A Síndrome do Ovário Policístico (SOP), também conhecida como Anovulação Crônica Hiperandrogênica, é uma condição crônica que acomete os ovários (parte do útero responsável, entre outras coisas, pela produção dos hormônios femininos) e que causa pequenos cistos (bolsas com líquidos) na região.
A síndrome é comum em mulheres em idade fértil, especialmente as que têm entre 30 e 40 anos, e em alguns casos, não manifesta sintomas, o que torna o acompanhamento médico regular extremamente importante.
Continue acompanhando o artigo para saber os principais sintomas da condição, como é feito o diagnóstico e como funciona o tratamento.
As causas da Síndrome do Ovário Policístico (POC) ainda não estão bem esclarecidas, mas muitos casos da doença apresentam distúrbios hormonais, como produção excessiva de insulina, de hormônios masculinos e problemas nas glândulas hipotálamo, hipófise e adrenal (responsáveis por manter as funções do organismo em equilíbrio).
Além disso, muitas pacientes relatam casos da doença na família, o que sugere que a questão genética também possua forte influência para o seu surgimento.
Os sintomas da condição são bem característicos, o que pode facilitar o diagnóstico. São eles:
Se você se identifica com algum dos sintomas descritos acima, procure ajuda médica o quanto antes!
Além de levar em consideração os relatados da paciente, como os sintomas manifestados, o (a) médico (a) pode solicitar alguns exames para confirmar o diagnóstico.
Um desses exames é o ultrassom, que consegue mostrar pequenos folículos na superfície dos ovários. Caso a mulher seja virgem, o ultrassom tradicional deve ser feito. Já se a mulher não for mais virgem, o ultrassom transvaginal é o mais recomendado.
Além disso, exames de sangue também podem ser solicitados para verificar a quantidade de hormônios.
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O tratamento para a doença varia de acordo com os sintomas manifestados e possíveis causas da condição, portanto, não é o mesmo para todas as mulheres.
Antes de tudo, o (a) médico (a) poderá questionar sobre a vontade da paciente de engravidar, visto que os anticoncepcionais são uma boa forma de ajudar a amenizar os sintomas da condição, como menstruação irregular e acne.
Caso a mulher manifeste desejo de engravidar, a indução de ovulação, que facilita a produção de óvulos e a fecundação de espermatozoides, pode ser recomendada.
Para mulheres que desenvolveram a complicação por conta da resistência à insulina, medicamentos antidiabetogênicos serão prescritos, visto que o controle da condição depende da estabilização da produção de insulina.
Em casos de sobrepeso, a recomendação é que a alimentação mude, com a ajuda de um (a) nutricionista, e passe a ser mais leve e saudável. A prática de atividade física também é essencial nesse processo e faz toda a diferença na diminuição dos sintomas.
As complicações causadas pela doença são várias e graves quando não tratada da forma adequada e com acompanhamento médico. Entre elas estão:
O diagnóstico precoce é essencial para evitar que a condição não progrida e haja o desenvolvimento dessas condições.
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, 40% das mulheres com a condição têm chances de desenvolver infertilidade sim! Isso acontece porque há a diminuição da ovulação com o ciclo menstrual alterado, o que dificulta uma gestação.
O sobrepeso é um dos principais fatores de risco para o surgimento da condição. Como vimos acima, uma alimentação regrada e saudável e a perda de peso, com a ajuda de exercícios físicos, é essencial para controlar o quadro e os sintomas manifestados pela paciente.
Por se tratar de uma condição endócrina, ela não possui cura. Os tratamentos existentes visam controlar os sintomas manifestados e amenizá-los, mas não extinguir a doença de fato.
Como não há o entendimento concreto do que causa a doença, não há como preveni-la, mas é possível adotar algumas medidas a fim de amenizar os sintomas manifestados pela paciente.
Alimentação saudável, prática de atividade física regular e visitas regulares ao (à) ginecologista são essenciais para ajudar a controlar a condição e evitar outros problemas de saúde.
A condição não possui cura, mas pode ser tratada e amenizada com a ajuda de um (a) médico (a). Se você suspeita que esteja com a doença, não deixe de buscar ajuda profissional.
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Rafaela Sarturi Sitiniki
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