A Síndrome do Ovário Policístico (SOP), também conhecida como Anovulação Crônica Hiperandrogênica, é uma condição crônica que acomete os ovários (parte do útero responsável, entre outras coisas, pela produção dos hormônios femininos) e que causa pequenos cistos (bolsas com líquidos) na região.
A síndrome é comum em mulheres em idade fértil, especialmente as que têm entre 30 e 40 anos, e em alguns casos, não manifesta sintomas, o que torna o acompanhamento médico regular extremamente importante.
Continue acompanhando o artigo para saber os principais sintomas da condição, como é feito o diagnóstico e como funciona o tratamento.
Índice – Neste artigo você vai encontrar:
- O que causa a Síndrome do Ovário Policístico?
- Sintomas
- Como é feito o diagnóstico?
- Tratamento
- Complicações
- Síndrome do Ovário Policístico causa infertilidade?
- A Síndrome do Ovário Policístico engorda?
- Síndrome do Ovário Policístico tem cura?
- Como prevenir?
O que causa a Síndrome do Ovário Policístico?
As causas da Síndrome do Ovário Policístico (POC) ainda não estão bem esclarecidas, mas muitos casos da doença apresentam distúrbios hormonais, como produção excessiva de insulina, de hormônios masculinos e problemas nas glândulas hipotálamo, hipófise e adrenal (responsáveis por manter as funções do organismo em equilíbrio).
Além disso, muitas pacientes relatam casos da doença na família, o que sugere que a questão genética também possua forte influência para o seu surgimento.
Sintomas
Os sintomas da condição são bem característicos, o que pode facilitar o diagnóstico. São eles:
- Alterações no ciclo menstrual, com sangramento intenso ou fraco;
- Pelo excessivo no rosto, peito e abdômen (hirsutismo);
- Aumento de peso;
- Acne (espinhas, cravos e oleosidade excessiva);
- Voz grossa;
- Acantose nigricans (pele escura nas dobras do pescoço e axilas);
- Queda de cabelo (alopecia);
- Depressão;
- Hipertensão;
- Surgimento de doenças cardiovasculares, diabetes Tipo 2, infertilidade e câncer do endométrio.
Se você se identifica com algum dos sintomas descritos acima, procure ajuda médica o quanto antes!
Como é feito o diagnóstico?
Além de levar em consideração os relatados da paciente, como os sintomas manifestados, o (a) médico (a) pode solicitar alguns exames para confirmar o diagnóstico.
Um desses exames é o ultrassom, que consegue mostrar pequenos folículos na superfície dos ovários. Caso a mulher seja virgem, o ultrassom tradicional deve ser feito. Já se a mulher não for mais virgem, o ultrassom transvaginal é o mais recomendado.
Além disso, exames de sangue também podem ser solicitados para verificar a quantidade de hormônios.
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Tratamento
O tratamento para a doença varia de acordo com os sintomas manifestados e possíveis causas da condição, portanto, não é o mesmo para todas as mulheres.
Antes de tudo, o (a) médico (a) poderá questionar sobre a vontade da paciente de engravidar, visto que os anticoncepcionais são uma boa forma de ajudar a amenizar os sintomas da condição, como menstruação irregular e acne.
Caso a mulher manifeste desejo de engravidar, a indução de ovulação, que facilita a produção de óvulos e a fecundação de espermatozoides, pode ser recomendada.
Para mulheres que desenvolveram a complicação por conta da resistência à insulina, medicamentos antidiabetogênicos serão prescritos, visto que o controle da condição depende da estabilização da produção de insulina.
Em casos de sobrepeso, a recomendação é que a alimentação mude, com a ajuda de um (a) nutricionista, e passe a ser mais leve e saudável. A prática de atividade física também é essencial nesse processo e faz toda a diferença na diminuição dos sintomas.
Complicações
As complicações causadas pela doença são várias e graves quando não tratada da forma adequada e com acompanhamento médico. Entre elas estão:
- Doenças cardiovasculares;
- Aumento dos níveis de colesterol ruim;
- Câncer endometrial;
- Diabetes;
- Alterações de humor;
- Depressão.
O diagnóstico precoce é essencial para evitar que a condição não progrida e haja o desenvolvimento dessas condições.
A Síndrome do Ovário Policístico causa infertilidade?
Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia, 40% das mulheres com a condição têm chances de desenvolver infertilidade sim! Isso acontece porque há a diminuição da ovulação com o ciclo menstrual alterado, o que dificulta uma gestação.
A Síndrome do Ovário Policístico engorda?
O sobrepeso é um dos principais fatores de risco para o surgimento da condição. Como vimos acima, uma alimentação regrada e saudável e a perda de peso, com a ajuda de exercícios físicos, é essencial para controlar o quadro e os sintomas manifestados pela paciente.
Síndrome do Ovário Policístico tem cura?
Por se tratar de uma condição endócrina, ela não possui cura. Os tratamentos existentes visam controlar os sintomas manifestados e amenizá-los, mas não extinguir a doença de fato.
Como prevenir?
Como não há o entendimento concreto do que causa a doença, não há como preveni-la, mas é possível adotar algumas medidas a fim de amenizar os sintomas manifestados pela paciente.
Alimentação saudável, prática de atividade física regular e visitas regulares ao (à) ginecologista são essenciais para ajudar a controlar a condição e evitar outros problemas de saúde.
A condição não possui cura, mas pode ser tratada e amenizada com a ajuda de um (a) médico (a). Se você suspeita que esteja com a doença, não deixe de buscar ajuda profissional.
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Referências:
- Como a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) pode impactar na sua saúde a longo prazo? — Gineco;
- Ovários Policísticos — Gineco ;
- Síndrome dos Ovários Policísticos — Manual MSD;
- A Síndrome dos Ovários Policísticos causa infertilidade em 40% das pacientes — Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM);
- Precisamos falar sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos — Sociedade Brasileira de Patologia (SBP);
- Síndrome dos Ovários Policísticos — Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde;
- Síndrome dos Ovários Policísticos — Dr. Drauzio Varela;