição é tendo hábitos saudáveis, como boa alimentação, prática de atividade física regular e boas noites de sono e psicoterapia. Se engana quem pensa que apenas quem possui algum transtorno precisa de acompanhamento com psicólogo (a).

Além disso, evitar hábitos como consumo de álcool e de drogas, são algumas das melhores formas de prevenir a condição.

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O Transtorno Depressivo Maior pode ser tratado e tem cura sim! Mas o sucesso do tratamento depende do entendimento do (a) paciente de que ele (a) precisa seguir à risca as recomendações e tomar os medicamentos da forma correta, como o (a) médico (a) psiquiatra instruiu. Além disso, o tratamento precisa ser feito até que haja alta por parte do (a) profissional.

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